Ele, cego, empurra a cadeira de rodas da mulher, que lhe indica o caminho. Aproximam-se do carro. Ele curva-se, para a mulher o abraçar e assim ele a ajudar a sentar-se ao volante. Depois dobra a cadeira e arruma-a na mala do carro. Dá a volta, com movimentos estudados, mecânicos, e entra no carro. Sorri à mulher e ela ajuda-o a pôr o cinto. Por fim liga o motor e vão-se embora, felizes. Um exemplo para quem passa a vida a queixar-se da dita.
A aprovação (ou reprovação) no final de um ano lectivo não é apenas o corolário do que se passou durante o ano mas também o embrião do que será o ano seguinte. É como um exame de admissão para o ano que vem.
Por outras palavras, o facto de um aluno reprovar não quer apenas dizer que esse aluno não atingiu os mínimos para ultrapassar o ano que decorreu: quer também dizer que ele não atingiu os mínimos para ser admitido no ano seguinte. Simples como isto.
E deixar um aluno entrar no ano superior sem que ele tenha atingido esses mínimos, sem que ele deva ser admitido nesse ano, só o irá prejudicar a ele e a todos os seus colegas.
Por outra via, se não se exigem mínimos para transitar para os anos seguintes não se percebe bem a razão pela qual o Ministério da Educação não coloca nas crianças, logo à saída das maternidades, o diploma do 12º ano. Faria um vistão nas estatísticas.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.