A política partidária é, de facto , para seres muito especiais.
Passos Coelho tem três vantagens atribucionais: é governo-virgem, é novo e usa um estilo cordato. Com o país na situação que está, a ideia fixa e simples seria apenas uma: vocês fizeram isto, vocês vão embora. E não deve pedir uma oportunidade, deve mostrar que tem de haver uma mudança. As ideias fixas e simples destinam-se a ser assimiladas pelas pessoas. Isto é uma corrida eleitoral, não é o clube dos pensadores.
O que tem acontecido é o inverso. O PSD solta indivíduos que dizem que quem ganha 5.800 euros não ganha para os tremoços, lança continuamente ideias de barro a ver se pegam e adicionou o dr. Catroga, que, mediaticamente, tem o único efeito de fazer parecer PPC um menino de escola.
Nas próximas semanas, se PPC for para a estrada sozinho com o método, as pessoas dar-lhe-ão a vitória.Talvez curta, masuma vitória. É a lei.
Se se esconder atrás de comunicações confusas e for desmentido de forma sistemática pelos seus colaboradores ( sim, esses são o perigo, não os rogues que tanto preocupam os blogojornalistas-assessores) de cada vez que abre a boca, então Sócrates ganha.
Passos só reforça, ele próprio, a manta de retalhos que é o PSD. Ainda tento entender como é que alguém pode ter cão (Catroga) e caçar com gato (Relvas, Marco António, etc). O "diz-me com quem andas..." não é para ser literal, mas também não é para a gaveta. Não percebo como alguém que conta com alguma confiança de parte de gente respeitável deita esse capital a perder com as caras mais próximas.
"Com o país na situação que está, a ideia fixa e simples seria apenas uma: vocês fizeram isto, vocês vão embora."
Pois. Mas quando sou eu a dizer isso lá vem um sábio explicar que dou mais importância ao marketing político do que à "política a sério", etc. Nunca podemos ser muito claros em Portugal, a corte não gosta.
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