O Partido Socialista tem-se entretido a dissecar os resultados eleitorais, denegrindo os resultados do vencedor, e os cordeirinhos da comunicação social, como de resto é hábito, fazem eco acrítico.
Mas salta à vista que o PS apenas quer esconder os miseráveis resultados que tiveram nas eleições, os piores de sempre. Repare-se que, nesta reeleição, o candidato do PS teve pouco mais percentagem de votos do que Basílio Horta, do CDS, quando lutou sozinho contra Soares, apoiado na altura pelos enormes PSD e PS.
O candidato do PS teve muito menos percentagem de votos do que Ferreira do Amaral (34%), aquando da reeleição de Sampaio, e mesmo que Soares Carneiro (40%) na reeleição de Eanes.
Dir-se-á que o resultado de Alegre (19%) é bem melhor do que o de Soares (14%), há cinco anos atrás, mas isso é uma monumental falácia: nessas eleições, o eleitorado do Partido Socialista estava dividido, exactamente entre Alegre e Soares, e, desta feita, o potencial votante PS só tinha Alegre para votar.
Se a esta evidência se acrescentar que, há cinco anos, Francisco Anacleto Louçã se tinha igualmente candidatado, e que, desta vez, o eleitorado do Bloco de Esquerda foi obedientemente votar todo em Alegre (não esquecendo ainda o núcleo duro do MRPP), o bloco de votos que o PS actualmente consegue mobilizar anda pelas ruas da amargura, pouco deve superar os 10%.
É. Os resultados do PS nestas eleições são mesmo miseráveis. Querem mesmo continuar a discutir os resultados das eleições?
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