MAIS INTENDÊNCIA: Ainda no Expresso, desta vez para subscrever o texto de João Pereira Coutinho, "Um charro no Dubai". Independentemente das ideias de JPC sobre as várias configurações islâmicas actuais, ele tem absoluta razão quando denuncia a fatalidade do ocidental face aquelas. A raiva anti-americana ( sim, porque bem anterior a Bush filho), infecciosa e cega, produto de um ajuste de contas que nunca chegou a ser feito com o antigo imperialismo anglo-francês do século XIX na zona - Napoleão, Lord Cromer e outros, viveram o sonho imperial impunemente - tem sido docemente bebida por uma suposta esquerda ocidental, que assim tem caucionado coisas bem piores do que as que Ivo Ferreira sofreu.
posted by FNV on 3:56 da tarde
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INTENDÊNCIA ESPADIANA: Leiam a semanal e adolescencial excitação de João Carlos Espada, que deve adormecer sonhando que toma café com Balfour numa veranda em Bohpal, e percebam a sombria expectativa face ao pensamento conservador em Portugal.
posted by FNV on 3:38 da tarde
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AS NT AGUARDAM O IN (vol. 4): Se tivermos de defender, defenderemos como os atenienses, de orelhas moucas aos pedidos dos Lacedemónios. Teremos o nosso Temístocles, que conta Tucídides, arrastou as negociações até a muralha estar feita. Por acaso até temos um grego na defesa. Já o ataque é mais difícil, mas não impossível. É lançar, lançar sempre, até que o guardião-de-mãos-nuas faça a sua obrigação e atraiçoe os inimigos de Atenas. Lá mais em cima, os exércitos do Papa defrontarão os do Conde. Dizem-me que estes já andaram mais incentivados, que desde que nos venceram na batalha dos Arcos, mais não fazem do que arrastar os olhos pelo chão. Estranho mundo este, o da motivação para a peleja.
posted by FNV on 12:37 da tarde
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SOBREIROGATE: Como era de esperar, está a misturar-se tudo. No meio de tanta palha, vai acabar por ser impossível perceber se existe ou não uma agulha.
posted by FNV on 12:33 da tarde
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SUMATLAYANG: É como em malaio se designam as cartas anónimas, para as quais o JPP diz existir um programa que supostamente permite identificar os seus autores. Aqui na nau, nos meus posts, tenho um dois regulares, no anonimato acrescido de má-educação. Pois eu gosto deles. Imagino-os lendo os meus posts, as bilhas a fervilhar com a construção da réplica. Depois, parece que estou a vê-los, assustadiços, como quando correm o risco de serem apanhados pela legítimas a visitarem sites de shemales, a escreverem a facécia. Finalmente, calculo-os anorgásticos, a poisarem a falangeta gordurosa no modo de identificação escolhido: "anonymous". Digam lá se esta gente não confere um pitoresco indispensável a qualquer post, mesmo não sendo malaios?
ETERNA DÚVIDA...: A sucessão de histórias rocambolescas envolvendo certo clube de futebol e alguns árbitros da nossa praça e a forma como essas mesma histórias se têm "desinvolvido" na justiça, faz lembrar uma anedota do século passado quanto à probidade dos elementos desse clube e eventuais favorecimentos ilícitos, a troco de dinheiro, sexo e viagens. Fica sempre no ar a suspeita não concretizada. É como a história daquele tipo que desconfiava que a mulher o enganava, que tinha relações sexuais com outro. Já tinha ouvido algun comentários, mas só acreditaria num tal adultério quando e se tivesse absoluta certeza. Até que isso acontecesse, estaria sempre na dúvida. Então, contratou um detective privado que, ao fim de alguns dias, fez um relatório minucioso do dia a dia da legítima e que, atalhando, acabava a espreitar pela fechadura da porta de um quarto de motel onde a dita mulher entrara com outro homem. "- E então? O que aconteceu depois? - Bem. Mal entraram, começaram a tirar a roupa um ao outro, enquanto gemiam freneticamente. - E depois e depois! O que aconteceu depois? - Depois enfiaram-se os dois na cama, todos nús! - E depois e depois? Houve sexo? - Bem, depois subiram os lençóis, apagaram a luz e eu não vi mais nada. - Oh! Eterna dúvida..."
posted by Neptuno on 6:49 da tarde
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UMA NOVA JURISPRUDÊNCIA? O árbitro Jacinto Paixão, arguido no processo "Apito Dourado", fez ontem declarações extremamente interessantes ( como obsessivamente escreve EPC) à TVI sobre o assunto, e que hoje são amplamente difundidas na imprensa. O que se segue é uma análise à entrevista de J.Paixão, e apenas isso, bem entendido. Jacinto Paixão confirmou todo os dados da acusação, mas acrescentou uma perspectiva curiosa: "era tudo uma brincadeira". O telefonema a pedir meninas, o serviço de motorista prestado por Reinaldo Teles ( o tal que não fala de árbitros), as prostitutas à espera no quarto do hotel. Tudo não passou de uma reinação pegada. Quem sabe se não está aqui um novo caminho para o direito penal? Por exemplo, eu persigo uma velhinha, arrasto-a para um beco sórdido, forço-a a confessar o código do cartão multibanco e limpo-lhe a conta. Uma vez diante da PJ e do juiz, confesso os factos da acusação, mas explico: "era tudo uma brincadeira!".
posted by FNV on 12:16 da tarde
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DA VINCI E A ÁGUIA:
"A águia, quando velha , voa tão alto que chamusca as penas e a natureza permite que retorne à juventude caindo em pouca água. E se as suas crias não puderem aguentar a vista do sol, não as alimenta. Nenhum animal deve aproximar-se do seu ninho se não quiser morrer."
( in Leonardo da Vinci, "Bestiários, Fábulas e outros Escritos", Assírio&Alvim, 1995)
UM ENORME SAPO VERMELHO: No próximo sábado, o horrível: pela primeira vez na vida, torcerei para que o Benfica ganhe um jogo. Supondo (muito academicamente, é certo) que o FCPorto ganha os dois jogos que faltam, convém que uma das agremiações da segunda circular fique já para trás na penúltima jornada. E confio mais na possibilidade de o Benfica não ganhar no Bessa do que na possibilidade de o Nacional não perder em Alvalade (mesmo conhecendo a capacidade que têm de se transcender contra os melhores). Ganhando na Luz, o Benfica insere-se na lógica deste tempo: os vermelhos são apenas instrumentos úteis. Allez les rouges! ( Gulp e arghhh...). PS: Infelizmente, não poderemos contar com comentários do nosso FNV sobre as duas derradeiras jornadas do campeonato. É que isto é matéria muito emotiva e o estoicismo é uma coisa muito séria.
DEMOCRACIA A BENEFÍCIO DE INVENTÁRIO: Leio n'O Insurgente que "a larga maioria das universidades [...] [é] controlada pela esquerda (e em muitos casos mesmo pela extrema-esquerda)". Estupefacção. Em regime democrático, uma universidade digna desse nome é "controlável", pela esquerda ou pela direita? Claro que ninguém impede um grupo político, religioso, ou económico de fundar e dirigir uma universidade - e muito bem. Mas aí não é controlo (= domínio oculto) - é direcção, assumida e pública, como sucede com a Universidade Católica e com as outras universidades privadas. Agora, o que significa, exactamente, uma universidade encontrar-se controlada pela esquerda (ou pela direita)? Significa isso que existe proselitismo partidário na contratação e promoção dos docentes? Significa isso que as instituições fazem uma censura ideológica dos programas das cadeiras? Ou pretende-se apenas desqualificar, com a ambiguidade do termo "controlo", os resultados dos procedimentos democráticos que conduzem à eleição dos dirigentes das universidades públicas e das suas faculdades? É que, se esses procedimentos são inadequados, argumentem a favor de uma lei diferente - mas não ressuscitem a retórica do PREC.
DEUTSCH KISS: Mais uma informação veio a lume sobre os horrores do defunto Bloco de Leste: as beijocas de Hoonecker, antigo lider da DDR. Quando era miúdo, lembro-me de ver na televisão que sempre que um secretário-geral de um dos países comunistas visitava um compadre de outro país, era coberto de beijos logo que punha o pé fora do avião. Sempre achei engraçadas aquelas séries de osculações que, normalmente, eram para maiores de setenta. Hoje ficámos a saber - via Jaruzelski - que Honecker beijava mal, que lambuzava os outros todos. Imagino que isto, para um comunista, é o equivalente à descoberta de mau hálito na Angelina Jolie...
posted by Neptuno on 7:02 da tarde
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MORDAÇAS: Um padre estabeleceu uma muito dicutível distinção taxonómica entre o aborto o assassínio, numa homilia, dentro de um templo. A TSF passou o dia a martelar, literalmente, nisto. Há qualquer coisa aqui que não bate certo. Representando a linha editorial da TSF, o que de melhor ( e por vezes pior) há no jornalismo português simpatizante do discurso político e cultural do BE/Zona esquerda do PS, o que há de errado nisto é o seguinte: o que os padres e bispos dizem ou fazem, só tem interesse noticioso se:
a) For simpatizante da visão do mundo desse jornalismo ( ex: "Os EUA são uma força do mal). b) For argumentativamente perigoso para uma qualquer causa na qual esse jornalismo milita ( no caso em apreço, o do "Sim" no referendo ao aborto).
(Para que conste, votarei "Sim" no próximo referendo. Mas entendo que o que um pastor diz ou deixa de dizer, dentro de limites constitucionais - não apelar ao ódio racial, por exemplo - na sua casa, às suas ovelhas, não me diz respeito.)
posted by FNV on 6:33 da tarde
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BOAS NOVAS: Sei bem que já não estamos nos tempos de Antero e de Teófilo, ou do saudoso Phosphoro. Mas quando no cortejo da Queima, o tema de um dos carros dos quartanistas de medicina - a elite dos universitários portugueses - é um tipo sentado na sanita com legenda a condizer, fico satisfeito: com elites destas, a ralé começa a ser frenquentável.
posted by FNV on 6:24 da tarde
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AS NT AGUARDAM O IN (vol.2): Em Agincourt, Henrique V ganhou, porque simples arqueiros largaram os seus arcos, e pegando em espadas e até nos malhos utilizados para martelar as estacas, dizimaram os flancos das linhas francesas. Pois que também nós, dia 14, sejamos capazes de o fazer. Como? Isso perguntem ao piemontês. Mas suspeito que teremos de poisar o medo e erguer a raiva. Os nossos estão em repouso, enquanto a norte, os exércitos do Papa esperam amoitados ( à beira do rio Ave), um deslize dos contendores do Sul. Esperarão em vão, pois não estamos em Tebas: ninguém apelará a estrangeiros.
PORTUGALINHO E OS SEUS PENICOS: Há uma fase qualquer no crescimento das crianças em que os pobres diabos sentem a necessidade de exibir aos pais as fezes que depositaram nos penicos (o nosso FNV pode explicar como e porquê). No Jornal da 2, um governante - cujo nome não cito, porque aqui é apenas pretexto, igual a tantos outros - afirmava que a organização do Lisboa-Dakar em 2006 será mais uma ocasião para Portugal mostrar que é um País jovem, dinâmico, etc., capaz de garantir a realização de eventos desta natureza. Desculpem, mas agora tem que ser: PQP! Será possível que tudo o que nos propomos fazer um pouco além das misérias quotidianas obedeça ao desejo escatológico de mostrar alguma coisa ao Mundo?! Alguém imagina um governante espanhol, alemão, inglês, italiano, etc., dizer que vai fazer isto ou aquilo - para o Mundo ver que o país é capaz?! E o mais grave é que esta gente já tem idade para ter fumado charros ao som da Redemption Song e ter repetido, absorta, vezes sem conta, emancipate yourselves from mental slavery... Ou talvez não o tenham feito, e o discurso da liberalização das drogas ganha novo alento.
THE IMPORTANCE OF BEING TELMO: Ouvi há pouco, no Jornal da 2, o ex-ministro Telmo Correia dizer o seguinte (cito de memória): "se me tivessem apresentado o despacho para assinar até ontem, às 19.59h, eu tê-lo-ia assinado. Não o teria feito, como é óbvio, depois de ver as notícias". E isto porque, ao assinar o despacho, continuo a citar, agiu na mais completa boa-fé, usando um critério político e no estrito respeito pela legalidade. Alguém me pode traduzir o significado profundo destas afirmações, ou isto é mesmo o que parece?
posted by PC on 10:53 da tarde
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AS NT AGUARDAM O IN: Eles estão pletóricos, hoplitas verdes como as alfaces. Nós estamos algo combalidos, fracos nas linhas laterais, pior nas avançadas. O general piemontês não entende o mercenário transmontano e vice-versa. Será preciso fazer uma sortida à saída da entrada. ( mais comunicações amanhã)
posted by FNV on 12:31 da tarde
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MKOMBOSI? Ou "salvadora", é como chamam os lunáticos à cadela que encontrou um bébé e o salvou. Esta cadela tinha uma ninhada à sua espera, não tinha dono e estava cheia de fome. Encontrou uma coisa dentro de um saco de plástico no meio do mato. Agarrou nele com os dentes, como qualquer rafeiro ou cão a sério faz quando encontra um osso perdido na rua, e trouxe-o para o covil. Falei com a cadela, está inconsolável: Ia comer um petisco, mas estas imissas ( n.d.r.: hiena) roubaram-mo. Consolei-a, que agora é heroína internacional, coisa e tal. Bocejou, naquele gesto humano dos cães, e rosnou baixinho: Que me interessa isso? Não como jornais. Ao menos atirem-me um osso com tutano, que tenho uma famíla para alimentar.
MARÉ ALTA: Agora que acabámos de lavar os copos e despejar os cinzeiros, gostávamos de agradecer a todos os que nos enviaram mensagens de felicitações, em comentários, e-mails e nos seus blogues. Mas comemorar um aniversário é, creio eu, exprimir a felicidade de estarmos todos vivos nesse dia, um ritual onde se declama silenciosamente o poema de Dylan Thomas: "and death shall have no dominion". Por isso, para além daqueles que vão abaixo referidos, porque expressamente presentes na circunstância (como se sabe, o Technorati encontra-se em estado semi-comatoso: se me tiver falhado alguém, as minhas desculpas), quero estender o agradecimento a todos os que, de forma vária, foram celebrando connosco esta experiência conjunta ao longo dos últimos dois anos. Em primeiro lugar, ao Leonel Vicente, o guardador da nossa memória colectiva, que, mais rápido do que a própria sombra, nos quis dar os parabéns... uns momentos antes da data! E também ao re21, ao jmf (ó homem, vá, mas volte sempre!), ao Manuel, à Montanha Mágica, à Bomba Inteligente (também já somos dinossáuricos...), ao RG, à Cláudia, ao Albergue dos Danados, ao CAA, ao jpt, ao Impensável, ao Luís (nunca lho disse, mas conheci-o minúsculo... abraço ao Z. M. e ao A.), ao JSNovo, à Leitora, ao jcd, ao JPH, ao Nuno Guerreiro, à H. F. Monteiro, à Laurindinha, ao Jorge Ferreira, ao Carlos Furtado, ao João Carvalho Fernandes, ao Paulo Gorjão, ao miguel, ao António Torres, ao Homem_neves, ao Jumento, ao a-bordo, ao Bombyx-Mori, ao Américo de Sousa, ao Luís Carmelo, ao Maquinista, à Arte da Fuga, à Miss Pearls, a O Acidental, ao J. Mário Teixeira, à Sofia, ao Lutz, à Amélia, à Espiral Virtual, à ânimo, ao Dylan T., ao grande Piotr e ao Rui Curado Silva. E também àqueles que mandaram presentes (textos, fotos, desenhos...): ao JPP (que nos dedica os seus "Princípios Básicos para se Perceber Portugal"), ao Rui Baptista (que nos enviou um retrato do nosso Comandante com os seus periquitos), à tati (que nos enviou uma pintura onde se antecipa o aspecto do nosso Comandante daqui a 5 anos, já sem os seus periquitos), ao Vilacondense (de quem recebemos uma bela fotografia, já incorporada no nosso espólio), ao Luís Novaes Tito e ao Carlos Manuel Castro (a vossa gravura é a mais fiel representação desta nau: no terceiro aniversário, queremos uma impressão em papel condigno, assinada!), ao nosso amigo masson (que nos ofereceu um magnífico - e algo perturbante, e por isso ainda mais "estimável" - desenho) e à lolita e ao besugo, que nos arremessaram ao peito um texto à moda deles. Com Saint-John Perse, expectantes: "Et de salutation telle serez-vous saluée, ô Mer, qu'on s'en souvienne pour longtemps comme d'une récréation du coeur". A todos, sem excepção, um caloroso abraço desta "vária, sempre incerta navegação".
CAVALOS DE TRÓIA: Por ocasião da celebração dos 60 anos decorridos sobre o final da IIª Grande Guerra Mundial, gostava de comentar duas notícias ligadas ao acontecimento. Por um lado, a manifestação em Moscovo contra as comemorações, por parte de organizações estalinistas, aos quais se juntaram grupos de "camisas negras", pertencentes a organizações fascistas (os extremos tocam-se). Por outro lado, a ausência de festa nos países bálticos, para quem o fim da guerra marcou o início da tirania soviética. Ao fim de tanto tempo e considerando a quantidade de informação disponível sobre as atrocidades do regime soviético - que, em qualidade e quantidade, não foram inferiores às dos nazis - é espantoso como ainda há certas pessoas que deixam transparecer a sua nostalgia pelos tempos anteriores ao muro. Admito o romantismo de tal posição, principalmente se tomada em liberdade, a milhares de Km de distância ou então na perspectiva da nomenklatura reinante. Na perspectiva do proletariado, dos deportados, dos assassinados, dos torturados, dos inibidos de opinião, comentário, leitura ou deslocação, a situação já não será tão romântica. Atendendo às lições que a história nos dá, da mesma forma que a nossa Constituição proíbe - e bem - a existência de organizações de índole fascista, penso que deveria ser exigível a todas as forças políticas e seus dirigentes um juramento solene de defesa da democracia. Para evitar que sob a camuflagem da "roupagem" democrática e de certas causas fashion se escondam projectos de índole totalitária (para que não restem dúvidas, apenas verbero as organizações e pessoas que defendam projectos de índole totalitária. As boas causas têm sempre merecimento, desde que em liberdade e democracia). O inacreditável número de vítimas da guerra mostra-nos o preço da liberdade, et pour cause da democracia. E esta não deve permitir que no seu seio prosperem aqueles que visam suprimi-la.
posted by Neptuno on 5:57 da tarde
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AOS AMIGOS II: Quem se mete nestas, lerpa. Lerpei eu, que me esqueci despudoradamente de incluir o JMF do Nunca, na lista das minhas relações blogo-desfiguradas.
posted by FNV on 12:50 da tarde
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APROVEITAM TUDO: Segundo o Público de hoje, o bruxo Alexandrino foi delegado pela Amadora à convenção do Bloco de Esquerda, divulgando a substância ideológica subjacente ao seu "Movimento do Prego". É útil, sem dúvida, mas pode afectar a maleabilidade da causa e pôr em perigo os dedos.
posted by FNV on 12:35 da tarde
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MAIS DO MESMO: Independentemente de ter resistido ao nazismo, Jaruzelski é um símbolo polaco do terror de inspiração soviética. Em certo sentido, pode ser comparado a Pinochet: inimigo das liberdades e dos direitos civis, chefe de uma polícia assassina, e cabeça de um golpe militar. As comparações cessam aqui: Pinochet tem contra si, por todo o globo, juizes, jornalistas e o beau monde anti-fascista amante da liberdade. Jaruzelski recebe medalhas e condecorações.
RUUUUGAS!: Dos mergulhos na água salgada, do rum redentor e, sobretudo, da boa companhia "blogoceânica". Nesta embarcação que não tem rumo e muito pouca vontade de atracar, continuarei a defender o direito ao enjôo e à ressaca personalizada no convés.
posted by Neptuno on 6:38 da tarde
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UM HOMEM GRAMATICAMENTE RIGOROSO: Reinaldo Teles, nos jornais de hoje: "Nunca, em vinte de anos de futebol, falei de árbitros".
Homem _ Neves: muito obrigado, sou incorrigível ( pouco rigor..) nos advérbios. ;)
posted by FNV on 12:16 da tarde
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AOS AMIGOS: Que não fiz, em dois anos de blogosfera, porque demoro muito mais tempo do que isso para fazê-los na vida real. Aliás, pensando bem, os meus amigos são os mesmos de há há vinte ou trinta anos ( tenho 39). Mas qualquer coisa a que um tipo se dedica ( salvo talvez a masturbação), implica uma relação presencial com outros. E essa relação é desfigurada pelas trocas que fazemos: um elogio, um insulto, um silêncio, um ensinamento. Com outros, muitos outros, a relação permanece intacta, como as dos soldados com as madrinhas de guerra. Assim, ao fim destes dois anos, a Tatie sem pénis, o Luís e a Sofia do Mal, o JPP, o Luisinho eternurento, o FJV, o Manuel do Queijo, o JPH, o homem dos blóscares, os Blogam-me mucho, o próximo presidente da Marinha Grande, nenhum me é hoje indiferente. É pouco, eu sei, mas o que é tenho para dar. Quanto ao mais importante, os meus leitores, mais ou menos regulares, por poucos que sejam, mandem-me dinheiro ou presunto de Parma: verão que os textos melhoram.
ISTO SIM: É o que lhes está no "código genético": "Moção de Francisco Louçã venceu a convenção sem votos contra" ( dos jornais de hoje).
posted by FNV on 1:17 da tarde
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DOIS ANOS: O Mar Salgado cumpre hoje dois anos de existência. Retorno à nau para enviar um abraço de parabéns aos restantes tripulantes. Aos poucos, o Mar Salgado foi ganhando vida própria. Quando me lancei na aventura de fundar um blogue não fazia nenhuma ideia quanto ao seu modelo, público-alvo, conteúdo-tipo e muito menos quanto ao seu futuro. Como muitos dos que nos acompanharam foram percebendo, a evolução deste espaço foi o resultado de um processo caótico e espontâneo. E ainda bem que assim foi: um espaço pluralista e livre como o Mar Salgado nunca obedeceu a nenhum tipo de agenda. Existe unica e exclusivamente pelo prazer que os seus tripulantes têm em escrever e comunicar. Para os que nos têm lido, citado, apoiado, desprezado e insultado um abraço de sinceros agradecimentos. Fica o mote que deu início a esta aventura:
Mar, metade da minha alma é feita de maresia Pois é pela mesma inquietação e nostalgia, Que há no vasto clamor da maré cheia, Que nunca nenhum bem me satisfez .E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia Mais fortes se levantam outra vez, Que após cada queda caminho para a vida, Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal É porque também tu revoltado e teatral Fazes soar a tua dor pelas alturas. E se antes de tudo odeio e fujo O que é impuro, profano e sujo, É só porque as tuas ondas são puras
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.