posted by VLX on 11:25 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA ( FIM DE JOGO):
1) Ontem pedia aqui que virássemos um o-2 em Alvalade, Braga ou no Dragão. Disse que nessa altura seríamos uma equipa séria. Não virámos. Não somos ( ainda) uma equipa séria. O Braga jogou bem e teve muita sorte. Moisés impecável. Também Jorge Sousa foi eficaz ao anular um dos pontos fortes do Benfica, as bolas paradas.
2) Os que acham que o Cardozo é muito bom, porque, na Luz, naquelas orgias de mão cheia, converte dois penalties e marca um livre directo, revejam a miserável 1ªparte do jogo de hoje. Quando é a sério é a sério.
3) Tenho o Domingo estragado. Se houver jogo, alguém vai pagar. Isso é certo.
4) Keirrison, o sinapismo nº 2 ( o 1º toda a gente sabe qual é).
posted by FNV on 11:03 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA AO INTERVALO ( 0-1):
Intimidação dentro e fora do campo. Como eu dizia no outro dia, é nestas alturas que se vê o que vale uma equipa. E já se sabe: se quisermos dar a volta ao resultado teremos de marcar quatro golos. Logo hoje que me apetecia uma coisa ligeira.
posted by FNV on 10:05 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA:
1) Não sei porquê, lembrei-me do Cavungi. E o Padinha ( um martirizado pelas lesões) também daria jeito a JJ. Adiante.
2) Mossoró: vai ser a chave. Se cair em cima do Javi, expulsa o Javi em vinte minutos; se cair nas faixas e arrastar o Javi, abre um buraco; se o Javi ficar quieto a cortar as unhas, os nosso laterais improvisados colapsam. E se lhe fizéssemos o que fazem ao Di Maria nos primeiros 15 minutos?
3) O Benfica é uma equipa em menorragia permanente. Ambrósio, hoje apetecia-me algo especial: 1-0 e no útimo minuto.
3) No mínimo, dois penalties sobre o Aimar. Não assinalados.
Quem precisa de assessores de imprensa? Um desperdício. Uma dúvida me transfigura enquanto ponho as meias a secar: é eticamente correcto trabalhar simultaneamente para o PS e para Passos Coelho? Talvez seja e até talvez faça sentido.
posted by FNV on 11:03 da manhã
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DANTE ROSSETI, SEMPRE:
Os pré-rafaelitas são visita da casa. A modas são as modas e bem poderíamos estar a ler Leonor Lencastre ( Marquesa de Alorna) ou Tomás Gonzaga. Os PR têm outro aplomb. Este poema leio-o sempre como uma tese sobre o amor à primeira vista: só eu te reconheci. Quase que enjoa. Quase.
To all the spirits of love that wander by Along the love-sown fallow of sleep My lady lies apparent: and the deep Calls the deep; and no man sees it but I.
Hoje, os blogues agregados não fizeram refererência à notícia do dia. Nem análises aprofundadas, nem dichotes, nem declarações de amor. Uns dedicaram-se ao que realmente interessa, outros, à ginástica e às redes sociais .
Adenda: o JM do CC fala-me de Pide a propósito deste post. É a desorientação geral. O caso é assim tão grave? Não fazia ideia.
Nas autarquias o partido funciona bem, costumamos ouvir. É um erro. Não existe rasto de semelhança entre Rui Rio e Santana Lopes ( cinco vitórias no conjunto), Miguel Albuquerque e Encarnação, Seara e António Capucho. Existem vitórias em comum, todas por razões diferentes. O que funciona bem é ausência de de funcionamento comum. Entregues aos seus problemas, e aos horos específicos para os resolver, os autarcas do PSD , na prática, são franco-atiradores. A escolha de PSL para Lisboa significou isso mesmo: ele não não tem muito a ver connosco mas é o que tem de ser. O episódio Moita Flores serve para os que tenham compreensão lenta.
Eu conto-vos. Primeiro, os passarões são apanhados ao telefone a dizer coisas terríveis. Depois de constituídos arguidos dizem que o que estavam a dizer não é o que as pessoas pensavam que estavam a ouvir. Por exemplo, fruta à noite nos quartos é apenas fruta à noite nos quartos. Umas semanas depois, os advogados dos passarões pedem ao juiz que considere as escutas ilegais , porque faltou a autorização nº 2365/BG-8: as escutas não são permitidas em assuntos de hotelaria. Finalmente , passados uns anos, os passarões reclamam do estado uma indemnização. O filme que hoje estreia até tem um inspector do Apito Dourado e um arguido "suspeito porque gosta de carros topo de gama". Não se excitem, poupem uns euros e esperem que passe em canal aberto.
posted by FNV on 11:15 da tarde
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OUTOMO (XVI):
Desbastos de nabos três vezes bicados. Ou seja, a rama de nabos ( desbastados) da Aveleira, regados três vezes ( lá se foi à bica) quando foram plantados. O resto veio do céu. Aferventados com batatas tão boas que desfazem a boca. Um fio de azeite do Fundão. No final, uma talhada de Terrincho curadíssimo ( afugenta-psis) para namorar o vinho. Barato, bom e completo.
Parece evidente que as bases e o eleitorado fiel não constituem matéria suficiente para que o PSD volte a ser governo. E ainda bem, porque o partido poderá, finalmente, pensar sossegado. A minha perspectiva é a de um vulgar e anónimo cidadão que tem a sorte de ser lido por alguns leitores de blogues. Isto significa que não sou bem relacionado nem influencio ninguém. Sou, portanto, primo do famoso "Zé" ( José até é o meu primeiro nome). Também significa que não sou o verdadeiro "Zé": esse não lê blogues, mas decide eleições. Se um cidadão quiser colaborar com o partido tem a noção exacta de que não é bem vindo. Isto acontece porque o cidadão sabe que o partido promove uma carreira. Ora, um cidadão que já tenha uma carreira não está interessado noutra. A carreira vê-se todos os dias. Desde os microcéfalos que porque colaram muitos cartazes hoje são deputados, até aos penduras que buscam, com tenacidade de podengos, uns gramas de poder e notoriedade. O que quero dizer é que a contribuição desinteressada é vista como sarna. É alienígena ao ambiente reticular de compromissos, facções, serventias e traições. O que me impressionou na experiência MFL não foi a guerrilha que lhe fizeram. Essa é uma planta nativa no ambiente local. O que me impressionou foi que as críticas à forma, ao conteúdo e ao método utilizados por MFL foram francas: aquela gente não quer um chefe que diga a verdade, que não prometa leite e mel, que recuse fazer gracinhas para os media. Por último, a ideologia. Alguém, no seu juízo perfeito , julga que uma alcateia de lobos produz ideologia? O partido terá, daqui a uns anos, um conjunto de leituras da realidades e um punhado de princípios orientadores se estudar e recolher ideias. Caso contrário continuará a ouvir. O uivo dos lobos.
Ouvi ontem na TSF uma representante disto. Quem não sabe falar não deve ir à rádio, mas, enfim, lá me interessou. A coisa é uma parcela dos movimentos alter-globalização, tem uma associação e uma revista em França, etc. Pouco me importa a cor da pele. A carne é outro prato. Gosto do conceito de decrescer. Por que raio haveremos de estar sempre a crescer? A pleonexia é a irmã má, no plano individual, do decrescimento. Não quero saber da pobreza nas atopias comunistas. Pode-se viver sem um apetite desmesurado pela riqueza, ou pelos símbolos de ascenção social, sem viver numa ditadura atroz. Estou a ficar um velho esquerdista, ou então, hipótese benigna, um aprendiz de Epicuro.
O meu único - e curto - comentário ao caso foi este. Foi assim porque não tenho interesse nenhum em achincalhar a senhora e nunca utilizo ( em discussões sérias) o argumento da idade. O título é bizarro porque leva a coisa para um ajuste de contas original: ninguém sabe nada. O comentário final é familiar porque descobre a natureza ( anti-comunista) do inimigo. Era assim quando há trinta anos se falava do gulag, de Katyn, dos laogai, etc: tudo invenção dos anti-comunistas primários. Sei-o bem, fui criado a ouvir a esses lamentos. A citação do post do Vítor Dias apresenta o elemento mais interessante. Passou-se da fase da negação para a da equivalência. É óbvio que os nazis poderiam dar - e alguns ainda dão - o mesmo argumento: contemos os mortos e façamos as contas. De qualquer forma existe um progresso assinalável: aceita-se a parte criminosa da experiência comunista ( um texto no mesmo blogue utiliza a palavra "ignóbil").
1) Não estou a gostar nada deste carro de Dionísio cheio de bacantes embriagadas. Ainda hoje a empregada da clínica me dizia que estava 3-0. Passado um bocado pergunto-lhe outra vez: 2-1. Também não gosto de contrafacção. A pancadaria no túnel é D.O.P. - denominação de origem protegida. O que é do Fóculporto deve permanecer do Fóculporto.
2) Se o partido é uma estrutura embrionária do Estado ( Gramsci, Quaderni del carcere, pp226 ed. IP 1971) , o Benfica é uma estrutura finalizada da sociedade. Não fazemos pirraça, não é esse o objectivo final. Antes de o jogo começar , aí sim, está correcto.
3) Ainda não somos uma equipa séria. Talvez quando virarmos um 0-2 em Alvalade, em Braga, ou no Dragão. Sofrer, meninos, sofrer é que faz crescer.
E pensar que há jornais que se gabam de transcrever correspondência privada de terceiros. Só em matéria de opinião política é que as fontes são altamente confidenciais.
É extremamente vivificante ter verificado que o talhante só viu o primeiro cartão, e amarelo, ao minuto 66. Lito e Sougou são os homens invisíveis, caso contrário o Fóculporto teria jogado com dez desde o minuto 13. Depois os golos, numa criativa interpretação da lei do fora-de-jogo: os avançados do Fóculporto também devem ser invisíveis.
Continuo a pensar que não há alturas ideais para discutir questões de direitos civis. Quem julga que é necessário um certo grau de humidade, ou a melhora da economia, para discutir a reinvindicação de direitos por parte daqueles que se julgam discriminados, não deve participar da vida política democrática. O efeito deste tipo de oposição até é precisamente o contrário. Se estamos numa altura economicamente difícil, então deixemos os homossexuais casar à vontade e sigamos rapidamente para a discussão dos tais assuntos mais importantes. Se alguns se opõem a essa concessão, que façam campanha, que refilem, mas que participem. Num país que durante meio século não discutiu porque não podia, e que a seguir discutiu pouco porque quem não fosse socialista era fascista, discutir é o que faz falta.
posted by FNV on 7:01 da tarde
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PARA ENCERRAR DE VEZ O ASSUNTO:
José Saramago diz que Deus deveria ter vedado a macieira com rede. A afirmação evidencia que Saramago não percebe nada de Deus, não percebe nada da Bíblia, nada da religião cristã nem percebe nada da liberdade do Homem. Perante isto, insisto, o assunto não merece mais discussão.
posted by VLX on 3:40 da tarde
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O PORTUGAL MODERNO E COSMOPOLITA (VI):
Corre-nos nas veias - e há muito tempo - neste local: no ambiente como noutras áreas. Ao mesmo tempo que nos esforçamos para garantir o bem estar dos tigres nos circos, deixamos a poluição avançar sossegadamente nos rios portugueses. Os pescadores desportivos que o digam. É mais fácil, muito mais fácil, legislar sobre tigres em circos do que vergar indústrias que têm peso social e político. O ar moderno e cosmopolita entra pela janela da irrelevância bem condicionado pelo aparelho mediático.
posted by FNV on 12:02 da tarde
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OUTOMO (XIV):
Cada vez menos paciência para uma certa fauna. A anta que desce a escadinhas de livro na mão com um olhar de javali psicossocial; a bertoldinha que se zanga dez vezes com a a amiga na mesma semana e acaba a comprar sapatos para desanuviar; o transsexual teórico que lhe apetece mudar outra vez sempre que debica peito de capão confitado com fondant de fava penca. Depois páro e ganho juizo. Deixá-los estar. Antes eles que eu.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.