Apresentar este cheque-poupança-futuro de 200 eypos como um incentivo à natalidade é um insulto a todos os pais e todas as mães que sabem, ao contrário deste governo socialista, o que custa e quanto custa ter e educar um filho.
A MAGNA QUESTÃO:
O problema já nem é saber em quem confiamos as nossas poupanças para os próximos quatro anos, é saber para onde foram as nossas poupanças nos últimos quatro anos.
O PORQUÊ DE TANTA PROMESSA SOCIALISTA:
O facto do Partido Socialista andar a distribuir promessas para os próximos quatro anos evidencia que não tem obra dos últimos quatro anos para apregoar. Se tivesse, não vinha com mais promessas.
Na caixa de comentários de mensagem aí em baixo, Daniel interroga-me sobre algumas questões sobre as férias judiciais. Eu explico. Os magistrados e os funcionários têm os mesmos dias de férias que as outras pessoas. Mas só podem gozar as suas férias, em princípio, ou em primeiro lugar, no período de férias judiciais (altura em que os prazos estão suspensos, excepto para um já elevado número de situações). Mas os tribunais nunca fecham, estão sempre abertos, e funcionam para muitos casos ainda que em férias judiciais (imagine situações de crime, de urgência, ou para saber com que progenitor vai a criança de férias, inúmeras situações). De forma que se todos gozassem as suas férias no período de 1 a 31 de Agosto, os tribunais de todo o país fechavam por falta de gente e a resolução dos problemas das pessoas não se verificava. Por isso, nem todos podem gozar as férias nessa altura, terá de haver repartições, turnos, trocas, etc. Por esse motivo (entre muitos outros), o período de férias judiciais dentro do qual magistrados e funcionários podiam gozar as suas férias era de dois meses. Por lealdade e igualdade de armas, durante esse período os prazos estavam suspensos também para advogados (na defesa dos particulares). Convirá o Daniel que se lhe marcarem o julgamento para 27 de Agosto terá muita dificuldade em convencer as suas testemunhas a comparecer na audiência se elas estiverem em férias. Deixe ainda que lhe diga que os profissionais liberais não fazem férias quando querem, mas só quando podem. Se os advogados, que não podem gozá-las durante o ano por força dos prazos judiciais sempre a correr, forem todos gozá-las de 1 a 31 de Agosto, também dificilmente encontrará um que lhe possa fazer o julgamento.
Hoje em dia, o que acontece é que os prazos contam para os particulares e advogados, mas estes mandam as suas peças para tribunais que não estão a funcionar ou estão a funcionar deficientemente porque os funcionários ou os magistrados estão a gozar o seu natural período de férias. Como quase tudo o que este governo socialista faz, tratou-se de mera cosmética: o serviço público está na mesma parado ou bagunçado, os particulares (e os advogados) é que se encontram obrigados a estar activos.
Fiz-me entender agora, Daniel? É como se o governo o mandasse ir para a fila de espera dos Hospitais quando os médicos e os enfermeiros estão de férias. É a mesmíssima coisa.
Engraçada, toda esta novela à volta das contratações do PS no defeso. Aflige-me pouco e não me surpreende nada que o PS alicie com tachos e panelas aqueles que com isso se deliciam. Não é novidade, a política portuguesa é assim e teria mais curiosidade em saber o que comeram nos almoços em que os convites terão sido feitos, ou quem os pagou, do que no resultado da refeição. Já o caso de Joana Amaral Dias me espantou um pouco. Não por ter dado a tampa no oficial do PS destacado para sondar ou formalizar o convite, não por ter ido imediatamente para o confessionário relatar tudo ao Anacleto Louça, não por se ter remetido ao silêncio depois das intervenções deste último, não obstante Vieira da Silva e Sócrates terem vindo, ambos, de lição bem estudada, dizer a graçola de que não a viam há três anos. Tudo isso se podia esperar de Joana Amaral Dias. O que me pasmou nela, aquilo que eu não estava à espera, é que permitisse à RTP filmá-la em casa, no recato burguês todo florido (coisa que imaginava proibida pelo BE), em poses estudadas, a descer pausadamente a escadinha de livro marcado na mão, ou depois a lê-lo, por entre uns penduricalhos a fingir pingentes de cristal, oferecendo ainda ao câmara um grande plano de massagem de perna: isso eu não estava à espera de Joana Amaral Dias.
posted by VLX on 7:50 da tarde
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(9) comments
SEM NINGUÉM QUE NOS DEFENDA:
O infeliz que os meus Colegas resolveram eleger continua, na minha opinião, a pretender e defender qualquer coisa que nada tem a ver com o interesse dos Advogados. Que a consiga depressa e que lhe faça bom proveito, de modo a que se vá rapidamente embora, é o que lhe desejo de todo o coração.
Agora resolveu atacar novamente os Magistrados Judiciais, acusando-os de serem aqueles que impedem os efeitos supostamente positivos da bondosa medida socrática da redução do período de férias judiciais durante o verão. Alegadamente, os Magistrados estariam a marcar menos diligências na última quinzena de Julho e na primeira de Setembro, o que inviabilizaria os “méritos” da medida popularucha do governo socialista.
É triste, tristíssimo, que Marinho Pinto seja o único que não se tenha apercebido de que os Magistrados Judiciais, do Ministério Público e os Funcionários Judiciais se estão completamente nas tintas para a existência ou não de férias judiciais. Eles têm o seu período de descanso garantido, aconteça o que acontecer às férias judiciais. Os Advogados é que deixaram de poder contar com um período de descanso. E, com eles, os seus constituintes. Em última análise, estes é que ficaram a perder: para eles os prazos contam, para os outros conta o natural direito às férias. E afigura-se-me natural que um Magistrado não marque diligências para o Magistrado de turno as fazer sem conhecimento dos processos.
Dantes havia um período leal igual para todos em que o jogo estava suspenso, suspenso para todos (com excepção das inúmeras situações urgentes, devidamente acauteladas). Durante esse período, em igualdade de situação, todos poderiam escolher o seu tempo de descanso, de trabalho, de estudo, aprendizagem e aperfeiçoamento.
Agora o jogo está suspenso para aqueles que naturalmente têm direito às suas férias e activo para os desgraçados que não têm direito a férias – Advogados e seus constituintes. No limite, acabando de vez as férias judiciais, um Advogado arrisca-se a deixar de ter um período de descanso. Os Magistrados não correm semelhante risco. Marinho Pinto não percebe a evidência.
Marinho Pinto orienta-se por uma fúria cega contra os Magistrados. Ou então por outro qualquer interesse difuso que só ele poderá explicar. Os Advogados é que certamente não encontram explicação para que não haja defesa dos seus interesses mais básicos.
posted by VLX on 4:42 da tarde
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(14) comments
“REGRESSO DO BENFICA EUROPEU” (retirado da primeira página de A Bola):
No fundo, a vida é feita destes pequenos momentos de comicidade.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.