Já vi muito tipo ser chamado. O rufia malcriado que é chamado ao gabinete do Director, o embaixador malcomportado que é chamado ao seu País. Ainda recentemente vi um árbitro (ou, parece aos que lêem os lábios, a sua progenitora…) ser chamado por Coentrão e jogadores do Marítimo serem chamados por Jesus (embora não, obviamente, como em tempos eram chamados os pescadores).
Mas nunca vi um Primeiro-Ministro de um país independente “ser chamado” a ir prestar contas a outro País. Esta coisa de Sócrates ter sido “chamado” a ir à Alemanha explicar-se à Chanceler é inexplicável.
A submissão que o desgoverno socialista impôs ao nosso pobre Portugal é inadmissível. Como é inadmissível que não se veja no País uma onda de revolta imensa por mais esta vergonha que os socialistas nos fazem passar. Somos um País desgraçado que “é chamado” a ir prestar contas à Chanceler da Alemanha. E quem nos tornou estes desgraçados que são “chamados” foi este desgraçado Primeiro-Ministro e a sua trupe que nos desgoverna.
"Esta coisa de Sócrates ter sido “chamado” a ir à Alemanha explicar-se à Chanceler é inexplicável." Não é nexplicavel é inadmissível, mas se fosse Passos Coelho seria o mesmo. Não é o problema do desgoverno socialista é o centrão e poucas alternativas. Vê Vasco eu comento qdo não é futebol.
O problema, henedina, é que os socialistas estão no poder desde 1995 (foi há 16 anos), o PSD/CDS estiveram 2,5 anos, muito atrapalhados, e o Sócras está há 6 anos. O 2º problema, henedina, é que há 3 anos que sabíamos que isto podia acontecer e o Sócras esteve a enganar os portugueses. O 3º problema, henedina, é que Sócras é o chamado e pelo que fez.
Pretender diluir isto e tentar atirar as culpas para todos não funciona.
Eu não estou a defender Sócrates. Acha que eu estou a defender?Apenas acho que há um carreirismo partidário que não me parece exclusivo do PS. É exclusivo dos partidos do poder que alternam em Portugal. E isso é que tem de mudar.
É, de facto, inacreditável. Na TSF estavam todos contentinhos porque Sócrates ía mostrar valores favoráveis sobre a evolução das contas públicas. Mais: vai lá para meia hora de conversa... Parece um país de tolinhos.
Sócrates foi “chamado” por Merkel, como o foi, também hoje, o chanceler austríaco e como o têm sido vários chefes de governo europeus nas últimas semanas e meses. É normal, homem. Areje e saia da paróquia. O problema, se a direita quiser discutir de forma séria o país que somos e temos sido nos últimos quase 40 anos, é que não funciona pregar a tabuleta de 1995, altura em que o país espectacular e a andar de jipe que tínhamos foi tomado de assalto pelos malandros dos socialistas. Ou fingir que da última vez que os portugueses confiaram na direita uma alternativa de governo (e foram 3 anos, não 3 semanas…), este foi um acidente, como se tivesse saído num cupão de concurso televisivo, tão bem correram as coisas... Também não funciona fingir que o país que somos e herdámos, em nada se deve à governação da direita em 13 dos 15 anos – profundamente estruturais - anteriores a 95 (e nos outros dois, de forma conjunta, em bloco central). Ou apagar que, antes dos aventureirismos de Eanes, até a pequena agremiação do Palácio de Cristal governou - vejam lá! – ao lado de Soares. Como também fez parte da receita em outros momentos e está mortinha para voltar a fazer. O que é verdadeiramente inadmissível, Vasco, é ninguém se indignar por ter sido obrigado a andar a ver “o dia seguinte”.
Eu não o conheço de lado nenhum mas, da maneira como reage e diz as coisas, parece-me ser alguém vindo das berças que chegou a Lisboa e ficou embasbacado a salivar (para usar uma expressão de que deve gostar) com aquilo tudo e um qualquer lugar que o PS lhe terá arranjado. Bom proveito.
Mas aproveito para lhe ensinar que não tenho memória de, na História de Portugal, algum governante ter sido “chamado” a ir à Alemanha ou a outro país qualquer prestar contas (talvez durante o domínio filipino, e mesmo aí não sei…). Não só nos últimos 40 ou 80 anos mas nos 800 anos da nossa História.
Você, que é muito arejado e já saiu da paróquia (deve até tentar esquecê-la ou escondê-la dos novos amigos) acha normal que o Primeiro-Ministro de Portugal “seja chamado” a ir à Alemanha “prestar contas”. Imagino que ache um progresso civilizacional, uma coisa muito moderna, assim tipo Magalhães, o nosso Primeiro-Ministro ser “chamado” a “prestar contas” a quem devia ser um par. Pois eu acho isso uma parvoíce.
Mais do que uma parvoíce, considero isso uma submissão intolerável, uma dependência insuportável. E comigo julgo que qualquer pessoa que minimamente saiba o que é uma nação independente. E, diga o que disser, julgue o que julgar, Sócrates é o primeiro governante que é chamado por quem devia ser apenas seu igual e ele vai, qual cordeirinho, de monco caído, olhos e nariz no chão, tudo por conta do que tem feito e envergonhando todo o país.
O que V. considera normal é uma ignomínia, um insulto e uma vergonha para todos os portugueses. V., que é tão arejado, diga-me lá: em que paróquia andou? Não lhe ensinaram isto? — Assim percebo que a queira esquecer e esconder
Por acaso, não vim das berças. Mas se fosse o caso, não vejo de que me devesse envergonhar. Sabe, não é necessário vir das berças para exibir a elegância de um carroceiro. Acontece até nas melhores famílias, com verniz mais fino. Quanto ao que interessa, leia novamente a minha primeira frase. As vezes que achar necessário. Não há pressa.
Curioso? A que propósito, justiceiro azul? (e pergunto-o partindo do pressuposto de não me estar a dirigir a uma personagem do street fighter). Em que se baseia para depreender que não gosto de couves? Não gosto, é verdade, de café com leite, nem de frutas para dormir. Do primeiro porque não, das segundas porque não necessito do catálogo, nem para o sono dos justos, nem para os outros.
Concerteza que não acho que não gosta de couves pelo facto de o alguma vez o ter visto a comer cozido ou não goste de caldo verde. Berças são couves galegas, foi só um jogo de palavras.
Não sei o que é o street fighter.
Não percebo essa do café com leite e fruta de dormir. Vejo que alem de defensor da maior anormalidade da história do governo de Portugal, também joga pelo lado dos vermelhos.
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