Quando falta o dinheiro, falta o discernimento e o comportamento de horda aparece. De repente, toda a gente quer cortar. Tem de se cortar, mas esquecemos que esses cortes não são limpos nem brancos. Um sentimento generalizado de despersonalização começa a vincar o espaço da stasis. Imagina-se uma sociedade/corpo que pode emagrecer apenas nas partes doentes. De onde julgam que vem o dinheiro para os transplantes delicados, para as polícias, para os bombeiros, para as pensões mínimas, para os professores que ensinam os vossos petizes? A obrigação do governo, e julgo que nesse aspecto tem cumprido, é a de tentar manter o centro.
Não acho que tenha cumprido. Mentir não é cumprir - e mentir para alimentar a "narrativa" da "modernidade social" de 'teenager' que esta gente andou a alardear é revoltante. Concordo consigo quando critica este tipo de emulações de tacticismo em PPC e em muitos membros do actual PSD, mas quem reiteradamente tem usado estas pantominas, confundindo-as com trabalho, são outros - 'e se la filano liscia'! Depois há outra questão - é que não se consegue, mesmo com esforço altruísta, acreditar que essa gente vá tentar algo como 'manter o centro'- esta tralha é bem pouco dada a lungimirâncias que não sejam previsões com sessões á Steve Jobs de objecto de 'design' na mão ... Na primeira folga, vão reinstalar o folguedo - por exemplo, em nome do 'desenvolvimento' para aqueles 'gadgets' que vão servir para as negociatas com os 'amigos' - que serão dos poucos a poder usufruír dos TGVs, aeroportos, e 'carros electricos' de 'banda larga' e recarregados por éolicas, conjuntamente com um ou outro turista mais incauto. Não aprenderam nada com Al Gore - que, lembra-se andou pelo mundo a zurrar o seu papel como activador da internet, e mais de recente, dos combates aos globais aquecimentos! - e eu não estou tão certo que as 'elites' lusas sejam tão pragmáticas como as ianques, as do 'religion belt' ou as dos "sunny states".
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