ENGANARAM-ME E VOU QUEIXAR-ME À ERC: ANTÓNIO COSTA ESTÁ A PARECER-ME O CLONE DO PM!
posted by VLX on 11:32 da tarde
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(2) comments
NÃO VENHA O PS COM HISTORIETAS:
Até simpatizo com Assis, mas se ele persiste em dizer disparates a coisa morre por aí. Pretender que a bancarrota que se avizinha é dependência apenas do chumbo do PEC 4 não é honesto.
Desde logo porque isso é esquecer que a bancarrota se deve a estes 6 anos de Sócrates (para não falar de Guterres e do apoio de Sampaio), com especial incidência dos últimos dois anos, já avisado por todos. Durante esse período, todos os socialistas apregoavam que vivíamos nos melhores dos mundos. Se a ajuda externa é necessária, a esta malta socialista o devemos.
Em segundo lugar, o chumbo do PEC 4 não implicava a demissão de Sócrates. A ser verdade (no que não concedo) que a crise actual se deve à demissão de Sócrates, e se ele sabia isso, não se tinha demitido, não arriscava o país e os portugueses por amuo pessoal, não apresentava ao país um PEC 4 como facto consumado, não mentia nem tinha escondido do país a sua situação real. E, sublinhe-se, acaso não o tivesse feito e fosse rigoroso, um PEC 1 chegaria.
Em terceiro lugar, se a ajuda externa era necessária e se for verdade (no que também não concedo) que um governo em gestão não pode pedir ajuda externa, então os socialistas deviam ter pedido essa ajuda a tempo e nunca empurrar com a barriga o problema, atirando os portugueses para o abismo. É de um egoísmo e de uma irresponsabilidade inacreditável que tenham actuado desta forma em prejuízo do país e dos portugueses. Mas, para Sócrates, o país e os portugueses que se lixem. Incluindo aqui os pensionistas mais pobres.
Dizer-se que os "nossos parceiros" queriam o PEC 4 para considerá-lo coisa boa é de imbecil. Os apelidados “nossos parceiros” estão é preocupados com eles e com o euro, e estão-se nas tintas, tal como os socialistas de Sócrates (noventa e tal por cento), para os pensionistas e demais portugueses na miséria. Para eles releva a manutenção do euro, poupar a Espanha, e, com um bocadinho de sorte, enfiarem-nos um TGV pela boca abaixo. Os portugueses que se lixem, são para eles uns desgraçados. E somos, realmente: quando os alemães e os franceses se dão ao luxo de discutir abertamente entre eles a nossa situação e as nossas decisões é porque os portugueses são uns desgraçados a quem eles não devem respeito algum. E nós devemos essa ignomínia a Sócrates e aos socialistas!
Pretender atirar-se a responsabilidade pela situação a que o país chegou para outros que não Sócrates e a gestão socialista é mentira miserável. Imprópria de Assis. Mas ele sujar-se-á como quiser, afinal o país é livre. Ou será antes um protectorado alemão desprotegido?
Judite de Sousa chegou à TVI e começou logo a fazer milagres: entrevistou um cadáver! Pela primeira vez tive pena de Teixeira dos Santos, que desgraçada pessoa.
Lamentar-se de que até faria outra coisa mas (deixa ele perceber) Sócrates manda coisa diferente e Teixeira dos Santos é pau mandado; atirar-se para os braços do Presidente da República, dizendo que é apenas nele em quem os mercados confiam; confessar que a situação do país é aterradora desde 2008, e que ele não fez nada desde aí se não gastar ou deixar gastar à doida; ter de admitir que as suas contas e cálculos estão todos errados; e fugir atrapalhado às questões sobre a bancarrota do Estado e a necessidade de recorrer à ajuda externa, que desgraçada pessoa nos apareceu na televisão. Destroçado, completamente derrotado.
Nunca ningém da oposição foi tão claro sobre o descalabro do governo socialista como agora o Ministro das Finanças. E inconscientemente. Depois desta entrevista, até Perez Metelo se convencerá da ruína a que os socialistas nos trouxeram.
ARRUMADORES, MENDIGOS E DEMAIS PEDINTES CRÓNICOS? — DISTÂNCIA DESSA MALTA...
O país de Sócrates bateu vergonhosamente no fundo. Convida-se o ex-Presidente Lula para ser agraciado e homenageado. O homem traz atrás a Presidente do Brasil para os festejos. E Sócrates, vendo ali um filão, aproveita para entalar os convidados e ferrar-lhes com a dívida soberana. Lá foi de mão estendida e tumba... toma lá que é para aprenderes, deixa cá o carcanhol.
Os brasileiros, coitados, escapuliam-se como podiam. Lula dizia que em primeiro lugar era preciso encontrar o responsável pela crise (Soares ia tendo um chilique, mas as televisões, amigas, não mostraram a cara de Sócrates), depois fugia às perguntas, a pobre Dilma nem sabia onde se meter, acabou por exigir primeiro garantias e que depois logo se via. E fugiram ambos, aproveitando felizes a infeliz morte do amigo (ver, no Público, versão impressa, a propaganda de toda a agenda cancelada de Sócrates e o que ele iria ainda cravar à Dilma se ela não tivesse fugido — mal sabe ela do que escapou).
Eu compreendo-os na fuga porque também sou assim. Vejo ao longe cravas ou arrumadores e mudo logo de passeio.
Os media tornaram-se num obstáculo à liberdade na democracia. Dotados do poder de representar a democracia , constroem a representação obedecendo a regras que os espectadores desconhecem. São a raposa a guardar o galinheiro.
1) No geral:
Stauber, partisan anti-Bush e anti-manipulação ( petrolíferas , aquecimento global, Iraque, etc), pega no mandamento de Alex Carey ( um virtuoso que morreu cedo demais, senão, segundo Chomsky, teria escrito "a definitiva história da propaganda") : o século XX foi marcado pelo crescimento da democracia, do poder corporativo das grandes empresas e do esforço da propaganda para proteger o poder corporativo do poder da democracia. Stauber diz que os media garantem o poder das corporações através das empresas de relaçoes públicas, porque a maioria do trabalhos dos media, sustentados pelos grandes grupos económicos, é feito sobre o material fornecida pelas agências. A massa acrítica de proletários-estagiários das redacções agradece. Pedro Luis Boitel. Se perguntarem a um jovem ansioso por exemplos de resistência cívica e ética contra as ditaduras, é provavel que o jovem não saiba. Talvez imagine Boitel como uma vítima do fascismo sul-americano. Não: foi um intelectual cubano cujo corpo está hoje uma sepultura sem nome, em Havana. Quando Fidel esteve em Portugal, não houve um jornalista, um só, que perguntasse por Pedro Boitel ou por qualquer outro que ainda esteja vivo dentro de uma das ratoneras do regime. Por outro lado, fora dos media tradicionais, comparem na wikipédia as entradas sobre Pinochet e Fidel, no que diz respeito às dimensões da opressão, tortura e assassínio. Em que ficamos? No morno ponto médio que nos obriga a imaginar um equilíbrio sideral ou místico? Não. Na certeza de que existe a tendência para sujar qualquer prancha da realidade? Disparate: quem conta um conto acrescenta um ponto ( além de que a imprensa nasceu do combate político) . Fiquemos numa conclusão mais modesta: em cada momento, a prancha mediática está em branco e é depois desenhada consoante a inclinação do artista. O que fica enterrado de vez é a ilusão da imparcialidade como regra. Para o que conta nesta discussão, aplicada ao caso português, queremos é saber é se essa inclinação é ou não inimiga sistemática da liberdade. Num alvo é fácil concordar com Stauber: os media clássicos têm como principal objectivo vender. O " Avante!"e o Povo Livre, por exemplo, não. Num país pequeno e pobre, calculo que o mercado seja mais selvagem do que o delta do Okavango. Ora, se queres vender e estás dependente dos grandes grupos financeiros, é curial supor que trabalharás para garantir o remanso da sociedade construída pelos teus patrões. E isso não é liberdade.
2) No particular: Encaremos os media tradicionais como a depuração do debate no espaço público que ocorre nas redes sociais. Passa-se da simples reunião na colina de Pnyx para a ecclesia organizada ( o que aliás aconteceu em Atenas). Os principais media, para além de , como já vimos, assentarem talvez mais de metade da matéria editada no pré-fabricado das agências de comunicação, representam a sociedade de uma forma essencialista, porque: a) há figuras intocáveis. Verificamos uma enorme discrepância na forma como são tratados os bons ( futebolistas, grandes empresários, banqueiros, etc) por oposiçao aos tratos de polé a que são sujeitos os maus: os políticos caídos em desgraça, os radicais, de esquerda ou de direita, etc) b) existe um index prohibitorum . O media interpretam o que em cada momento farejam como a ideia dominante e excluem da ágora o que é inconveniente. Se a ordem é o orgulho pátrio futeboleiro, os críticos da construçção de dez estádios são remetidos para a categoria de excêntricos; se a ordem é esperança e optimismo ( um truísmo, bem sei), os cépticos são profetas da desgraça. É certo que cada nicho é habitado por aves raras. Acontece que essa suposta variedade é diluída nas páginas ( latu sensu) de opinião, não afectando as mensagens principais. c) pouco sabemos, porque pouco ou nenhum relevo é dado, o que acontece aos jornalistas condenados por difamação ou às relacões de jornalistas com grupos de pressão, facções partidárias ou grandes corporações. Se um político for condenado por ter perdido um processo contra um jornalista, estão dezenas de media à porta do tribunal; se for o inverso, com sorte talvez bispemos uma pequena nota num lugar desamparado da ediçãodo dia ( impressa ou radiotelevisiva). d) os políticos podem ser individualmente destratados, mas a relação preferencial dos media é com o actual sistema partidário. Porque, como repete Pacheco Pereira, preferem saltear as pequenas anedotas e intrigas, os media acabam por não incomodar verdadeiramente a coutada partidária. Os únicos prejudicados são os cidadãos, que recebem uma representação benigna e infantil do jogo partidário.
Este pequeno esboço de Mark Warren recorda um ponto essencial: em democracia, o cidadão afectado por uma decisão política deve poder agir sobre essa decisão na exacta proporção daquilo que o afecta. A representação mediática, dada a opacidade dos mecanismos de decisão política ( o que vemos na ARTv é espuma amarela), assume uma importância arrepiante. A confiança que depositamos nessa representação, apesar de sabermos que existem directores que mandam esconder notícias ( levando à demissão de sub-directores), é duplamente arrepiante. Um problema de opacidade e de luz? Então termina-se com a fórmula do Bispo de Sodor e Man ( citada por Mathew Arnold). Ela resume a dificuldade: Nunca vás contra a melhor luz que tiveres, mas assegura-te de que a tua luz não é a escuridão. A melhor luz que temos são os melhores jornalistas que temos.
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