Bom mesmo seria juntar na mesma equipa o Pereirinha e o Farnerud.
posted by FNV on 11:45 da manhã
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SOBRE REFORMAS:
O meu herdeiro mais velho teve dois feriados no primeiro período do corrente ano lectivo. No ano passado a média foi de um feriado/mês. Está no 9º ano. Quando o garoto estava no 5 e 6ºanos, tinha uma média de três feriados por semana. O que mudou? Aulas de substituição e obrigatoriedade dos professores permanecerem na escola durante o horário escolar. Na altura foi garantido que esta reforma ia ser a) um fracasso, b) contraproducente, c) perigosa. É a cartilha do pensamento conservador (para os que conhecem Hirschman ou a mentalidade portuguesa).
Vai passando a ideia de que não há moderados no Islão: em Portugal, Pacheco Pereira e Pulido Valente não perdem uma oportunidade de o afirmar. Quer dizer, de Rabat a Jacarta é tudo fanático. Mas há, e são frequentemente abandonados pelos Novalis do nosso tempo. Sugiro para hoje a visita a um último moicano e a leitura desta polémica.
O Prof. Gomes Canotilho afirmou, na oração de sapiência do Instituto Bissaya Barreto, que a Universidade de Coimbra é hoje uma "escola provinciana".
posted by FNV on 10:53 da manhã
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ODI PROFANUMVULGUS:
E arceo. O que Horácio queria dizer com isto é que a populaça deve ser mantida à distância. Se Horácio o disse, o eng.º Sócrates melhor o fez: promessas - de referendo - leva-as o vento.
posted by FNV on 10:48 da manhã
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TALVEZ FEVEREIRO?
O dr. Menezes não ia para a frente das manifestações contra o encerramento de serviços de urgências, mas foi; não ia dizer mal da Ota, mas disse; agora acha que a culpa das baixas pensões é do empresário que pediu dinheiro emprestado à CGD. Das duas uma: ou é esta a "oposição a sério" que prometeu para Janeiro, ou é esta a "oposição a sério" que prometeu para Janeiro.
Se no Outono a economia estiver pelas ruas da amargura , entre Obama e o tipo que faz lembrar Eisenhower os americanos não se vão enganar.
posted by FNV on 9:22 da tarde
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TABACO* (III):
Durante muito tempo houve três teorias sobre a origem do nome: Tabasco, no México - onde Oviedo esteve - , Tobago ( a ilha) e tabako (que os nativos de Cuba chamariam ao acto de fumar as grossas folhas enroladas). Nenhuma destas ( ou "ambas as três" como diria L.F. Vieira) é hoje aceite pelos historiadores das drogas. Permanece um mistério tão denso como assistir a uma verónica de rodillas feita por El Juli enquanto se rola na boca o aroma de um Romeo y Julieta (Churchill).
* Obrigado a Gonzalo Fernandez de Oviedo y Valdez.
Os funerais dos velhos educam melhor o jovem aprendiz de psicologia do que um camião de manuais. Reparem nos companheiros que se acercam do caixão: circunspectos, genuinamente comovidos, tocam por vezes a pele de quem os acompanhou em brincadeiras de meninice ou em proezas de juventude. É um abandono metálico. Mas, cá fora, em pequenos grupos de sobreviventes, notam-se baforadas de alívio, um ou outro sorriso desdentado, um cigarro nervoso ( noutros tempos). Podemos gostar de ver partir um amigo? Não propriamente: a velhice é uma roleta e é sempre melhor jogar do que ir para casa. O jovem aprendiz aprende então que só à beira da cerca percebemos que amar e deixar partir é uma necessidade, não uma opção.
Hoje, na Pública, a propósito de pais&filhos, uma psicóloga ( Cecília Galvão) que não diz asneiras. E não, não é sobre a "crise da autoridade" e dos "valores": é sobre coisas mais essenciais.
Desiludam-se os que julgam que ao projecto anti-tabágico corresponde uma tolerância incompreensível face às drogas duras. Quando nas Filipinas ( por coincidência ligadas à história da introdução do tabaco no sudeste asiático) se deu o primeiro passo para a ilegalização do ópio, pela mão do bispo Brent, em 1904, a ideia era a mesma: restrição dos locais do consumo, aumento quase incomportável do preço do ópio devido a ao monopólio do governo ( controlo da importação e comercialização) e progressiva criminalização do hábito, o que se veio a verificar em 1908. Os consumidores de drogas duras não beneficiam de nenhuma complacência: eu, cidadão trabalhador, contribuinte organizado e com registo criminal impecável, se quiser fumar uma chinesa de vez em quando no recato do meu escritório, sou obrigado a pagar um duplo preço: 50 euros ( contra 2/3 euros na zona de produção) e a entrada no mundo crime ( negociar com dealers, iludir a polícia, etc). Bem vindos ao mundo da invasão da privacidade.
* Obrigado a Gonzalo Fernandez de Oviedo y Valdez ( 1478-1557)
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.