Tal como um navio não deve usar apenas uma pequena âncora, a vida não deve assentar numa única esperança. Têm tentado adoçar Epicteto, mas ele não gosta de Dom Rodrigos. Uma única esperança, um único propósito de vida. A professora de liceu gorducha e divorciada que vive para o filhinho, a economista jovem e agressiva que não se casa enquanto o pai não a amar, o pedreiro que só descansará quando estiver dentro da sua casa com as dívidas lá fora. Tudo bom, tudo perigoso. Uma única esperança assemelha-se demasiado a uma ordem aos deuses.
Uma vida equilibrada dá ao navio mais âncoras. "Um único propósito" - ter um único propósito na vida faz com que esse propósito controle totalmente essa vida. Pior ainda se o "único propósito" for um humano (estou a tentar encaixar aqui o medo). Os humanos muito gostam de controlar a vida de outros, mesmo de pessoas que não lhes interessam, só pelo prazer do controlo, chamam-se neste caso des-humanos.
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