Mar Salgado

quinta-feira, setembro 9:

O DIÁRIO DE BAZAINE (XII):

Viveram junto muitos anos e viram sair de casa três filhos criados. Isto durou quase quarenta anos. Abdicação e sacrifício: é curioso como estas palavras são agora malditas.
Por outro lado, o amor é hoje o rei. O amor aos animais, o amor às criancinhas, o amor ao corpo, o amor-czar das relações sociais, o amor aos desfavorecidos.
Uma pessoa fica a pensar onde será fabricada tal quantidade de amor.

 

posted by FNV on 11:44 da manhã #

Comments:

FNV,

esqueceu-se do maior de todos, nos dias de hoje:

- o Amor ao Dinheiro.


(afinal de contas, é cada vez mais o suporte de casais cada vez mais duradOiros )

# posted by  Pedro : 2:58 da tarde

 

Amor versus responsabilidade, percebi a tua ideia. Mas, FNV, estou com um problema de interpretação do teu texto. Quase quarenta anos? A “abdicação e sacrifício” é a criação dos filhos? Olha que pelo menos um dos filhos saiu de casa muito tarde. Mas antigamente os filhos não saiam de casa para trabalhar logo aos quinze anos, para ganhar a vida, com o suor do seu rosto, ajudar os pais, etc? Também coloco a hipótese de a tal abnegação e sacrifício se ter prolongado para além da saída dos filhos do ninho. Não explicas?

# posted by  caramelo : 4:17 da tarde

 

Abdicação e sacrifício, malditas no casamento mas na profissão tenho disso qb.
O casamento não deve ser abdicação e sacrifício mas contem abdicação e sacrifício. E, julgo, tolerancia, paciencia, comprensão, carinho e amor ou ternura.
Qualquer coisa que faça com que não possamos viver sem nos importarmos se o que está connosco está feliz ou infeliz. Não só entrar na rotina e no silencio mas ser uma prova de entendimento tb o silencio e a rotina.

Este blog, numa semana horrível, tem sido o meu momento kit-kat.

# posted by  henedina : 9:49 da tarde

 

Caramelo,
Casaram cedo, tiveram filhos mais tarde: irrelevante.Quem disse que foi no antigamente? Tenho um irmão com 55 anos que já tem 34 de casamento.
Nene: kit quê? isso é um gelado ou um chocolate, não é?

# posted by  FNV : 12:17 da manhã

 

Hene, não Nene.

# posted by  FNV : 12:17 da manhã

 

FNV, não sei a que época ou a que geração te referes, aquela em que a abnegação e o sacrifío seriam de regra. Quarenta anos de tal coisa era comum no tempo dos meus avós, e sem seria só, ou nem tanto, pelos filhos, que cedo se faziam à vida. Aliás, para o efeito, 40, 50, ou 60, ou até morrer, era igual. No tempo dos meus pais, saidos os filhos porta fora, com o seu canudinho ou profissão, coisa que não duraria quarenta anos, já os pais podiam respirar um bocadinho de alívio, por si e pela sorte dos filhos, e fazer umas excursões a badajoz ou uma temporada nas termas. Claro que há sempre as excepções, que são muitas. Casar e ter filhos vinte anos depois, por exemplo.

# posted by  caramelo : 10:39 da manhã

 

Pedro,

As pessoas agora não têm amor nenhum ao dinheiro, livram-se dele rapidamente ;)

# posted by  caramelo : 10:42 da manhã

 

FNV, off topic, a tontice da juventude é eterna e não passa com educação anglo sachónica. Isto é do novo rapaz maravilha da historiografia portuguesa:
...
“- Mas isso não era radicalmente falso? As pessoas emigravam, vivia-se numa pobreza franciscana...

- Mas as coisas são relativas: quem é pobre não tem a noção de que é pobre se não sabe o que é ser rico.”

HAHAHAHAHAHA
É ler tudo. Consta que esta é uma visão distanciada. Ò se é. Já vai na Galáxia de Andrómeda.

http://www.ionline.pt/conteudo/77467-ribeiro-menezes-salazar-era-um-democrata-cristao-convicto

Dessculpa ter metido isto a martelo.

# posted by  caramelo : 12:40 da tarde

 

55 e 34??
Essa generosidade dá cabo de mim...
Prefiro pensar em falta de habilidade para números, eheheh!

# posted by  Joana : 6:13 da tarde

 

Vê se compreendes, de vez, que todos os personagens que publico (em post ou em livro) têm sempre os dados biográficos ligeiramente distorcidos.
Chama-se reserva de privacidade, Joaninha.

# posted by  FNV : 7:19 da tarde

 

Chocolate. Mas não é o chocolate em si, que não gosto deste especialmente, qdo quero não misturo (com bolacha). É uma publicidade que dizia "um momento ou uma pausa kit-kat".

# posted by  henedina : 12:24 da tarde

 

Enviar um comentário