Começam a surgir as primeiras rosnadelas. Não estamos, não andamos, não somos: temos orgulho. É o estádio de denegação, verneinung no original freudiano: recusamos a representação consciente e fixamo-nos, histéricos, numa elaboração dela. E pode ser aproximado da alienação marxista já sem a interpretação religiosa de Feuerbach, antes para estabelecer que os homens criam estrutras que os afastam de si mesmos. A necessidade absoluta escapa à moral ( ainda não decidi se isto se aplica ao canibalismo em Macau durante o cerco japonês), pelo que não terei vergonha de estender a mão.
A mão fechada:
Dizem que temos vivido acima das nossas possibilidades. Discordo: temos vivido abaixo das nossas possibilidades. Somos bons a sair do país, cavar batatas, pegar touros, assentar calçada, escrever poesia e viver com pouco. E é isso que não temos feito.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.