Gide escreve a Valery ( 28 de Abril de 1918) sobre os tempos difíceis: (...)mais ne somme-nous pas comme les roses; nous n'avons jamais vu mourir de jardiniers. Il y a toujours un jardinier. Uma boa imagem esta, a de um jardineiro que vai lentamente compondo o jardim. Cortando e regando, regando e cortando. Ernst Thalmann ( num discurso proferido na sessão plenária do Comité Central do Partido Comunista da Alemanha, a 19 de Fevereiro de 1932) apoiava-se em Estaline para caracterizar o SPD e os nazis como gémeos. Thalmann acusava a pequena burguesia de esquerda de ser a principal base de apoio , e factor transformador, do fascismo hitleriano( sim, este termo exacto). Trago esta leitura porque parece disparatada nos dias de hoje, mas reflecte um elemento tradicional na análise do percurso dos projectos inovadores. Em tempos de perturbação, os quadros ideológicos esbatem-se em favor de valores primários. A segurança, a direcção, o cortar a direito. Trabalho de jardineiro, pois então.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.