Jesus arrisca uma suspensão longa por tentativa de agressão a um agente desportivo. Se tal acontecer, a direcção deve fazer mais do que demitir-se: deve pedir desculpa aos benfiquistas, mesmo que muitos não o mereçam, porque apoiam o estilo rufia, regional e caceteiro que hoje vigora no clube. Este incidente, como tenho aqui dito, não foi um caso isolado. Esta direcção tem estimado e acarinhado uma cultura que pretende imitar a de outra agremiações (regionais). Esta direcção julga que o sucesso desportivo dessas agremiações se deve exclusivamente à tal cultura de proximidade com bandidos, assassinos condenados e jagunços em geral. Não é assim. Nessas agremiações , o conceito de comunidade é levado ao extremo, é verdade, mas parte de dentro do grupo. As guardas pretorianas têm como função limpar a periferia e estabelecer a ponte com a massa adepta, arcando com o trabalho sujo que a direcção não pode , ou não quer, fazer. Sempre houve coisas destas no Benfica. A 18 de Maio de 1933, no Ameal, depois de termos sido goleados pelo FCP ( 8-0), o dr. Laurindo Grijó, presidente da Federação (!), foi espancado por jogadores do Benfica , tendo o sururu começado na cabine do Benfica sob o beneplácito do presidente Manuel Afonso. Para além de outras penas menores, Gatinho, Albino e Rogério de Sousa foram suspensos por seis meses. Acontece que estamos em 2011 e o mundo mudou um bocadito. Um clube que a seguir a duas humilhações ( FCP e Appoel Telavive) sentou em Aveiro o triplo dos adeptos que o líder da prova sentou anteontem, tem de exigir aos seus directores uma conduta impecável. Ou, pelo menos, razoável.
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