O NOVO MUNDO: Sendo Bill Gates um dos homens mais ricos do mundo, é também um dos maiores filantropos. Penso que esta postura - que conta com inúmeros exemplos entre a generalidade dos milionários americanos - reflecte uma certa mentalidade e um certo posicionamento dos americanos em geral perante a comunidade, no sentido de saberem que o investimento no bem estar de todos terá reflexos positivos no seu próprio bem estar. No entanto, este tipo de cidadania só parece ser possível com, pelo menos, uma justiça que funcione e um "Estado" mais pequeno e mais fiável.
posted by Neptuno on 6:25 da tarde
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MORAL DA HISTÓRIA:Ana Gomes, do Causa Nossa, considera que o artigo do Código Civil que exclui o casamento entre pessoas do mesmo sexo é imoral. E deixa subentendido que o casamento serve para que homossexuais tenham cobertura para a orientação e práticas homossexuais. Pouco me interessa a cobertura dos homossexuais mas tinha alguma curiosidade em conhecer a base de dados de que AG se socorreu para lançar este anátema sobre o casamento. Eu sei que o lançamento de bojardas não demonstradas sobre as instituições é um clássico, mas não é um argumento que se pretenda sério. Aliás, não é sequer argumento, ainda que fosse um facto (e também não é: imagino que as mulheres não andem propriamente por aí a casarem-se unicamente para atacarem a irmã do marido nem os homens por pretenderem afiambrar o cunhado...). Concluo apenas que AG possui uma concepção muito particular sobre o casamento e não faz a mais pequena ideia do que seja a moral.
AGRADECIMENTOS: Ao www.rosaleonor.blogspot.com ( mulheres&deusas), que nos distingue numa coluna de links despida dos obrigatórios da blogosfera. Ao www.mautemponocanil.blogspot.com, que me inclui numa lista de bloggers que "ainda não escrevem nos jornais à 5ª feira": podes esperar sentado, ainda não sei escrever posts como "A Via Láctea e Eu".
LISBOAHEAD*:Num dos seus primeiros posts, Vasco Pulido Valente partilha connosco a associação de ideias que o transporta do Movimento criado por Manuel Alegre a uma "certa Coimbra", desta vez elevada à condição de "coração das trevas". Entre outros motivos de interesse, o texto tem um pormenor curioso: intitula-se "E a guitarra?", pergunta que se liga à última frase "O Movimento 'Intervenção e Cidadania' é uma trova que está a pedir guitarra". Sucede que a guitarra da fotografia é uma guitarra de Lisboa (as guitarras portuguesas distinguem-se pela cabeça: em Coimbra, têm uma lágrima; em Lisboa, um caracol). Quem sabe, uma alusão velada ao facto de o dito Movimento ter sido lançado em Lisboa, ou de a mandatária nacional de Alegre para as presidenciais ser Professora na Universidade Nova de Lisboa. *Título da fotografia que ilustra o post.
posted by PC on 11:52 da tarde
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MULHERES:É bastante doentio engolir os sentimentos a grandes colheradas, dizia Musil. A descrição da dor de Andrómaca é um bocado isto, livrou-se da indigestão o pobre Heitor. Nós já nem usamos colheres, preferimos sorver directamente a televisão dos bertoldinhos. Seja. Eu cá continuo a preferir os sentimentos em escabeche, o vinagre faz muita falta.
posted by FNV on 11:51 da tarde
# A MOUSSE ALSA: Os autodenominados Superdragões fizeram hoje saber que os tristes acontecimentos ocorridos no centro de estágio do FCP foram uma manifestação espontânea. À atenção do nosso PC, crente nestas coisas; na existência de manifestações espontâneas, claro.
VINTE ANOS DEPOIS: Gosto de ver - e acompanho - a defesa veemente da liberdade de expressão a propósito das caricaturas de Maomé. Já fizemos o mesmo há alguns anos, quando estreou o Je vous salue, Marie, do Godard. Não foi?
HOJE, 31 DE JANEIRO: D. Duarte Pio disse à TSF que não votou nas Presidenciais por uma "questão de princípios" - aliás, perfeitamente compreensível. Contudo, não deixou de se queixar do esquecimento a que foram votados os católicos durante a campanha presidencial. Sendo embora católico, não me senti nada esquecido durante a campanha. Mas isso também deve ser porque me arrepia a ideia, avançada por D. Duarte, segundo a qual o Chefe de Estado deve ser o "chefe espiritual" dos portugueses. Safa.
posted by PC on 11:55 da tarde
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COMO É?: O homem está quase a ir-se embora e ainda nenhum dos marinheiros desta embarcação recebeu a Ordem do Infante (não confundir com a orda do elefante...)
posted by Neptuno on 11:28 da tarde
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ÁGUA NA FERVURA: As polícias portuguesas ( sobretudo o DCITE da PJ) apreenderam 18 toneladas de cocaína em 2005, número que coloca Portugal como segundo melhor entreposto europeu, confirmando o que tenho escrito aqui no Mar Salgado. Mas apesar do bom trabalho policial, é necessário compreender o que significa esta quantidade em termos do volume total do tráfico. Em 2002 foram apreendidas em todo o mundo cerca de 370 toneladas de cocaína, quando a produção estimada foi de 879 toneladas*. Convém não esquecer que a quantidade de droga - falo de cocaína, heroína e ópio em pasta - traficada num determinado ano civil excede frequentemente a quantidade de droga produzida nesse mesmo ano: os stocks são imensos. Isto só confirma a tendência da DEA, do UNDOC e do INCB: apenas cerca de 30% da cocaína comercializada é apreendida. Façam as contas ao que terá passado por cá...
* UN, World Drug Report 2005, Vol 1, cap 1.
posted by FNV on 10:24 da tarde
#DEVE SER DO FRIO: Então os meninos não se manifestam à porta do hotel onde está Bill Gates, esse gráfio da globalização?
posted by FNV on 9:25 da tarde
#CHOVER NO MOLHADO: A duocentésima trigésima quinta campanha de "prevenção da drogas" arrancou hoje, sob o alto patrocínio dos burocratas emproados do costume; aí estão eles, prenhes de vontade de "comunicar", de" promover competências psico-sociais" e de "elevar a auto-estima" do "público-alvo". É mais fácil acertar no euromilhões do que prever o grau de ridículo da próxima "inciativa". Ainda acabam como as senhoras da ASLA ( Anti-Saloon League of America), que por volta de 1880 percorriam a escolas do norte com um cérebro de vaca; mostravam aos alunos a sua cor rósea e depois enfiavam-no num copo de álcool: ficava cinzento.
posted by FNV on 7:21 da tarde
#SAMIRA MUNIR, A MALDITA: Não me recordo de se ter falado da morte de Samira cá no galinheiro nem de lhe ter sido dedicada uma página inteira de emocionadas notas biográficas, por uma qualquer jornalista especializada na violência sobre minorias étnicas ou sexuais. Samira Mounir era uma política norueguesa, de origem pasquitanesa, que pregava os direitos das mulheres muçulmanas: morreu em Novembro do ano passado. Conta Rafia Zakaria, no mui indiano Frontline, que apenas jornais noruegueses noticiaram a sua estranha morte: caiu na linha de um comboio, nos súburbios de Oslo. Samira há muito tempo que era ameaçada pelos cães-de-fila do costume, não obstante ser cidadã norueguesa há mais de vinte anos e ser membro do City Council de Oslo. O crime de Samira, para a comunidade paquistanesa de Oslo ( e não só) , foi o de ter denunciado as pressões que as jovens norueguesas, quase crianças ainda, de origem muçulmana sofrem no sentido de perpetuar a tradição de obediência e subalternidade à retórica do hijab ( o véu islâmico). No verão de 2005, uma publicação Urdu com o título Iblis ki Aulad ( Os Filhos de Satã) e editada pela All Pakistan Muslim Association, dispendia os habituais despautérios sobre a moral ocidental ( neste caso norueguesa), declarando que todas as crianças norueguesas eram "ilegítimas" porque concebidas "aqui e ali". Esta história não é especialmente nova nem especialmente triste, antes vulgar. Chega a espantar a estupidez de uma Europa que emite directivas sobre os direitos de minorias terrivelmente ameaçadas no sossego de Viena ou de Lisboa, mas que esquece uma geração inteira de habitantes da dar al-harb.
posted by FNV on 4:01 da tarde
#ERA ESTA A "EXPERIÊNCIA" QUE FALTAVA A CAVACO? VPV, no O Espectro, num curto exórdio (espero mais) sobre a sua experiência parlamentar. Delicioso.
posted by FNV on 12:51 da tarde
#FORA DE TEMPO: Já repararam que, pelo menos na janela que olha para nós ( TV), não topamos um apresentador de telejornal ou de talk-shows que seja negro? Que pela mesma janela, não bispamos um chefe de polícia ou um director clínico negro? Que quando a mesma janela se transforma em bancada central, não nos mostra um árbitro ou sequer um fiscal-de-linha negro? Bem sei que virá a altura em que estas coisas se discutirão. Como sempre, tarde e aos gritinhos.
BOBY, TARECO & COMPANHIA: A guarda pretoriana de Pinto da Costa atacou ontem, à saída do centro de estágio do FCP, o treinador Adriaanse. Se estivéssemos em Palermo, o holandês teria recebido apenas um peixe morto dentro de um jornal. Razão tinha o Mourinho, que preferia Palermo.
A ELASTICIDADE DA DEMOCRACIA (I): Não acho que a vitória do Hamas nas eleições palestinianas tenha trazido um problema novo, ou, pelo menos, tão novo quanto se proclama. Em primeiro lugar, não nos devemos deixar impressionar com o facto de o Hamas constar da lista de organizações terroristas fabricada pelo Conselho da União Europeia. Como escrevi aqui há mais de dois anos, precisamente a propósito do Hamas, estas listas são expressão de juízos políticos, e, por isso, da ordem da conveniência e da oportunidade, e, por isso, volúveis (como a história o demonstra). Assim sendo, o problema é já antigo, ao menos em parte, e põe-se sempre que a democracia é confrontada com os seus limites: parafraseando um slogan muito em voga na Alemanha dos anos 70, pode haver democracia para os inimigos da democracia? Quando formulamos esta pergunta, estamos a utilizar dois conceitos diversos de democracia: o primeiro ("pode haver democracia") inscreve-se num registo puramente procedimental, de organização do poder através de certos meios - neste sentido, a democracia é um fim em si, para utilizar a distinção a que o FNV aludiu aqui; o segundo ("os inimigos da democracia") é já de natureza substantiva, e pretende significar um conjunto de valores que não decorrem necessariamente do primeiro, mas que, gerados pelas ideias do Estado de direito e do respeito pelos direitos humanos, participam do acervo ético incorporado pelas democracias ocidentais. Daqui decorre uma diferença fundamental entre os dois sentidos da palavra: o primeiro, enquanto mecanismo de organização do poder, é facilmente universalizável; o segundo, porque substancial, implica uma certa concepção de democracia - e a discussão passa então a girar em torno de "núcleos essenciais" e "características acessórias" do que seja uma democracia. Porém, se bem vejo, essa discussão só interessa no plano onde os Estados ocidentais não a querem pôr: o das relações internacionais (reconhecimento, relações diplomáticas, ajuda económica) com um proto-Estado. Por um lado, porque lhes é evidentemente mais fácil curto-circuitar a questão negando logo a existência de um interlocutor; por outro lado, porque aquela discussão implica auto-exposição e auto-exame. E há armários que todos temos receio de abrir.
posted by PC on 12:58 da tarde
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SE: Se faz frio, não estamos preparados. Se faz calor, morre gente. Se não chove não há batatas. Se chove muito afogamo-nos. Se o Vitorino, esse mágnifico azarotado, dá uma entrevista ao Independente a dizer que só existem elites culturais de esquerda, ninguém liga. Valha-nos isso.
posted by FNV on 12:48 da tarde
#FENÓMENOS DO ENTRONCAMENTO: Nevou em Lisboa e o Sporting ganhou ao Benfica.
DEZ RAZÕES PARA GOSTAR DO PORTO: 1) Ora beinhe: 2) Tem o Fantasporto. 3) Tem, em Serralves, um funcionário genial que nos manda circular pela direita da instalação de Hirschhorn (não excluo que faça parte dela). 4) Pregaram com a Praça de Lisboa mesmo por baixo de um imenso bando de gaivotas. 5) Fica muito perto do peixe-galo grelhado com açorda de ovas do mesmo servido pelo Xarroco. 6) Tem sangue na Rua 31 de Janeiro. 7) Tem tanto Camilo que esquecemos facilmente Júlio Diniz. 8) Tem o lugar onde vi comprar, na infância, enguias e lampreias vivas - indicado hoje pela ponta da sombra de um "hotel de charme". 9) Não é demasiado quente, nem seco. 10) É o único lugar do país onde se pode assistir a um Benfica-Sporting num ambiente totalmente folgazão e descontraído.
TERRITÓRIO, PALESTINA & DEMOCRACIA ( parte II): Um leitor competentíssimo, Nereu Matos Pato (NMP), escreve-me a propósito de um post meu de ontem, dizendo que a eleição do Hamas é uma catástrofe e que a minha previsão de que o povo reenviará o Hamas à procedência é ingénua. Ao contrário dos papagaios, não me tornei subitamente um especialista em geopolítica do médio-oriente, por isso o meu post anterior e este são escritos apenas sob o ângulo no qual me sinto mais confortável (ou menos desconfortável): a secularização e modernização das estruturas islâmicas tradicionais e o papel dos ocidentes nesse processo. Em alguns círculos, como se pôde ler no NYTimes ou no Wall Street Journal nestes dias, a pothole theory da democracia teve o seu momento. A pothole theory, de Bush e Rice, consiste nisto: enquanto os terroristas se ocuparem de tarefas rotineiras (como a recolha de lixo ou o ordenamento do tráfego rodoviário), não pegarão em armas. Daoud Kuttab, da Universidade de Al-Quds*, toca a mesma tecla: " If this sharing of power will satisfy Hamas, then they will have less of a need to use military means to be heard and that could possibly be good for the peace process". Ao contrário do que julgou o meu estimado leitor NMP, não habita em mim ingenuidade quando calculo que se o Hamas, com responsabilidade executiva, não trouxer resultados práticos será despedido: a minha ingenuidade esgotou-se ontem durante o BenficaxSporting. O problema é precisamente outro. Como referi no post anterior, utilizando o Sul de Itália, a Palestina é por assim dizer um aglomerado de ilhas territoriais : a tal "desagregação" que Galasso falava, mas com fortíssima ambição nacional, aparentemente limitada pela "opressão capitalista" israelita, no sentido que Said vai buscar a Gramsci. Mas isto não esconde, e Said nunca o esqueceu, que a estrutura dominante é religiosa e até agora, anti-secular. O que julgo, caro NMP, é que a pothole theory é que talvez seja ingénua. Dito de outro modo, não será a mimetização ( processo eleitoral) ocidental que "distrairá os terroristas", pois que ela, é digamos, superficial. Confio é na lenta instalação de uma capacidade auto-organizativa que venha a permitir aos palestinianos uma experiência de solidificação da sua identidade, apesar do inimigo externo. A modernização do Islão já é um bico de obra, como diz Soroush; se para além de o incentivarmos a adoptar processos ocidentais ainda por cima os negamos depois (porque os resultados não foram ocidentalmente razoáveis), então a tarefa passará a ser impossível. E termino comparando as declarações conciliatórias que Mahmoud Zahar faz hoje, com uma entrevista que deu em Setembro do ano passado a Kevin Peraino, da Newsweek. Perguntado se Bush está certo quando pretende que o envolvimento do Hamas o suavizará, Zahar respondeu na altura, rindo-se ( diz o jornalista): Containment will not succeed with Hamas. I don't trust the term "moderate". We are already moderate. But if people believe we will be moderate in the Western style, or pro-Israeli style -that's not moderate. That's corruption. O que acredito, e se nisso sou ingénuo então o meu caro NMP, pelo que conheço do seu pensamento filosófico e político, também o será, é que as pessoas se cansam de viver mal, sem horizontes de progresso, sem paz. É claro que correrá muito sangue ( guera civil, como diz o meu caro NMP, e que curiosamente também antecedeu a unificação italiana) e muita confusão, nem toda de origem interna, se instalará. Mas para as pessoas se cansarem, precisam de caminhar. Como todos nós.
* em www.danielpipes.org/blog/506
posted by FNV on 4:57 da tarde
#TERRITÓRIO, PALESTINA & DEMOCRACIA ( parte I): Dizia Salvemini, no La questione meridionale ( 1955), a propósito da luta política no Mezzogiorno, que a vitória de uma facção unifica os seus opositores. Gramsci, nas Notas sobre História Italiana, recordava a "teoria da grilhetas" que o Sul representava para o Norte industrial, aludindo ao lazzaronismo, expressão depreciativa conotada com a "populaça de Nápoles". A desagregação do Sul, política, económica e social, que Gramsci descreveu na Rinascita, englobava também os intelectuais. Pizzorno, por sua vez, falava da ausência de "progresso histórico" no Mezzogiorno, para chegar a uma identificação que me é cara: a "desagregação meridional" daí resultante impedia a modernização estrutural. Um lugar onde qualquer projecto pessoal, de carreira ou de sucesso, é uma loucura, onde qualquer localização produtiva é anti-económica, sintetiza Galasso em L'Altra Europa. Galasso chega a ser explícito na sua descrição anti-moderna do quadro socio-antropológico do Sul de Itália: incapacidade de assumir uma personalidade histórica colectiva, rígido tradicionalismo social, importância dos líderes tradicionais e religiosos, uma visão do mundo inspirada na transcendência. Bem antes das descrições de Gramsci e Salvemini e após a unificação, em 1861, a rebelião do Mezzogiorno atingiu um ponto de não-retorno. A repressão foi militar e o comissário Massari foi encarregado de "estudar" o problema do banditismo do Sul. Sem grande sucesso. A insurreição de Palermo ( 1866) anunciava a salada: apoiantes dos Borbons, grandes latifundiários, antigos militares. O problema no Mezzogiorno não e, do ponto de vista da discussão em torno da afirmação da nacionalidade face à reorganização territorial, muito diferente da questão palestiniana. A diplomacia de Cavour foi arranjando forma de explicar à Europa de que maneira um grupo reinvindicativo pode obrigar a tornar-se radical se não for reconhecida a sua legitimidade territorial ( nacional). Esta minha analogia não é assim tão arriscada: Edward Said fá-la em "Orientalismo". Gramsci, na Southern Question, aguça-lhe o apetite: "a burguesia do Norte subjugou o Sul de Itália e as Ilhas e reduziu-as a colónias exploráveis". Esta é, concorde-se com ela ou não, uma parte de explicação oficial para a rebelião palestiniana face a Israel. Mas é textos posteriores, como em Culture and Imperialism (pp48-49) ou emPowers, Poltics, and Culture ( pp95) , por exemplo, que Said estabelece o paralelismo entre a interpretação gramsciana do domínio territorial e a questão palestiniana. Aqui chegados, talvez possamos discutir um bocadinho melhor o que significa ter um grupo armado e territorialmente reinvindicativo como o Hamas, legitimado através de eleições.
posted by FNV on 4:43 da tarde
#BALIZA: Já tentei encontrar a tradução holandesa desta palavra mas não consigo. Nem através do google. Deve ser mesmo difícil...
PS: 1- Deve ter havido um jogo de basket à mesma hora, com "faltas grosseiras", a condizer com a exibição de uma das equipas. 2- Estarei disponível para contribuir para os novos rins do Luisão...
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.