No outro dia, um jornalista mostrava-se indignado porque os nosssos actuais parceiros são pouco recomendáveis ( Venezuela, China, Angola) . Os princípios, dizia ele. Nunca comi princípios, não sei se são bem ligados, se lhes falta alho. Quando tenho fome, como o que me dão. Em contrapartida, já vi jornalistas almoçar princípios bem regados com os valores do ano.
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Em 1929, no ano da Grande Viragem, Zamiatin teve a incrível capacidade de se pôr ao fresco. Pediu licença a Estaline e obteve-a. Pilniak, que também tinha assestadas sobre si as baterias das capelinhas literárias estalinistas ( a Literatúria Gazeta chamava-lhe com simplicidade inimigo da classe) , não foi tão rápido. E tu quando foges?
Bom dia Filipe, Pois. Não sou jornalista como tal também nunca comi princípios, mas jí jornalistas fazerem-no e parece que não apanharam nenhuma indisgestão. Também não sou escritor e como tal não penso fugir. Também porque, que me conste, não há pena de morte em Portugal. Um abraço
E tu quando foges? Hoje ouvi falar o Dr Armando Leandro de "Ética da alegria". Lembrei-me que escreveu aqui que Aristóteles dizia que não se deve falar de Ética as crianças se a memória não me atraiçoa. Era uma conferencia do Conselheiro exactamente sobre trabalhar com crianças (de risco). Fugir ou aplicar a "Ética da alegria"? Hoje estou triste. Talvez amanhã aplique a Ética da alegria (ou fuja?).
Os Princípios não se deglutem, norteiam posturas até à mesa...costumo dizer que o carácter das pessoas tb se mostra à mesa...quando se lançam às travessas de forma brutal, sacralizando a gula, ainda que algo esteticizada (para a fotografia:)...tb julgo o carácter de alguém quando se encontra numa mesa farta e vê passar alguém sem algo que seja...as tias dos chás de caridade dão-lhe as migalhas e acham-se umas santas (sempre a pérfida lógica indulgente :); os falsos ideólogos da social democracia dão-lhe um papo seco, já quem tem Princípios é capaz de abnegar até da sua própria refeição, porque não consegue ver seres com fome quando tem o prato na mesa...até no caso de animais...Este é um dos testes do algodão...E há bons jornalistas com Princípios...Aliás, Graças a Deus, paralelamente a uma horda de animalidade dominante, ainda persistem Bravos Corajosos que jamais fogem...o verbo fugir conjugam-no os cobardes, esses sim que tb fogem, principalmente, das suas consciências...
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