Escrevo antes dos penalties. Bom jogo, boa atitude, bom equilíbrio. Balboa parece um Carlitos preto: rápido e absolutamente inofensivo. A devolver à procedência ( em sonhos: custou 4 milhões).
Adenda: jogámos melhor e começo a acreditar que talvez se consiga fazer alguma coisa desta equipa. Para tal é necessário que não se volte a ver o Amorim nas faixas ( uma teimosia do sobrinho da Tia Lola) nem o Balboa equipado a rigor;e é urgente arranjar laterais ( e umas orelhas de burro para quem não os soube comprar - ou segurar - a tempo)
posted by FNV on 11:19 da tarde
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AGITAR AS CAPELINHAS:
Não foi só nesse. Tenho a impressão de que a tirada sobre casamento & procriação ajudou à festa. Eu cá continuo a não gostar do cinema dele, mas gostei da provocação.
posted by FNV on 12:58 da tarde
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MARIA BROWNE, SEMPRE:
Quais os valores da existência Orgulhosa destruir; É que não há dependência Quando não há que exigir.
Debalde, ilusão querida, Pretendes com teus fulgores Dourar-me dum mundo a vida Onde só há paixão e dores.
(1849)
posted by FNV on 11:25 da manhã
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COISAS DE LAREIRA (IV)
"Uma verdade é bem clara: se não formos nós, soldados e marinheiros, a exigir e a lutar, não serão os Governos burgueses a dar-nos de bandeja o que temos direito. Enquanto nós soldados ganhamos 250.00 por mês, os oficiais ganham 5 , 10, 20 contos. Será este o socialismo à portuguesa?"
( "Revolta - Orgão dos comités de soldados e marinheiros vermelhos", nº5, Setembro de 1975)
posted by FNV on 12:24 da tarde
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FILOSOFIA BARATA (IX):
Existe uma desproporção nevoenta entre as declarações de amor e as declarações de ódio. É raro como metástase preguiçosa o humano que assume: eu cá não amo ninguém mas confesso que até simpatizo com a Miraldina. Ainda mais raro: eu odeio muita gente e odeio particularmente o meu primo Fagundes. Já o amor embala sempre, amamos e gostamos muito, até o escrevemos em cartõezinhos e nos troncos das árvores. Depois, acta non verba, tudo volta ao normal.
O que não se diria em Portugal se um grupo de estudantes de extrema-direita tentasse impedir Viviane Forrester ou Edwy Plenel de discursar numa universidade portuguesa.
posted by FNV on 11:20 da tarde
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É SÓ FABRICAR NOTAS, ESTÚPIDOS:
Desconfio imenso de duas classes: da dos psicólogos e da dos econonistas. Mas quando estes fazem um enorme esforço para esconder os sonhos marxistas-taboritas a diversão é garantida. Reparem:
- Louçã: É preciso aumentar o salários. - Judite de Sousa: Mas como? Se as empresas estão em graves dificuldades como o senhor acabou de dizer... - Louçã: Estão assim porque não há quem compre.
COISAS QUE NOS RECONCILIAM COM A VIDA: Qual é o assunto desportivo mais relevante do dia, a que o Record dá a primeira página a toda a largura? Este. Se eles soubessem o que a gente se ri.
posted by FNV on 12:28 da tarde
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PREÇO DO MELÃO EM QUEDA! Atento o apoio estrondoso que no país tiveram muito recentemente, estima-se que a visita dos Arsenaleses à Invicta cidade do Porto tenha deixado espalhados pelo país 6.000.000 de melões que inundaram repentinamente o mercado provocando a queda abrupta do preço desta saborosa fruta.
Os agricultores independentes manifestaram-se já contra o facto, que consideram fruto de concorrência desleal, e emitiram um comunicado alertando o consumidor para a evidência de muitos destes melões se encontrarem completamente podres, realidade de que deram conta à DECO (nenhuma relação) e, principalmente, à ASAE para que esta última tome as providências necessárias face à situação calamitosa.
Insensível às críticas dos agricultores independentes, o Primeiro-Ministro tentou tirar partido da situação e, não tendo conseguido marcar em tempo útil uma conferência de imprensa, telefonou pessoalmente para todas as redacções dos jornais nacionais e locais e ainda para as das televisões e rádios para lhes dizer, com aquele tom nasalado do Ricardo Araújo Pereira, que se tratava de mais um enorme sucesso do governo tendo como finalidade melhorar a vida dos portugueses em 2009: "gasolina mais barata, juros mais baixos e melões ao preço da uva mijona. É porreiro, pá", concluiu inúmeras vezes o Primeiro-Ministro.
Um nadinha mais atento às realidades e sensível às críticas dos agricultores, o Ministro do sector veio já criticar a maior associação portuguesa de produtores de melões, acusando-a de ser a verdadeira responsável por estas oscilações no preço, principalmente pelo facto de não conseguirem acertar nas suas previsões. Jaime Silva considera que o alarmismo da situação actual se deve apenas ao facto desta associação ter criado no sector, aquando da recente entrada no mercado de meia dúzia de bananas da Madeira, um clima de euforia totalmente injustificado. Essa euforia torna a actual abundância de melões aparentemente de maior dimensão mas, regista o Ministro, "julgava que o país já devia estar habituado a este tipo de situações (nota: inundação do mercado com melões), tão comuns nos últimos 25 anos".
O Ministro da Agricultura sublinha que o problema não é sequer uma novidade: "os melões são sempre os mesmos, vendo bem o seu número varia pouco", daí que o mercado esteja já habituado a esta variação na oferta, "que aliás ocorre em diversos períodos do ano e anualmente" (alto quadro do INE, que no entanto preferiu manter o anonimato, garantiu-nos estar prevista para este fim-de-semana nova inundação do mercado com melões, que certamente darão entrada no país através do Porto de Leixões, o que virá agravar a situação, e outra para Maio de 2009 "se não for antes").
Os agricultores exigem do Governo de Lisboa medidas concretas que terminem de vez com estas proliferações sazonais de melões no mercado e o Ministro prometeu criar uma comissão que irá estudar o assunto, assim que designada e instalada. Contudo, fonte próxima do Ministro confidenciou-nos que isso é tecnicamente impossível: "nós já tentámos tudo, até nos socorremos da Maria José Salgado mas eles são muito fortes. Eles são muito, muito fortes..."
posted by FNV on 12:10 da tarde
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CONSCIÊNCIA DE CLASSE:
Continua e é sempre igual, desta vez nem existe, como em França, a questão da imigração muçulmana e do racismo ( real e de ambo os lados). O pretexto: o desemprego e as dificuldades económicas da juventude. O DN também conta, na edição em papel, que o jovem que morreu é filho de um banqueiro e de uma empresária de jóias. Estava a beber uns copos e a apedrejar um carro da polícia quando foi baleado.
posted by FNV on 11:28 da manhã
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COISAS DE LAREIRA (III):
"O problema mais grave que estas cooperativas tiveram de enfrentar, como as outras que se lhe seguiram numa fase mais avançada, foi relativo aos quadros técnicos para a sua gestão. Verificou-se então ser mais aconselhável mandar preparar agricultores pobres para essa gestão do que utilizar alguns dos antigos terratenientes, também sócios, eivados de defeitos e vícios anticooperativistas e anti-socialistas."
( Queremos a Reforma Agrária, Um grupo de trabalhadores, Ed. do Sindicato dos transportes colectivos, Lisboa, Novembro de 1975)
É isto que contiunua a ser a alternativa ao fim do capitalismo.
Não sou jornalista, não pertenço a nenhum partido nem tenho círculo de amigos engraçados em Lisboa. Como escrevo para ser lido - e não para a imortalidade nem para a revolução -, agradeço a todos os bloggers amigos que divulgaram o Amor e Ódio. Bem preciso (nem a imprensa local dá conta da sessão de hoje com o Francisco José Viegas e o Paulo Mota Pinto). O leopardo coimbrão, burguês e pacato, espera vender uns exemplares e comprar uma vitela inteira.
Então e os bantos, os inuit, os budistas, os maniqueístas, os bogomilos, os xiitas, os hititas, os hindus, os sefarditas, os zoroastras e os anabaptistas?
posted by FNV on 3:06 da tarde
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AI MEU DEUS AO QUE ISTO CHEGOU:
Quando uma aluna da Carolina Michaelis empurrou uma professora, o país gemeu, o Procurador foi à televisão, a indignação correu solta. Espero que isto não passe despercebido. Os polícias têm todo o direito a jantar, beber uns copos e até a armar confusão num bar ( serei o último dos moicanos a atirar a pedra). O que não podem, nunca, é levar e exibir as armas e os crachats.
A Grécia é um estado policial e repressivo? Estes "manifestantes" que incendeiam, roubam e partem, não são "extremistas" porquê? Isso está reservado aos skins, não é?
posted by FNV on 1:31 da tarde
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RASHA OMRAN, SEMPRE:
Why the words? You so decided and I have to agree then surrender to the story of your hands where they speak deeply fluent.
(2003, tradução de Camilo Gomez-Rivas)
posted by FNV on 11:40 da manhã
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STASIS BENFIQUISTA:
O Record diz hoje, e bem, que Hulk melhorou o FCP e obrigou Jesualdo ( Burrualdo para os portistas de bancada) a rever o modelo táctico. É verdade e confirma o que sabem as pessoas simples ( aquelas que têm ideias parecidas com as do resto da sociedade): o que é preciso é bons jogadores. Vejam o Suazo e lembrem-se do doutoramento que era suposto ser preciso fazer, na época passada, para aprender a jogar para o Cardozo.
1) Nada de euforias. A equipa continua desequilibrada. O problema central, que já aqui referi * (a dupla de meio campo), não é resolúvel agora nem o será, pelo menos totalmente, em Janeiro: as compras nessa altura são quase sempre mal feitas.
2)Martens, Yebda e Cardozo de fora. Isto só confirma o que qualquer cego apalpa. O problema é que Cardozo custou nove mihões e Martens seis ( até me dói o cabelo de escrever isto). O abat-jour veio de borla e pode sempre ir para o Guimarães.
3) Por falar em Guimarães: é um prazer ver jogar o Luís Filipe e o Nuno Assis com o jersey branco e preto.
4) Este ano gastámos 24 milhões de euros em jogadores ( e não comprámos laterais). Ninguém parece querer saber como arranjámos tanto guito em ano de crise.
* pelos vistos agora já é consensual que Yebda e "Martens" não constituem uma dupla digna da História do Benfica.
posted by FNV on 6:04 da tarde
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O "SARAH PALIN" PORTUGUÊS?
O que sei é que não é normal a ligação mulher com mulher e homem e com homem. Mas é tolerável. Eles que façam lá o que entenderem. É que o casamento tem um único fim: preservar a continuidade da espécie. ( Manoel de Oliveira, na Pública de hoje)
As pessoas que alcunharam MFL por causa da mesmíssima afirmação não vão ter coragem de o fazer com Oliveira. O temor e o preconceito falam mais alto ( mesmo debaixo das roupinhas modernaças ou dos livros da FNAC).
Na Visão desta semana, a jornalista que assina a peça sobre o momento do PS francês não esconde a sua preferência por Ségolène: a outra, Aubry, veste-se mal e antiquadamente. É cinzenta. Em Portugal, os fatos de MFL, os pentados de MFL e a idade de MFL foram objecto de crítica e não apenas de gozo. O que incomoda esta gente?
1) MFL é avó, divorciada e anda perto dos 70 anos. Não deve a sua carreira técnica e política a nenhum sistema de quotas. É sizuda e parece que disse uma enormidade: associou casamento a procriação. A artilharia disparou porque MFL terá deixado de fora as pessoas que se casam e não têm filhos, e os homossexuais. Se eu associar pão com manteiga parece que estou a excluir todos os que gostam de pão com marmelada. Foi este o nível do debate. Mas há mais: suspeito que muito boa gente tenha ficado irritada com o termo "procriação". É que hoje criar filhos é um "divertimento", um "jogo", uma "sedução". Os papás dos meninos não conseguem viver juntos muito tempo e entregam a tarefa a psicólogos, pedagogos, auxiliares e tecnologia variada. "Procriação" é um termo duro, antigo, que não estamos para ouvir. Incomoda.
2) O outfit de MFL é antiquado. Jovens jornalistas polidamente suburbanas, humoristas de rádio que não escondem o alinhamento, comissários da imagem, gente da esquerda revolucionária ( que se julgaria não cuidarem da aparências), todos se sentiram incomodados. Por que razão o que é antigo provoca tanta sarna? Porque estas pessoas vivem sobretudo da representação. Recordam-se de Sócrates ter sido recebido numa discoteca por um grupo de mulheres socialistas durante a disputa com Alegre e Soares? Foi uma coisa medonha, capaz de fazer corar o machista mais empedernido, mas foi bem produzida. Quem é antiquado, e quem resiste à produção da sua imagem, naturalmente irrita os que têm como tarefa precisamente produzir imagens. É terreno baldio.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.