posted by FNV on 12:48 da tarde
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A ENTREVISTA (VI):
Recusa ser um psicólogo dos jogadores ( todo o homem tem qualidades insuspeitas) mas quase parece um. Atentem nesta metagnose secundária da posição esquizo-paranóide: "Sou um treinador que deve gerir parte das emoções mas não a partir do momento em que estas vão em direcção contrária. Porque quando isso acontece eles transformam-se em estátuas de pedra." Isto deve ter sido ideia da Tia Lola.
posted by FNV on 12:36 da tarde
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A ENTREVISTA (V):
Quique é um místico andaluz. Depois do jogo com o FCP disse que o que aconteceu "estava nas cartas". Agora diz que não faltam laterais direitos porque " contamos com o Maxi e com outros jogadores". Fiquei a matutar e lembrei-me assim de repente que temos o Zanetti, o Ashley Cole e o Paulo Ferreira.
posted by FNV on 12:32 da tarde
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A ENTREVISTA (IV):
" A minha tia Lola tinha ideias muito diferentes do resto da sociedade. Revejo-me nela". É bem verdade. Quique diz que Luisão é muito importante porque "tem uma visão panorâmica lá atrás".
posted by FNV on 12:28 da tarde
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A ENTREVISTA (III):
Quique diz: "Se já fiz coisas que não vos passa pela cabeça, porque não hei-de andar de metro?". Realmente. Isto do andar de metro deve estar ligado à problemática das diagonais do Aimar.
posted by FNV on 12:26 da tarde
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A ENTREVISTA (II):
Primeiro disse que só queria no Benfica jogadores que quisessem estar no Benfica, agora diz que Katsouranis ( que não quer estar no Benfica) pode ficar se respeitar as regras. Qualquer dia o Katsouranis pode estar no Benfica sem querer, pode nem respeitar as regras, pode até não jogar. Tem é de ter o cacifo arrumado. Isso é sagrado.
posted by FNV on 12:24 da tarde
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A ENTREVISTA (I):*
Quique Flores vive num hotel e a família ficou em Espanha. Não compreendo isto. Como é que um homem vive num hotel longe da família? À hora do jantar discute com a empregada de mesa e à noite conversa com os porteiros? Um homem ou bem que é homem de família ou não é.
MFL E MANOEL DE OLIVEIRA: A "gestão do silêncio" de Manuela Ferreira Leite faz-me pensar nas suas afinidades com Manoel de Oliveira. Para além do silêncio propriamente dito, todos lhes reconhecem competência e seriedade mas, provavelmente, poucos compreendem ou gostam do seu "filme"e, mantendo-se este argumento, raros pagarão bilhete. O seu cinema elitista acaba por incutir confiança ao público errado despertando, igualmente, erros de casting recentes que já se supunham fora da indústria.
posted by Neptuno on 2:45 da tarde
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NENHUMA SURPRESA:
A Sábado imitou a Veja e fez um belo exercício: foi ler o que dizem os manuais escolares portugueses sobre as experiências comunistas do século XX. O resultado é deprimente. Não acho obscena a equivalência ( insinuada, eu sei...) entre o genocídio estalinista e a caça às bruxas do Macarthismo. A obscenidade tem uma faceta alegre e despreocupada.
A reacção foi fortíssima. O paradoxo também: se a senhora era uma ilustre desconhecida, como é que tanta gente sabia tanta coisa má sobre ela? A resposta é simples: foram procurar. E foram procurar porque a personagem é interessantíssima? Como é que uma pessoa daquelas se torna numa personagem interessantíssima? Pois é. A esquerda anquilosada ainda reflecte o culto da personalidade. Basta reparar no PCP e no BE: Comités para aqui e Mesas para acolá, mas vai-se a ver e Louçã e Jerónimo ( como antes Cunhal) são personalidades ultra-produzidas. Mais do que isso, são símbolos do partido que representam. Já o PS pode ter à frente coisas tão díspares como Soares, Guterres e Sócrates. Do PSD nem é bom falar. Graças aos deuses. A direita autoritária produz o culto, mas esvaziado da ligação doutrinária. Salazar não é nem primo de Stroessner, Franco nunca usurparia Baptista. À direita, o verdadeiro culto da personalidade vem dos antecedentes socialistas. Hitler - e o seu Partido Nacional-Socialista - e Mussolini - director do "Avanti!" em 1912 - executaram a performance como manda o figurino. A reacção a Sarah Palin foi, portanto, típica da zona política que cultiva a personalidade ( a entronização de Obama na Europa, sobretudo por ser negro, é deliciosa: não existe um único político europeu de topo asiático, negro ou cigano). Assim, elevaram uma personagem menor - e quanto a mim francamente desinteressante - a um patamar disparatado. Essa manobra incluiu todos os ingredientes: diabolização, desqualificação, mitomania, ódio. Muito ódio. Todos conhecemos a importância da manipulação das emoções básicas na adoração pessoal. É uma atitude compreensível e, felizmente, atávica: viemos para vos revelar a verdade e para vos salvar deles. Ou dela, neste caso.
Adenda: O Lutz dá-me aqui uma ajuda inesperada. Que o problema não é a senhora mas "o que ela representa". Nas primeiras 48 horas, o problema foi ela ser caçadora, usar arma ( é difícil caçar ursos com uma fisga), ser pró-vida ( como Guterres), ser uma ex-miss ( como milhares), ter cinco filhos e ser bonita . Isto representa o quê? Rigorosamente nada. É uma salada. Não. A reacção foi ao que a senhora é, e não ao que a senhora representa. Foi à pessoa, daí eu insistir no culto da personalidade. Invertido.
posted by FNV on 10:07 da tarde
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O VERDADEIRO ESPÍRITO LUSITANO-SOCIALISTA (II):
Pressuponho que a responsabilidade de Cavaco Silva se estende às esquadras de polícia a funcionar em pré-fabricados e aos carros-patrulha parados por falta de verba para a manutenção.
Quando os Verões são sufocantes, arde muito por causa das temperaturas elevadas; quando o Verão é gelado, arde pouco devido à excelência dos meios utilizados no combate aos fogos florestais.
posted by FNV on 10:58 da manhã
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"MALEDICÊNCIA" E "BOTA ABAIXISMO"?
Paulo Pedroso acha que o PS não deve voltar a governar sozinho. Prefere o bloco central. Deseja a cooperação com o PSD, deduzo, uma vez que não deve estar a pensar no CDS ( que está com um problema de cadeiras) nem no PCP/BE ( que definem o PS como vergonhosamente neo-liberal).
posted by FNV on 10:06 da manhã
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PATHOPOLIS (IV):
As cidades europeias estão a aproximar-se das actuais cidades africanas. Ainda mantém zonas limpas e ricas como as antigas cidades coloniais, mas já exibem exércitos de desesperados com as suas cloacas impecavelmente porcas. O processo foi muito rápido. Só em 1977 Paris elegeu o seu primeiro presidente da camâra por sufrágio universal, mas já nessa altura se adivinhava a decomposição. A guerra civil não pode fazer outra coisa senão instalar-se. A antiga noção ateniense de espaço e de bem comum sobreviveu à expansão dos francos, porque uma elite ágil e vulturina cuidava das cidades. As muralhas, os fossos e o controlo de entradas eram comuns nas cidades durante todas as idades médias. As cidades eram bastiões. A modernidade foi trazendo lentamente a stasis para dentro de portas. Alguma homogeneidade cultural - por vezes mantida à força de braços - e muita conflitualidade nacionalista garantiram, durante boa parte do último século, períodos de regeneração. As coisas mudaram. Os espaços da cidade já não correspondem a construções comunitárias, a diversidade cultural - tout compris - garantindo uma tensão permanente. Os motins de Los Angeles em 1992 destruiram sobretudo as zonas pobres e remediadas. O cão morde a cauda. Só um cego não vê que os estrangeiros e os diferentes são quem vive pior. As células onde os enfiamos para podermos dormir sossegados só nos garantem pesadelos.
posted by NMP on 4:20 da tarde
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FACTCHECK:Um artigo da insuspeita Newsweek onde se faz uma verificação da autenticidade dos boatos sobre Sarah Palin. Muitos destes supostos factos têm sido utilizados por comentadores e bloggers da esquerda americana como verdades indisputadas. Como abaixo já referi, este clima de ataque caótico e desproporcionado foi uma das razões que aumentou a atenção e simpatia pela candidata republicana para vice-presidente. E se os democratas e seus apoiantes continuarem neste tom o mais provável é esse apoio consolidar-se ainda mais. Faziam melhor em concentrarem-se nos candidatos a Presidente. Com amigos destes, Obama não precisa de inimigos...
posted by NMP on 4:03 da tarde
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MARIO LUZI, SEMPRE:
A che pagina della storia, a che limite della sofferenza - mi chiedo bruscamente, mi chiedo di quel suo "ancora un poco e di nuovo mi vedrete" detto mite, detto terribilmente
e lui forse è là, fermo nel nocciolo dei tempi, là nel suo esercito di poveri acquartierato nel protervo campo in variabili uniformi: uno e incalcolabile comme il numero delle cellule. Delle cellule e delle rondini.
QUOD ERAT DEMONSTRANDUM. E ainda faltam algumas sondagens (quarta-feira sai a do Wall Street Journal/NBC que na minha opinião é das mais fiáveis - manias minhas). Com a vantagem de McCain adquirida e provavelmente a subir mais um pouco nos próximos dias, agora se verá se o fenómeno Obama é para valer ou, do ponto de vista eleitoral, não passa de um castelo de cartas. Um aspecto que é difícil de capturar em sondagens é o que os americanos chamam de ground game. A organização das campanhas e a sua capacidade para mobilizar e registar eleitores porta a porta, telefone a telefone, email a email - grosso modo é o que em Portugal se designa por cacicagem. Esta organização foi o que garantiu a eleição de Bush em 2004 (era neste campo que Karl Rove e a sua equipa eram indubitavelmente os melhores - a sua influência, ao contrário dos mitos propagados, tinha menos impacto e relevância no campo da definição de estratégia ou de políticas). Este ano, os analistas pensam que a campanha de Obama leva larga vantagem nesta competição, fruto de primárias longas que lhe permitiram montar uma máquina no país todo e que se tem revelado eficiente. O número de novos eleitores registados pelos democratas supera em muito o número dos republicanos. A medir pela evolução recente, é bom que essa máquina funcione mesmo. Senão, a profecia de Inverno do nosso FNV vai com certeza concretizar-se.
posted by NMP on 6:19 da tarde
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A SANGUE FRIO:
O principal objectivo do líder da oposição é ser ouvido. Manuela Ferreira Leite, como qualquer pessoa concordará, foi ouvida atentamente. Sobretudo pelo ministro da economia que, certamente por coincidência, anunciou hoje um plano para salvar Veneza. Um dos requisitos para se ser ouvido é falar apenas quando se quer e MFL cumpriu-o. Falar a toda a hora sem se importar com o destino da mensagem é função do speaker da Volta a Portugal. Entretanto comem-se tremoços. As coisas são que são e MFL é MFL. Não houve música de Vangelis, criancinhas saídas de uma nave espacial nem distribuição de frigoríficos ( a especialidade do mais recente apoiante gondomarense de Sócrates). Houve um discurso e ponto final. Pode não ser suficiente se as pessoas quiserem festarola, altas velocidades para as Rias Bajas e governo pela televisão. É a democracia.
UM EXCELENTE RESUMO de um insuspeito jornalista inglês de esquerda sobre a "ajuda" preciosa que os media e os blogueiros de esquerda deram ao fenómeno Palin.
posted by NMP on 11:18 da tarde
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SHELLEY, SEMPRE:
I faint, I perish with my love! I grow Frail as a cloud whose ( splendours) pale Under the evening's ever-changing glow: I die like mist upon the gale, And like a wave under the calm I fail.
( Fragments, 1821)
posted by FNV on 11:16 da tarde
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EVOLUÇÃO NA CONTINUIDADE:
Aproxima-se o 11 de Setembro. A SIC-N está a passar a 508ª reportagem que sugere uma conspiração. Há novidades. Como parece que a tese da demolição controlada foi dificultada pela inexistência de relatos nesse sentido das centenas de peritos que vasculharam o local, ou se incluiam os peritos na conspiração ou se avançava. Avançou-se. Já há um homem no Utah que defende a tese da existência de um explosivo ( até agora) desconhecido. Para o ano há mais.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.