A "Depressão de Natal" já enxameia os consultórios da revistas e dos telejornais. É coisa de amadores. Nos caso de orfãos, viúvas , viúvos e pais amputados, não existe sazonalidade assinalável. Vamos à outra: a dos que transferem para o Natal os adstringentes taninos sobrados de uma infância mais neurótica do que o habitual. O Natal não tem culpa se muitos jovens adultos cresceram na liberdade parental. Esta liberdade foi temperada com raivas, separações, ódios, recriminação e pequenas vinganças? Paciência, é o preço, mas o presépio não tem culpa. De qualquer modo, essa depressão de Natal tem os dias contados, porque as novas gerações já se livraram da odienta e repressiva família burguesa: não a querem reconstituir.
Ok. ok. Engulo e vou tentar digerir. Afinal o que ainda não somos pode sempre ser diferente e os acantonamentos definitivos transformam um lugar seguro numa prisão. Não me diga que me vai atenuar a irritação que os dlins dlins dlãos omnipresentes e a euforia do desperdício de papel de embrulho e respectivas fitinhas me costumam provocar. Desde já lhe fico agradecida, mesmo que a cura não seja total e definitiva. :)))))
Esta tarde aqui no aerotrolleys está a custar tanto a passar,de um cinzento morriñoso,que já estou a ouvir coros galeses no Ipod... (Calon lân,land of my fathers etc)
A minha cidade está linda este Natal. Por acaso, para quem vive sozinho, o Natal pode ser um momento excepcionalmente triste. No meu caso, não devia alterar nada mas estou a senti-lo este ano como um agasalho, bem quentinho e suave a envolver-me talvez porque estes últimos 6 meses foram os 6meses mais difícies da minha carreira e como um doente em convalescência cada momento após a sobrevivênvia sabe especialmente. E tive a prenda de Natal que desejava...e não é consumismo.
No Porto, FNV, e com uma família normalzinha que, embora há mais de 20 anos não acredite no Pai Natal, continua a maravilhar-se com a noite de 24 e o almoço/jantar (é o dois em um)de 25. Para ser perfeito, só falta o meu pai e a minha avó e uma cura para o Alzheimer da minha sogra. E essas depressões natalícias, de que repito nunca tinha ouvido falar, não serão uma espécie de S.Exª sofre de fartura?
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