Depois de ter enunciado os aspectos gerais do movimento, vejamos algumas categorias específicas. Comecemos pela redefinição da escolha sacrificial do novo
cyborg.
Durante os anos da construção do mito - das mulheres subalternizadas - o espaço doméstico foi ignorado em favor da apropriação dos mecanismos de poder da esfera pública. As feministas queriam sair de casa e fazer de cada empresa, de cada fábrica, de cada escola uma Estalinegrado político-sexual. A condição masculina podia ter aproveitado para conquistar, no ambiente doméstico, as condições de independência outrora negadas. Não foi isso que aconteceu.
Saindo de casa as mulheres deixaram para trás um território queimado. O antigo território familiar , generoso e solidário, é hoje um
não-lugar ( tomando a definição a Marc Augé). O homem nem sequer pode tirar vantagem de ter de fazer muitas das tarefas domésticas actuais, pois a casa é hoje um espaço ( daí ser um não-lugar) molecular, fluido e transitório.
Oprimido por um corpo de saberes alistados com a supremacia feminina ( as psicologias, o estudos feministas, os discursos de igualdade, as quotas), o homem ocidental é hoje um
cyborg ( reconstruído ao sabor das conveniências) sacrificado.