posted by FNV on 7:33 da tarde
#MY NAME IS TSF, PSTSF:
A rádio oficial da campanha de Alegre , a TSF, no jornal de campanha, não o trata por Alegre: trata-o por Manuel Alegre. Nobre também não é Nobre: é Fernando Nobre. Moura é Defensor de Moura e Lopes é Francisco Lopes. Só Cavaco Silva é "Cavaco".
KLAUS MANN, HOMOSSEXUALIDADE, FASCISMO E SOCIALISMO:
O artigo foi originalmente publicado * na revista Europaische Hefte, Praga, véspera de Natal de 1934. Na URSS acabava de sair uma lei brutalmente repressiva da homossexualidade e Mann suspirava: No país que queríamos o mais esclarecido e o mais progressista do mundo, a forma de amor que evocamos é abjectamente reprimida . Mann não esperava nada dos nazis e dos fascistas, mas não compreendia por que motivo a esquerda europeia queria fazer do homossexual o bode expiatório, o "judeu" dos antifascistas. Também se interrogava por que razão nos jornais anti-fascistas lemos as palavras "assassinos e pederastas" quase tão frequentemente reunidas como " traidores e judeus" nos panfletos nazis. Mann não compreende. No século XX, nazis, comunistas e fascistas ( e o Islão radical) , todos prometeram uma "ordem nova ". A recusa da homossexualidade assentou na força do regresso às relações naturais, à fantasia do grupo primordial ; dessa forma, tudo o que fosse artificioso, construído, não-natural, pertenceria exclusivamente ao campo da teoria política. O elemento nacionalista fornecia também o link para a repressão homossexual: sangue / terra e honra / pertença eram pares definidores do naturalismo grupal. Tudo o que fosse diferente era perigoso. Isto ajuda a compreender a popularidade daquilo que tem incomodado tanta gente no affairCarlos Castro/ caixas de comentários: sob o verniz das leis e da teoria política, os de Cantanhede instauraram uma pequena nova ordem obediente aos pares acima citados. O velho homossexual é o bode expiatório que paga pelo insucesso de todo os aspirantes ao estrelato na cultura pimba. A populaça das caixas de comentários é apenas a eterna constante da equação.
* Utilizo a versão publicada no Magazine Littéraire de Setembro de 1996, tradução de Lionel Richard.
No muro branco, os caracóis são pequenos cabides espalhadospela ordem do movimento. Sabemosque estão a subir ou adescer observando a direcção das antenas.
O movimento é suposto. Sabemos que existe porque sabemos que são caracóis e não cabides. Ainda assim, se nos demorarmos,verificamosque o movimento existe, de facto, e que os caracóis não são cabides.
Quando se está bastante tempo diante de um muro com caracóis aprende-se imenso sobre a pobreza.
posted by FNV on 2:54 da tarde
# CXBVFUJKHO784376:
Belíssimas respostas de Marina Tsvetaieva ao questionário que Pasternak lhe envia em 3 de Abril de 1926 . O inquérito fora criado pelo gabinete de literatura revolucionária da Divisão de Estudos das Artes, mas Tsvetaieva ignora as baias revolucionárias e responde como lhe apetece. As minhas partes favoritas:
" Origem social: nobreza. (...) Indiferença absoluta diante da opinião pública, do teatro, das artes plásticas e do espectáculo. O meu sentido de propriedade resume-se aos meus filhos e aos meus cadernos."
Esta mulher sobreviveu melhor a um inquérito bolchevique do que sobreviveria ao escrutínio das brigadas das edipianas mal resolvidas, que não lhe perdoariam a casta, o sentido maternal e muito menos o de "propriedade" dos filhos...
Guardei para ontem a leitura das últimas páginas do livro de Miguel Pinheiro, as que dizem respeito à queda do avião ( não me interessavam muito). Notei um detalhe desconfortável que me fez lembrar o Crime no Expresso do Oriente: Sá Carneiro tinha anunciado que se demitiria quando Eanes fosse reeleito. Tantos, mas tantos, interesses seriam triturados.Para teoria da conspiração serve melhor do que as outras.
Fazer um paralelo das vidas das sociedades com a dos indivíduos foi sempre uma tentação para a psicologia social e para o observador de costumes. Freud, Reich, Le Bon, Orwell e Roth, entre outros, cederam à tentação organicista. Não vem mal ao mundo. Peguemos na acção sobre o perigo. Não falo da reacção, mas da acção, ou seja, daquilo que resulta de uma construção da atitude depois de termos tomado consciência do que nos ameaça. E peguemos no meu traço lusitano favorito: a histeria. Há gente admirada pela calma aparente que temos exibido. É um comportamento histérico, por estranho que possa parecer.Num estádio inicial, o histérico fica abananado porque o seu texto é o da extracção de vantagens através da manipulação das fidelidades ou subserviências que os outros lhe devem. Numa desgraça anunciada, e que lhe diz respeito, o histérico fica sem letras.Literalmente, sem palavras. É verdade que já começamos a bispar alguns traços da acção futura. Um é o da atribuição de responsabilidades externas , nisso se distinguindo do deprimido. O outro é o defeito fundamental ( roubando a Balint um conceito clínico) do histérico: nas situações realmente duras, vem ao de cima a fraqueza estrutural. No nível grupal, isto significa a nossa falta de sentido colectivo ; no nível individual, a falta de amor-próprio. Recordemos o mito urbano associado a um conhecido médico português chamado a casa de uma histérica, que, numa crise conversiva, dizia estar paralisada. A mulher não se levantava da cama. O médico começa a despir-se: a mulher salta da cama e foge espavorida. É o que vai acontecer quando o FMI entrar no nosso quarto, mas não se iludam: faremos queixa do médico.
Depois dos bloquistas terem iniciado a campanha suja, os socialistas não se ficaram e, através da saliva de Augusto Santos Silva, resolveram passar a fazer a campanha e o debate político com cuspidelas. Não tarda nada, passam à escarreta.
ps: ver http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1753797
posted by VLX on 7:50 da tarde
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COMO AS DO ADVOGADO QUE ESTAVA NO OUTRO DIA NA TV A QUEIXAR-SE DO ESTADO SOCIAL:
posted by FNV on 11:35 da manhã
#DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA REVOLUÇÃO ( socialista):
Quando é que metem na cabeça que os crimes ( 4 ou um milhão) praticados em nome das utopias e das revoluções socialistas são diferentes dos outros? De quantas mais humilhações necessitam para compreender que um Franco ou um Tejero Molina foram criminosos, mas um Ceausesecu ou este Battisti foram heróis? Irra que demoram.
posted by FNV on 8:30 da manhã
#JYIHOUYgN)=(/&UI&JgHJ:
Só existe mais violência nos casais gays por causa dos preconceitos dos heterossexuais:"A diferença entre a violência praticada dentro de casais heterossexuais e homossexuais assenta no preconceito vivenciado por gays e lésbicas". Este desvio subjectivo é o habitual em alguns estudos sobre a sexualidade ( e parentalidade...) LGBT. Tenho cá uns de que darei conta em breve, mas esta amostra é eloquente . Ou seja, as relações homossexuais só são habitadas por fora. A violência que existe onde há sexo, sedução, ódio, despeito e traição, não existe nos gays. São cyborgs despersonalizados.
1 )Agora vou ter mesmo de votar Cavaco. E a minha mulher, se quiser continuar a ser, também. E o mais velho só se safa por um ano: seria Cavaco ou a mesada.
2) Doravante teremos snipers com mira térmica também à direita. E assuntos não faltarão: já imaginaram Guterres ou Sócrates na corrida?
Vão sair de baixo das pedras. Depois começaremos a interrogar as pedras.
posted by FNV on 1:01 da tarde
#STASIS BENFIQUISTA:
1) Sálvio veio por empréstimo, mostra que é bom e não fica. Isto é uma mecânica muito própria, é o que se chama furalhar o clube. Lembram-se do Miccoli, do Amaral e, até, do Valdir de bigodinho? Exacto. Por outro lado, se tiveres uma aduela a menos és comprado logo à primeira ( Balboa, Peixoto ou, se formos ao passado, um Pringle ou um Bergessio).
2) Se me vier a enganar, faço-vos um arroz de caras de bacalhau com poejos e coentros: o Gaitan é o sucessor do inesquecível Ardiles. Uma vez, em Londres, o meu pai disse-nos, a mim e ao meu irmão, para escolhermos um jogo. Escolhemos o Tottenham x West Bromich Albion. Não foi termos ficado atrás das balizas que me aborreceu, foi não ter visto o Ardilles nesse dia( estava lesionado).
3) O Braga está uma sombra, é? Pois é. E quem perderam ? Pois é: os dois laterais. Nós continuamos com adaptações e fé em Deus. Nada tenho contra o patrão de Ratzinger, mas preferia duas criaturas terrenas ambidestras, rápidas, com boa impulsão, que soubessem centrar, decidir e combinar com o ala. Pode ser que os altíssimos directores curem a zangurriana.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.