ARRUMADORES, MENDIGOS E DEMAIS PEDINTES CRÓNICOS? — DISTÂNCIA DESSA MALTA...
O país de Sócrates bateu vergonhosamente no fundo. Convida-se o ex-Presidente Lula para ser agraciado e homenageado. O homem traz atrás a Presidente do Brasil para os festejos. E Sócrates, vendo ali um filão, aproveita para entalar os convidados e ferrar-lhes com a dívida soberana. Lá foi de mão estendida e tumba... toma lá que é para aprenderes, deixa cá o carcanhol.
Os brasileiros, coitados, escapuliam-se como podiam. Lula dizia que em primeiro lugar era preciso encontrar o responsável pela crise (Soares ia tendo um chilique, mas as televisões, amigas, não mostraram a cara de Sócrates), depois fugia às perguntas, a pobre Dilma nem sabia onde se meter, acabou por exigir primeiro garantias e que depois logo se via. E fugiram ambos, aproveitando felizes a infeliz morte do amigo (ver, no Público, versão impressa, a propaganda de toda a agenda cancelada de Sócrates e o que ele iria ainda cravar à Dilma se ela não tivesse fugido — mal sabe ela do que escapou).
Eu compreendo-os na fuga porque também sou assim. Vejo ao longe cravas ou arrumadores e mudo logo de passeio.
Um comentário relacionado com este tema mas não directamente:
Muita gente achou estranho o inusitado elogio de Francisco Assis a José Sócrates, algo como "...foi para mim uma honra poder ter privado com um Estadista da envergadura(????) de José Sócrates..." na discussão do PEC IV no parlamento. Pois eu acho que, o que Francisco Assis fez foi a abertura da porta para a sua candidatura a líder do PS. Francisco Assis é inteligente e, ao elogiar Sócrates dessa forma despropositada, ele forçou uma marca de solidariedade que o colocará a salvo de alguma acusação de abandono do barco. Com uma postura dialogante reconhecida, talvez passe por este homem o futuro do PS e (espero sinceramente que não) talvez de Portugal
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