Vós todos que viveis num grande medo, Numa alucinação de arrepiar, Em que há mochos gritando em fúnebre arvoredo, Frias tardes de Outono e sinos a dobrar!
Figuras que eu avisto, à luz do céu, Vultos do Acaso, a errar... Sou o sono em que Deus contente adormeceu, Cansado de criar.
(Terra Proibida, 1899)
posted by FNV on 11:30 da tarde
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GUARDAS PRETORIANOS:
Pois sim, Vasco. E quando o caso foi saber se o ponto de inglês técnico tinha 20 linhas ou duas páginas também estavam em causa "cidadãos desfavorecidos"? Os jornalistas só são bons investigadores quando querem, tens toda a razão. Eu só soube ontem que dois vereadores ( um do PS e outro do PSD) estavam ou passaram a estar ligados à empresa que fez mais valias de 35% num prédio em Coimbra em apenas seis horas. Entretanto passaram-se cinco anos. Também há aqui um aspecto pessoal que inquina isto; e eu tendo, talvez por defeito profissional, concedo, a valorizar estas coisas. Por último, também tens toda a razão na vexata questio da moralidade. Nada me irrita mais do que um político assumir ares de superioridade moral que exige à plebe e depois não cumpre em casa ( bem me lembro de Natália Correia na AR sobre o aborto). Neste caso, se se provarem os factos, é correr com o homem.
Adenda: e é tacticismo sim. Se o PM é um tão perigoso e rematado aldrabão corrupto, por que motivo os partidos ( pelo menos os da oposição) não exigem a Cavaco que demita o governo? Ainda não dá jeito, não é?
posted by FNV on 3:34 da tarde
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QUEM GUARDA A GUARDA? O problema, Filipe, não é de tacticismo político pois de há uns anos a esta parte não se descortina qualquer espécie de táctica política em qualquer um dos partidos políticos (talvez com excepção do Bloco, mas cuja táctica se resume a fazer barulho).
A questão é que o novelo de trapalhadas que se encontra de cada vez que se dá uma espreitadela à vida passada (por isso é melhor nem vasculharmos a presente!) de José Sócrates é de um emaranhado tal que deveria assustar qualquer um. E é perfeitamente legítimo que os jornalistas investiguem (eles, que já tão raras vezes fazem isso) e divulguem essas situações que são sempre, no mínimo, pouco claras. Criticar a comunicação social por fazer essa investigação e divulgar os factos que descobre é que não se percebe. Muito menos por serem ocorrências passadas há 20 anos: pode-se tentar cortar com o passado mas ele não corta connosco.
Grassa uma corrente que barafusta contra os jornalistas dizendo-lhes jocosamente para irem investigar a vida de Sócrates na primária; o próprio diz que se forem analisar a sua vida nas décadas de 70 e de 60 encontrarão muita coisa e eu, por uma vez, acredito nele. Mas vamos a cada década de cada vez.
O mais recente conjunto de episódios relatado pode ser visto e tratado de três formas. Uma vez que já quase nada nos espanta, temos à cabeça a humorística ("qualquer criança de sete anos faz em lego casas melhores do que aquelas", "se ele deixou a Guarda assim como deixará o país?", "e diz-se ele amigo do ambiente?", etc., etc.), mas o caso é sério demais para nos cingirmos à laracha. Temos a formal, que é discutir a assinatura de favor, embora me pareça um tema pouco interessante. E temos a que realmente importa, que é ter-se constatado que havia ali na Câmara da Guarda uma trupezinha de amigos, uma pandilha de antigos colegas de curso que driblavam as regras e permitiam-se apresentar projectos na Câmara, feitos por si e aparentemente assinados pelo agora PM. Projectos esses que depois tinham um andamento surpreendentemente apressado e viabilidades extremamente suspeitas. Sócrates nunca recebeu por isso? É possível. Só queria ajudar os amigos e os munícipes em dificuldades? Até pode ser. Mas a verdade é que se verifica que existe na Guarda um número certamente elevadíssimo de munícipes que não tiveram acesso a este..., bem..., a este expediente processual autárquico original e provavelmente viram os seus projectos atrasados ou indeferidos. Quem guarda estes munícipes desfavorecidos?
1) O jornalista do Público, J.A.Cerejo, diz ( ver sítio da RTP) que se baseou em documentos que estão na Câmara da Guarda "se entretanto não foram queimados". Pacheco Pereira fala em raiva? Pelos vistos há. E muita.
2) Se Sócrates for um político decente, demite-se e manda vasculhar de vez tudo o que houver para vasculhar. Depois recandidata-se ou não.
3) Este clima - metade do tempo a discutir se o PM é fascista e a outra metade se ele é aldrabão - serve muita gente. Serve sobretudo o tacticismo político mais execrável. Quem não é servido de certeza é o homem comum que tem muitos problemas que têm de ser resolvidos. Para mim tanto me faz que seja Sócrates, Fulano ou Beltrano a tentar resolvê-los. Não vinham aí tempos difíceis?
O dr. Marinho Pinto foi um herói até ao momento em que definiu o processo Casa Pia como "a decapitação do PS". Isto dos espirros tem que se lhe diga...
posted by FNV on 2:32 da tarde
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RAZÃO TINHA O OUTRO:
Andámos na década de 90, estamos agora na de 80 e Sócrates teme a década de 70. Sarkozy facilita a vida aos jornalistas: está sempre no século XXI.
posted by FNV on 12:01 da tarde
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FRASES OBTUSAS: «A lei é clara mas de leitura difícil.»
posted by VLX on 11:49 da manhã
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CONVICÇÕES PROFUNDAS: Tenho a certeza absoluta de que Sócrates assumiu a autoria e responsabilidade dos projectos que assinou antes de ver no Público as fotografias das casinhas que projectou.
posted by VLX on 11:47 da manhã
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E AINDA HAVERÁ MAIS*:
Depois da "falsa licenciatura" temos agora a "autoria de favor" de projectos de engenharia. Decidam-se: o homem é engenheiro ou não?
*se a memória de um certo almoço não me atraiçoa ainda virão mais umas coisas, digamos, de carácter mais pessoal.
posted by FNV on 1:44 da manhã
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JORNALISMO AUTÊNTICO:
"Estudantes do secundário em protesto contra política da educação" diz a televisão. "Apenas 50 " diz a televisão logo a seguir. 50.000? Não, 50.
A revista Sábado garantia hoje que o Canadá está a estudar a proibição de fumar ao ar livre ( não encontrei confirmação numa pesquisa rápida), o que julgo que já acontece em algumas zonas de Nova Iorque. "Protecção dos não-fumadores em ambiente fechados", "não somos fundamentalistas" e etc? Pois sim. E eu sou a Rainha de Inglaterra.
posted by FNV on 11:30 da tarde
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O DOIS EM UM ( COM AMACIADOR):
Não tem nada que saber: centra-se para a grande-área e antes que o Cardozo chute na atmosfera o Makukula empurra-o para dentro da baliza com bola e tudo.
posted by FNV on 10:11 da tarde
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O SOFÁ DE UM LEIGO:
Marinho Pinto esteve bem. Quase me fez acreditar que os corruptos não têm advogados. A sua persistência no caso CDS/PP/BES/ indivíduos que andam a dar beijos a velhinhos nas feiras (sic) também me fez acreditar que Paulo Portas vai ter problemas. E também tenho pena que Marinho não fosse bastonário no tempo das escutas Guímaro/Reinaldo Teles; e no tempo da mega-fraude do Fundo Social Europeu. Estão a ver? Um tipo ignorante do direito até se entusiasma. Ou quase.
Sócrates convidou para a Saúde uma ministra que vista de repente parece a da Educação. Isto vai baralhar os rebeldes: o pessoal de Anadia ainda acaba a manifestar-se à porta de Maria de Lurdes Rodrigues e os professores à porta do Hospital de Faro. Bem jogado.
Os brilhantes analistas descobriram agora que o que preocupa os portugueses é a saúde: os velhos, os doentes, os pobres. Afinal não é a bola de berlim da praia do Ancão nem o cigarro à porta do restaurante, pois não?
posted by FNV on 11:15 da tarde
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SEMANA DECISIVA: Depois das eleições para o Congresso americano em Novembro de 2006 escrevi aqui que o modelo Bush/Rove de vitórias eleitorais se tinha esgotado: a ideia de que as eleições se ganham mobilizando os eleitories fiéis através da criação de factos políticos fictícios ou reais que dividam os eleitores em escolhas claras e sem compromisso. As eleições de Novembro de 2006 mostraram que o centro político na América, que esteve cativo dos republicanos desde o 11 de Setembro, se tinha libertado - ou seja, o swing vote tinha renascido. Como muito bem se explica aqui, neste ciclo eleitoral, os maiores sucessos até agora provêem de candidatos que representam a antítese dessas teorias eleitorais: Obama e John McCain. Alguns dados de ontem à noite reforçam esta convicção. O eleitorado republicano, acompanhando o resto do país, tem-se deslocado para a esquerda - nas sondagens à saída das urnas de ontem, apenas 27% dos votantes republicanos se afirmavam como very conservative, os restantes eleitores republicanos afirmavam-se como conservadores moderados ou simplesmente como moderados ou liberais. Isto é muito diferente do que se passava há poucos anos atrás em que o número de auto-proclamados conservadores era esmagadoramente maioritário dentro do Partido Republicano. Esta evolução permitiu a vitória de McCain sobre Romney - McCain tem o apoio dos conservadores em segurança e política internacional, mas sofre desconfianças por parte dos conservadores morais ou económicos que tenderam a votar em Romney. Para McCain esta vitória foi fundamental - foi a sua primeira vitória num Estado em que a primária era "fechada" - só votavam eleitores registados como republicanos. McCain conseguiu assim juntar ao seu inegável poder de atracção sobre independentes e democratas conservadores a capacidade de ganhar dentro do eleitorado tradicional republicano. Com a desistência de Giuliani a seu favor e se este, como se prevê, fizer campanha por ele no Nordeste, McCain está lançado para esmagar na Super Tuesday e segurar a nomeação republicana. Desta forma, pode dar-se o impensável há algum tempo atrás - a nomeação republicana estar decidida antes da escolha democrata. Isto é relevante porque uma eleição primária mais rápida dá mais tempo para a criação de união no partido para as eleições gerais em Novembro. Esta evolução é curiosa, porque este ciclo eleitoral favorece em princípio os democratas. O Partido Democrata está mobilizado como não se via há décadas. Em todas as primárias, têm-se batido recordes de mobilização de eleitores. Ontem, na Florida, votaram 1,7 milhões de democratas (quase tantos como os republicanos) numas eleições primárias em que não se elegiam delegados (ou seja, não contavam para nada) devido a um castigo inflingido pelo Comité Nacional Democrata ao Estado da Florida pela antecipação da data das primárias. Este número é impressionante e permitiu a Hillary Clinton efectuar uma manifestação de regozijo pela sua vitória (ainda que fictícia) para apagar mediaticamente a desilusão do resultado na Carolina do Sul e o apoio dos Kennedy a Obama. O grande responsável pela mobilização do lado democrata chama-se Obama. A sua candidatura é um daqueles momentos pivot na História política. É um movimento pós-racial, pós-baby boomers. A Hillary Clinton pode estar a acontecer o que que aconteceu a George Bush pai - a eleição de 1992 significou a mudança de geração na liderança americana entre a geração da 2ª Guerra e a dos anos 60. Em 2008 pode estar a acontecer a substituição dos baby boomers pela Geração X representada genialmente por Obama que apanhou, para o bem e para o mal, o ar do tempo. A campanha de Obama já deixou de ser apenas sobre ele e a sua história pessoal - transformou-se num movimento de dimensões impensáveis há uns tempos atrás e que, dependendo do que vier a acontecer no resto das primárias, pode significar um reforço da capacidade de mobilização do Partido Democrata para a eleição geral ou uma fractura insanável entre o aparelho do partido e o estilo anything goes dos Clinton e o eleitorado mais jovem e independente. Isto é particularmente perigoso com um candidato republicano que, pela sua história pessoal e a sua fama de político decente, é muito atractivo para os independentes. A eleição do lado democrata está muito renhida: na Florida podia-se votar desde 14 de Janeiro. Clinton obteve no total 50%. Mas se se considerar os eleitores que votaram na última semana e no dia de ontem, Clinton e Obama empataram a 35%. Edwards saltou fora da corrida, sendo imprevisível em quem votarão os seus potenciais eleitores. Os debates desta semana assumirão importância decisiva. As eleições americanas estão ao rubro.
SUGESTÃO AO FNV: O debate sobre o fundamentalismo deveria incluir também o fundamentalismo ocidental: "There's a definite urge – don't you have it? – to say, 'The Muslim community will have to suffer until it gets its house in order.' What sort of suffering? Not let them travel. Deportation, further down the road. Curtailing of freedoms. Strip-searching people who look like they're from the Middle East or Pakistan... Discriminatory stuff, until it hurts the whole community and they start getting tough with their children." (Martin Amis, 2006; frase recordada numa entrevista ao Independent, hoje, aqui). É, seguramente, uma das dimensões daquilo a que Amis chamou o "de-enlightenment". Mas não é tão certo que o próprio a veja como tal.
É sempre bonito ver apoiantes activos ( e passivos, como os que brindaram com Fidel no Porto em 1998) de uma ditadura comunista caribenha, que ainda hoje prende, mata e tortura, preocuparem-se com os direitos de quem é levado para outra prisão, por coincidência também caribenha. São pombas de esperança.
posted by FNV on 8:40 da tarde
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ODI ET AMO (LXVII):
Um europeu bem instalado há muito esqueceu o motivo pelo qual os avós rapavam o prato com o pão. A guerra tem destas coisas: harmoniza os comensais. O excesso de mesa, mais pela quantidade do que pela qualidade, é um sinal de demência social. Já não nos recordamos do que é apreciar uma batata velha e fugidia, já não sabemos o que é matar a fome. Talvez por isso a angústia dos que tentam chegar não nos impressiona. E perdendo essa memória da fome, perdemos a memória da partilha. Já não se conhecem os comensais. E isso nota-se.
posted by FNV on 7:09 da tarde
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ODI ET AMO (LXVII):
Na montra do desespero, sumptuosa e variada, há um artigo cada vez mais raro. É uma peça que mata só de olhar: o silêncio depois de uma vida inteira em comum. Invenções, guerras, traições, bebés, sexo, casas, netos e o mundo que viram mudar juntos. Meses depois, em visita solitária, um olha para a campa do outro e desmente Petrarca: foi uma vida longa demais.
Quando a SIC e outros media denunciaram o caso do prédio de Coimbra que valia X de manhã e Y à noite, onde estavam os indignados? E durante todo este tempo - creio que dois anos -, onde diabo se meteram os indignados?
posted by FNV on 11:34 da tarde
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A ORIENTE DO ORIENTE (III):
"Não existe Islão moderado" significa uma ou ambas as coisas:
a) Que não existem estados islâmicos moderados. b) Que não existem muçulmanos moderados.
Se tomarmos a expressão "moderado" por west friendly não vamos lá, porque então a Arábia Saudita seria um exemplo de Islão moderado. Se lermos "moderado" como o acolhimento de preceitos ocidentais - secularização e eleições livres como expressão formal do processo político por exemplo - então Marrocos é um estado ( reino) fundamentalista. Por outro lado, se dissermos que não existem muçulmanos moderados, de Rabat a Java, estaremos a fazer um diagnóstico clínico e psico-social à escala planetária; e um disparate à mesma escala. O que de facto se pretende com expressão "não existe tal coisa como Islão moderado" é dizer que a "essência" do islamismo não permite a ocidentalização. Esta ocidentalização assenta em várias premissas que iremos desfolhar ao longo da série e que Karim Souroush ( o "Lutero" do Islão como divertidamente alguns lhe chamam) e muitos outros têm trabalhado. O nó górdio - sem termos Alexandre à mão - é , no entanto, o papel da religião na organização socio-política. O falhanço da industrialização e o asfixiamento das elites potencialmente inovadoras - aspectos clássicos de sociedades pré-capitalistas - são também apontados como efeitos do domínio do religioso sobre o político. Serão tratados à luz da experiência colonial, como Eça de Queiroz fez em "Egypto". O problema são os factos. Veremos, por exemplo, como funcionou o Afeganistão dos anos 50 ou a Indonésia dos anos 50/60 ( século passado), países que ensaiaram evoluções interessantes e nada condizentes com a opção binária moderado/fundamentalista. Mas claro que, pese o desgosto de alguns, teremos nesses casos de analisar a actuação da influência ocidental: o mundo não começou ontem.
posted by FNV on 12:49 da tarde
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A HORA DO TACUARA:
Se a bola estiver parada ou lhe for dada por um adversário, o homem é letal. Quando aprender a rematar de cabeça, a jogar na antecipação e a dominar a bola em corrida teremos um grande avançado. Podíamos era ter pago apenas aquilo que ele sabe fazer.
posted by FNV on 12:18 da tarde
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ANIVERSÁRIO EM KALSA:
Foi no último Domingo de Janeiro de 2006 que Co Adriaanse, treinador do FCP, foi emboscado à saída do centro de estágio do FCP. O incidente foi gravado pelas câmaras de videovigilância. Foi prometido um rigoroso inquérito interno. Não sou jurista mas calculo que aquilo tenha sido um crime público, pelo que as autoridades judiciais também devem ter investigado exaustivamente. Passaram dois anos. Depois admiram-se quando vem polícia de Roma.
posted by FNV on 12:00 da tarde
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PINTAR A CARA DE PRETO:
Mendes Bota, segundo a TSF, fez ontem no Algarve uma comparação Sócrates/Salazar utilizando uma graçola com as letras SS. Disse também ( essa ouvi) que a "ASAE é a nova PIDE". Mendes Bota é deputado e membro da comissão política do maior partido da oposição. Quem durante estes meses andou a alimentar isto - por tacticismo, despeito, preguiça intelectual ou simples estupidez - talvez esteja satisfeito. O PCP nunca utilizou estas comparações. Quem foi de facto saneado pelo antigo regime ou preso e espancado pela PIDE deve olhar para isto com revolta e tristeza. Os outros que pintem a cara de preto.
O SINAL: Têm razão o CAA e o PMF do Blasfémias quando se surpreendem com a pressa do PGR ao instaurar um inquérito às afirmações do novo bastonário da Ordem dos Advogados. Mas a decisão também pode ser vista como um sinal: doravante, é de esperar que a Dra. Mª José Morgado se sinta institucionalmente obrigada a instaurar um inquérito, no próprio dia, às declarações do mesmo calibre que exala com regularidade trimestral e que lhe asseguram as primeiras páginas dos jornais.
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