Sempre que Bento XVI se desloca em visita a algum país é recebido por multidões exultantes de alegria, felizes da vida, como nenhum outro Chefe de Estado. Ninguém mais consegue reunir à sua volta tão elevado número de pessoas, incluindo naqueles países em que os católicos são uma minoria. É sempre uma festa, são sempre momentos de emoção e inesquecíveis.
Sempre que Bento XVI se desloca a qualquer país dá-se também o estranho fenómeno de se reunir em matilha um bando de chihuahuas para atacar a caravana do Papa. Os latidos, estridentes, são invariavelmente os mesmos: os custos das visitas (que têm a ver com isso?), o conservadorismo da Igreja Católica (que lhes interessa, se não lhe pertencem?), a moral sexual da Igreja (a que não estão obrigados) e, agora, em êxtase, o facto de terem existido (ou existirem) padres que cometeram o crime hediondo de abusar sexualmente de crianças.
O Papa tem-lhes feito a vontade (outra coisa não se esperaria de Ratzinger) e expiado esses crimes e pecados, mesmo não tendo nada a ver com eles. E pelo mundo fora lamenta publicamente, pede desculpa por eles, chora e reza, anuncia tornar-se mais vigilante. Não conheço mais ninguém que faça isto.
Dado o crime de que se trata, o asco que provoca e a inocência das crianças, tudo temperado com o ódio à Igreja Católica, eu até percebo que certas pessoas passem o dia a exigir responsabilidades da Igreja Católica (que não se confunde com o facto de existirem, no seu seio, alguns padres criminosos) e desculpas do chefe da Igreja Católica.
Já não percebo é que essas mesmas pessoas não exijam diariamente pedidos de desculpas de outros responsáveis. Em Portugal, ficou demonstrado que um número indeterminado (mas elevadíssimo) de crianças inocentes foi vítima de abusos sexuais. Essas crianças foram abusadas sexualmente, de forma repetida, ao longo de décadas, por safardanas. Essas crianças estavam entregues a instituições do Estado, instituições tuteladas pelos Governos, Governos esses presididos por Primeiros-Ministros. Não vejo ninguém a exigir diariamente do Primeiro-Ministro um pedido de desculpas. Aliás, e rectificando, nunca vi ninguém a pedir do Primeiro-Ministro sequer uma declaração sobre o assunto. Deve ser por ele não ser muito católico.
Pior ainda é ver a malta que foi julgada e condenada por estes mesmos crimes a aparecer todos os dias na televisão, como se de inocentes se tratasse e admirar a indulgência com os condenados, de todos estes personagens tão intransigentes com o Santo Padre. E vale a penas sublinhar, que muitos dos casos que envolvem padres não se provaram verdadeiros, nem foram objecto de condenações por falta de provas, ao contrário do que aconteceu em Portugal… contradições… nada de especial!
Pelo pouco que conheço do processo os abusos por membros da Igreja não foram cometidos durante a vigência do actual pontificado de Bento XV , mas de um outros... O post é certíssimo!!!
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