Nos EUA, o FBI debate-se sempre com enormes dificuldades na construção dos processos judiciais contra o crime organizado, passando-se o mesmo relativamente aos narcotraficantes. Por um lado, já ninguém fala abertamente sobre os criminosos negócios , por outro , estas redes não são grupo espontâneos: têm uma cultura própria e andam nisto há muito tempo.
Os esforços, por exemplo, este , têm de ser concertados com outras agências e forças de autoridade.
Escusam de me dar música. Interessa-me tanto a vida privada daqueles mafiosos como uma pulga na cama. Nas tais
novas escutas, o que interessa são as partes em que se combina a adulteração de resultados desportivos. O que ficou provado é que existiu, durante muito tempo, uma rede tentacular de influências, à margem da lei e da ética ( não, não estou a falar do caso TVI) e pacientemente construída na mais absoluta impunidade. Hoje também é evidente que teria sido necessária uma enorme dose de profissionalismo para conseguir resultados a partir da linguagem, mais ou menos codificada, a que podemos aceder nas escutas.
É assim compreensível a tentativa de desviar as atenções do essencial: aquilo é crime.