Futebol transparente é isto: alertar para as incongruências de um tipo que umas vezes diz umas coisas e outras diz outras, e que supostamente se apresenta como ex-árbitro anos antes de abandonar as funções.
O que estranho é que um conceituado jornal como o Público não repare nestas evidências e até dê esta não notícia , adiantando no título (edição impressa) que o assunto "não terá consequências jurídicas", coisa que é completamente desmentida no corpo da notícia pela Procuradora Maria José Salgado.
Ela diz claramente que houve consequências jurídicas: o caso foi arquivado em 1ª Instância, ela recorreu, e foi arquivado depois outra vez na Relação, que também não lhe deu razão. São as consequências jurídicas que o caso mereceu, nas duas avaliações independentes de que foi alvo.
Mas se o Público anda tão preocupado com consequências jurídicas, percebe-se muito mal que não escreva uma linha sobre as consequências jurídicas da reunião inexistente que decapitou o Boavista, tentou calar o Presidente do FCP e fez com que o FCP, naquele ano, não pudesse dar duas dezenas de pontos de avanço ao segundo classificado da altura, como está prestes a repetir este ano.
O Tribunal Administrativo de Lisboa considerou inexistente a parte da reunião do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol que, a 4 de Junho de 2008, alguns membros fizeram depois da janta. Por outras palavras, considerou-a conhaque e não trabalho.
É bom recordar que essa inexistência foi a que resolveu suspender Pinto da Costa de falar durante dois anos, retirou seis pontos ao resultado do FCP (que assim ficou só 14 pontos acima do segundo classificado) e fez descer o Boavista de divisão, aniquilando o Clube.
Embora esta não seja a decisão final, não sei como é que a FPF e a Liga irão conseguir ressarcir o Boavista — talvez recorrendo a ajuda externa — e Pinto da Costa.
Amigos meus benfiquistas exultam de alegria com a decisão pois esta dá ao clube das águias a última oportunidade de conseguir evitar mais um recorde de Villas Boas em 2011.
Com efeito, recuperando o FCP os seis pontos daquele campeonato, para Villas Boas superar a diferença de 20 pontos para o segundo classificado fica dependente de um empate ou de mais uma derrota do Benfica.
“Isso não é impossível, é até bem provável”, terá confidenciado o jovem treinador a amigos.
posted by VLX on 4:35 da tarde
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SÓCRATES É SÉRIO:
posted by FNV on 11:18 da tarde
#SÓCRATES TEM DE SE EXPLICAR!
Há uma coisa que Sócrates tem de explicar aos portugueses e muito rapidamente.
Se, como afirmou ontem no debate, ele não tinha dito que não governaria com o FMI (mas apenas — preciosismo delicioso — que não estava disponível para governar com o FMI), por que é que se demitiu?
Metendo os pés pelas mãos, logo a seguir Sócrates pretendeu convencer-nos de que, em momento anterior à entrada do FMI, nenhum dirigente político deveria admitir que governaria com o FMI por isso ser sinal de derrota e insucesso (dele, convenhamos, embora com o país atrás).
Mas, depois de ser pedida a ajuda externa, já era possível governar com o FMI.
Então, renovo a pergunta que todos lhe deveremos fazer até que ele responda: se afinal Sócrates admitia governar com o FMI, por que é que se demitiu?
posted by FNV on 3:13 da tarde
#EM 'OS MAIAS', DÂMASO SALCEDE TAMBÉM SE CONSIDEROU UM BÊBEDO, SEMPRE COMPLETAMENTE BORRACHO E AOS BORDOS, PARA JUSTIFICAR O ENVIO PARA A CORNETA DO DIABO DAS NOTÍCIAS SOBRE CARLOS:
As discussões estão feitas. Com o aproximar da campanha, migro para o Mau-Mau. Aproveito para informar que a pequena novela sairá em Junho, na Quetzal.
Já estou a trabalhar noutro, se houver editora para o meu , digamos, estilo pessoal.
No debate de Paulo Portas com Sócrates ouvi este último dizer, pelo menos 6 (seis) vezes, que o próprio, Sócrates, o governo socialista e o Partido Socialista tinham dado o seu melhor nestes últimos seis anos. Disse-o uma sétima vez na entrevista dada no final do debate.
Perante a bancarrota de Portugal, a perda de soberania, o vexame a que fomos enxovalhados, a única coisa que me ocorre dizer a Sócrates e aos socialistas é que O VOSSO MELHOR NÃO PRESTA!
posted by VLX on 11:01 da tarde
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BUSHITE SEM VERGONHA:
Guantanamo era uma prisão vergonhosa porque prendia gente sem culpa formada.Toneladas de textos se escreveram de dedinho ( esquerdo, para os destros) em riste. Estavámos no irredutível plano dos princípios.
Deve-me ter escapado o julgamento de Bin Laden. Não houve apelo da sentença?
posted by FNV on 7:30 da tarde
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SÓCRATES VISTO PELO FINANCIAL TIMES:
A dependência dos portugueses do estrangeiro é tão grande que talvez através de um colunista do Financial Times percebam o tipo de pessoa que é José Sócrates.
Vejo com satisfação o reconhecimento publicitário do pescado português. José Bento dos Santos lançou a campanha, outros se seguirão. Talvez os pseudo-mestres , os da sensação de ovo escalfado com risotto de salmão, aprendam alguma coisa. A forma como é tratado o peixe da costa nos botequins da maioria dos wannabes faz-me sempre lembrar a Carne com Batatas à Almeida das Pêtas. Os Makavenkos gozavam com a famosa receita, de Francisco de Almeida, que mais não era do que ...carne com batatas.
O camarão da costa, por exemplo, já não faz rissóis. Já provaram um arroz de camarão da costa? Pois não sabem o que perdem. A preguiça e a ignorância afastaram estes dois aproveitamentos. Dão muito trabalho.
O robalo ( a maior parte das vezes ressequido e apimentado), os omnipresentes e enfadonhos filetes de peixe-galo, o atum-do Mediterrâneo apenas corado. Já um arroz de sardinha - o carolino derretido na cebola e nos pimentos, sustentando as lindas decepadas e escaladas - fica mal em mesa de patos-bravos e os camones preferem as peixocas grelhadas na chapa, a acompanhar Mateus Rosé.
Nem sempre a tradição tradicional. Muitos percebes, percebem? Tantos, que não se lembram de os juntar num gaspacho sem tomate, apenas o caldo coado e arrefecido da fervura dos capítulos ( a unha) acomodando os orgãos reprodutores femininos segados ( uma saga). O conjunto é perfumado com um dente de alho e, se me permitem, um cheirinho de rosmaninho cuja secura combina bem com as cornucópias rochosas. Serve com tostas azeitadas de pão de Vila do Bispo.
posted by FNV on 11:25 da tarde
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GUIA DOS PERPLEXOS*:
Estas coisas interessam-me muito. Constituem, na minha opinião, o veld mais difícil da análise psicopolítica, porque desafiam a análise política pura. O psico, aqui, não significa rebuscadas interpretações psicanalíticas, antes bebe na psicologia social dedicada à área política em sentido lato: atitudes, atribuições, inovação, conformismo, etc. O que gosto de acrescentar é o que falta muitas vezes a essa área: um arquivo da história de processos políticos, observações recolhidas da literatura e a interpretação de espectadores comprometidos.
A equação parece misteriosa: seis anos de PS, crise, FMI e uma eventual reeleição de Sócrates. Continuo a pensar que não será assim. A lei da política falará mais alto e o o partido do governo será castigado. Seja como for, joguemos o jogo:
1) A primeira linha é fraca: o povo é conformista é conservador. Não há nada que suporte esta teoria se aplicada a uma situação excepcional. Para além disso, o povo não é nada. Nós é que projectamos nele as qualidades que nos dão jeito em determinada situação. É como dizer que os leões são ferozes. Não são. Ferocidade é um conceito exclusivamente humano. Os leões estão equipados com um conjunto de atributos necessários à sobrevivência .
2) A segunda linha é mais tentadora: a alternativa é incipiente. Poderia ser uma boa linha se estivéssemos numa situação normal. Não estamos. O valor da qualidade da alternativa é inferior ao da angústia da situação. Dito de outro modo: em situações de incerteza total, tudo parece pouco fiável. Para além disso, a inexperiência deste PSD é um logro: as pessoa sabem que se candidatam políticos do regime ( muitos já foram governantes, alguns são velhos sabidos). É uma fraqueza que pode vir a ser uma força.
Existe um terceiro nível. Desviemos o olhar do jogo das culpas e centremo-lo naquilo que habitualmente decide uma eleição: quem dá mais? Nesta altura, a fórmula sofre uma mutação: quem tira menos? O PS, ao qual se atribui, geralmente, uma história de solidariedade (esquecendo o esbanjamento), parece melhor colocado. Não ignoram as responsabilidades de Sócrates? Não, mas valores mais altos se levantam.
Talvez isto ajude o politólogo perplexo.
* copyright by Maimonides
posted by FNV on 7:36 da tarde
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ISTO, VINDO DE QUEM VEM...:
Sócrates acusa Passos de querer destruir o Serviço Nacional de Saúde. Isto, vindo de quem destruiu o país inteiro, só revela a falta de vergonha na cara de José Sócrates.
A propósito, e no mesmo dia, a Ministra da Saúde quer que os bombeiros paguem a taxa moderadora. Boa.
posted by VLX on 3:35 da tarde
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TUDO RESOLVIDO!
posted by FNV on 10:52 da manhã
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A BALA NA CÂMARA;
Verificar se a câmara está vazia é um procedimento básico ( excepto na Glock, mas nunca fiando).
PSD ( o dr. Relvas) e BE dizem estar dispostos a governar/entender-se com o PS sem Sócrates. Longe de mim querer desmontar tão luminífera estratégia, mas julgo que lhes escapa um detalhe: isolar o líder de uma facção só funciona se o líder estiver enfraquecido.
Na situação actual, este apartheid indicia uma condição para desenvolvimento separado e supõe mais o desespero ( como, aliás, o apartheid histórico) do que a força. É como se dissessem : qualquer um nos serve, não somos exigentes.
Adenda: Passos Coelho explicou hoje que a exclusão alarga-se ao PS todo. Menos mal.
posted by FNV on 12:54 da manhã
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SÓCRATES RELEMBRA-ME NERO, ESPERO QUE PORTUGAL NÃO SE QUEIME!
Arrumado definitivamente o adversário da bola, convém concentrarmo-nos no essencial. E isso é o facto de José Sócrates nos ter levado à bancarrota. E fê-lo por interresses pessoais e partidários, dele e do PS, pois foi por eles que enterrou Portugal. Torrou o que havia e não havia endividou-nos até mais não. Mentiu e enganou quem pôde. Enrolou as contas. E atrasou o pedido de ajuda a Portugal para se salvar a si próprio. É unânime a ideia de que a ajuda já deveria ter sido pedida há muito, que a aldrabice nas contas públicas já há muito deveria ter sido controlada.
De modo que Sócrates deve ser severamente castigado. Não estou a dizer nada de novo: muitos o dizem e ainda hoje, com toda a infelicidade, António Barreto o reconhece em entrevista ao i.
Prosseguindo. De imediato reagi aqui às declarações de Sócrates na terça-feira. Inacreditáveis, indecorosas, impróprias. E estúpidas.
O homem dizia que o FMI era o inferno, mas apresentou-o como uma maravilha. Que não governaria com o FMI mas cá está disponível para o efeito. Que não era necessária a intervenção externa, mas Teixeira dos Santos (o boneco ao lado do PM na primeira intervenção) disse que foi o momento ideal para a pedir. Que foi pedida a ajuda externa por culpa do chumbo parlamentar (que não implicava o efeito) mas Teixeira dos Santos, repito-me, disse que era o melhor que havia a fazer e que não se podia atrasar mais o pedido.
Do que temos visto, tirando Sócrates mais ninguém se agrada com o sucedido, por muito que a alguns agradem algumas das medidas (e que deviam ter sido implementadas há imenso tempo).
Os responsáveis da troika, na conferência de impresa, quase pareciam arrependidos do que nos tinham feito; Teixeira dos Santos (cúmplice de Sócrates, não nos devemos esquecer nunca) aparentava o horror; o Presidente da República avisava o pior. E todos, menos Sócrates (talvez Catroga, no início e por desconhecimento), alertavam para os sacrifícios, malefícios, dificuldades, horrores que os portugueses irão passar.
Não se reduzem os ordenados? – Já tinham sido reduzidos. Não se retiram percentagens aos salários menores? – Já eram miseráveis. Não se atingem as pensões mais pobrezinhas? – Aumentam-se os impostos sobre os bens. Na verdade, em que gastam os reformados? – Remédios, gás, electricidade, alimentação: aumentam-se os impostos sobre esses bens e pode-se dizer que se é muito amigo dos reformados por não se reduzirem as suas miseráveis reformas. Isto é um embuste impróprio de imensos socialistas sérios!
Este tipo destruiu o país. Pelo meio, retirou-lhe a soberania. Somos tratados como uns irresponsáveis e desgovernados tais que até na questão militar, como hoje avisava Marcelo Rebelo de Sousa, recebemos ordens. Vem uma equipa técnica de fora dizer-nos como devemos, como teremos de agir, organizar, ordenar o território, organizar a Justiça, tratar os nossos. Até em matéria de índole constitucional.
Mais valia contratar aquela malta para nos governar e deixarmo-nos de eleições e políticos, governos, Presidentes de Câmara, De Juntas de Freguesia, de tudo! Ficava muito mais barato.
No meio disto tudo, continuam programas socialistas de obras faraónicas, como TGV e aeroportos onde entretanto escolherem.
Esta malta tem de ser corrida rapidamente e o pontapé, aliado ao voto, é a melhor maneira. Aliás, o voto é dispensável, bastaria o pontapé.
Mas enquanto o país sofre, Sócrates ri-se. Recorda-me Nero e Roma.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.