O DIÁRIO DO LEOPARDO (XII): Os directores do SLBenfica fazem o papel de scavengers na savana futebolística. Mas são inteligentes: primeiro dedicaram-se a desmontar os jogadores sãos que contrataram ( Rui Costa, Manuel Fernades, Miccoli), agora dedicam-se a pesquisar no mercado atletas que vêm com um kit de instruções para montar: Klasnik ( transplante renal), Derlei ( um joelho em obras há mais de um ano) e sabe-se lá mais quem. Engenheiros...
Fred Astaire e Eleanor Powell em Broadway Melody - 1940. Narrado e apresentado por Frank Sinatra.
posted by NMP on 11:44 da tarde
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O DIÁRIO DO LEOPARDO (XI): Sabia-o Gil Vicente, uma hiena de polido e religioso trato, no "Auto da História de Deus": O bem que é mudável não pode ser bem / mas mal, pois é causa de tanta tristura. Pode bem ser a estátua da Porca, na qual a gente sente o nome. Ou querer acelerar o filme, engolir o fim, saber de como tudo acaba. E acaba. Não mudar, ficar entre os freixos e os amieiros, nas margens do Tinhela. Se eu ficar quieto, hás-de passar, em desentocada mangona, ao meu alcance. Quando perceberes, o antes veio depois.
posted by FNV on 9:13 da tarde
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TAUTOLOGIA SOCRÁTICA: O governo não tem rabos de palha e o partido não tem rabos de palha. Logo, nova legislação contra a corrupção é uma asneira.
posted by Neptuno on 6:57 da tarde
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O VOTO DO LEOPARDO: Já deparei com a possibilidade de concordar com um aborto terapêutico. É certo que a lei existente prevê essa possibilidade, mas, no meu/nosso caso, a criança não estava condenada a uma morte certa: os pais é que estavam condenados a um sofrimento repetido e certo. Como sou incapaz de julgar a quantidade de desespero que os outros carregam, e porque já estive disposto a aliviar o meu, votarei "Sim". Desculparão a singeleza da justificação, mas é o que há: nestas coisas de " consciência " já basta o peso da minha.
ABORTO: Tenho a maior das reservas em escrever sobre este tema, uma vez que considero que o sentido de voto no próximo referendo é uma questão do foro íntimo de cada um, não me revendo em debates ou movimentos (partidários ou outros) de defesa de uma posição ou outra. Tomando como certo que, em abstracto, ninguém é a favor do aborto, penso que o ponto essencial da minha decisão passa pela certeza - ou incerteza - da existência ou não de uma vida humana às dez semanas. Por outras palavras, penso que a limitação temporal do direito da mulher ao livre aborto deverá ter como fronteira a certeza da não eliminação sumária de uma vida humana. Espero colher toda a informação científica que me seja possível até ao dia do voto.
posted by Neptuno on 10:32 da tarde
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GRANDES MOMENTOS DA 7ª ARTE
posted by NMP on 5:24 da tarde
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A NOVELA "RUTE MONTEIRO" continua. Agora com imagens (ver aqui). Aguardemos ansiosos por novos desenvolvimentos e esclarecimentos.
posted by NMP on 3:18 da tarde
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O DIÁRIO DO LEOPARDO (X): Levinas, um jaguar rarefeito, acerta em cheio: "uma necessidade dilacerada é o desespero de uma morte que não sobrevém ". A tese é a inadequação da satisfação à necessidade, provavelmente demasiado humana. Só quando o homem se aproxima da besta é que a necessidade iguala a satisfação. Nós, os leopardos, não distinguimos uma coisa da outra.
UM GÉNIO REINVENTADO: Devido à distância, só agora tomei contacto com o novo trabalho do JP Simões, 1970. O título do disco refere-se ao ano do seu nascimento (que é também o meu). O JP é um dos melhores compositores de canções da minha geração, como os Belle Chase Hotel e o Quinteto Tati já mostravam e este álbum confirma plenamente. Obcecado nos últimos anos pela obra do Chico Buarque, JP Simões recorre a uma sonoridade luso-brasileira que já se intua nalguns trabalhos anteriores. O tom é de um balanço de vida a meio da mesma. De uma vida passada entre o Brasil, Coimbra e Lisboa. Conheço-o de Coimbra desde os bancos da escola, essa cidade que, nas palavras dele, é fetichista, vive agarrada a fantasmas, para os mortos. Acompanhei-o depois esporadicamente em Lisboa e por onde a vida nos tem levado (infelizmente, para mim, menos vezes do que gostava). Certo é que o JP Simões era, quando por lá andávamos (antes de irmos cada um para a sua vida) um dos maiores focos de vida, de criatividade e de inteligência. Ele e um certo grupo de gente que frequentava, mais ou menos regularmente, essa catedral da música que dava pelo nome de States (os que lá iam na segunda metade dos anos 80 sabem ao que me refiro). Numa cidade em que pouco havia para fazer, a música era uma espécie de refúgio. Sinal dos tempos e do progresso, o States é hoje um strip club. O disco é intimista, algo auto-biográfico - o homem está mais tranquilo, pai babado. 1970 é dotado de letras e canções fabulosas - o JP Simões é infinitamente mais talentoso como compositor do que como intérprete (isto vale sobretudo para cantor em estúdio. Em palco a coisa pia mais fino - é um animal de palco, um entertainer). É um disco surpreendente. Calmo, sereno. E pejado de ironia. Brincando com o conceito de geração - que ele equivale a solidão e diz referir-se a tudo aquilo que o gerou - o álbum tem um tom iconoclasta e provocador. É muito original e ousado - um disco com sonoridade brasileira cantado em português com sotaque deste lado do Atlântico. Quem acompanha o JP Simões dos tempos dos Belle Chase Hotel corre o risco de nem sempre se reconhecer neste novo registo. Mas essa capacidade infinita de se reinventar é uma das suas maiores qualidades. O JP Simões é assim. Genial e um desassossego.
P.S. - Para novidades sobre as actividades do JP Simões podem ir aqui. E aqui está um poema dele que em tempos aqui publiquei e de que gosto bastante.
AS RAZÕES DO MEU SIM*: A primeira coisa a evitar no referendo é a tentação de votar contra a campanha que mais nos irritou. Depois, há que ler a questão com atenção - se preciso for, várias vezes -, para termos bem presente aquilo em que estamos a votar. No último referendo sobre a despenalização do aborto, abstive-me, por razões que expliquei aqui. Neste, vou votar sim, por razões que procurarei explicar a seguir. Agora como então, é uma simples reflexão pessoal, que não pretende convencer ninguém: tenho sempre muitas dúvidas, pouquíssimas certezas e engano-me mais vezes do que gostaria. Não me podia dar bem com o proselitismo. Enfim, é muito provável que tudo o que se diz aí abaixo já tenha sido escrito e reescrito.
1. Em primeiro lugar, estou consciente de que se trata de uma despenalização do aborto a pedido, como os do "Não" gostam de lhe chamar. Em rigor, é quase uma descriminalização do aborto até às 10 semanas. Só não o é, porque continuará a ser punido o aborto praticado contra a vontade da gestante. Casos que são, como é evidente, insignificantes no plano estatístico. Além disso, não me parece que possa continuar a ser punível o aborto até às 10 semanas, com o consentimento da mulher, realizado fora de estabelecimento de saúde público ou autorizado (p. ex., pela própria em sua casa). Punir esses casos redundaria numa simples protecção da saúde pública, ou da saúde da própria volente nolente - solução manifestamente absurda. A pergunta não devia, por isso, incluir a última parte: é uma opção de política de saúde que o Estado poderia legitimamente tomar, sem necessidade de a levar a referendo, caso venha a proceder à despenalização.
2. Em segundo lugar, não entendo a reacção escandalizada dos do "Sim" quando alguém afirma que uma mulher vai poder abortar, simplesmente, porque quer. É exactamente isso que sucederá - tal como hoje sucede. Não percebo por que razão se tem de ver em todas as mulheres que abortam uma situação dramática e uma alma despedaçada. Conheço vários casos de pessoas que usam o aborto, hoje, como método anticoncepcional mais ou menos regular, pelas razões mais variadas. Negar isto é uma atitude estranha.
3. Em terceiro lugar, não é verdade, como pretendem alguns do "Não", que os casos de permissão do aborto na lei actual sejam ainda factos ilícitos, meramente "não puníveis". Ao contrário, nas situações previstas na lei (indicações terapêutica, embriopática e criminal), a mulher tem um direito a abortar, porque a lei faz prevalecer o interesse que aí se protege sobre o interesse na vida intra-uterina.
4. Em quarto lugar, continuo a achar, como há 3 anos atrás, que a liberdade de decisão da gestante não é um interesse da mesma ordem dos que permitem hoje uma IVG lícita. Neste plano de ponderação de bens, creio que o feto continua a prevalecer.
5. A diferença é que se consolidou a minha opinião, já aflorada no fim do post de 2003, no que toca a inadequação da lei penal para proteger eficazmente o feto contra a vontade da gestante (do que tenho lido, creio que Miguel Abrantes, do Câmara Corporativa, é quem mais tem lembrado, e bem, este ponto), e as consequências nefastas que daí derivam. Qualquer lei penal que tenha contra si cerca de metade da população (a votação pelos deputados é outro assunto) é uma lei que se destina a não ser aplicada convenientemente. A duvidosa vigência social da norma penal reflecte-se, como a experiência tem tornado claro, nos segmentos do sistema relevantes para a perseguição do aborto: nos operadores de justiça (daí as gigantescas cifras negras), nos jornalistas (daí a virtual inexistência de investigações jornalísticas destinadas a denunciar a prática do crime de aborto por A ou B, que contrasta flagrantemente com outro género de crimes que são, também eles, da esfera da intimidade), e nas pessoas que, regra geral, vêem na denúncia de crimes o cumprimento de um dever cívico.
6.A falta de um consenso social sólido sobre a dignidade penal do aborto nas primeiras semanas e as consequências que daí decorrem diferencia este crime de outros que também apresentam baixas taxas de notícia e esclarecimento. Não colhe o argumento de que, "por esse raciocínio", se devia descriminalizar, p. ex., a corrupção e o tráfico de estupefacientes. Nestes casos, a vigência social das normas é indiscutida, e a magreza de resultados deve-se apenas às dificuldades de investigação inerentes àquelas formas criminais. Vale a pena, portanto, continuar a procurar meios de investigação mais eficazes. Em contrapartida, a investigação do aborto não é difícil, mas é altamente melindrosa e, portanto, é pouca a vontade de a levar a cabo: suponhamos que a repressão do aborto era levada a sério e que, perante a suspeita de que certa clínica o pratica clandestinamente, se ordenavam exames médico-legais às mulheres que nela foram atendidas durante determinado dia (como as autoridades alemãs chegaram a fazer em certo momento, através de controles fronteiriços, quando a lei holandesa era mais permissiva do que a sua). Muitas das que votarão "Não" protestariam, com razão, contra essa humilhação.
7. As consequências deste estado de coisas - isto é, da manutenção de uma norma penal com uma vigência social muito enfraquecida - são bastante negativas. Por um lado, a "protecção" - meramente simbólica - do feto gera outros danos sociais importantes para a saúde pública. Por outro lado, torna a aplicação da lei insuportavelmente desigual, elegendo um ou dois bodes expiatórios por ano, onde se concentram de novo as tensões sociais sobre o assunto. É nessa desigualdade comprovada, inevitável e insustentável que vejo a verdadeira injustiça. E é por isso que tenciono votar sim.
* (Act.): Vejo agora que o CAA tinha escrito um post sob o mesmo título. Foi um "plágio não intencional".
posted by PC on 3:03 da tarde
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COLUNISTAS DO SIM EM CAMPANHA: Tem sido engraçado ver o aproveitamento que diversos colunistas fazem nas colunas nos jornais que lhes pagam para escrever para se dedicarem repetidamente à campanha pelo SIM. Ainda há dias era Vítor Dias. Fernanda Câncio e Joana Amaral Dias não falam de outra coisa, no DN; Daniel Oliveira, no Expresso, não passa uma semana que não deite a sua opinião; e Vital Moreira, no Público, vem hoje com mais uma tirada sobre o assunto, expondo as suas razões.
posted by VLX on 1:37 da tarde
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O DIÁRIO DO LEOPARDO (IX): O leopardo gosta de sentir nos dentes a carne mole dos humanos a rasgar-se, os ossos brancos e perfeitos previamente esfregados com pasta dentífrica ( recomendação de Topor). A carne dos humanos - sobretudo se pios e devotos, como dizia o meu irmão de Rudraprayag - tem o inauferível sabor da injustiça. Obedecemos à lei do jardim das Hespérides: matar quem nos criou.
posted by FNV on 11:49 da manhã
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GRANDES MOMENTOS DA 7ª ARTE
posted by NMP on 5:18 da manhã
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NO MEIO DO NEVOEIRO, UM FAROL: O Tiago Mendes (que em tempos brilhou no Aforismos e Afins e na Mão Invisível) está de volta à blogosfera para gáudio dos seus seguidores mais atentos. Pena que seja por pouco tempo. A medir pelas participações anteriores, o Logicamente, Sim será o local a demandar em busca de argumentos sólidos, mpoderados, pragmáticos, argutos e bem estruturados sobre o referendo ao aborto.
posted by NMP on 5:03 da manhã
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O DIÁRIO DO LEOPARDO (VIII): Malraux ( "Les chênes qu'on abat ", 1971) recebe de De Gaulle a informação de que há um gato nos corredores da ONU que ninguém ousa perseguir: " Quand ces gens parlent de l'avenir du monde, il passe, pour remettre les choses à leur juste place ". Os leopardos não adoptam, não abortam a pedido nem têm filhos biológicos. Como não temos moral, matamos, copulamos, criamos e morremos, árvore acima, árvore abaixo. Quando passa um homem complicado, apanhamo-lo. Pour remettre les choses à leur juste place.
PARA QUEM FOR COMO S. TOMÉ: Um dos episódios mais pitorescos deste debate para o referendo é a tentativa de amordaçar quem seja pelo NÃO, promovida pelos do SIM. Alguns dos do NÃO não devem poder falar nem tomar posição, enquanto se considera naturalíssimo que a directora da ARS de Faro utilize os meios colocados à sua disposição pelos contribuintes e o seu poder (este conferido provavelmente pelos camaradas de partido) na angariação de assinaturas para o SIM. Os do NÃO também não podem falar dos custos (que horror!... falar de dinheiro! Brrr...). E mostrar imagens, então, os do SIM também não deixam (não vão as pessoas abrir os olhos e perceber realmente do que estão a tratar).
Eu acho que como há gente tola que imagina estar a falar de frangos e gente que só acredita vendo, deve-se mostrar às pessoas o que podem estar a permitir que se destrua apenas porque apetece. E isso pode ser feito aqui.
posted by VLX on 7:14 da tarde
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COMUNICADO DA COMISSÃO POLÍTICA:"Pede-se a todos os camaradas que cessem imediatamente o envio de propostas de diplomas legislativos tendo em vista o combate à corrupção, uma vez que já não há mais cargos disponíveis na UE à disposição do partido. "
posted by Neptuno on 6:18 da tarde
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O DIÁRIO DO LEOPARDO (VII): Existe uma outra dentada no segredo de justiça, ao que me dizem muito frequente, da qual eu espero vir a beneficiar se me quiserem penhorar a acácia: é aquele hábito de os executados saberem de antemão que os seus bens vão ser penhorados. Presumo que para esta maleita também não exista solução, pelo que não terei de pôr a árvore em nome das minhas crias. Esta selva é uma alegre aldeia. Em França, a senhora Ségolène tratou o seu director de campanha como um garoto rabino e pô-lo de castigo durante um mês. Promete diversão a rodos, esta simpática suricata. Ainda em França, morreu o amigo dos homens "abade Pierre", tipo exagerado mas de vida cheia; riem as hienas. E pronto, volto para o meu ramo.
posted by FNV on 11:57 da manhã
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REPTO: Caro Stephens, só agora vi. Aceito o repto que me fez num comentário aí em baixo. Como deve imaginar, é uma enorme responsabilidade para mim, que pela seriedade do assunto me faz tremer pela primeira vez em três anos e pouco de bloguices. Peço-lhe apenas um pouco de paciência temporal. Afazeres profissionais, uma ida à capital na terça-feira para a apresentação do livro do bloguedonão ('gradecido por ter aparecido lá. Tirando eu, aquilo não está mal, pois não?) e outras vão ter-me muito ocupado esta semana, mas tentarei apresentar-lhe as minhas razões o mais rapidamente possível. Espero e quero convencê-lo do que está realmente em jogo. Depois disso, a sua decisão encontrar-se-á mais facilitada. Espero.
posted by VLX on 2:25 da manhã
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PEQUENOS GRANDES LUXOS: Seguramente que não é preciso esperar pelo fim do mês para a grande maioria das pessoas se interrogar sobre para onde irá a maior parte do seu dinheiro. Quanto ao meu, eu sei. Não é para a casa, para os carros, televisões ou hi-fi. Não é com viagens, não é nas roupas, não é sequer - ao contrário do que alguns poderiam pensar - no fabuloso Sessenta. A maior parte vai para a educação dos que me sobreviverão. Bem ou mal, melhor ou pior, gasto provavelmente mais por mês na educação privada deles do que gastaria durante toda a sua idade escolar no ensino público. Se não o fizesse, provavelmente seria rico ou teria poupanças, ou teriam eles mais roupas das marcas para as quais começam a olhar. Mas eles, por seu turno, no ensino público, seriam alvo da inacreditável estupidez de um Ministério da Educação (o maior e mais genial monumento à imbecilidade que este país conseguiu produzir nos últimos trinta anos) que promove junto de crianças a partir dos onze anos um inquérito tão imbecil como só os maiores imbecis do supremo reino dos imbecis conseguiriam idealizar. Eu não sei como é que os meus rapazes irão lidar com este sacrifício financeiro dos pais, se o irão aproveitar ou não, se vão tirar benefício dele ou não, se algum dia o irão compreender e agradecer ou não. Eu sei apenas que afastando-os da estupidez mentecapta do Ministério da Educação e dos inquéritos imbecis (estarei a repetir-me?...) a que sujeita as crianças das escolas públicas, estou a fazer-lhes bem e a protegê-los. Sabendo isto, sinto-me desde já compensado de todas as despesas e dou graças por as poder fazer e por tê-las escolhido como prioritárias.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.