Meu caro Filipe, esta (sua, bem entendido) só pode ser por distracção. O que a professora Ana Benavente pensa sobre o PS de Sócrates não é sinal de coisa nenhuma, a não ser de que a senhor (honra lhe seja feita pela coerência) pensa em Fevereiro de 2011 o mesmo que pensava - e documentou-o amiúde - desde 2005. Descobri-lo requentadamente, com seis anos de atraso, não faz da senhora um desertor arrependido de um barco onde nunca pôs o pé. Saudações benfiquistas
Deve ser distracção minha, de facto. Não me recordo de ter lido este manifesto em Outubro de 2009, nem me recordo , alguma vez, de comparações com Lenine.
E repare-se na limitação de estragos: o Filipe não cultivava o hábito de ler a coluna de opinião que a professora Ana Benavente alimentava no Público, nos idos em que Sócrates ainda começava a passear a jovem maioria absoluta de 2005. Ainda bem, digo eu, que não desejo mal. Poupou-se a angústias que não encomendou. Passou também ao lado do compreensível ressentimento pelas expectativas parlamentares, da jihad dos professores, enfim, do barro que moldou a descoberta mística da jeanne d'arc que vem anunciar o trágico sinal dos tempos. Mas continua a não lhe desculpar a distracção.
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