MOURINHO: Aqui há semanas elogiei a atitude, o cabedal moral e psicológico do FCP, e o nosso PC lendo e comentando sempre mais do que os companheiros escrevem ( um dom da natureza), disse que compreendia "muito bem" porque não tinha eu postado o nome do autor de tal proeza, José Mourinho. Bom, a verdade é que tal proeza tem muitos autores, mas o meu post da altura de facto foi injusto para com Mourinho. Pensei que era melhor calar-me quanto à receita do treinador ( a parte dele no êxito), dado que ela me parecia assentar em valores algo, digamos, tradicionais, um nadinha reaccionários e neo-liberais; o que se por um lado agradaria ao meu bom amigo VLX, desagradaria ao meu não menos caro amigo PC. De que valores falo, neste FCP Vintage? Da hiper-competitividade, da ultra-agressividade, da disciplina de ferro, da hierarquia rígida, da subordinação absoluta dos interesses do indivíduo aos do grupo. Dou a palavra a Mourinho, via Expresso e via pré-publicação do seu livro em colaboração com Luís Lourenço. Para além da doutrina abundantemente alicerçada nos tais valores que referi, aqui fica um aperitivo:
"O adversário é inimigo (...). E quando os colegas treinadores me desejam boa-sorte nem lhes respondo".
"Não sou homossexual. Quem achar que sou que me traga a irmã"
"Sou de direita. Ser de direita em Setúbal é quase mais difícil do que ser portista em Lisboa".
posted by FNV on 8:56 da tarde
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NO PASA NADA: O Expresso dá-nos hoje conta da aprovação de um texto de repúdio dos participantes do Fórum Iberoamericano pelas contínuas agressões e perseguições a jornalistas perpetradas pelo Presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Estas agressões, assassínios, prisões, decorrem em força desde finais de 2002, e como se sabe, têm sido muito comentadas nas redacções dos principais media portugueses. Reportagens sobre o tema, fotografias, depoimentos, são o menu do dia na TSF, na SIC-Notícias, no Público. Talvez por isso este diário não faça hoje uma única referência ao assunto. Mas há quem faça.
A Human Rights Watch registou no ano de 2002 e início de 2003 130 agressões a jornalistas na Venezuela. De Janeiro a Março de 2002, Chávez interrompeu 60 vezes as emissões regulares de TV e fez aprovar no final desse ano a Gag law, um lei da rolha segundo a qual é expressamente proíbido criticá-lo. Quando os jornalistas repudiaram a lei, Chávez respondeu:" são como os traficantes de droga que se opõem às leis anti-droga ou como os criminosos que se queixam do reforço da luta contra o crime".
Já a Reporters sans Frontiéres tem publicado inumeros casos pessoais e detalhados. Em Dezembro de 2002, oito jornalistas foram selváticamente atacados por jagunços de Chávez em Barquisineto, entre outros, José Rodriguez, do El Impulso, e Clara Reverol, da Televen. Fernando Malavé, do Diário 2001 foi baleado nesse mesmo mês, qundo fazia a cobertura de uma manifestação hostil a Chávez. Em 2003, as coisas continuaram, dois exemplos: A 10 de Janeiro, Juan Acosta Rodriguez da Telecaribe e apresentador de um popular programa - "Más allá de la noticia - foi preso e espancado pela polícia em Nueva Esparta. Em Novembro do mesmo ano, Miguel Otero, dono do El Nacional, foi atacado no metro de Caracas quando guiava um grupo de jornalistas estrangeiros que cobria a actividade da oposição a Chávez.
Félipe Gonzalez e António Guterres, justiça lhes seja feita, são alguns dos subscritores do texto de repúdio pela barbárie de Chávez. Muitos do que estão calados sobre isto, só acordam para a Venezuela quando se trata de denunciar o apetite americano ( verdadeiro, diga-se) pelo petróleo. O resto não lhes interessa, a Venezuela não é uma democracia, sendo natural tudo o que lá aconteça...
posted by FNV on 6:54 da tarde
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GNR NO IRAQUE: O Ministro dos Negócios Estrangeiros Iraquiano pediu ajuda a Portugal. Elogiou-nos o contingente da GNR no Iraque, louvou a sua actuação, sublinhou a necessidade da sua manutenção naquele cenário, solicitou que a GNR lá ficasse, lá se mantivesse, lá ajudasse. Pelo menos até eles alcançarem capacidade de controlar a situação com segurança.
Pode ser que seja desta vez que o PS se cale com a questão da GNR dever estar ou não no Iraque (do BE ou da CDU não tenho essa esperança, mas do PS imagino que seja possível). Se são os próprios líderes Iraquianos quem nos faz o pedido, deixa de haver motivo para o PS ser contra a presença da GNR no Iraque. Eles querem-nos. Se o PS voltar a clamar contra essa situação, isso revelar-nos-á que estamos perante uma atitude de cobardia egoísta ou perante um partido que se preocupa apenas com as situações comezinhas da política nacional, sem o mínimo sentido de Estado.
posted by VLX on 3:31 da tarde
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COMENTÁRIOS: O Mar Salgado abriu-se a comentários. Sempre achei isso uma desnecessidade pois já cá tínhamos o PC, sempre pronto a iluminar-nos, esclarecer-nos, indicar-nos o rumo, qual farol. Pena é que se dê pouco ao trabalho de interpretar os posts. Mas eu hoje estou bem disposto e vou dar-lhe uma ajuda.
Relativamente ao Código da Estrada: o Ministro foi acusado de ter um comportamento rodoviário preocupante (o Ministro, repiso, não os seus motoristas). A acusação deveu-se ao facto do Ministro ter tido um único acidente nos últimos cinco anos. As três outras situações referidas diziam respeito aos seus motoristas, não ao Ministro (um deles teve um acidente, o outro teve uma síncope e morreu ao volante, tendo-se acidentado o carro, e o terceiro entrou por uma rua que recentemente, talvez até provisoriamente, por força de obras, tinha o trânsito proibido). A acusação ao Ministro é totalmente infundada. Pretender-se que o Ministro seja responsável por estes actos dos seus motoristas não tem sustento legal. Defender-se que o Ministro é politicamente responsável pelos actos dos seus motoristas é algo que eu admitiria ser possível ouvir da boca de um bloquista, mas nunca de PC. Enfim, imagino que seja, uma vez mais, a má disposição própria das insónias. Nunca se deve deixar acabar o remédio.
Quanto às madrugadas e outras: PC prefere o termo demitido a substituído? Óptimo. Quando quiser escrever sobre o assunto, utilize o termo que lhe aprouver. PC acha que é legítimo dizer-se que às 23 horas é madrugada? Faça-se a sua vontade, por mim pode até chamar-lhe dia ou quarto para as oito. Para mim e para a generalidade das pessoas (com excepção do Dr. Louçã e de PC), a vigésima terceira hora do dia não é madrugada. E quando PC descortinar que estranhos mistérios se escondem por trás da substituição do Ministro, perdão, da demissão, elucide-nos. E usando ele o sarcasmo, não o vendo nos outros. Pela parte que me toca, quando utilizo o sarcasmo, ele nota-se bem.
posted by VLX on 3:08 da tarde
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H2O: Interessante esta discussão entre os meus companheiros de nau PC e VLX sobre a saída do ministro Theias, o que demonstra a eternidade da dupla perspectiva. VLX apresenta argumentos razoáveis para o horário da coisa, mas não sobre a coisa em si. Já o PC, mais avisado sobre este último aspecto, deixa-me no entanto intrigado: tomando como quase evidente que a saída de Theias está ligada a causas aquáticas não esclarecidas, qual a importância acrescida do horário da inundação final?
posted by FNV on 12:40 da tarde
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UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA: É mesmo assim. O Gabriel Silva, cuja prosa sigo com gosto e proveito desde O Cidadão Livre, arrancou um belo post. É como ele diz: de vez em quando, é preciso dizer o óbvio. Às vezes, gritá-lo; já pouca gente ouve.
posted by PC on 12:34 da tarde
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JOSÉ GUILHERME XAVIER DE BASTO: Acabou hoje um colóquio na Faculdade de Economia cuja finalidade explícita era a de prestar uma merecida homenagem (mas tudo é sempre tão escasso!) ao Dr. José Guilherme Xavier de Basto, Professor da mesma Faculdade que ameaça aposentar-se nos próximos meses.
Professor de várias gerações de estudantes (na FDUC e na FEUC), entre os quais sempre fez o pleno da excelência, investigador que à sedução do status disse nada, jurisconsulto de rara argúcia argumentativa (respeitado pela administração e pelos tribunais fiscais), homem de acção (aka o Pai do IVA), melómano e camoniano compulsivo e senhor do mais desopilante sentido de humor a oeste dos Urais, Xavier de Basto vai fazer agora, apenas, o que lhe apetece.
Relembrando as nossas conversas em sua casa, nos idos de 1987, onde os conselhos de Rigoletto a Gilda se misturavam com os exercícios de adivinhação conjunta acerca dos efeitos da tributação dos lucros sobre a afectação dos recursos produtivos, fica aqui, sentido e simples, aquele grato e amigo abraço.
posted by PC on 4:13 da manhã
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É O GOVERNO UMA EQUIPA DE FUTEBOL?: Simplesmente delicioso, o post "Noite cerrada" do nosso VLX. Se eu fosse o CAA, e se confundisse ironia com sarcasmo, diria que é um monumento de ironia.
O nosso VLX já aqui tinha defendido a tese extraordinária de que um ministro não é (sequer politicamente) responsável pelas infracções ao Código da Estrada cometidas, em serviço, pelo seu motorista. Como se o motorista estivesse na mesma posição de dependência funcional de um taxista, ou de um condutor de autocarro, em relação ao seu cliente.
Hoje, prosseguindo essa linha de análise, o nosso VLX garante, com sarcasmo (ironia para o CAA) que Amilcar Theias foi "substituído" e não demitido. E a hora tardia da substituição (que vergonha o Dr. Louçã ter falado em madrugada, quando faltavam uns imensos 30 minutos para a meia-noite!) deve-se, segundo o cronista, a razões de conveniência e de cordialidade. Tudo o que é perfeitamente normal, porque os ministros (e o PM em particular) estão "isentos de horário", mesmo que seja para se despedirem uns aos outros.
Mas o povo é sereno, e amanhã ou depois, ou num dia qualquer, a comunicação social dará certamente conta das verdadeiras razões que levaram a uma decisão tão preste e inopinada do nosso Primeiro.
E só então se poderá apreciar, em toda a sua plenitude, o sarcasmo que transpira do post do nosso VLX - a quem não escapou, certamente, o pormenor.
(Re-editado em 22 de Maio): este post teve uma frase deselegante, que por isso mesmo foi apagada.
posted by PC on 3:01 da manhã
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INDY A LAVAR MAIS BRANCO: Vítor Cunha escreveu, no INDY, aquilo que eu queria escrever. Não sou dado a invejas mas desta vez devo confessar: invejo-o. Já na semana passada tive de assistir impávido, por manifesta falta de tempo, às discussões provocadas por Pacheco Pereira sobre a realidade dos excessos pós 25 do quatro. Já denunciei a coisa e tive aqui discussões violentas com quem não acredita na verdade. Não pude comentar, em tempo (por falta do mesmo), o ensaio de Rui Ramos sobre o papel de Jorge Sampaio (e de outros) na trama. E tenho até de me sujeitar ao vexame de ser considerado, por Vítor Cunha, e bem, como um daqueles cobardes que ficou silenciado!
Mas as questões são reais: este nosso PR admite ou não a tortura? Ou só a admite para os seus inimigos? Ou só a admite se feita pelos seus amigos? Pelos seus amigos contra os seus inimigos? Tortura ou sevícias? O nosso PR chora baba e ranho em frente às câmaras da televisão sempre que pode, por dá cá aquela palha. Há um tipo a quem puxaram as orelhas no antigo regime e ele verte lágrimas; há um desgraçado sovado que vê o filho e a mulher a serem maltratados num suposto regime democrático e ele acha normal? Este tipo de coisas convinha, na verdade, que fossem discutidas. É muito bonito passear em cortejo florido festejando a liberdade, mas não era mau de todo saber quanto é que isso nos custou. E quem nos fez pagar. É essa a História que falta contar ao povo português.
posted by VLX on 2:20 da manhã
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DISCURSOS: Não sou, nunca votei no PSD. Não me perco por Durão Barroso. Quando, através do meu amigo Nuno Freitas, conheci pessoalmente DB e lhe apertei a mão, apeteceu-me antes apertar-lhe o pescoço. Eu tinha chegado a Coimbra, já bem tarde e cansado, e os preparativos de uma noite de fados organizada para o futuro PM por Carlos Encarnação e pelo seu filho Nuno (outros dois bons amigos) impediam-me de chegar a casa. Tive de alombar do carro até casa com três crianças adormecidas (uma às costas, outra à barriga e a terceira... já nem me lembro bem mas deve ter sido também à barriga por falta de espaço nas costas). E tive ainda de regressar ao carro (estacionado a milhas) para buscar malas, malinhas e malotas. Quem conheça a Rua de Sub-Ripas e o meu porte atlético deve imaginar o que eu sentia. Perceberá igualmente que, horas depois, quando finalmente recuperei o fôlego e desci ao Quebra-Costas para matar saudades, não era propriamente a mão aquilo que eu tinha vontade de apertar a DB.
Sou, portanto isento. E nessa qualidade louvo o excelente discurso realizado no início do congresso do PSD. Longo, excessivamente longo, mas excelente. DB passou em revista o melhor do que este Governo fez, explicou bem a herança de que dispôs, clarificou as suas posições políticas, criticou suficientemente a oposição, analisou detalhadamente a situação do país, a questão europeia, foi claro, preciso, certeiro, leal e correcto. Excelente! Mais Ministros da coligação façam o que ele fez, expliquem como ele explicou, discursem como ele discursou, divulguem como ele divulgou, e não se deixem abater pela crítica desfasada do PS, antiquada da CDU e ofensiva do BE. As coisas passarão a ser melhores, sem sombra de dúvida.
posted by VLX on 1:07 da manhã
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NOITE CERRADA: Deu-se uma alteração no Governo. Amílcar Theias foi substituído, aí pelas 23 horas da noite de ontem. A hora, já se sabe, deveu-se ao facto do Ministro estar fora de Lisboa e ser de toda a conveniência e cordialidade que se esperasse pelo seu regresso para publicitar a notícia apenas depois de directa e pessoalmente se falar com ele. Até aqui tudo normal. Mas a oposição, que se esganiça toda a reclamar demissões de ministros, parece não ter gostado da decisão. O PS disse que foi tomada na "calada da noite". Confesso que não percebo. Julgava que os ministros (e o PM em particular) estavam isentos de horário. Que mal faz trabalharem de noite, mesmo que seja para se despedirem uns aos outros? Que interessa a coisa? É essa a única crítica do PS? Não conseguirá fazer melhor? Ou é só para acompanhar o Bloco de Esquerda e o Dr. Louça, que sem pejo, vergonha ou medo de aparecer como mentiroso - os jornalistas nunca o confrontam com a efectiva verdade - veio dizer que a decisão publicitada às 23h00 foi tomada "de madrugada"? O Dr. Louçã devia ter vergonha de mentir descaradamente. E o PS devia ter vergonha de o seguir.
FARTAR VILANAGEM: Isto deve ser explicado pelo lastro que é o PP de Paulo Portas e pela urticária que tal provoca aos kommandos bloquistas nas redacções. Ou então o PS mediático anda estranhamente eficiente. Veja -se o alinhamento do jornal das 22 hoje na SIC-Notícias, com o congresso do PSD como ponto de partida:
Fim da coligação PS na frente Ministra-se explica-se Suficientemente inocente e digno de figurar num documentário de Weiremann e da sua Wohenschau. Mas o mais interessante nem é o alinhamento, este sendo a marreca para enganar o caçador espigadote. O primeiro título, "Fim da coligação" não servia afinal para anunciar o divórcio inesperado entre Durão e Portas e a convocação de eleições legislativas antecipadas. Tão somente reportava-se a SIC a uma entrevista a Guilherme Silva, com uma carrinha dos bombeiros de Oliveira de Azemeis em pano de fundo. E que dizia o personagem? Que daqui a dois anos, PSD e CDS , na sua opinião, deveriam concorrer em listas separadas, logo se vendo o que se faria depois. Ou seja, precisamente o que aconteceu em 2002. "Fim da coligação" como singelo critério jornalistíco? Pois, e eu sou a Rainha de Inglaterra.
posted by FNV on 10:12 da tarde
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COMPREENSÃO LENTA: "Não há completa liberdade de expressão nos Açores", segundo o Dr.Durão Barroso, hoje, no congresso de Oliveira. Quer dizer, vai-se à Madeira e pretende-se o país à imagem de Jardim, e depois os Açores é que pagam as favas? De facto, eu nunca conseguirei filiar-me neste partido, por mais que simpatize com a mobilização cinética da "matriz reformista".
Compreendo a união, a uniformização, a cedência a compromissos que envolvam estratégias e pessoas essenciais para a "reforma". Agora, que de centenas de delegados, nem um mande calar o líder depois de ouvir uma coisa destas, não compreendo.
posted by FNV on 9:30 da tarde
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POETAS DA BLOGOSFERA, desculpem-me se alguma vez vos ofendi ( post escrito depois de ter ouvido na TSF José Luís Peixoto a declamar um poema seu, ou seja uma mastagada pirosa com os inevitáveis "pássaros" que pousam não sei onde e outros bordões sovaqueiros).
posted by FNV on 5:26 da tarde
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TER (IMAGENS) OU NÃO TER: Continuo absolutamente fascinado pela sensibilidade súbita de tantos lupinastros ocidentais à tortura. A última fonte de "indignação" é uma fotografia de um soldado americano a sorrir agachado junto a um cadáver de um preso iraquiano. Cada um, já percebi, escolhe as indignações que quer ( por exemplo, Jane "Hanói" Fonda interessava-se imenso pelas condições dos vietcongs presos pelos americanos, mania que lhe passou depressa, o que fez com que nunca tenha visitado qualquer dos "campos de reeducação" do Vietname reunificado), mas subsiste ainda outra condição interessante. Os referidos lupinastros aconchegam agora a ideia de que os soldados que fizeram as patifarias "estavam a cumprir ordens". Percebe-se onde querem chegar, pois até li que a um dos soldados envolvidos, não tinha sido ensinada a Convenção de Genebra: de facto, até a lermos, somos todos atreitos a espezinhar, espancar e humilhar outros seres humanos.
Aguardo curioso a explicação para o comportamento do soldado que se ri junto ao cadáver. Como não é crível que "estivesse a cumprir ordens", os só-agora-sensíveis de serviço, explicar-nos-ão talvez que é a "tendência natural" do "soldado americano imperialista" sorrir junto a cadáveres.
posted by FNV on 3:51 da tarde
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FORUM TSF, HOJE: Realidade: o tema é a substituição do ministro Theias, se os ouvintes pensam que a remodelação do Governo deveria ser mais profunda e quais os ministros que deveriam ser despachados.
Ficção: "Estou sim? É do Fórum? Eu gostava de opinar que o governo está a fazer um bom trabalho e que ninguém deve ser substituído."
"Desculpe, mas o tema não é esse. Ligou para a estação errada."
RIR COM PASCOAES: Se querem levantar o moral aos portugueses com baixa auto-estima e deprimidos, tomem lá Teixeira de Pascoaes e a sua Arte de Ser Português:
Antes de tudo, combatei a fealdade pela cultura da saúde. Sede um belo animal, uma bela e boa matéria-prima do Espírito. O sentimento de sacrifício, para ser, exige aquele excesso de vida que nos leva a desprezar a morte e a trabalhar alegremente (...). E assim, o génio de aventura tão animado de liberdade, por virtude da sua própria natureza novamente desperta, seria a própria alma pátria, soma electiva das nossas almas individuais, num constante labor e aspirando a um fim comum (...). Portugal foi livre, enquanto foi português nas sua obras; enquanto soube realizá-las, obedecendo apenas à sua Vontade vitoriosa (...).
O bom português deve cultivar em si o patriota, que abrange o indivíduo, o pai e o munícipe e os excede, criando um novo ser espiritual mais complexo, caracterizado por uma profunda lembrança étnica e histórica e um profundo desejo concordante, que é a repercussão sublimada no Futuro da voz secular daquela herança ou lembrança (...). Por isso, o viver como patriota não é fácil, principalmente num meio em que as almas, incolores, duvidosas da sua existência, materializadas, não atingem a vida da Pátria, rastejando cá em baixo entretidas em mesquinhas questões individuais e partidárias (...).
De 1915 a 2004 vai uma certa diferença, não vai? Querem voltar atrás?
posted by FNV on 9:17 da tarde
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TRÓIA: Neste novo épico de Hollywood Wolfgang Petersen tenta o impossível, ao encaixar a guerra de Tróia numa hora e meia de filme. O resultado é uma má e insuficiente adaptação deste mito onde não se percebe bem a razão de ser de tudo aquilo. Quem o vê resume o filme a um rapto de uma bela mulher (Helena) por um jovem príncipe inconsciente (Páris), acabando na destruição de uma cidade (Tróia) às mão de um exército comandado por um homem ambicioso (Agamémnon) e onde combatia o maior guerreiro da época (Aquiles).
Mas em qualquer conto da mitologia grega o visível tem que ser compreendido através do invisível, e as coisas terrenas têm sempre explicação divina. A omissão destes factos torna o filme irracional, desconexo e sem suporte. Disto é exemplo a forma como no filme se explica o rapto de Helena por Páris, atribuindo-o a uma paixão entre 2 jovens amantes (não se podendo sequer falar em rapto, mas sim numa fuga consentida de Helena!)
A história contada por Homero na Ilíada é muito mais rica, e o enredo inicia-se muito antes de qualquer rapto, mais precisamente por ocasião do casamento do rei Peleu com a ninfa Tétis. A esse faustoso casamento compareceram todas as divindades com excepção de Éris, a deusa da discórdia, que irritadíssima por não ter sido convidada decide lançar a confusão, fazendo rolar uma maça dourada com a inscrição "para a mais bela" no salão onde estava a decorrer a festa.
É claro que tal maça provocou a ambição de todas as mulheres presentes, mas no final só as 3 mais belas, Afrodite (Vénus), Hera (Juno) e Atena (Minerva) se mantinham na contenda. Pediram então a Zeus que servisse de juiz, pedido que foi de imediato declinado (decisão inteligente, pois isto de escolher uma entre as mais belas tem muito que se diga...), tendo no entanto nomeado em sua substituição o jovem Páris (filho do rei de Tróia), conhecido por ser um óptimo apreciador da beleza feminina. Páris vivia com a ninfa Enona no monte Ida, para onde tinha sido exilado pelo próprio pai (Príamo) pois este tinha sido avisado que Páris um dia havia de ser a ruína de Tróia.
Quando foi confrontado com a necessidade de decidir qual a mais bela optou por ser mais sensível aos subornos apresentados pelas Deusas do que ligar à beleza propriamente dita. Hera prometeu fazer dele senhor da Europa e da Ásia, Atena prometeu-lhe a chefia dos Troianos no momento da vitória sobre os gregos, enquanto Afrodite simplesmente lhe ofereceu a possibilidade de possuir a mulher mais bela do mundo. O jovem rapaz, na sua condição de ser mortal e fraco escolheu com o coração e aceitou o suborno de Afrodite, entregando-lhe a maça dourada.
Foi esta decisão, conhecida como "a sentença de Páris", que permitiu que o príncipe de Tróia fosse ao encontro de Helena e a raptasse.
E assim começa uma das mais belas histórias já contadas!!
posted by TRM on 4:22 da manhã
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HÁ JÁ ALGUM TEMPO que a Poesia (sobretudo a de motivos marítimos) não marca presença de nesta nau. Para que o mar não se torne definitivamete agreste está na hora de A fazer voltar, escutando os Murmúrios do Mar que, se não me engano, é da autoria de um dos nossos companheiros secretos da blogosfera:
"Paga-me um café e conto-te
a minha vida"
o inverno avançava
nessa tarde em que te ouvi
assaltado por dores
o céu quebrava-se aos disparos
de uma criança muito assustada
que corria
o vento batia-lhe no rosto com violência
a infância inteira
disso me lembro
outra noite cortaste o sono da casa
com frio e medo
apagavas cigarros nas palmas das mãos
e os que te viam choravam
mas tu, não, nunca choraste
por amores que se perdem
os naufrágios são belos
sentimo-nos tão vivos entre as ilhas, acreditas ?
E temos saudades desse mar
que derruba primeiro no nosso corpo
tudo o que seremos depois
"pago-te um café se me contares
o teu amor"
José Tolentino Mendonça, A Que distância Deixaste o Coração(1998)
FORA DO TEMPO: Conhecem a sensação, estamos num local ou numa categoria temporal aceitável, mas qualquer coisa não bate certo. Hoje, ao fim da tarde, intervalei horas de consulta com uma pausa para um café e um bolo. Logo aí a coisa entornou porque não costumo comer bolos, muito menos a meio da tarde. Na mesa ao lado um grupo de seres indeterminados, no que a sexo, idade e Q.I. diz respeito, paralapatava; dizia e voltava a dizer o mais tonitruante do grupo: "para mim, mulher de amigo é homem". Talvez o calor me tenha feito compreender o dichote como um dos mais marialvas e machistas que existem ( porque raio a desejabilidade de uma mulher há-de ser diminuída pelo B.I. do marido?) embora estranhamente tolerado pelas patrulhas encarregadas de vigiar estas coisas.
Mais tarde, muito mais tarde, janto, pelas onze da noite, depois de um duche e sem ter podido dar um beijo aos miúdos. Janto uma chanfana divinal, feita de propósito para mim, em barro preto de Molelos, mas que vem fora de época, está calor. Estranhamente, uma vez mais, sabe-me bem.
Por alturas do café, de meio Jamesons ( amanhã há treino) e a acompanhar a sexta ou sétima cigarrilha do dia, a SIC-Notícias apresenta-me Maria João Avillez a entrevistar o Sr.Ministro Morais Sarmento. Não consigo, tento, mas não consigo imaginar-me a tratá-lo por "Sr. Ministro". Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, até Pedro Roseta, sim. Ele não. Não consigo ligar um mínimo de curriculum, de competência, de savoir faire ao personagem. Sei que há outros que dizem as mesmas banalidades ( "os jovens têm saudades do futuro") com o mesmo ar solene. Mas com ele não funciono. Estou fora do tempo e do espaço, desligo a TV e venho escrever este post idiota.
posted by FNV on 11:29 da tarde
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PORTUGAL TABLÓIDE?: Segundo parece, Portugal é o país estrangeiro com mais jornalistas presentes na cobertura do casamento de Filipe de Espanha. As nossas televisões não se cansam de exlorar o assunto até à exaustão, havendo mesmo separadores próprios produzidos para o efeito, ou seja, para introduzir "peças" de alto relevo, como sejam a diversidade dos presentes de casamento, o pasteleiro encarregue do bolo ou os hotéis onde ficam os convidados.
A política editorial televisiva de dar aos portugueses as notícias que eles querem ver - iniciada com a SIC - é hoje uma verdadeira tirania, secundarizando as informações que, de facto, são relevantes para o presente e futuro do país. E, atendendo às audiências, esta fórmula é um sucesso.
Nâo sei se a população ficou assim por causa da televisão tablóide ou se esta apenas nos revelou o país real. O facto é que os telejornais de hoje (exceptuando o canal 2) dedicam 90% da sua duração a expiolhar a intimidade de criminosos e vítimas de crimes sórdidos (et pour cause mediáticos), a explorar os seus aspectos macabros, a rentabilizar o sofrimento de algumas pessoas cujas vidas são um rol de acontecimentos nefastos - incluindo, ou principalmente, pessoas com deficiências físicas e/ou mentais - e ainda a captar todos os ângulos de casamentos ou funerais de gente conhecida, ou mesmo a proporcionar os almejados cinco minutos de fama a qualquer imbecil que se lembre de ter um comportamento tão idiota que suscite a atenção das audiências. Vale tudo.
O problema é que, por um motivo ou por outro, chegámos a um ponto em que a própria população está "tablóidizada", e só uma aposta forte na educação poderá "abanar" esta triste letargia.
posted by Neptuno on 6:32 da tarde
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DE COMO AS COISAS MÁS TAMBÉM PODEM TER VIRTUDES: Agora que esta nau já dispõe de um sistema de comentários (expressão maravilhosa), sinto-me mais à vontade para dizer o seguinte: no primeiro e-mail que enviei para o Mar Salgado, antes de ter sido engajado, além de advertir para o uso errado dos termos bombordo e estibordo, protestava contra a inexistência de comentários.
Depois de ter subido a este Olimpo, fui sempre um feroz opositor da introdução de comentários no blogue, por ver o que se ia passando nos blogues que já os tinham.
Prevejo que as participações mais interessantes continuem a ser feitas, como até aqui, por e-mail (porque dá trabalho, porque não é só um desabafo, etc.).
De todo o modo, independentemente do que os leitores vierem a fazer deles, os comentários já têm uma virtude: obrigado a vigiar os mores, o Comandante terá de sair mais frequentemente do castelo da popa, privilegiando-nos com uma presença mais assídua que a todos enriquecerá.
COMENTÁRIOS: O Mar Salgado acabou de efectuar um upgrade de misterioso impacto na navegação desta nau. Inseriu um sistema de comentários. Naturalmente que a gerência se reserva o direito de apagar os comentários que entende não cumprirem os níveis mínimos da civilidade. Façam pois favor de dar largas à vossa verve.
posted by NMP on 9:37 da tarde
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NUNCA SE DEVE CUSPIR PARA O AR...: (com uma vénia ao Jaquinzinhos) A Dra. Edite Estrela lembrou e bem que os cartazes do Rock in Rio deviam ter escrito bem-vindo em vez de benvindo. O erro é de facto primário e chocante, com a atenuante de ter origem numa empresa brasileira.
De qualquer modo, a iniciativa da Dra. Edite Estela é bastante meritória. Sobretudo se contribuir para que este erro não se repita em locais de outra importância institucional como a página do PS na Câmara Municipal de Lisboa. Se não forem as Instituições a defender a Língua, quem será ?
posted by NMP on 9:10 da tarde
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DEMENCIAL: Enquanto eram dados apenas das autoridades palestinianas ou de fontes amigas, esperei. Mas outras organizações acabaram por confirmar o que Israel esteve a fazer esta noite - destruição sistemática de casas - supostamente escudado numa qualquer "busca" de terroristas palestinianos. Não sei o que é mais idiota e indefensável, se a própria destruição indiscriminada de habitações civis em Rafah, ( suponho que atrvés de misséis lançados dos Apaches) que já acusou 13 mortos confirmados, se a falta de perspectiva do retorno que esta imbecilidade trará na volta da retaliação: mais mortes ainda, agora de israelitas, que serão tão lamentáveis como quaisquer outras. E não só, pois que a destruição de casas (com muita imaginação, dado que se trata de um campo de refugiados) numa área habitada por cerca de 13.000 pessoas para lá de fazer brotar pelo menos mais um milhar de mártires dispostos a tudo, acarretará mais miséria, fome e desespero.
Também sei que quando a poeira assentar sobre a operação do exército israelita, talvez "massacre", a "destruição maciça" acabem por se revelar mais como adjectivos de propaganda do que como elementos descritivos fiáveis ( a própria TSF foi modificando, ao longo da manhã, o tom histérico inicial). Mas o essencial mantém-se: independentemente do número de mortos e de casas destruídas, a operação é indefensável do ponto de vista moral; e não sendo eu militar, parece-me absolutamente inútil do ponto de vista da segurança.
posted by FNV on 12:22 da tarde
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HINO NACIONAL: É um dos simbolos nacionais de cada país, devendo ser ouvido em respeito mesmo quando se trate de um hino estrangeiro. Se se tratar do nosso hino, esse respeito será naturalmente acrescido. É uma questão de educação. Alguém explique isto aos labregos da TVI que, como se viu na transmissão da final da Taça de Portugal no Domingo, não distinguem o hino de uma qualquer música do Toy.
posted by Neptuno on 12:01 da tarde
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IRONIAS DO DESTINO: No final dos anos setenta, início dos oitenta, viajava várias vezes por ano em família para a terra da minha mãe, no Alto Alentejo. Sempre que atravessávamos o concelho de Aviz ou algum outro dominado pelos comunistas, o meu pai costumava dizer: "Vamos atravessar a Rússia!" Quando leio no DN de hoje (ontem) que 1/4 da força de trabalho no Alentejo é composta por imigrantes de países do antigo Bloco de Leste, penso que vivemos num mundo em que tudo é possível, por mais absurda que qualquer ideia possa parecer em dada altura.
posted by Neptuno on 1:10 da manhã
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UMA PAREDE: A mulher engravidou e a partir do terceiro mês começou a desenvolver a ideação obsessiva: a criança iria nascer com um defeito. Quase todas as mulheres imaginam estas coisas, sobretudo nas primeiras gestações, mas esta mulher não se limitou a imaginar um possível desfecho trágico: tinha-o como certo. A ideação obsessiva, aqui como noutras paragens, resolve a equação entre o provável e o definitivo. Dizem os psicólogos e os analistas que tal desatino advém da incapacidade de lidar com algo que escapa ao controlo do obsessivo, que assim sendo atalha caminho. Não podendo supôr a tragédia ou até a mera imperfeição, passa a tomá-la como certa. Ao menos avisado nestas coisas, escapa o ganho do obsessivo em alto grau. E escapa bem, porque tal contabilidade é doente, a maior parte de nós suporta em maior ou menor grau a incerteza da vida. Outros não, outros trocam-na pelo controlo, pela fantasia antecipatória.
A desgraça sobrevém não só durante a gravidez desta mulher - passa-a com um sentimento de incompreensão dela para com os outros e vice-versa - mas no resultado. Se, como é habitual, a criança nasce aparentemente perfeita (como se tal fosse possível), a mãe tem outra equação a resolver. Confrontada com a falência das sua expectativas, culpabiliza-se por ter desejado mal ao seu bébé. E o processo obsessivo recomeça, agora fundado na certeza de que as suas fantasias pré-natais prejudicaram o bébé, prejudicarão a futura criança. A obsessão patológica, na maternidade como na política, substitui o pensamento pelo pensador. É uma coisa tramada.
ADms: Rebentou um óbus com gás sarin no Iraque. Estou certo que para muitos comentadores o gás sarin passará a ser considerado uma ADm - arma de destruição mínima...
(A não ser que este gás faça parte daquele lote de armas de destruição em massa que, segundo o Prof. Rosas, os americanos iriam plantar no Iraque para culpar o filantropo Saddam).
posted by NMP on 4:58 da tarde
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FELICITAÇÕES: Dois blogues de alta cultura, se nos é permitido utilizar esta expressão, cumprem o seu primeiro aniversário - o Almocreve das Petas (parabéns também pelo novo visual) e o Crítico Musical.
Um na área da bibliofilia e cultura literária e outro na Música Clássica tornaram-se referências incontornáveis da blogosfera. São a prova viva de que este meio pode ser um poderoso divulgador de erudição e de obras de referência. Dois blogues que nos provam que a discussão de cultura literária e musical não tem de resvalar fatalmente para a "conversa entre amigos", para o pretensiosismo da linguagem artificialmente sofisticada, para comportamentos de seita.
Acresce que tanto o Masson como o Henrique têm o espírito crítico atento e aguçado. A sua presença na blogosfera contribui certamente para que incautos blogonautas reflictam duas vezes antes de escrever.
Muitas mais razões haveria para sustentar que, cada um à sua maneira, contribuem decisivamente para a elevação do nível de debate na blogosfera lusa. Por esse serviço precioso merecem as nossas felicitações e o nosso sentido obrigado.
A ÚLTIMA GARFADA: Chego a casa, e a SIC-Notícias e a TSF informam-me que na Avenida dos Aliados, na mui nobre e invicta cidade do Porto, regista-se neste preciso instante um engarrafamento monumental, acompanhado de sonoridades peculiares. O Porto está em festa, só me ocorre a canção de Chico Buarque, Queria estar na tua festa pá...
ACTUALIZAÇÃO: Afinal parece que a festa foi da Ilha do Sal a Aveiro, de Coimbra a Timor, do Montijo a Luanda. Um povo destes em festa, é maior que o maior dos Impérios.
posted by FNV on 11:47 da tarde
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CAVAQUINHO: É um instrumento bem portuguesinho. E a música diz-nos que nas alturas menos apropriadas, sempre aparece alguém pequenininho a pôr-se em bicos de pés, procurando notoriedade sem olhar a meios. O dirigente federativo (fpf) Cavaco escolheu a véspera do Euro para mandar umas "bicadas" a Scolari. Para quê? E ninguém mete esse cavaquinho no saco?
posted by Neptuno on 11:09 da tarde
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BAIRROS ANTIGOS DE LISBOA: São aqueles charmosos bairros residenciais situados nas sete colinas originais, com prédios antigos (uns recuperados outros não), por quem a autarquia apregoa um imenso carinho e para quem apregoa políticas de revitalização. Eu vivo num desses bairros, onde o grande problema é a falta de estacionamento, já que os prédios antigos não têm garagem.
Como se já não bastasse a colocação de parquímetros e a inexplicável entrega do bairro à voragem da Emel, foram recentemente colocados pequenos postes nas ruas que eliminam metade dos estacionamentos disponíveis. Atendendo a que o estacionamento público mais próximo dista mais de 500m, suponho que quem queira viver no meu bairro terá que prescindir do automóvel.
É uma solução inovadora e vanguardista, que deveria ser transportada para os problemas nacionais. Por exemplo, porque não resolver os problemas na saúde comunicando à população que não pode ficar doente?
posted by Neptuno on 10:47 da tarde
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O PROMETIDO É DEVIDO: Caro FNV, leva lá então a Taça, festeja-a bem (como se fosse um campeonato) e até daqui a 8 anos.
posted by VLX on 8:15 da tarde
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TODOS JUNTOS: Neste fim-de-semana ensolarado continua a discussão sobre a má-fé, a esquerda e a direita, o Iraque e os EUA. É curioso verificar ( é sempre assim, quando o alvo é sempre o mesmo, não é?) como os blogues da direita trauliteira e radical são muito mais azedos com os americanos em toda a trapalhada iraquiana do que os blogues moderadamente de esquerda. A linguagem, os argumentos, o estilo, dos neo fascistas, nacionalistas e outros quejandos, estão muito mais próximos dos blogues da convencionalmente designada extrema esquerda. Porque será?
posted by FNV on 3:50 da tarde
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LEVA LÁ...: O meu querido amigo FNV mal pode esperar pelas 5 horas da tarde. Eu compreendo-o: a sede deve ser imensa, não a consigo imaginar. Mas não vale a pena tanto entusiasmo: o máximo a que poderá aspirar, mesmo com apelos divinos e promessas variadas, é a ouvir "leva lá a taça...". Bem vistas as coisas, não é muito mais do que ouviu há uns anos atrás: "fica lá com as bicicletas..."
posted by VLX on 3:41 da tarde
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AUGÚRIO: Ulisses para a alma de Elpenor, ainda insepulto no Palácio de Circe: Ó infeliz, eu cumprirei tudo isso; eu farei o que me pedes.".
Assim seja, jovem capitão, hoje, pelas cinco en punto de la tarde.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.