A diz que B mentiu, B diz que C mentiu e por aí fora. Nenhum momento é suficiente grave para que os políticos veteranos actuais se comportem como se defendessem os interesses do povo. Os colunistas e blogues agenciados ( alguns são os mesmos que gozam das irrelevantes rivalidades clubísticas) seguem os chernes.
Caberá, portanto, a novos políticos tomar o lugar dos antigos. Já uma vez aqui trouxe um artigo de Orwell, publicado no Tribune no pós-guerra. O que o incomodava era ver a Inglaterra regressar aos velhos vícios: as bombas não serviram para nada. No nosso caso nem é necessário esperar pelo fim da crise.
Noutro plano, no dos escalões ascendentes, quanto tempo terá de passar para nos convencermos de que não pode ser meia dúzia de carreiristas de partido aparelhados num punhado de seccionistas a decidir quem nos governa?
Volto ao que já tenho dito: O facto de se poder eleger quem nos governa é um grande benefício da democracia, mas não é o maior. A maior contribuição que a democracia dá à Humanidade é o poder de destituir governos que foram eleitos. Dirão: "isso é ver a democracia pelo lado negativo. Ver pela positiva implica escolher os partidos de acordo com o que propõem." Isso é verdade mas desarma-nos quando os partidos não cumprem o que prometem. Sim, a minha principal motivação nestas eleições é, tão simplesmente, extirpar deste país o mais vil exercício de poder desde que me conheço.
Continuo a pensar, caro FNV, que é preciso votar. Os da minha criação ( e outros ) lutaram por isso e continuo a pensar que é um acto fundamental, não o único, mas não votar custa-me. É sentimental, mas vivemos dos e com sentimentos. Vero ? Um abarço benfiquista
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.