Uma sociedade sem centro dará lugar a uma sociedade com múltiplos centros. Os atenienses começaram a coisa com o demos, o recenseamento, de forma a evitar a prevalência das tribos dominantes ( e dos seus reizinhos). Como não há dinheiro nem recursos, a ambição das comunidades será a sobrevivência. Depois sonharemos com castelos em Espanha. Organização económica? Os mosteiros inventaram o capitalismo a partir dos excedentes das vendas dos seus produtos , os nobres avançaram-no com a mania de comprar posições e títulos dentro da Igreja. Ou seja, se houver mosto far-se-á vinho. Por enquanto viveremos com o que temos. Nem Índias, nem ouro brasileiro, nem escravos, nem euros da UE. Uma nova classe de mandarins será inevitável. Já não os actuais, imberbes e imbecis recompensados com palácios rolantes e cartões mágicos. Mandarins, sim, mas à chinesa: dez anos de reclusão, a pão e água, até saberem tudo . Depois, bem, depois vigiarão a koinonia.
A Indonésia é uma cidade com multiplos centros - são muitas, mesmo muitas ilhas. Contaram-me que tantos daqueles hoteis, por exemplo em Bali ou Lombok, são de Generais - parece haver muitos, quase quanto ilhas - ou dos seus "exercitos". Os de luxo, asiático ou asia-cool, são "parcerias militar-privadas" com cosmopolitas europeus, americanos, e de outros destinos que se "encantaram" e foram "proactivos". São, a maior parte 'hindus' de brandos costumes e de muitas cores, e quando lhes perguntei umas generalidades sobre a religião, respondiam quase sempre com expressões alegres - só consegui perceber nuvens quando mencionavam (por iniciativa deles) os atentados de 2002 - somos, com todos, um povo "Gastfreundlich" (ou hospitaleiro)! Porquê?. Porquê esta história? Porque permito-me discordar com a previsão sobre 'mandarins' - nesta era de 'internet' "3G" e "hotspots" nunca vai haver verdadeira reclusão - talvez de umas horas, e upa, upa ou talvez na costa Norte da Australia, e longe de Darwin - mas sem se poder ir ao banho, por causa de umas alforrecas esquisitas (mas por lá todos os animais, e até algumas pessoas, parecem partilhar de tais singularidades..) e sem poder guiar de noite porque há animais que atropelam automóveis. E no lugar dos mandarins: Generais, viajados e cultos, uma especie de Medici, implacáveis e sensiveis á arte e á metafísica - para irem criando, talvez não religiões, mas crenças coloridas e 'bens não transacionáveis', onde as sombras vem de incompreensões, que assomam brevemente, sobre os "Porquês" - olhe como aquele do fresco Nobel "En qué momento se jodió el Perú?".. Mas esta ùltima não é nova! Academias, galerias e ateliers - nas Hong Kong ou Singapuras mais próximas - Londres, Frankfurt, e nos espaços museólogicos a norte de Fontainbleau, despojados de énarques!
Grande Providenciadora: agora que tenho poder quero é poucas mudanças, pessoas inês e eliminar pessoas como o Filipe que têm ideias. Assim não notara que nem sou capaz nem eficaz.
Há é um Portugal novo, então em relação a centro não vamos construir centros mas sim redes de interesse sem hegemonia, sff.
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