posted by VLX on 3:39 da tarde
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BENFICA VOLTA A PERDER!
Seguia o defeso como habitualmente quando a FIFA veio pôr fim a uma querela estapafúrdia inventada pelo Benfica e declarar que, em Portugal, quem efectivamente tem mais títulos conquistados é, indiscutivelmente, o Futebol Clube do Porto.
Ao longo das últimas semanas, alguns comentadores tinham repetidamente feito a triste figurinha de calcularem o número de troféus de cada equipa contabilizando uma taça de meia-tigela, aparentemente recebida na sequência de uns jogos quaisquer disputados entre amigos e que foram desenterrar do pó dos anos de mais de seis décadas.
A FIFA acabou de vez com esse disparate, declarando que essa taça de meia-tigela "não merece o reconhecimento", decisão que não deixa de ser uma enorme frustração para todos os vermelhos que se imaginavam ainda empatados com o FCP neste particular, pelo menos até Agosto.
Mas esta decisão da FIFA constituiu ainda um outro estrondoso desaire para o Benfica que, com ela e a consequente vitória do FCP neste campo, perde a invencibilidade que até aqui mantinha nos campeonatos do defeso.
A coisa fica, então, assim ordenada (até Agosto):
Troféus a sério (incluindo taças da liga, é certo...): FCP – 69 SLB – 68
Campeonatos do defeso: FCP – 1 SLB – todos menos um
posted by FNV on 9:20 da tarde
#O PROBLEMA DOS PORTUGUESES:
O problema dos portugueses é verem o Estado como uma coisa afastada, distante, que não é deles, e da qual apenas devem sacar o que puderem. Erro.
O Estado deveria antes ser visto como uma sociedade comercial, na qual participam como accionistas todos os portugueses, que com esforço tiveram de realizar o capital social necessário ao giro da máquina. Essa sociedade deveria ser bem gerida, proporcionando aos portugueses os benefícios, qual dividendos, dessa boa gestão.
Se assim imaginassem o país, os portugueses-accionistas estariam mais atentos à eventualidade de um ou outro accionista estar a delapidar a sociedade, através de baixas fraudulentas por doença, por exemplo, ou por receber dividendos indevidamente (através de um qualquer rendimento mínimo apenas por não pretender esforçar-se ou trabalhar).
Mas, acima de tudo, os portugueses-acconistas estariam atentos à administração que escolheram para dirigir tal sociedade. E se assim fosse, uma vez chegado o momento da administração prestar contas e ser avaliada, o que aconteceria? — Os accionistas seriam confrontados com a dura realidade: essa administração tinha falseado e martelado as contas, tinha escondido dos accionistas a sua péssima e desastrosa gestão, tinha mentido, tinha (ou os cônjuges por si) feito negócios com a sociedade, tinha-se endividado até mais não poder, tinha levado a sociedade à beira da insolvência e com ela quase a banca, atrasado o dever de se apresentar à insolvência, tinha provocado a necessidade vexatória de intervenção de outras sociedades, parceiras ou concorrentes, que passariam a mexer os cordelinhos da administração da nossa sociedade, impondo-nos regras e comboios de que não precisávamos. E, mesmo na ruína e na humilhação, essa administração continuava a mentir, a nomear amigalhaços às escondidas, a endividar-se, a prometer despesas futuras que obviamente a sociedade não poderia comportar.
Perante esta realidade, os accionistas eram ainda confrontados com a necessidade imperiosa de, de um dia para o outro, terem de aumentar o capital social da sociedade, ou de realizar suprimentos em condições miseráveis, ou de ficar sem a distribuição de dividendos durante um largo período da sua vida, ou tudo isso bem somado, para desgraça de todos, deixando para as gerações futuras, em herança, títulos que de nada valem.
Se os portugueses vissem o Estado por este prisma, na assembleia geral de accionistas que se aproxima correriam a pontapé esta administração socialista de Sócrates & demais pandilha, ponderando mesmo como punir esta gestão danosa.
A nossa sociedade ficaria seguramente muito melhor e teria ainda alguma hipótese de ser herdada pelos filhos de todos os portugueses-accionistas sem que estes tivessem de se envergonhar do rasto que deixam.
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