POR ENQUANTO APENAS O "ESPÍRITO", FELIZMENTE: Gil Garcia, militante do BE e elemento da tendência "Ruptura-FER", ao "Sol" de hoje: " O que levou os trabalhadores a cumprimentar Francisco Louçã à saída das fábricas é o mesmo espírito que permitiu ao Hamas chegar ao poder na Palestina".. Quando eu for lésbico e usar mini-saia, terei muito medo deste partido/ Bloco de duas caras. E lá terei de emigrar para um país onde o Hamas não mande.
posted by FNV on 5:20 da tarde
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FAIR PLAY: O insuspeito " O Jogo" ( ao contrário da impagável secção desportiva do "Público") recorda que ficaram por exibir dois cartões vermelhos ao Paços de Ferreira ( aos 47' e 72'). Duas * conclusões:
1) Para baixo todos os Santos ajudam.
2) O árbitro não era tão "teso" ( vide post do nosso PC aí em baixo) como o bandeirinha.
3) O Paços vai ter de repetir dois jogos esta época.
PARA UMA RECONSTRUÇÃO DO "BANDEIRINHA": As primeiras vezes que fui ao futebol, tinha para aí 6 ou 7 anos, fiquei muito chocado com a expressão e a figura de "o bandeirinha". A palavra era, já de si, um bocadito abichanada, contrastando com um universo que eu via musculoso, enérgico e, portanto, no contexto das minhas ingénuas representações da altura, másculo. Acresce que a acção do bandeirinha reforça a impressão: corre muito ao longo de uma linha, para trás e para a frente, exterior ao campo onde (genericamente) se exibe a masculinidade, lutando a cada minuto contra a sua irrelevância. E os modos de empunhar e agitar a bandeirinha propriamente dita não ajudam nada: marciais, histriónicos ou charmosos, todos parecem, irremissivelmente, tão gayish. A culminar, os bandeirinhas estão sempre penteados, usam calções justos e não transpiram. Encontrava algum refrigério nas conversas com a minha Avó, que falava, de jeito circunspecto, do liner. Mas o resto das impressões marcadas pelos verdes anos mantinha-se. Bastava ver um "bandeirinha" a fugir, espavorido, perante a ameaça de uma simples bandeirola de canto, ou um peito mais proeminente, para que murmurasse logo: maricolas. Hoje percebi que tudo era, de facto, uma construção fantasiosa da infância. Uma associação entre a palavra inadequada ao contexto e uma percepção incompleta da realidade. Afinal, há-os tesos. A partir de agora, falarei apenas de "juízes-auxiliares".
SANTOS: São Tomé diria: "Se eu não tiver visto o último cesto a ser lavado, como poderei considerar a vindima como terminada?"
posted by Neptuno on 11:37 da tarde
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"ISLÃO MODERADO": O José Pacheco Pereira ( JPP, www.abrupto.blogspot.com) tem dito e escrito que não existe, que é uma ficção, até porque se existisse teria saído à rua condenando os desmandos do outro Islão, o radical. Se JPP quer dizer que não existe um estado islâmico moderado que não se tem demarcado dos outros, dos radicais, é uma coisa; se JPP quer dizer que não existe "Islão" moderado, é outra. E está errado. A moderação islâmica , como a entendo, significa a existência de um corpo de pensadores - intelectuais, eruditos, universitários - que recusa o ensimesmamento anti-moderno da nova vaga radical. Não são suficientemente visíveis? E porque não torná-los visíveis? Recordo-me de uma vez ter proposto ( a título de provocação para o debate, bem entendido) a eurodeputados, inclusive a JPP, a atribuição do Prémio Shakarov a Karim Abdel Souroush. Não era isso que a Europa livre e os EUA faziam com os intelectuais " moderados" do mundo comunista? Na literatura e nos blogues também podemos ver o tal Islão moderado. A Banipal publica regularmente muitos autores com uma visão livre do mundo. Saadi Youssef, escritor iraquiano hoje com 72 anos, traduz Cavafy e Orwell e intitula a seu último conto - precisamente publicado na Banipal de Setembro de 2004 - com a declaração certa: " I trained myself to be free ". No Egipto, Heba Qotb iniciou há semanas o primeiro programa de sexologia do mundo árabe. O programa chama-se Kalam Kebeir, ou seja, "Conversa Séria". E é . O Islão moderado não sai à "rua"? JPP sabe tão bem ou melhor do que eu que, em certas alturas e em certos lugares, não se pode sair à rua. Talvez fosse bom a "rua" ir ter com ele, com o Islão moderado.
E COMO A GENTE OS ENTENDE: A malta do blogame mucho continua a escrever no blogame mucho, mas o blogame mucho, por razões que os próprios confessam não dominar totalmente, embora mantenha o nome blogame mucho, já não habita no seu endereço natural (blogamemucho.blogspot.com), mas sim num lugar enigmático que se escreve www.chumo.blogspot.com. Chumo??? O besugo dá uma pista: pareche que fica próchimo de Aléjia. PS: Pede-che ao nocho Comandante que facha, achim que o tempo o permita, a correchão nechechária.
ALERTA: Este blogue pode estar por horas! Decorre uma reunião neste momento com um único ponto na agenda de trabalhos: deliberar sobre a transformação do Mar Salgado em sociedade anónima, investindo na pioneira tarefa (económica) de pesar as manequins que queiram participar em desfiles de moda, tomando em mãos firmes tão sinuosa empreitada. Se o fizermos será com espírito de missão, em que o lucro não será o principal estímulo mas em que os resultados serão sempre palpáveis. Espera-nos um esforço tremendo mas não fraquejaremos e, apesar de poucos, faremos o trabalho de muitos. De resto, somos contra a subcontratação e, por isso mesmo, podem parar de mandar candidaturas.
posted by Neptuno on 11:49 da tarde
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SIGA A MARINHA: Parece que João Ferreira - o árbitro de quem se fala (escuta) - e Serafim Nogueira - o bandeirinha que segundo uma escuta recentemente publicada foi para um jogo "benzido" por vários lados - foram indicados pela FPF à FIFA, para efeitos de ascenderem à arbitragem internacional. Adaptando uma expressão largamente usada no mundo da bola, quando se recorre à imagem da mulher de César, que não só deve ser séria como também o deve aparentar, neste caso, podemos dizer que a mulher de César é uma grande vaca e o César um pobre cornudo.
posted by Neptuno on 11:41 da tarde
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SERINGAS NAS CADEIAS III ( Recentrando o debate): As políticas de redução de riscos ( PRR) não são panaceias para o problema da droga. As PRR, desde os primeiros outreach programs de Chicago nos anos 60 até aos programas de troca de seringas nas cadeias experimentados na Alemanha, Suiça e Espanha do final dos anos 90, são uma forma de minorar os danos causados pelo consumo de drogas injectáveis. Para acabar com o problema da droga existem outros meios, desde o método maoísta na China da década de 40 do século passado ( desintoxicação a frio e depois bala na cabeça para os reincidentes) até à liberalização de todas as drogas, como entendem algumas cabeças. Pressupondo que porque alguém está preso, não deve deixar de aceder ao direito constitucionalmente consagrado do acesso à saúde ( não falo de ar condicionado), vamos ao debate. Os países não são todos iguais, as cadeias não são todas iguais, por isso parece-me um disparate a proposta portuguesa de arrancar com a troca de seringas em quatro cadeias simultaneamente: não temos os meios para tal. Seria muito mais razoável iniciar o projecto apenas numa cadeia. Os opositores ao programa não discutem as vantagens, discutem os efeitos secundários. Recapitulemos:
1) Risco de agressão - a pessoal e a outros reclusos - devido ao aumento do número de seringas em circulação.
2) Tensão entre drogados aderentes aos programas e o resto da população prisonal.
3) Alterações nos equilíbrios de poder devido ao facto de deixarem de existir controladores do material de injecção.
4) Pressão excessiva ( revista "dura") sobre os familiares/amigos que visitam os aderentes ao programa.
5) Problema epistemológico: é-se preso por crimes relacionados com droga e recebe-se seringas enquanto se está preso .
6) Aumento do número de utilizadores de drogas injectáveis em virtude do aumento de material de injecção disponível.
São muitos. Os dados das avaliações feitas até agora não indicam, no entanto, que estas objecções tenham razão de ser. Vejamos:
- O ponto 1: nenhum caso semelhante foi até agora relatado nas avaliações feitas aos programas em curso na Europa. Na Austrália, em 1991, o sr. Geoof Pearce, guarda prisional foi picado por uma seringa infectada e morreu. Não existia ( nem existe) programa de troca de seringas na cadeia onde a tragédia ocorreu. Na altura, o New South Wales Corrective Services conseguiu que fosse aprovada uma lei - o Prisons Syringes Prohibition Act - que oferecia uma pena de dois anos de cadeia a quem introduzisse seringas em meio prisional.
- os pontos 2, 3 e 4: a cultura de prisão tem os seus custos, independentemente da existência de um programa de troca de seringas. A revista dura, se feita a todos os visitantes, decerto que acabaria com a existência de droga ( e seringas) nas cadeias.
- o ponto 5: A vida é o que é. Se é certo que parece estranho oferecer seringas a reclusos, não o é menos que eles tenham acesso a todo o tipo de drogas. Empate técnico.
- ponto 6: Em lado nenhum do mundo se provou que aumenta o número de utilizadores de drogas injectáveis pelo facto de se fornecer material adequado. Em quase todos os países da UE existem programas de distribuição/ troca de seringas ( fora das prisões) e o numero de utilizadores têm decrescido ( em virtude da adopção de novos hábitos de toxicomania).
Na opinião de todos os que têm monitorizado estas práticas, a verdadeira objecção à implementação de um programa destes é simples: se o pessoal auxiliar e os guardas prisionais não estiverem racional e honestamente envolvidos, o programa falha. Rotundamente.
FURA-VIDAS: Os açorianos assustaram-se mais com a histeria mediática ( que nada resolveria se o caldo tivesse entornado) do que com o furacão propriamente dito. É caso para dizer que, desta vez, a culpa foi do mensageiro.
EM GRANDE FORMA: No ...blogo existo, escreve o J. Pinto e Castro: «Comenta Filipe Escobar de Lima na secção desportiva do Público de hoje: "Para apimentar a polémica nada melhor que ouvir as palavras pífias e apócrifas do "pivôt" do Paços de Ferreira. Ronny, ao velho estilo marxista, tenta repisar a verdade, repetindo a mentira até à exaustão para conseguir torná-la finalmente verdadeira." Obviamente, se o moço não sabe o que significa "pífio" ou "apócrifo", também não se poderia esperar que soubesse o que "marxista" quer dizer».
posted by PC on 11:26 da tarde
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MENTIRA: Parece que há grandes tumultos na Hungria. A população em fúria, carros incendiados, etc. E tudo porque apareceram umas gravações em que o primeiro ministro afirma que andaram a mentir à população - ele e o seu partido ou governo, presume-se - nos últimos dois anos. Tudo isto é muito duro. Após décadas de um embuste gigantesco - cuja "veracidade" era assegurada por tanques, KGB e demais tropa, em geral - os húngaros verificam agora que as mentiras ainda não acabaram. No meio desta decepção restam três consolações: o facto dos seus dirigentes políticos "aprenderem depressa" os truques da democracia Ocidental, o facto dos húngaros poderem optar por penalizar os políticos apanhados na mentira (há povos que vivem bem com isso...) e, principalmente, o facto de hoje em dia poderem livremente manifestar-se e dar largas à sua fúria.
posted by Neptuno on 10:11 da tarde
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ANTENA ISLÂMICA: Duas notas, hoje sobre tecnologia ( por estranho que isso possa parecer num post da minha autoria):
- Foi ontem lançado ( se é assim que se diz) o primeiro motor de busca em árabe, o Araby.com.
- Um blogue interessante, o www.arabmobilecommunicationstudies.com, animado por Mohammad Ibahrine. Através dele, fiquei a saber que o governo francês se prepara para interditar a presença de telemóveis nas escolas, com excepção dos espaços de recreio.
posted by FNV on 4:20 da tarde
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SERINGAS NAS CADEIAS (II): No início dos anos 90, trabalhei no projecto-piloto de troca de seringas em farmácias patrocinado pela Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA, na altura presidida pela Prof.ª Odete Ferreira. O projecto abrangeu o concelho de Coimbra e foi orientado pela drª Teresa Nunes Vicente, que coordenou uma equipa de técnicos do CAT de Coimbra e da ARS, também de Coimbra. O projecto correu melhor do que se esperava - todas as farmácias acabaram por aderir - e foi depois extendido ao resto do país. Durante todos estes anos, não tive conhecimento de qualquer farmacêutico que tenha sido picado pela seringa suja de algum drogado alucinado. É verdade que o alargamento do programa de troca de seringas ao resto do país deveria ter sido acompanhado de muitas outras medidas, o que teria evitado a triste situação portuguesa de infecção por HIV em utilizadores de drogas injectáveis. Mas isso é outro debate. O projecto de Coimbra funcionou bem por causa do profissionalismo da equipa ( que não integrei) que o preparou . Os farmacêuticos e ajudantes de farmácia foram ouvidos e ouviram. Longas horas se gastaram. O governo só conseguirá ultrapassar resistências - as naturais e as artificiais - se fizer um trabalho de formação com os guardas prisionais, como aconteceu na Alemanha e na Suiça. O ponto de partida tem de ser este: onde já existem seringas, normalmente sujas, passarão a existir seringas limpas, com vantagens para toda a gente, incluindo os guardas prisionais. O ponto de chegada é mais difícil: tal como pude constatar nos anos em que trabalhei na unidade de desintoxicação do CAT de Coimbra , existe uma enorme incompreensão em muitos sectores profissionais face "ao dinheiro que se gasta com os malandros dos drogados". No caso das cadeias, não se pense que se pode mudar a janela. Determinação política e capacidade em gastar as horas que forem precisas com os guardas, primeiro; fazer-lhes ver que a segurança de quem trabalha nas prisões é mais importante do que opiniões discutíveis sobre o problema da droga, depois. Não sei o que irá acontecer, mas é curioso constatar que Portugal dispõe de um ambiente favorável à implementação da medida. Quando em 1994, Simone Veil lançou a França na política de redução de riscos, teve de enfrentar uma longa tradição de política de droga severamente restritiva. Mas a ministra colocou em primeiro lugar a saúde pública e a responsabilidade do Estado. Nós, neste momento, nem precisamos de mandar às urtigas a coerência. A menos que se faça o mais fácil ( despenalizar o consumo e não formar especialistas em escolas públicas) e se queira meter na gaveta o mais difícil.
A CULPA É DO MENSAGEIRO?: Vai por aí uma celeuma curiosa por causa de um "parecer" do Prof. Gomes Canotilho que, segundo consta, se pronuncia no sentido da inconstitucionalidade formal do Decreto-lei que pune a corrupção desportiva, devido a deficiências da respectiva Lei de Autorização. Sempre que surgem processos mediáticos, despontam vários especialistas, juristas e não juristas, nas matérias controvertidas: há um par de anos floresciam os entendidos sobre o regime da prisão preventiva e do segredo de justiça, hoje dedicados à popular questão das inconstitucionalidades formais. Claro que, como também é costume, quase ninguém se preocupa em saber o que efectivamente diz o "parecer", nem em entender o problema, para então fazer os seus "comentários". Convém não esquecer que os órgãos a quem a decisão sobre a eventual inconstitucionalidade pertence em exclusivo - os tribunais - ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Uma alegação não é, ao contrário do que por aí se faz crer, uma self-fulfilling prophecy. Depois, como deveria ser evidente, a responsabilidade pela eventual inconstitucionalidade desta lei e suas consequências cabe, inteirinha, ao Estado, e não ao acusado e à sua defesa: ao Estado que, através da Assembleia, aprovou uma lei deficiente; que, através do Governo, aceitou legislar a coberto dessa lei inválida; que, por omissão do Presidente da República, não suscitou preventivamente o problema perante o Tribunal Constitucional; que, através dos tribunais, aplicou já a dita lei, sem identificar a invalidade; que, através do Ministério Público, não recorreu das decisões onde a lei foi aplicada, arguindo a inconstitucionalidade da mesma. O problema é que todas estas entidades são demasiadamente abstractas, e distantes no tempo (as leis são de 1991), para lhes podermos assacar a nossa frustração. É muito mais fácil apontar o dedo a nomes e a pessoas presentes. Alguém se lembraria, em próximas eleições, de brandir, como argumento político, "V. é um incompetente, porque votou aquela lei inconstitucional"? E, por isso, porque a responsabilidade política do mau funcionamento das instituições nunca será cobrada, continuaremos a querer imolar o mensageiro e a eleger alegremente incompetentes que nos governem.
Adenda: ver também os comentários do carteiro, anteriores a este post, aqui.
" Abbiamo fatto del nostro meglio per peggiorare il mondo. "
posted by FNV on 8:33 da tarde
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MONTALE, SEMPRE:
" C'è chi tira a pallini e c'è chi spara la palla. L'importante è far fuori l'angelica farfalla. " .
posted by FNV on 8:30 da tarde
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SE O TIPO ME OFERECER UMA CAIXA...: Naturalizo-me e voto nele, no Chavez. Falo de uma caixa de chocolates Valhorna/ Palmira Fino Crioulo, colheita de 2005, feitos com cacau plantado à borda do lago Macaraíbo. Um nadinha menos de acúcar e eram perfeitos.
posted by FNV on 3:56 da tarde
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Ó TEMPORE...: É espantosa a tecnologia de que hoje dispomos. Vou a andar na rua e lembro-me de telefonar ao nosso Comandante, a propósito de mais um aniversário, interrompendo-lhe o jantar em Singapura. So what? Alguém se lembra (tirando o nosso FNV...) de como era há doze anos?
posted by Neptuno on 2:01 da tarde
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KILOS Y PITONES: A Espanha de Zapatero, empenhada na sua cruzada higienista, interdita agora a passerelle às mulheres falhas de carnes. Pois que vão à balança, como os toiros antes da corrida. Enquanto há toiros...
COM OS MEUS BOTÕES: Quando aqui chegámos, vai para lá de 3 anos, a blogosfera era mais conflitual e, ao mesmo tempo, muito mais distendida. Mais conflitual, porque havia divergências de opinião que excediam as vírgulas e as entoações; mais distendida, porque as coisas se levavam com mais informalidade, humor e distância. Como conversas de café, ou, talvez melhor, de comboio: entre pessoas que estavam acidental e temporariamente juntas. Não teríamos vontade de jantar com todos, mas havia uma certa civilidade transversal, ingénua e esplêndida. O fenómeno evoluiu e, por razões que têm sido bem dissecadas, o ambiente mudou. Toda a mudança traz, em regra, coisas boas e más. As primeiras, levam-me a continuar. As segundas - e é a isso que vem este post - levam-me a compreender que há pessoas que, sistematicamente, não querem conversa. Mesmo quando falam sobre as falas dos outros. Estão, obviamente, no direito delas. Assim seja. Fica o morto descarregado.
Alcides: um grande defesa central em qualquer das duas balizas. Paulo Jorge: dois pés direitos à custa de meio córtex pré-frontal. "Kikin" Fonseca: pensa com o cabelo, duvida com os pés. Fernando Santos: Um excelente treinador de hóquei em campo. Katsouranis: Tão rápido, tão rápido, que quase o vemos mover-se.
posted by FNV on 10:29 da tarde
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CUIDADINHO: Uma coisa é recuperar um livro ou um texto de alguém que criticamos, outra é apanhar frases soltas em contextos desfavoráveis. Policiar tudo o que é avulsamente bolsado, contra "o Ocidente capitalista" ou todos os fantásticos refrões segundo os quais "só agora" a América tem mau ambiente no Oriente, sem cuidar de o inserir numa lógica argumentativa, é um exemplo de patrulhamento tão mau como qualquer outro. Não contem comigo.
Adenda Um leitor amigo pede-me exemplos. O caso das declarações de Jean Marie Straub parece-me bom. O homem terá dito, durante o Festival de Veneza, que "enquanto existir a América imperialista seremos todos terroristas", ou coisa do género. E daí? Vale a pena andar a patrulhar cada desabafo, por mais estúpido que seja?
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.