Como não lêem um blogger de província, não há problema.
Utilizei a imagem do cerco ao longo de vários textos. De um lado, um governo desgastado, acossado por erros e por uma crise evidente; do outro um partido de poder com uma nova direcção. Pareceu-me razoável. Quando PPC pediu desculpas,
escrevi isto. As famosas sondagens, feitas
depois do meu texto, deram-me razão ( acertamos mais quando escrevemos sobre áreas que nos são familiares).
Se, como tudo indica, o PSD deixar passar o orçamento, Passos Coelho pode repetir a fórmula. Já sei que a tese
major assegura que se o governo cair, o PSD será culpado e penalizado nas sondagens. Volto a arriscar que não, mas o ponto é outro.
Hoje, o sentimento comum das pessoas é de angústia ( a etapa psicológica que antecede o medo, como ensinou o dinamarquês). Na angústia não distribuimos culpas. Pensem nas vossas vidas: o que fazemos é olhar para uma esperança, um sinal. Viabilizando a ordem gasta, ao mesmo tempo que a verbera, Passo s Coelho garante a recepção futura das atenções dedicadas. Era ( também) para evitar isto que o PS queria uma aprovação precoce e incondicional do orçamento.