DIÁLOGO III: Contribuindo para a lodosa discussão acerca das considerações do Dr. Mário Soares, sugiro aos meus colegas Neptuno e VLX que se entregue o assunto a quem sabe. Esse símbolo da coerência e da ética política que dá pelo nome de Tony Blair, e que tantos apontam como o exemplo a seguir na Europa, não se limitou a aventar o diálogo com Kadhafi: passou à prática, no dia seguinte a lamentar, in loco, as mortes de Madrid. Diz-se que regressou da Líbia com mais um "país amigo" e um exclusivo de exploração petrolífera para as empresas britânicas.
Há duas décadas atrás, Kadhafi tinha honras de capa na Newsweek e na Time como o maior perigo mundial. Dominique Lapierre e Larry Collins escreviam O Quinto Cavaleiro (cuja releitura pode ser interessante). O caso Lockerbie estava na calha. Se escrevessem neste blogue há 20 anos, os meus companheiros de embarcação troçariam certamente de qualquer lunático que propusesse o diálogo com Kadhafi. E hoje estariam, muito quietinhos, a comer os próprios sapatos.
Reeditado em 5/04/04: Neptuno, na sua divina sabedoria, alertou-me cordialmente para o facto de a versão original do post conter uma frase que, no contexto, podia ganhar um sentido que eu não lhe quis dar. Apaguei-a. Virtudes do diálogo.
posted by PC on 9:41 da tarde
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DIÁLOGO II: Caro Neptuno, vou já iniciar um peditório para mandar o Dr. Mário Soares a Roma para conversar com Al Falastini e chamá-lo à razão. Pode até ser que o Ministério da Defesa entenda ser uma missão patriótica e a patrocine, através da Cruz Vermelha. Tu, que és viajado, conhecerás um restaurante cinco estrelas onde em Roma se possa parlamentar decentemente? E haverá nele charutos dos que o nosso ex gosta?
posted by VLX on 12:53 da manhã
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O TREINADOR VAI NU: Sou por Portugal, pelo Rei e pela Selecção. E não deixo de admirar uma ou outra atitude da Mulher do nosso Presidente da República. Mas entendo que as coisas devem ser ditas! Nós temos duas ou três dezenas de excelentes jogadores de futebol, tipos de primeira água, que fazem brilharetes em qualquer campeonato. Porque é que eles não conseguem jogar todos juntos é questão que poderá ter diversas respostas. Mas acontece que se o seleccionador fosse português, o coitado estaria inundado de críticas, sugestões e vaias diárias em todos os diários. Como é um estranja, um tipo de fora, nós enchemo-nos de vergonha, pensamos envergonhados que “ele lá sabe”, o tipo é que percebe disto, aguentamos todas as humilhações, sujeitamo-nos aos vexames e iremos de vela (que por acaso também foi para Espanha, para nossa tristeza).
No meio disto tudo é bom que alguém diga que o treinador vai nu. O treinador e o Presidente da Federação.
posted by VLX on 12:42 da manhã
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DIVERSÕES, UM POUCO MAIS A SÉRIO: Para Saramago, ao que parece, a democracia do voto não é suficiente. A possibilidade de, pelo voto, retirar um governo e colocar outro no seu lugar não esgota a democracia. Teremos, talvez, de aprofundar o tema (apenas por gosto do estudo e do debate pois, como é sabido, a concepção de Saramago sobre a democracia tem muito que se lhe diga e não é particularmente actual ou interessante). É que parece resultar do seu pensamento que a democracia só existe verdadeiramente se corresponder ao seu pensamento. Isso queria ele; felizmente vivemos em democracia... a nossa!
posted by VLX on 12:23 da manhã
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DIVERSÕES V: Em delírio, Saramago acabou por se convencer da sua obra de ficção e defender o voto em branco. Foi genial, tendo em conta que faz parte de uma lista. Só superado pelo facto de ter vindo logo corrigir, dizendo que só faz parte da lista por questões de fidelidade. Fidelidade?... Vá ser fiel assim para Lanzarote.
posted by VLX on 12:10 da manhã
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DIVERSÕES IV: Temos de ser sinceros, esta semana, em termos de humor, o Saramago meteu o Herman num chinelo. Julgo que não foi propositado; tudo terá começado por causa dos jornalistas, que pensaram que o tal de voto em branco era uma coisa contra o governo da coligação. Não lhes passou pela cabeça, aos pobres dos jornalistas, que aquilo não passasse de uma obra de ficção e, ainda para mais, pouco actual – julgaram que era contra o governo e, vai daí, toca a divulgar! Eu já tinha visto, há tempos, o António Costa a agitar jornais na Assembleia da República e a indagar o Governo por causa das notícias que lá vinham, sem cuidar de saber se eram verdade, sem se aperceber do ridículo. Mas livros? Obras de ficção? Ainda não tinha visto tornarem-se em casos políticos deste tamanho. Daí ter achado delicioso ter ouvido inúmeros políticos, da esquerda à direita, a pronunciarem-se politicamente sobre uma obra de ficção. Só em Portugal... Mas o melhor é que o tal de voto em branco foi promovido e afecta principalmente a esquerda, o que é de um sabor requintadíssimo! E então foi ver o Soares, o Carvalhas, desesperados a combater o voto em branco, o Fernando Rosas a escrever um complicado artigo no Público... enfim: de entre todos os tiros nos pés a que já assisti, este foi dos melhores.
posted by VLX on 12:09 da manhã
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DIVERSÕES III: No meio disto tudo, nada bate a apresentação do último livro de Saramago. Começa por ter convidado para o apresentar o inefável Mário Soares, esse literato, esse homem da cultura. Confesso que, por mim, acaso fosse Saramago, consideraria preferível convidar um par para apresentar um livro meu, um artista igualmente imbatível, alguém da área (e nós, portugueses, temos tantos e tão bons escritores). Mas compreendo o Saramago: em termos de marketing, a coisa fica muito melhor com Mário Soares. O homem diz umas larachas, diz mal do Bush, do governo português, traz sempre uma legião de jornalistas embevecidos atrás, as televisões e as rádios, o livro vai ser um best seller, vai-se vender à doida! Como campanha promocional, não há melhor. E é ao mais puro estilo norte-americano. O engraçado disto tudo é ver Soares e Saramago de braço dado com o melhor do capitalismo norte-americano. Para vender um livro. As voltas que o mundo dá...
posted by VLX on 12:06 da manhã
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DIVERSÕES II: Num dia que pus a cabeça à tona, ouvi na TSF um enorme sururu por causa de um estudo (publicado não sei onde) que indicava que só as grandes empresas pagavam IRC (deve ter sido feito por alguém que só acordou agora). As pequenas empresas não pagavam impostos porque não davam lucro. Mas o giro é que havia um tipo qualquer a falar em nome do que me pareceu ser a associação das pequenas e micro-empresas e que dizia, nada mais nada menos do que uma coisa deste género: o problema é que todos pagam IRC por igual, se a taxa fosse diferente e menor para as pequenas empresas, já a situação seria outra.
É espantoso como ninguém meteu juízo na cabeça daquele homem: estava-se a falar de empresas que não geravam lucros (leia-se, antes de impostos) que possibilitassem o pagamento de IRC; não se estava a falar de empresários que não tinham lucros por terem tido de pagar IRC. Assim sendo, o facto da taxa ser y ou z é completamente indiferente. Ou talvez não seja se o que o homenzinho quisesse dizer fosse que os seus associados não fugiriam aos impostos se tivessem de pagar menos. Alguém quererá perguntar-lhe o que pretendia dizer?
posted by VLX on 12:04 da manhã
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DIVERSÕES: De tempos a tempos fico submerso, completamente afogado nos problemas daqueles que generosamente me pagam as papas (não obstante estas não passarem, ultimamente, de umas coisecas cozidas e insípidas, completamente desenxabidas). E assim imerso, passam por mim inúmeras situações divertidas de que só me dou conta quando, mais tarde, leio os inúmeros jornais que se foram guardando durante a semana. A melhor foi a do Ferro Rodrigues, com aquele jeitinho que se lhe reconhece, a divagar na Assembleia da República sobre a maneira de reagir no Iraque. Prosseguindo aquele ódio norte-americano, mal disfarçado ou sem qualquer disfarce, o homem adiantava que no Iraque deveria estar a ONU, em situação de segurança garantida. Deve ser piada. Desde logo porque não se sabe se a ONU (essa coisa...) quererá ir para o Iraque (aquilo não é propriamente o Algarve...). Mas principalmente porque é preciso saber quem é que mantém essa tal de “situação de segurança garantida”... Só me ocorre os EUA mas, mesmo esses, sabe Deus..., aquilo tem sido o diabo! Pensará Ferro Rodrigues que irão para lá os Mig’s russos? Os Mirage franceses? Os capacetes azuis? A nossa valorosa GNR? Os espanhóis? ‘Tá tolinho? Pensará ele que lá por ir a ONU para o Iraque, em substituição dos americanos, que acabarão os ataques terroristas? As bombas? Que quem se rebela agora contra os americanos ficará todo contente por ter lá os franceses? Ou que estes paguem o que pagam os americanos, em dólares e sangue para lá estarem? É preciso ter juízo!
DIÁLOGO: Segundo o Diário Digital, o xeque jordano Abu Qatadah Al Falastini, vinculado à Al Qaeda, ameaçou destruir Roma. Al Falastini, que se encontra detido em Roma, tornou pública a sua mensagem através de uma cassete de vídeo, encontrada na cidade italiana de Cremona (norte), na qual afirma:
«Quem vai destruir Roma está já a preparar as suas espadas. Roma não será conquistada com a palavra mas sim à força e com armas». «Roma é a cruz. O Ocidente é a cruz e os romanos são os donos da cruz. O objectivo dos muçulmanos é o Ocidente e nós abriremos Roma» (a expressão «abriremos» é «um termo histórico que significa tomar à força e derramando sangue, destruindo o povo, neste caso os romanos»). «Queremos atacar Itália porque esse cão de Berlusconi apoia esse cão de Bush». Credo! Não haverá alguém que possa conversar com este senhor e chamá-lo à razão?
posted by Neptuno on 5:53 da tarde
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VOTO EM BRANCO: Em meados de 2003 publicámos vários posts sob o título "Cidadania", em que discorremos sobre as imperfeições da democracia e sobre a necessidade de aperfeiçoar o sistema. A crise na representatividade política dos eleitos perante os eleitores - que sustenta a irresponsabilidade política reinante - o não funcionamento da justiça - que promove a restante irresponsabilidade, numa sociedade sem regras e, dentro de pouco tempo, sem valores - e, consequentemente, o poder não tutelado (pela e apenas pela justiça, que não funciona) dos media, tudo isto concorre para um terreno bem fértil para abordagens extremamente perigosas de índole totalitária.
Exemplo disso mesmo são declarações como as de Saramago ou abordagens do tipo Bloco de Esquerda. O primeiro, não condena a democracia no intuito de a melhorar mas apenas com o fel e desencanto característicos dos nostálgicos do "saudoso" bloco de leste. O BE é ainda mais perigoso. Aproveitando o "buraco" da oposição socialista quanto a uma política de esquerda - chamo a atenção para a crónica de Manuel Alegre no Público de hoje - o BE ou, pelo menos as suas cúpulas (cfr. editorial do público de hoje, de JM Fernandes), é igualmente tributário do velho Pacto de Varsóvia, mas devidamente "travestido" para captar os desencantados do actual estado do sistema democrático. É um inconfessado projecto marxista-leninista com o marketing adequado para ser apetecível em sociedades livres. No entanto e como é óbvio, o seu sucesso passa exactamente pela não divulgação do seu projecto de poder. É um comboio apelativo para uma leda e aparentemente gratuita viagem em que os passageiros só descobrem o elevado preço a pagar se o comboio chegar ao seu destino.
De tudo isto, sobra o facto de existir uma crise no sistema democrático que urge atacar. E, como disse Mário Soares em resposta a Saramago, é preciso melhorar a democracia com mais democracia.
Atendendo aos indícios, é bom que os políticos se apercebam disto quanto antes.
posted by Neptuno on 5:41 da tarde
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O DETECTOR DE PETAS: Como podem verificar, o dia 1 de Abril ficará imortalizado como o único dia em que não se postou no Mar Salgado nos últimos meses. Esse silêncio deve-se a duas razões: por um lado, neste junco içam-se as opiniões mais desvariadas e ninguém quis correr o risco de ser tomado por brincalhão; por outro lado, a tripulação passou o dia inteiro atarefada a afinar um engenhoso detector de petas, cujos primeiros resultados já estão verificados.
Assim, estamos em condição de avançar, em primeira mão, os desmentidos que inundarão a blogosfera nas próximas horas:
1) não é verdade que o Gato Fedorento tenha aceitado a proposta de fusão formulada pelo Abrupto;
2) não é verdade que a Dra. Manuela Ferreira Leite esteja na Origem do Amor (e um blóscar para o organizador dos blóscares!);
3) não é verdade que o José da Grande Loja do Queijo Limiano seja o Dr. José Adriano Souto de Moura.
posted by PC on 12:50 da manhã
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LINHA DE SOMBRA: Nem uma brisa. A corrente desapareceu. Estamos parados. Quedos. Mudos. Nem para Norte , nem para Sul, nem para a esquerda, nem para a direita. Simplesmente imobilizados. Impotentes. Mas só aparentemente resignados. Felizmente a tripulação não foi acometida de nenhum surto de febre.
Perante o peso das obrigações quotidianas, resta-nos olhar em volta e não contrariar a nossa insignificância e pequenez. Manter uma silenciosa determinação de aço.
Não há acalmia que sempre dure. Quando amanhã ou depois o mistral voltar a soprar, esta nau novamente sulcará os mares da blogosfera.
NÓ CEGO: Declaro para os devidos efeitos, que a menos que me disponibilizem gratuita e imediatamente, a SporTV e o Sexy Hot, farei greve ao futebol ( televisivo e ao vivo) durante a realização do Campeonato Europeu de Futebol.
posted by FNV on 12:13 da tarde
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O TEMPO URGE: Assusta-me a forma vertiginosa como o tempo passa. Não vivo obcecado com isso mas é um pensamento recorrente. Talvez por isso, nunca gostei de (ou fomentei) uma vida de memórias pois... o tempo passa e para a frente é o caminho. Um carpe diem que a idade vai moderando.
Hoje, ao folhear o livro "Meu Brasil Brasileiro", de Duda Guennes, encontrei uma citação redentora, da autoria de Mário Lago: "Eu fiz um pacto com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra."
AS PONTES E OS SANTOS: De acordo com o vetusto Diário de Coimbra, o executivo municipal decidiu alterar o nome da Ponte Europa, que será oficialmente baptizada de "Ponte Rainha Santa Isabel".
Trata-se de uma opção muito discutível: neste Estado laico em que vivemos, a ponte já é de há muito conhecida como Ponte de Sta. Engrácia, ou mesmo, nos meios mais lúcidos, como Ponte de Sto. Expedito.
Porém, compreende-se a intenção dos nossos edis: recordar perenemente às gerações vindouras a importância decisiva do milagre na conclusão desta obra pública. Quem sabe até se a Rainha Santa, agradada com a deferência, nos acrescenta com um novo milagre: o apuramento das responsabilidades no anedótico desfasamento dos tabuleiros da ponte.
posted by PC on 10:35 da tarde
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DA QUEDA: Falo da utopia operacional, do chamado mundo comunista. Ontem, os media deram cobertura a um "debate" que incluia Saramago e Soares, carregado de frases como "é preciso defender a democracia do poder económico" ou "eu estou contra o sistema". Banalidades destas podem ouvir-se em qualquer Big-Brother de 3ªsérie, ou pela madrugada dentro de uma esplanada, misturadas por adolescentes letrados com canecas de cerveja.
Enquanto oprimia as pessoas, a utopia operacional colava a vergonha nos lábios dos velhos combatentes, e mantinha afiado o cutelo dos visionários, que sabem o que é melhor para nós, se nós fôssemos outra coisa qualquer diferente daquilo que somos. Mas agora, depois da queda crua e podre da sociedade dos túmulos, a democracia burguesa, como nos tempos de Spengler, Renan, Sombart, Schmitt, volta a ser a velha prostituta desdentada, que sobrevive graças às esmolas que recolhe à porta do hotel de luxo, morada de gordos capitalistas de polainas e charuto mal apagado.
O "sistema" e a "democracia", morada certa, de mui e infectas imperfeições, construiu-se todavia nos últimos duzentos anos, sobre as ruínas do fanatismo religioso e da imobilidade, outrora deserta do capital. Não serão projectos capazes de arregimentar indigentes nem de levantar os mortos de tédio; mas ajudam-nos a tolerar os primeiros, e a evitar doses industriais dos segundos.
CONFLITOS:"O meu inimigo espreita a cada esquina. Um momento de distração é a morte do artista. Já tentámos várias tréguas, mas eu sei que ele me quer destruir. A paz é podre. Ele insinua-se em conversas, através de terceiros. E espera que eu caia nas suas armadilhas diplomáticas. Odeio-o e todos os da sua laia. O seu cheiro é nojento! Nunca poderei aceitá-los no meu território. Todos os meios serão legítimos nesta guerra. Hei-de exterminá-lo!" Este texto não é nenhuma crónica do Século XXI mas apenas um retrato da minha relação com o tabaco desde que deixei de fumar.
posted by Neptuno on 11:30 da tarde
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FUGIR DO PASSADO: Segundo a Comissão Europeia, Portugal ainda vai ter que continuar a adoptar medidas de choque tendo em vista a recuperação económica, nomeadamente, mantendo o congelamento dos salários em 2005. Diz a CE que as asneiras começaram quando Guterres aumentou os salários sem que isso traduzisse um aumento da produtividade. Por outras palavras, "distribuiu" riqueza que... não existia.
Entretanto, Guterres explicou que não houve nenhuma fuga do governo. Perante o crescimento dos partidos da oposição a situação do seu governo iria ficar insustentável.
Entre este tipo de explicações e o silêncio envergonhado dos últimos anos, penso que este último será mais digno.
posted by Neptuno on 11:15 da tarde
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O VENTO E AS PROMESSAS: Kerry promete "10 milhões de empregos", Lula da Silva prometia "feijão com arroz e uma casa decente para todos". Mas os jornais da manhã trazem novas de 200.000 famílias desdeperadas e do Movimento dos Sem-Terra, pela boca de Jaime Amorim: "A orientação agora é deixar os acampamentos de beira da estrada, onde há muita miséria e violência, e avançar para cima das propriedades".
Por onde andam os que cantaram novos amanhãs para o novo Brasil de Lula, não se sabe. Talvez à procura de explicações ( o FMI, os "americanos", a pandilha do costume) para o fiasco do seu herói transitório, talvez virando-se para esse prodígio que é o venezuelano Hugo Chavez, que já lhes segredou ao ouvido as palavras mágicas: Bush conõ.
TAMBÉM ESTÁ BEM, como dizia o Pedroto. A vitória esmagadora da esquerda, nas regionais francesas, também se deveu ao alinhamento de Chirac com os senhores da guerra ou a algum atentado ocorrido nas vésperas do acto? Ah, pois, já me esquecia, são eleições regionais. É diferente.
A menos que alguns brilhantes analistas da blogosfera pensem que a direita foi derrotada por não ter alinhado na coligação bélica. Nunca se sabe.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.