Já aqui há tempos trouxe o testemunho de um amigo que organiza eventos por esse país fora. É empresário de vários cantores, outrora "de intervenção" e hoje "anti-sistema". Descobriram agora que os municípios fartam-se de oferecer concertos ao povão? Bom proveito. O que é assinalável e verificar como, durante todos estes anos, esses cantores anti-sistema, anti-capitalistas e demais tretas, mamaram - sim, o termo é excatamente esse - alegremente no erário público. Enquanto apregoavam a revolução e as utopias, naturalmente.
Finalmente esta crise traz algo positivo, que é o de se deixar de tolerar este regabofe . Desde há que acho espantoso que ninguém conteste os milhões que são gastos nas festas de verão. Mesmo o concelho mais remoto, com dificuldades, arranja sempre uns milhares para pagar ao Quim Barreiros e a outros que tais. Ou a levar os velhotes a passear de avião. E se vamos para os concelhos maiores, passamos para os (muitos) milhões. Em Lisboa, por exemplo, é obsceno o que se gasta em fogos de artificio, festas de verão, campanhas para tudo e mais alguma coisa. Não contesto que sejam importantes, mas não precisam de ser feitas com estes custos.
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