O famoso artigo de Hans Zherer - "Die Revolution der Intelligenz" -, publicado no Die Taut (21, nº7, Outubro de 1921), é mais do que uma análise do papel das minorias e dos intelectuais nos processos inovadores. A primeira parte do texto - Fragmentos de uma política do futuro - centra-se no papel da liberdade. Comparando-a a uma bandeira encharcada de chuva que o vento não agita, Zherer admite-a condicionada pelo silêncio da censura reaccionária ( Zherer era um conservador). É bom notar que naqueles tempos - queda do governo de Fehrenbach humilhado pela multa de 132 biliões de marcos imposta pelos aliados, sobrevivência raquítica dos dois governos de Wirth e agitação do embrião nazi, o Volkischer Beobachter - a censura de que fala Zherer não é reconhecível. O problema era a dependência do stratum intelectual das condições objectivas - os intelectuais deveriam superá-las. A questão é bem boa. Quem pensa deve ser capaz de se sobrepor às necessidades imediatas ( materiais) da discussão. Isto, que parecerá pedante aos olhos de uma ovelha, significa apenas que, em períodos de tensão social e política, a maior liberdade reside em criar as condições mentais para que todas as outra liberdades intelectuais possam existir. Fazer comparações livres com o passado , sem nenhuma fé na repetição deste, é um exemplo dessa liberdade.
"Quem pensa deve ser capaz de se sobrepor às necessidades imediatas ( materiais) da discussão. Isto, que parecerá pedante aos olhos de uma ovelha, significa apenas que, em períodos de tensão social e política, a maior liberdade reside em criar as condições mentais para que todas as outra liberdades intelectuais possam existir."
Mas é mais fácil a quem não é casado com filhos. Talvez seja por isso que os revolucionarios têm menos vezes uma familia "habitual".
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.