Recordo-me das teses de um então colaborador no Blasfémias, se não me engano, Pedro Arroja, um católico devoto, sobre as viciosas características específicas da raça judaica. Coisa colectiva.
Desde que me conheço que me lembro do link padres-sexo. Desde esses infelizes tempos que me lembro de factos e histórias sobre o abuso de crianças em seminários. É curioso que só agora com Ratzinger, o Papa que diz o que a Igreja é e deve ser, o Papa que pensa e escreve, o Papa que ousou beliscar a beatitude do Islão, o mundo tenha descoberto a pólvora. O que é, é, o que era também era e o que será já percebemos: um próximo Papa que defenda uma Igreja que defenda o que a Igreja não é.
posted by FNV on 11:22 da tarde
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FRANKENSTEIN DE SARRABULHO:
posted by FNV on 10:34 da tarde
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REZANDO EM AMBOVOMBE (X):
O que gosto na religião deles é que torna o homem macio.Perceberam logo que somos umas bestas e só com o medo e a esperança ( uma combinação tão harmoniosa como o escuro e a vela) nos podemos suportar. O que não gosto na religião deles é que a ensinam aos miúdos. Deviam deixá-los descobri-la quando crescessem. Aí pelos 30, idade em que já conhecem o medo e por issso podem bem imaginar a vela.
...os que celebram a Ressurreição, uma Santa Páscoa.
posted by VLX on 6:41 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA*:
1) Há dias assim: se o árbitro tivesse visto a posição irregular de Kuyt ( no golo dos vermelhitos) e tivesse marcado mais dois penaltys ( uma mão e uma falta sobre o tractor a pedal), tínhamos ganho 4-0. Acontece.
2) A equipa está cansada fisicamente , mas vigorosa no plano mental. Infelizmente, o futebol exige mais do corpo do que da cabeça ( senão chamava-se xadrez e o tractor a a pedal nem fazia tão má figura).
3) Deposito rúbeas esperanças na dupla Bettencourt-Costinha. Respiram competência. Têm tudo o que é necessário para me fazer feliz
4) O Vasco Lobo Xavier tem dito aqui que não compreende a festa encarnada, que nos contentamos com pouco ( um título de vez em quando). Eu explico: um único título é sempre enorme e sideral festa para o clube da diáspora: em Timor, Cabo Delgado, Cinfães, Toronto, Buenos Aires, Fortaleza, Huambo, Goa, Macau, Proença-a-Nova, Zurique, Paris e Murmansk.
5) Bruno Prata, ignorante e preguiçoso, editor de desporto do Público: "Em nove confrontos, esta foi a primeira vez que o Benfica marcou dois golos ao Liverpool". É isto a excelência Sonae.
Quando aparecem versões contraditórias ou diferentes dos factos (e isso é o dia-a-dia dos tribunais), entendo por bem que se deve optar por aquela que faça, minimamente, um nadinha de sentido. Vem isto a propósito de uma versão que já na semana passada circulava (e que eu deixei aí em comentário) de acordo com a qual Hermínio Loureiro teria estado umas quatro horas a tentar contactar, sem sucesso, Ricardo Costa, alegadamente para lhe sugerir a demissão face a mais um descalabro das suas decisões e, suponho, pela impressão de parcialidade que as mesmas sugeriam. Ricardo Costa teria recusado a sugestão e, consequentemente, Hermínio Loureiro teria renunciado ao cargo, solicitando no entanto que, face à sua renúncia, os demais se mantivessem nos órgãos. Outras declarações de HL sobre o assunto serão remetidas para o fim da temporada (por motivos que não se compreendem, mas enfim).
Ricardo Costa, à SIC-N, veio dizer que realmente tinha estado em aulas, confirmando parte da história (que realmente HL tinha estado não sei quantas horas a tentar contactá-lo, sem sucesso) e, não sei se se referindo também a HL se apenas utilizando o plural majestático que deve considerar ficar-lhe bem, afirmou que “não concordamos” com a decisão da instância superior “porque juridicamente não a compreendemos”. Não obstante não a compreender, Ricardo Costa, aconselhou a Liga a estar “tranquila” quanto a uma eventual indemnização. Invocou ainda a estatística para frisar que está por ali e por ali vai estar (esquecendo-se de que o problema maior é que as suas decisões são proferidas com aparente parcialidade e gozo pessoal e têm vindo a ser constantemente destroçadas pelas instâncias superiores e pelos tribunais a sério), e que quer ele quer a sua equipa sentem “todas as condições” para seguir em funções (na sua maioria, refiro-me a excertos retirados do Público).
Pois bem. Eu admito que RC diga que não compreende a decisão que espatifou a sua (conforme a maioria dos comentadores já há muito avisava que iria acontecer [a decisão ficar em cacos, não a incompreensão]), e que mesmo assim aconselha a Liga a estar tranquila. Do que se conhece do personagem, outra coisa também não se admitiria que não fosse o próprio estar felicíssimo e embevecido com a sua actuação. Mas gostava eu que as coisas fizessem sentido: se não foi para o confrontar com a decisão superior, por que razão Hermínio Loureiro tentou durante não sei quantas horas contactar Ricardo Costa? Para o avisar de que iria renunciar? Isso não poderia ser feito por mensagem escrita? — Não faz sentido. Por consideração, para que ele não soubesse da renúncia pela comunicação social? Consideração por quem não lhe atendia o telefone? — Não faz sentido. E Hermínio Loureiro renuncia apenas por discordar das decisões dos órgãos de justiça? Mas ele não deveria ser independente desses órgãos, bem como estes do Presidente da Liga? — Não faz sentido. Hermínio Loureiro pretenderia, de alguma forma, imiscuir-se nas decisões desses órgãos? E por não ter conseguido apresentou renúncia? — Isso não faz sentido algum.
Enquanto Hermínio Loureiro permitir que esta versão inverosímil de Ricardo Costa se mantenha é a imagem do próprio Hermínio Loureiro que fica manchada. E por opção dele. Para mim é-me igual: não conheço nenhum dos dois, apenas gostava que as versões fizessem sentido.
posted by VLX on 6:28 da tarde
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PASCOAES, SEMPRE:
Repetente permanente que não mente nem que tente. No seu estilo gongórico, martela a noite e os espectros e o gelo e até ouve o seu cão Nilo latir. De repente, o génio de Pascoaes desenha ( As Sombras, 1907) uma pequena e mortal fórmula:
E fecho a porta à noite, que se julga, Lá fora, abandonada; ela que existe, Neste meu coração, em alma e corpo, Em lívido luar e sombra triste.
O dr. Ricardo Costa, presidente da CD da Liga, esteve na SIC-N. Um homem justo e bom, que necessitou (!)de defender-se de homens que rastejam há dezenas de anos nos esquemas mais sórdidos, nos ambientes mais insalubres e nas companhia mais infectas. E defendeu-se com a lei, com a inteligência e com a retórica; não através de combinações com jornalistas, piadolas de feira, alternadeiras, capangas, perseguições a autarcas, ou pauladas em desgraçados em locais ermos e mal iluminados. A regeneração do futebol português, o fim do medo, começou hoje, às 22horas ,e foi antecedida de um breve resumo do sinistro e esclerótico passado, na RTP1.
Esta é uma frase ( o resto não discuto agora) de um torcionário. Não podemos dizer aos homens - a todos os homens, pois esse é o princípio da evangelização - como devem viver as suas vidas e depois dizer-lhes que as lavem como quiserem desde que o façam dentro de portas. A moral, a velha distinção entre o bem e o mal, não depende da altura dos muros.
posted by FNV on 1:55 da manhã
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PESCANDO EM AMBOVOMBE (IX):
Então parece que o gato Óscar sabe quem vai morrer. Os wapishana ( zona interfluvial do Branco/Rupuni entre o Brasil e a Guiana) ) são melhores. Têm uma coisa, o udikini, que é a sombra do morto. As imagens na televisão também são udikini. É estranha, a antropologia cultural. Ou são os índios que são estranhos. Ou é a televisão que é mortal.
Tenho de fazer um curso de Direito.É um mundo fascinante. O dr. Guilherme Aguiar, advogado mediático do FCP e ex-director executivo da Liga, está na minha ( não sei se na vossa) televisão a dizer que se os stewards "estivessem no recinto desportivo" ( sic) , a decisão do CD da Liga estaria correcta.
Dizem que Passsos Coelho sucede a MFL. Claro que não, que disparate. PPC sucede a Menezes. Os mesmos batalhões de cavalaria, as mesmas CCS, o mesmo estado-maior com uma única diferença: o CEMGFA é Ângelo Correia. Depois temos que PPC é uma pessoa bonita e simpática. MFL não era bonita ( tem uns belíssimos olhos) nem simpática, até porque passou o tempo a dizer coisas desagradáveis como, por exemplo, que estamos endividados até ao tutano, que o governo mistificava a realidade despudoradamente, que tínhamos de cancelar o TGV, etc. PPC, por seu lado, juntou-se ao PM numa mensagem de optimismo e de um futuro radioso. Para haver sucessão é preciso haver continuidade. Os partidos comunistas são quem melhor interpreta, nestes dias de espuma, essa forma aristocrática ( Cuba e Coreia ). O nosso PCP não finge que elege líderes ( é como o FCP). Ora, Passos Coelho não sucede a Manuela Ferreira Leite. Seria a mesma coisa que Filipe I ( II em Espanha) suceder ao Infante D. Henrique.
Não é da primeira divisão, não é um literato ( homem do campo, sem instrução ). Se ainda não o conhecem, podem ir aqui. Dedicou um poema a Mussolini e viu um filho morto pelos alemães aqui. Este curtíssimo poema, Dommenica, extraído de Pellegrino D'Amore ( 1941), tem a marca da grande poesia. Um assunto banal - namorados num parque ao início da noite - é selado numa imagem da cidade como uma mulher cansada da vida e do sexo ( o que em breve acontecerá aos felizes coppie). Tudo contido e curto:
Brevemente eccitate dal crepuscolo abbandonan le coppie l'erba amica stupite e un pò confuse di quello che la luna e i treni fanno tutta la notte alla stanca città.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.