posted by FNV on 9:46 da tarde
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E SE O VISADO ESCLARECESSE TUDO? (II):
Por que motivo o processo esteve parado durante quatro anos? O Procurador já disse que a iniciativa de o reabrir foi independente da investigação inglesa. Estou-me nas tintas para o destino de Sócrates, tal como estive no caso da licenciatura. O que não quero é uma república de magistrados servida por jornalistas ocasionais. Nem por sombras.
posted by FNV on 9:24 da tarde
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E SE O VISADO ESCLARECESSE TUDO?
«O caso é tão simples de explicar como a minha licenciatura...»
posted by VLX on 7:20 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA:
1) Ainda bem que os árbitros deixaram de conspirar para manter o Sobrinho da Tia Lola. Ontem, no Restelo, tudo regressou à normalidade: ao Suazo não se aplica a lei do penaltie e o Benfica escorregou outra vez.
2) Duas palavras para Maxi Pereira: casava-me contigo. O homem faz tudo. Também deve lavar a louça, levar os miúdos à escola, substituir lâmpadas e dar banho ao cão. Com sorte também faria de mulher e assim seríamos felizes para sempre.
3) O Sobrinho da Tia Lola continua a alijar o fardo para cima dos burros. Ontem saiu a fava ao Reyes, um dos poucos que trata a bola como um bebé doente. O sr. Quique tem a coragem dos combatentes que se escondem atrás das crianças.
4) O FCP em Braga: dois penalties perdoados e um golo em fora de jogo. Estofo de campeão para ser analisado pelos portistas de bancada ( sempre ficam menos mal educados e menos paranóicos).
Com efeito, quem ousaria? Quanto a comparações com o nazismo, o sr. Wilders tem um remédio simples para não arriscar ir a tribunal: em vez de usar muçulmanos use Israel.
posted by FNV on 8:21 da tarde
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MANDAR CHOVER:
Dois posts ( para já...) porque "não houve reacções indignadas" à proposta de Sócrates sobre os casamentos gay. Se o país berra contra os direitos dos gay, isso é homofobia; se o país se cala quando dão direitos aos gay, isso também é homofobia. O que não será homofóbico? Talvez o broche de pino. Não sei.
posted by FNV on 3:34 da tarde
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CONTRA AS NUVENS DE FUMO:
José Sócrates e Augusto Santos Silva (este na SIC) justificam as recentes notícias com o facto de ser ano de eleições. A coisa poderia fazer algum sentido se as notícias tivessem tido origem num boato ou rumor, na comunicação social, num blog, num partido da oposição ou na oposição do partido. Mas não foi assim. A investigação efectuada deveu-se apenas ao facto de os ingleses terem dito ao Ministério Público para pousar a viola, parar de assobiar para o lado e pôr-se a investigar. Deste modo, quando o Primeiro e o Ministro da Propaganda vêm relacionar os factos com as eleições, a acusação gravíssima que estão a fazer é ao Ministério Público. Exige-se, portanto, que o Senhor Procurador-Geral da Republica reaja.
posted by VLX on 11:28 da manhã
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O COMETA DE ALCOCHETE:
O que é um outlet? Vem só de quatro em quatro anos? É tipo cometa?
O QUE AÍ VEM - crise, cidades, droga e Europa (I):
A Europa vai cruzar um período de recessão económica com um estado de adaptação a uma nova realidade toxicofílica. No início deste século, a cocaína e esse grande saco que são as drogas de síntese ( como os media as designam) tinham-se implantado numa parte do continente. Na parte ocidental do continente, já que a as ex-repúblicas soviéticas são toda outra história com as suas rotas da heroína afegã do Pamir. Pertencem, no entanto, a uma Europa que ainda comporta uma zona intermédia - os ex-satélites soviéticos romenos, polacos, búlgaros etc - que ostenta traços específicos; por exemplo, imensos laboratórios para as diversas experiências com base em anfetaminas. O que sabemos do passado é que as variações do clima económico arrastam consequências interessantes para a cultura da droga. Nos EUA, entre 1960 e 1970, o produto nacional bruto duplicou. Muito dinheiro foi injectado na War on Poverty estimulando um mercado paralelo de coisas boas, incluindo droga. As detenções por posse de marijuana passaram de 18,000 em 1965 para 188,000 em 1970 ( Musto, 1999). Carter, mais tarde, descriminalizou a posse de pequenas quantidades e os números baixaram. Também sabemos que períodos economicamente deprimidos implicam reajustes na cultura de droga. Falaremos sobre os efeitos do colapso bolsista de 1929 na International Opium Convention, sobre a Segunda Guerra Mundial, sobre o cracknascido do choque petrolífero de 79/80 e sobre a Rússia pós-soviética. Não se estranhe um possível regresso da heroína, a droga dos pobres: ele só ainda não aconteceu totalmente porque o Afeganistão, apesar de estar a produzir a bom ritmo, sofre custos de transformação da pasta em morfina base que são anormalmente altos. As cidades europeias têm respirado boa parte da sua criminalidade - e da sua pujança - graças ao mercado da cocaína recebida via Atlântico. Estruturas, processos e hábitos estão definidos mas vão ter de mudar. Muitos soldados terão de se reciclar, muitos distribuidores terão de encontrar novas formas de atrair o consumidor. Falaremos um pouco sobre tudo isto ao sabor do vento.
posted by FNV on 10:05 da tarde
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SALVÉ: O Médio Oriente será seguramente a área do Mundo em que as novas ambições de Obama serão mais testadas e desafiadas. Hoje surgiu publicada a primeira crítica de esquerda sobre o assunto a Obama - bem estruturada e vinda de um dos jornalistas que mais sabe sobre a região, Robert Fisk. É de saudar esta recusa ao unanimismo. Apesar de Fisk deixar trespassar nas entrelinhas do artigo, e é uma pena, que parte da sua crítica resulta de despeito geracional (a ironiazinha sobre o young speech-writer vai directa para a galeria dos argumentos primários de idade). De qualquer modo, não deixa de ser sintomático e uma pista para o que aí vem que se trate de uma crítica vinda de uma voz de esquerda com enorme experiência em assuntos do Médio Oriente. A América de Obama a começar a ser acusada por ter cão e por não ter (afinal, esse é o destino de todos os grandes poderes - serem acusados pelo que se passa e pelo que não se passa).
Onde colocar os prisioneiros da americana Guantánamo? Boa pergunta. Eu ajudo: os que tiverem sido detidos injustamente - por mera suspeita ou por delito de opinião - podem ir para aqui. A versão cubana é muito bem habilitada e o seu encerramento não tem sido exigido pelos amantes da liberdade: são uns picuinhas da geografia.
posted by FNV on 9:30 da manhã
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MAIS POLÍTICOS MODERNOS:
Laurentino Dias reconheceu que é a favor da organização do Mundial 2018, mas "não considera a iniciativa prioritária". Ou seja, candidatamo-nos a organizar a coisa de 2018 para ela se realizar para aí em 2026. Estão absolutamente convencidos da nossa estupidez.
Tenho medo de te desiludir. Este é um medo mastigável como aqueles tintos antigos da Granja-Amareleja. Vai dar para duas conversas. Pomos um telhado novo e ele deixa entrar água: regra da desilusão. É divertido ver chegar os especialistas em telhados, em fissuras, em silicones, é entusiasmante assistir às discussões. Sub-telhas, cumeeiras e beirais: por onde começar? Precisamente. Desiludir o outro é um começo. É um bocado como mudar de sexo. Não estava à espera. Deixamos o papá, a mamã, a mulher, o marido , o filho, a filha e o amigo a ver estrelas. Eles são o Menino Jesus que não gostou do presente. Azar.
posted by FNV on 9:26 da tarde
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NÃO SE PODE CONFIAR NOS POLÍTICOS:
Isto foi ontem. Hoje TSF esteve toda a manhã a noticiar despedimentos numa empresa do grupo Sonae ( ainda não há link).
In the darkness of time, in the deeps of the years, in the changes of things, Ye shall sleep as a slain man sleeps, and the world shall forget you for kings.
( 1866)
posted by FNV on 11:22 da manhã
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DO MEDO (VI):
Tenho medo de desperdiçar a vida. É um medo atlético, este. Existe a modalidade plana: estudar, casar, ter filhos, comprar o carro de prestígio, trabalhar, ir à Disneylândia, divorciar, diabetes, envelhecer, amaldiçoar estes tempos dissolutos. Ou a modalidade de barreiras: escrever furiosamente mal, arruinar as sinapses, dormir debaixo da cama, pedir desculpa, morrer cedo. Podemos jantar e esperar pela conta para avaliar o artista, ou podemos rapar cada prato como se não tivéssemos dinheiro para o seguinte. É escolher.
posted by FNV on 4:19 da tarde
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MAIS RETÓRICA:
Durante estes dias, um dos "crimes" dos "sionistas" foi o de "não permitirem tréguas reais para assistência à população". Afinal parece que essas tréguas não eram assim tão urgentes.
posted by FNV on 1:47 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA:
2) "A constituição de um plantel é mais importante do que as ideias de um treinador" ( Jorge Valdano, ontem, em "A Bola")
posted by FNV on 11:44 da manhã
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UM LÍDER ACTUAL E MODERNO:
Pedro Passos Coelho entende que não se pode parar o TGV, mas que não há condições para avançar com o TGV. Que o PSD se embrulhe nesta modernidade batida em muitos anos de carne assada. É para o lado que durmo melhor.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.