1) Diz a TSF: "Amanhã, o Benfica pode fugir ao Porto". Não. Não somos o José Pratas.
2) Roberto Saviano à TSF: "Em breve a Mafia estará em plena actividade em Portugal". Tipo lento, este Saviano.
posted by FNV on 11:34 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA:
Não sei como vai acabar. Ao intervalo, o Fóculporto está a levar um banho de bola e só não está perder porque o Alvaro Pereira tem um atestado de impunidade. Agora percebe-se por que motivo eles o queriam tanto. Grande jogador.
posted by FNV on 10:15 da tarde
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TINKER, TAYLOR, SOLDIER, SPY:
Leiam o ponto 7. De facto é bizarro. O que terá levado um jornal de referência a queimar navios desta maneira?
posted by FNV on 1:33 da tarde
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MESA DE VOTO (VI):
Não peças a morte a Deus nem chuva por São Mateus. Perdemos sempre: uma estraga a vida, a outra estraga o vinho. Não me venham com a história do snobismo: estes quinze dias de arruadas, reais e mentais, não trazem nada de útil. Houve tempos em que foi necessário o contacto de rua, o envolvimento aberto dos políticos com os eleitores, os exageros. A campanha, hoje, é tão produtiva como uma dor de dentes. Só a nossa tendência para o conformismo explica a manutenção de uma situação de deliquescência mental-eleitoral. Já não se distribuem tantos brindes, mas isso esconde apenas o que ainda se continua a distribuir: subsídios para estupidez geral. Note-se que a par deste arcaísmo sobreveio uma nova tendência: a propaganda mascarada de procura da verdade. Neste período, as moscas-jornaleiras sabem bem que têm de aproveitar o seu curto ciclo de vida.
posted by FNV on 12:37 da tarde
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HIERARQUIZAÇÃO:
Aqui chegados, e antes do país cair de podre, conviria fazer uma hierarquização e tentar apurar o que é mais grave:
- o Presidente da República suspeitar de que está a ser vigiado e escutado pelo executivo; - jornalistas de um jornal de referência recearem estar a ser escutados pelo executivo e evitarem contactos telefónicos; - outro jornal de referência apoderar-se (vá-se lá saber como...) de comunicações alegadamente trocadas por via electrónica entre colegas de outro jornal e publicar a notícia revelando a fonte da notícia dos colegas (sempre julguei que ocultar as fontes, quaisquer que fossem, era um princípio sagrado no jornalismo sério); - ainda esse outro jornal de referência utilizar o verbo "encomendar" relativo à fonte que terá fornecido a notícia (passará a ser assim para todas as fontes?); - a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, entidade dependente do governo, apagar em dez horas as infracções cometidas por elementos do PS, devolver as viaturas ilegais apreendidas e perdoar as coimas, ou - um assessor soprar uma notícia relevante a um jornalista?
Gelo. Nesta altura de disparates mais vale dar um salto ao futuro. Se MFL não ganhar, será útil uma lanterna potente. Vai ser trabalhoso encontrar os cuvilheiros que (agora) tantos serviços prometem. Poderemos também fazer mão dos bosquímanes do Cubango, gente capaz de saber com muita antecedência a que dia e hora determinado búfalo vai à lagoa beber.
posted by FNV on 9:54 da manhã
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LEONOR LENCASTRE ( Marquesa de Alorna) , SEMPRE:
Tu, Deusa tutelar da solidão, Amável sombra, ó melancolia, Aproxima-te, rouba a alegria Que turba a suavidade ao coração.
Os amores de Verão acabam com o Verão e enterram-se na areia, bradou, cavo e sonoro, Jerónimo de Sousa. Nunca aceitei que algo tão evidente tivesse de ser dito por tanto paizinho preocupado às suas filhas adolescentes. No meu tempo, naturalmente. Pouca coisa há mais subversiva do que um amor de Verão que afinal não acaba. Novembro bate à porta e o parzinho continua encontrar-se e a telefonar-se ( hoje com ajuda electrónica), para desespero dos papás que já vêem a vida a andar para trás. Pode ser que no Ano Novo, ou no dia de Reis. Unificar o proletariado é dividir a burguesia. E quem se enterra é o amor.
posted by FNV on 11:35 da tarde
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POLITIQUICE E EPISÓDIOS CHUNGA:
Manuela Ferreira Leite anunciou as suas intenções relativamente a um determinado assunto, o TGV. Entende que não há dinheiro, logo, não há para já TGV. Até aqui muito simples. Mas os socialistas ficaram muito incomodados com o potencial incómodo dos espanhóis, que assim podiam ver os seus interesses desprotegidos. A isto Ferreira Leite disse o óbvio, talvez com ironia: que não somos uma província espanhola, temos de pensar primeiro em nós e fazer para já apenas aquilo para que temos dinheiro.
Os espanhóis, desde ministros a Zapatero, fartaram-se de proferir declarações sobre o que nós devíamos ou não fazer. Os socialistas portugueses, todos contentes com as ingerências, chamaram logo a atenção para as declarações e os interesses dos espanhóis. Em discurso partidário, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, esquecendo-se da importância das suas funções governativas e de que representa Portugal, entendeu por bem tratar uma opção política legítima e defensável (mesmo que não concorde com ela) como uma arma de arremesso ao país vizinho e atear uma fogueira com petróleo e disparates.
O MNE não tem sentido de Estado nem do ridículo. Começou por confessar que a gestão do relacionamento entre Portugal e Espanha era difícil (mas isto diz-se?!? Cabe na boca de um MNE?!?). Evocou uma suposta luta de décadas (?!?) contra o preconceito anti-espanhol que existia no Estado Novo (alguém que lhe ensine um pouco de História, por favor). De seguida defendeu que era preciso cultivar uma boa relação com Espanha e declarou-se depois contra um suposto preconceito nacionalista serôdio, apenas porque uma líder partidária entende que não há dinheiro para o TGV e isso pode ofender os espanhóis e os seus interesses.
Eu gostava de ter um MNE que percebesse que uma coisa é ter boa relação com Espanha e outra, bem diferente, é ser subserviente e agir contra os interesses ou possibilidades nacionais para agradar ou servir os interesses espanhóis. E que para agradar a Espanha não temos de esgotar os recursos e crédito nacionais. Um MNE que visse que nunca os espanhóis tomaram alguma decisão em função dos nossos interesses (para os quais se estão positivamente nas tintas). Um MNE que se incomodasse minimamente por andarem ministros e chefes de governo estrangeiros a dizer o que é que nós devemos ou não fazer.
Eu sei que os socialistas sempre ficaram embasbacados com o exterior, a começar por Espanha, e se curvam todos julgando que assim parecem modernos e civilizados, mas isto é demais. E para além do mais é politiquice barata, chunga mesmo. Tão chunga como termos um Primeiro-Ministro que não sabe sequer apertar o casaco e leva reparos de governantes estrangeiros. Do Berlusconi!!!
posted by VLX on 7:49 da tarde
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MESA DE VOTO (IV):
É verdade que, hoje, com maior exposição, as ideias do Bloco aparecem mais metálicas, mais duras; mais radicais, dizem alguns, como se a transformação não tivesse mesmo de ir à raíz. Isso não deve , no entanto, minar a memória social dos portugueses mais novos: refiro-me ao estado económico-social das coisas antes do 25 de Abril. Os revolucionários que sairam de todos os buracos em 1974 não destruiram uma sociedade remediada, razoável e a caminho do desenvolvimento. Alguns desse ex-fanáticos, hoje espalhados por conselhos de administração, talvez se recordem dos tempos da Dimanização Cultural. Escolas, médicos, saneamento, electricidade: sonhos para moles de gente esquecida. Quanto aos meninos que cresceram a ouvir a rancorosa história da decadência da família, é bom que não esqueçam que essas privações episódicas foram para muitos a história de uma vida.
posted by FNV on 7:11 da tarde
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ALFARROBEIROS:
Este miúdo foi assassinado a tiro, porque, presumivelmente, destapou ladrões de alfarrobas. Gente de gatilho fácil, estes ladrões de alfarrobas: num terreno agrícola, sendo as alfarrobas pesadas, uma pessoa imagina por que motivo será imperioso matar o dono das alfarrobas.
posted by FNV on 12:15 da tarde
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NO CABELEIREIRO:
- Então não vais à festa? - Não, é impossível. Adorava mas não posso, atravessar o país todo, despesas de hotel, não dá... - Mas não tinhas dito que ias? - Tinha, e queria ir, mas surgiram-nos imensas despesas com que não contávamos, as nossas poupanças foram gastas, os impostos levam-nos tudo, não dá mesmo… - Eles vão ficar zangados... - Só se forem tolos, toda a gente compreende que com esta crise ninguém pode andar por aí a gastar à doida e o que não tem. - Mas eles contavam convosco... - Pois talvez mas não há dinheiro. Já lhes expliquei. Vamos para o ano, ou no seguinte, quando as finanças se reequilibrarem. - Se ao menos já houvesse TGV... iam e vinham, sempre poupavam no hotel... - O TGV é caríssimo.
posted by VLX on 11:51 da manhã
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MESA DE VOTO (III):
"Fiquei social-democrata antes do 25 de Abril, porque o meu pai me deu a ler o Bernstein. Depois achei que o PSD era muito à direita ( ndr: em 1975 o PSD queria alcançar o socialismo pela via reformista*, portanto mais à esquerda só os Lenines da Brandoa) e fui para Coimbra. Então um amigo convidou-me para o PS e aceitei". Isto sim, é um currículo, embora a irritação de Sócrates seja em alguns casos perfeitamente aceitável: Flor Pedroso faz afirmações encapuçadas de perguntas. Não temos de aceitar esse hábito apenas porque é Sócrates que está na berlinda. Amanhã serão outros.
* confira-se, por exemplo, Notas complementares de introdução à política, Comissão Política Concelhia do Porto, PPD, Porto, Fevereiro de 1975)
posted by FNV on 11:55 da tarde
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MESA DE VOTO (II):
Para nós é sagrado. Tem de ser ao Domingo, não pode haver conversas nas redondezas, não servem bifanas nem imperiais. Numa época em que até os padres cantam nas missas e os candidatos a PM fazem partes gagas em rábulas televisivas, as secções de voto continuam envoltas no sagrado. Secção de voto: o Círculo Oitavo deve ser assim. Arontes e Casalodis , replicados, conduzem-nos por corredores frios e calados até salas mortuárias. Uma fileira de homens e mulheres, impassíveis, entregam-nos o boletim. Mais passos e um biombo solitário com uma caneta agrilhoada . O mesmo percurso de volta. E já está.
posted by FNV on 11:12 da tarde
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MESA DE VOTO (I):
O Movimento Mérito e Sociedade (MMS) quer castrar os pedófilos, disse, há pouquinho, um seu responsável à TSF. Parece que os escandinavos e os alemães também o fazem. Não sei se são bom exemplo. Seja como for, a uma coisa que se chama mérito e sociedade não fica muito bem promover a castração. Se o movimento se chamasse força & decisão, ou cortar a direito, talvez a dissonância não fosse tão arrepiante. E depois há o problema de género. Lembram-se daquela professora americana que se apaixonou por um aluno de treze anos e teve um filho dele? Como é que o MMS trata isso? Uma histeroctomia radical não acaba com as gatas. Talvez fosse bom o MMS pensar nestas discriminações.
Recomeça um período pouco interessante. Dito o essencial e os debates arrumados, é hora da algazarra das claques, das moscas-jornaleiras e dos blogues oficiais. Uma ou outra passagem, se for caso disso, mas nos próximos dias oferecerei conteúdos alternativos. Vivo em Coimbra e assim votarei no Paulo Mota Pinto; se vivesse em Santarém votaria no José Pacheco Pereira. E é tudo.
Entre Alegre e Sócrates, com moderação de Mário Soares, promete. Parece que se vai discutir a composição do novo governo-sombra. Há por aí meninas e rapazes sequiosos. Também esta semana, não percam o prélio Menezes x Passos Coelho, moderado por Ângelo Correia. O tema será, inevitavelmente, a influência do mito de Narciso nas fábricas de pirotecnia.
O PM anunciou novos ministros em todas as pastas. Lá caiu por terra a lenga-lenga da necessidade de não estar sempre a mudar o pessoal político. A esta declaração sucedeu uma granada de fumo - "não é bem assim e assado"- que não adiantou grande coisa. A ideia é simples: não é basta sangue novo, quere-se uma transfusão completa. Um partido no poder apresenta-se como disposto a mudar tudo. Isto tem o seu interesse, pois atribui à promessa de alteração de nomes - não de políticas - um forte valor eleitoral . Já diz bastante sobre a mundividencia e sobre o respeito pelo trabalho de bons políticos. Há mais. A sede de apresentar uma novidade completa também indica o tipo de letra que dá forma à mundividencia. O partido no poder trata os eleitores como adolescentes interessados em cromos novos ou, dada a componente moderníssima da tal mundividencia, em novos gadgets electrónicos. Isto perverte o sentido do julgamento de uma equipa governativa. Vamos à luta a dizer que fizemos muito bem, mas prometo-vos que nos despediremos todos. Ou quase todos.
Já que gostam tanto de redefinir mitos, anular as grandes narrativasedesconstruir a História.
posted by FNV on 11:55 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA:
Cinco minutos de jogo "e os dois jogadores do Belenenses do lado direito a tentarem atemorizar o Dí Maria e, para já, a conseguirem" ( SPORTV). O sr. Olegário, um velho amigo, é o ranger da coutada e já distribuiu licenças pelos azuis: cada um tem direito a três cartuchadas. Os amadores da Luz que ponham os olhinhos no FCP e na campanha touche pas a mon Hulk.
posted by FNV on 6:06 da tarde
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STASIS BENFIQUISTA:
É importante que FCP e o Sporting continuem a ganhar jogos. Esta época é para nós uma temporada de testes e só com adversários empenhados nos podemos treinar devidamente. No próximo ano, se tudo correr de forma entediantemente normal, a Champions League ( "Xampôns League", como dizem os nosso divertidos amigos portistas) terá a honra de conhecer a nossa vitrina. Tratemos bem os nossos parceiros de testes para que cumpram o seu papel e possam também eles evoluir na medida das suas possibilidades.
Onde é que já se viu? Recusar um convite para mostar os netinhos no penico, declamar poesia e dizer quantas lágrimas verteu ao ver o Cria Cuervos? Não há direito. É uma vergonha.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.