COLIGAÇÃO À VISTA: Tambores atraem bombos. Como era previsível, o PNR está a manifestar-se em Vila de Rei. E que o diz o nacionalista PNR, que aprende depressa as asneiras que outros salivam? Protesta contra a "globalização" e contra o "capitalismo selvagem". Nas próximas eleições teremos uma coligação PCP-BE-PNR? Já vi bicho mais exótico.
posted by FNV on 7:05 da tarde
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METTERE LA CODA DOVE NON VA IL CAPO: Os italianos não acharam graça às escutas telefónicas que provam que dirigentes da Juventus escolhem os árbitros. Não sei porquê. Em certos países, que um árbitro seja escolhido por um dirigente e que tal fique registado em conversa telefónica, não incomoda ninguém: é preciso provar cientificamente que as apitadelas eventualmente favoráveis se deveram a essa escolha.
A RIQUEZA DOS PARTIDOS: Via Bicho-Carpinteiro, aprendo que António Pires de Lima comentou o comentário de António Lobo Xavier sobre o seu discurso ("foi forte demais") da seguinte forma: "Isto é uma das riquezas deste partido. Tem dois Antónios: um suave e outro forte". É bem verdade: também tem dois Paulos, um Portas, e outro Miranda.
CÔR DE BURRO QUANDO FOGE: Como sabemos, os jornais costumam ser muito rigorosos com a descrição da côr da pele, ou a "etnia", dos criminosos, em certos casos. Já esta notícia sobre um duplo homicídio e o ferimento de uma terceira pessoa, aparentemente por motivos racistas, não se refere à côr nem à "etnia" do autor, embora lhe descreva cuidadosamente o traje e o penteado. Certo, certo, é que uma das vítimas era africana, a outra era uma menina branca ao cuidado daquela e a terceira era turca. Mas, também, "homicida de etnia caucasiana", ou "jovem branco mata três pessoas por motivos racistas" era capaz de soar meio estranho. Não?
ISTO é dado como uma notícia, uma notícia, uma notícia. Não é um editorial, não é um protesto formal, não é uma nota da redacção. É uma notícia. Passei a ter interesse em folhear o livro.
O AFFAIR CARRILHO: Lisboa é uma aldeia e o resto é paisagem.
posted by FNV on 10:25 da tarde
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MAIS AS VOZES DO QUE AS NOZES: Há uns bons pares de anos, um incêndio lambeu o jardim de Miguel Champallimaud (MC) , na Quinta da Marinha. A certa altura, MC dirige-se a um bombeiro para protestar contra qualquer coisa , ao que o bombeiro responde: " Eu é que sou o comandante". MC pergunta-lhe o que é que ele comanda e o bombeiro responde-lhe: " Comando este carro". Não sei se já repararam, mas é muitas vezes assim. O Público de hoje conta que, no incêndio que lavrou ontem de S. Pedro do Sul, "começaram por concentrar-se 40 bombeiros de cinco corporações". Ou seja, cinco (!) corporações juntas e com apenas oito (!) bombeiros por cada corporação. Deve ser uma bela organização.
posted by FNV on 12:12 da tarde
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MICROCAUSA: Evitar a vinda de Fernando Santos para o Benfica. Ainda iremos a tempo?
NÃO PODEM VER UMA CAMISA A UM POBRE: Leio no DN de hoje que o PNR ( "extrema-direita") protestou contra a iniciativa da presidente da autarquia de Vila de Rei ( importação de brasileiros). Parece que o argumento é o seguinte: " se querer os portugueses em primeiro lugar é ser racista e xenófobo, então somos isso". O discurso nacionalista utiliza estas mensagens porque são as únicas que têm aceitação, ainda que mitigada, em algumas faixas da população. O resto é o deserto fechado à chave. Mas essa mitigada aceitação é que deve preocupar os bons espíritos. A iniciativa de Vila de Rei não deveria ser apregoada com tambores, precisamente porque faz eco nos beduínos do pensamento político. Rui Pena Pires, que comenta a notícia para o DN, diz o óbvio: poucos ( ou nenhuns) portugueses aceitariam ser deslocalizados para Vila de Rei com a promessa de um ordenado mínimo. Tudo muito certo. Mas é bom não esquecer que do outro lado da estepe, uma boa parte da esquerda ressequida tem ataques de asma de cada vez que se fala em deslocar funcionários públicos ou trabalhadores para zonas deprimidas do país. O que é bom para os brasileiros não é bom para nós, pois não?
posted by FNV on 11:05 da manhã
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MAIS LEOPARDOS: Theodore Roosevelt conta, no seu African Game Trails, a história de um pequeno leopardo fêmea de apenas 45 kg: quatro balas, três cargas, um pisteiro ferido. Nas planícies de Kapiti, a apenas 50 milhas da hoje populosa Nairobi, na então África Oriental Britânica, os leopardos eram mais difíceis do que os nativos. Os Wakamba, por exemplo, eram descritos por Roseevelt como selvagens que "cannot govern themselves from within; therefore they must be governed from without ". Os leopardos eram um bocadito mais difíceis de controlar from without.
posted by FNV on 10:50 da manhã
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TOTAL USURPAÇÃO: Eu, o ingrato, faço meus os links & agradecimentos do nosso PC. Os leopardos são assim.
SEMI-USURPAÇÃO: Quase não tenho direito a vir aqui agradecer as felicitações amigas que foram chegando ao Mar Salgado pelo 3º centenário, atendendo ao pouco que tenho escrito nos últimos meses. Por isso, antes de mais, junto-me ao grupo dos felicitantes e mando um forte abraço a esse maravilhoso ser humano que é o nosso Comandante-Fundador (parafraseando os Massive Attack, sem ele ficamos like a mind without a soul); ao nosso FNV, que tem andado, brava e literalmente, com a barca às costas; e aos meus semi-absentistas companheiros e amigos, Neptuno e VLX. Posto isto, na consciência perfeita desta semi-usurpação, e para que não incorramos, colectivamente, no pecado da ingratidão, OBRIGADO Francisco José Viegas, Charlotte, Ana Cláudia, Jorge Ferreira, Gabriel, Segismundo, Luis, Miss Pearls, Lutz, venerável masson (como sempre, arguto, demasiado arguto... ainda que não se avistem os tais rios de leite e de mel), Pedro Correia, grande Américo, Luis e Carlos (ainda não foi este ano que nos deram a tão cobiçada gravura...), Miguel, Tati, Lolita e Besugo, Luis Carmelo (a quem aproveito para felicitar pela espantosa série sobre o "tom dos blogues", uma das melhores de toda a blogosfera de sempre), Pedro Gomes Sanches, todos os que deixaram comentários e e-mails, e outros que tenham fintado os nossos radares.
Assim, é uma bela festa.
posted by PC on 10:45 da tarde
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NOTÍCIAS DO MUNDO DA BOLA: Ontem, o FCP apresentou em Viana de Castelo os seus jogadores para com os adeptos e a imprensa festejarem conquistas. Para não ficar atrás, o SLB apresentou à imprensa e aos adeptos os seus jogadores com o novo equipamento principal (e o alternativo).
posted by VLX on 6:58 da tarde
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SHE WALKS IN BEAUTY, LIKE THE NIGHT: A primeira vez que li isto, num dos Nove Ensaios Dantescos de Borges, adormeci: é difícil arranjar melhor. Desde então tornei-me freguês do resto do poema - Hebrew Melodies - de Byron. É um bom lema para esta época de amores e incêndios.
OBRAS (VI): Se o SLB fosse dirigido por benfiquistas de cepa y fino trato, Jorge Jesus seria o treinador ideal para atacar o título na próxima época. Esse Benfica não precisaria de um teórico dos atacadores nem de um bárbaro que demorasse seis meses para "conhecer o futebol português". Bastaria um tipo esperto, ambicioso, experiente e escoltado por um departamento de futebol eficaz e alfabetizado.
SEMPRE COM UM TRUNFO NA MANGA: Mais do que a de Koeman, entristeceu-me a partida do adjunto Bruins Slot (na foto, é o senhor em bicos de pés, à esquerda, com os braços no ar). Aquela disposição extrovertida e quase festiva dava um toque folclórico ao tristonho futebol português, que já não se via desde o simpático "Bitaites". Felizmente, nada foi deixado ao acaso: F. Chalana já está a orientar a equipa.
UMA QUESTÃO DE GRAU: Estive em Berlim Oriental em 1983. A monotonia do comércio era impressionante, até para um português de 1983. Sobretudo quando se vinha do festival babilónico de Berlim Ocidental. Hoje, no mui liberal e aberto Portugal de 2006, entrei no novo centro comercial de Coimbra. Bastante grande, bastantes lojas. As mesmas dos outros centros comerciais espalhados pelo país e, em muitos casos, pela Europa. De facto, o Estado e o mercado são concorrentes: cada um ocupa até onde pode o espaço do outro na formatação dos gostos e dos estilos de vida.
posted by PC on 10:50 da tarde
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OBRAS ( V): Uma vez que o Luisão quer ficar, contratar o central do Rio Ave, o Danielson. Assim, o Koeman ri a dobrar.
posted by FNV on 12:38 da tarde
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OBRAS (IV): Erigir uma estátua em honra de Luís Filipe Vieira. De preferência, em mármore rosa desmaiado. Humberto Coelho, o novo presidente, inaugurará a obra ; Vieira ficará, naturalmente, em silêncio.
posted by FNV on 12:21 da tarde
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OBRAS (III): Devolver o Marcel à Académica com um pedido de desculpas, mas com uma justificação aceitável: código de barras ilegível.
posted by FNV on 12:19 da tarde
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OBRAS II: Manter o Koeman. Quando, em Setembro, o manécocó holandês perder o terceiro jogo consecutivo em casa, poderemos respirar fundo. Será ele a pedir desculpa e poupamos na indemnização. De caminho, homenagear o Veiga e colocá-lo como cônsul na Coreia do Norte.
posted by FNV on 12:11 da tarde
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OBRAS (I): Despedir o Robert. Num ápice, Pinto da Costa, que é um homem de hábitos, irá a correr contratá-lo. Ficamos nós aliviados e o Baía também.
posted by FNV on 12:08 da tarde
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BOAS NOVAS: O www.o-lugar-comum.blogspot.com: o Lutz, o Bombyx e o LMJ (e a Suzana, que não conheço ainda bem). Faxofavôr de linkar, comandante.
BOLÍVIA: Até compreendo que o passado nos ensine e que os amigos do regime não sejam admiráveis. Também compreendo as preocupações dos mestres da economia. Já aqui escrevi sobre o homem, pois que acompanho parte da sua actividade ( a ligada à coca), pelo que não me julgo desprevenido. Já não compreendo tão bem o facto de o país ter tido cinco presidentes nos últimos cinco anos não ter preocupado ninguém ( exceptuando as agências norte-americanas e internacionais de drug control) até agora . Mas o que compreendo muito mal é esta mania de a democracia só ser boa quando elege quem pertence ao nosso grupo. O que é que querem? Assumo o princípio da ingenuidade democrática. Depois logo se vê.
posted by FNV on 4:54 da tarde
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NO REINO DO SENHOR:Ontem, as televisões portuguesas estiveram entretidas com um congresso de pastores evangelistas. Nada de sexo ou política: apenas fervor. Vi um bispo, preocupado com os "cercos", abrir repetidamente os braços como se quisesse agarrar o povo que lhe fugia pelas muralhas abaixo. Vi três irmãos, nada parecidos, jurando fidelidade ao bispo: devem ter feito alguma maldade ao homem . Vi ainda outro, aparentemente jovem, excitado com o chapéu do Prof. Pardal: " é preciso que nos lembremos de coisas que ninguém se tenha lembrado antes." Só não vi o pastor cujo nome todos sussurravam. Diz-se que tem mil caras.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.