O PSD decente ( Pacheco Pereira, Ferreira Leite, Paulo Mota Pinto) vota contra a proposta do PS ( entrega declaração de voto). O outro tem um pé dentro e um pé fora. Como sempre.
A sua distinção é justa, mas nesta altura, sublinha-la é desnecessária. Corre o risco de ser uma especie de Majorette que chega atrasada a uma activa claque orientada pelo Sr. Scolari.
PPPs e outras tretas vão ser esvaziadas naturalmente pela falta de guito, que frequentemente atenua mesmo as histéricas insanidades como a presente. Não vale a pena estar a dar milho a Portas, nem pôr a trupe de Lacões e Trauliteiros a estabelecer, indignados e esganiçados, correlações entre os juros da dívida e declarações da Oposição. Não vê que a socretinada instalada anda amansada e até pouco loquaz? E até o postiço engenheiro domingueiro parece uma especie de palhaço triste em comédia 'pop-corn' desconstrutivista? Esta folga de serenidade é, na queima da tristeza instalada, um minimo refrigério.
Tem razão quanto a multiplicação bloguistica... O problema é que andamos a querer ir "morar" para uma casa devassada e ainda habitada com estas discussões intermináveis. Não sei se me consigo fazer entender com esta analogia - mas recordo-me de uma referência a parte final da vida de Max Planck, já muito distanciado dos cortejos de J.Starck e do "Hauptamt Wissenschaft", ele que era um patriarca austero mas bondoso da estupenda e formidavel geração de físicos Alemães até aos anos 50, perante a histeria Nazi que arrasou também o que existia de competência e cultura humanista na ciência alemão: „Mir ist der brennende Wunsch gewachsen, die Krise durchzustehen und so lange zu leben, bis ich den Wendepunkt, den Anfang zu einem Aufstieg werde miterleben können“. E para isso, é preciso, primeiro que tudo, não andar a dar milho aos pardais ou conversa a gente com mais vagares que competência...
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