Um aparte:
é verdade, uma categoria. E também é verdade que existe uma diferença entre r
edução de riscos e
facilitação de meios, mas as políticas de prevenção podem, e devem, ser reavaliadas. Ficar sentado com a cara enterrada nas mãos é que nunca falha.
Por outro lado, os bêbados, os beberrões e os que gostam de vez em quando, apenas têm à disposição as garrafas e os copos. Os miúdos de 12 e 13 anos, por exemplo, não têm nenhum
kit safe quando saem à noite Nem uma fralda para amparar o vomitado.
O
Expresso ( de ontem) lá traz, claro, a habitual missa contra as políticas de droga portuguesas. O estatuto proibicionista, que dura , de forma redonda e mais ou menos global , desde 1962, não conseguiu nada a não a ser a demonstração de que a estupidez humana não conhece limites. Nem num único território, que produz mais de 90% do ópio mundial, enxameado com os melhores exércitos do mundo, a "guerra contra as drogas" foi ganha. Não chega para curar a estupidez. E mesmo que por hipótese a cultura fosse erradicada do Afeganistão, renasceria noutro lado qualquer. Já assim foi e assim será.
Nos próximos números, à medida que formos acompanhando a evolução actual das tendências, faremos também um debate sobre a mudança possível. Uma coisa é certa: os anti-proibicionistas que julgam ser possível resolver o problema por decreto, legalizando simplesmente, são mais perigosos do que os defensores do estatuto actual. Nenhuma política de droga terá sucesso se não for estabelecida , primeiro, uma política de produção . Basta conhecer o histórico do
drug control. Lá iremos.