A ELASTICIDADE DA DEMOCRACIA (I): Não acho que a vitória do Hamas nas eleições palestinianas tenha trazido um problema novo, ou, pelo menos, tão novo quanto se proclama. Em primeiro lugar, não nos devemos deixar impressionar com o facto de o Hamas constar da lista de organizações terroristas fabricada pelo Conselho da União Europeia. Como escrevi aqui há mais de dois anos, precisamente a propósito do Hamas, estas listas são expressão de juízos políticos, e, por isso, da ordem da conveniência e da oportunidade, e, por isso, volúveis (como a história o demonstra). Assim sendo, o problema é já antigo, ao menos em parte, e põe-se sempre que a democracia é confrontada com os seus limites: parafraseando um slogan muito em voga na Alemanha dos anos 70, pode haver democracia para os inimigos da democracia? Quando formulamos esta pergunta, estamos a utilizar dois conceitos diversos de democracia: o primeiro ("pode haver democracia") inscreve-se num registo puramente procedimental, de organização do poder através de certos meios - neste sentido, a democracia é um fim em si, para utilizar a distinção a que o FNV aludiu aqui; o segundo ("os inimigos da democracia") é já de natureza substantiva, e pretende significar um conjunto de valores que não decorrem necessariamente do primeiro, mas que, gerados pelas ideias do Estado de direito e do respeito pelos direitos humanos, participam do acervo ético incorporado pelas democracias ocidentais. Daqui decorre uma diferença fundamental entre os dois sentidos da palavra: o primeiro, enquanto mecanismo de organização do poder, é facilmente universalizável; o segundo, porque substancial, implica uma certa concepção de democracia - e a discussão passa então a girar em torno de "núcleos essenciais" e "características acessórias" do que seja uma democracia. Porém, se bem vejo, essa discussão só interessa no plano onde os Estados ocidentais não a querem pôr: o das relações internacionais (reconhecimento, relações diplomáticas, ajuda económica) com um proto-Estado. Por um lado, porque lhes é evidentemente mais fácil curto-circuitar a questão negando logo a existência de um interlocutor; por outro lado, porque aquela discussão implica auto-exposição e auto-exame. E há armários que todos temos receio de abrir.
A eleição do Hamas é um passo positivo para o esclarecimento: guerra ou paz. A Fatah e Arafat foram uma criação do KGB e das ilusões da esquerda/centro da Europa Ocidental incluíndo os arabistas do Foreign Office e Jornalistas.
O problema será a moral enviesada da Europa e em menor escala dos EUA. Pela "paz" que para o Hamas provavelmante quer dizer "hudna" vão financiar a Sharia na Palestina.
Hamas demands return of Seville in internet children's magazine Spain Herald
The children's website Al Fateh (http://www.al-fateh.net/) property of the Palestinian terrorist group Hamas, demands in its most recent issue the return of the Spanish city of Seville to the "lost paradise" of Al Andalus, as the Muslim part of Spain was called during its existence between 711 and 1492. The web magazine, whose name means "conqueror," says it is for "the young builders of the future."
The web magazine, whose name means "conqueror," includes an article in which the city of Seville itself is the narrator, saying, "I beg you, my loved ones, to call me to return along with the other cities of the lost paradise to Muslim hands so that happiness may reign in my lands. Dress me, for I am the bride of the land of Al Andalus." (...)
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