DN, página 54, hoje. O tema é o Queer Lisboa, nomeadamente um filme brasileiro que conta a história de dois homens , meios -irmãos "muito próximos", que se envolvem sexualmente. Até aqui, tudo como dantes em Abrantes. Acontece que o autor da peça, Nuno Carvalho, escreve a certa altura: "O filme vale (...) e pela boa intenção da história, que pretende enfrentar os tabus em torno da homossexualidade e do incesto". Notem que o incesto é , estranhamente, posto no mesmo plano da homossexualidade. O progresso civilizacional e cultural é uma locomotiva imparável. Qual será o próximo "tabu" ?
Caro Filipe, tenho dificuldade em acreditar que um homem como V. (i.e., com a sua cultura, formação profissional e experiência de vida)fique perturbado com a figuração do incesto num filme. Que o filme seja em causa mauzinho, é outro campeonato. Sinceramente, não vejo por que razão o jornalista não deveria tratar no mesmo plano a homossexualidade e o incesto
Desde que em miúdo ( 13 anos?)li esse Eça que o incesto não me comove. Até fiz um trabalho de campo na faculdade sobre o incesto, em Fiais da Telha, com vídeo e tudo, veja lá. O outro ponto é outro osso. Apontei o facto de se colocar no mesmo plano o tabu da homossexualidade e o do incesto. Tenho a certeza absoluta de que o Eduardo não os coloca no mesmo patamar.
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