CASE STUDY (2): A propósito do caso de Terry Schiavo, o Adufe emitiu a sua opinião, o Janela para o rio já tinha emitido, alguém (que eu já não me lembro)esclareceu que talvez não seja um caso de eutanásia porque não há declaração de vontade e o Bloguitica exorta-me a largar um míssil. Acho que o vou desapontar, porque este é um dos temas perante o qual não tenho certezas. O argumento do Adufe favorável à eutanásia parece-me razoável, mas depois surgem estes casos-limite que nos levantam dúvidas.
Tendo, nestas matérias morais (eutanásia, aborto), a privilegiar a liberdade individual e a decisão individual, que acho serem, em regra geral, melhores do que qualquer decisão imposta pelo legislador, por um padre, por um rabi ou por um imã. No entanto, o que incomoda nestes casos-limite é a noção que um eventual abuso desta liberdade significa uma situação de não retorno.
Quando intitulei o post como Case Study foi justamente porque, mesmo lendo a peça que me pareceu equilibrada da Newsweek, não consegui formular uma opinião definitiva. A blogosfera também serve para isto: para partilhar dúvidas eternas.
E numa altura em que toda a gente tem opinião sobre tudo, aqui estou eu candidamente a explicar que há questões sobre as quais não consigo ter certezas.
Pode ser que os nossos penalista e psi nos iluminem. Não em termos de certezas, mas para podermos ter uma opinião mais informada sobre a matéria.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.