ENCORE: Ainda por terras gaulesas, uma luso-prestação, também relacionada com balneários. Uma campanha publicitária da Renova está a chocar as boas almas francesas. Trata-se da utilização de dois modelos nus em poses algo eróticas e com uma sanita e rolos de papel higiénico em plano de fundo, reza o Expresso. Segundo o presidente da empresa, Paulo Pereira da Silva, trata-se de abordar um dos últimos tabus: falar da limpeza com papel higiénico. Vi as imagens, e numa delas os modelos estão abraçados, deitados no chão à frente da sanita. Achei bonito, embora últimamente eu tenha por companhia no WC os Cadernos de A Bola e A Cambada, da Vera Lagoa.
Mas e quanto a outro produto da Renova, os rolos de cozinha, não se arranja nada? Talvez uma avózinha nua enrolada nos ditos rolos de papel absorvente, com uma travessa de batatas fritas ao lado. Ou dois petizes descascadinhos dentro do forno, a brincar às casinhas com o excelente papel Renova.
Não se acanhem, rapazes, é preciso, noblesse oblige, destruir o mito, que conta que o rolo de cozinha substitui em muitos lares, o autêntico papel higiénico.
posted by FNV on 12:10 da tarde
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LA VIE EN ROSE: O povo indignou-se esta semana com um balneário escavacado por um punhado de futebolistas jovens. Gosto deste povo indignado. Porta-se como aqueles pais que em casa deixam os filhos comer com as mãos, berrarem com os vizinhos e vandalizarem semanalmente a cabine telefónica do bairro; Mas que depois castigam indignados, os petizes, quando os javardinhos se assoam à toalha de mesa, no almoço natalício em casa dos padrinhos.
posted by FNV on 11:31 da manhã
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A TEORIA E O CÃO O Sr. Neves, da ATTAC ( qualquer coisa anti-tarifas, anti-globalização), disse no colóquio sobre o estalinismo, que decorreu esta semana em Lisboa: "Sentimos menos incomodidade em estar numa sala com um ex-estalinista do que com um ex-nazi."
Esta frase apoia-se para já, numa acomodação ao real, pois é muito mais provável estarmos sentados numa sala com ex-estalinistas do que com ex-nazis. Mas o Sr. Neves exprime uma hierarquia da incomodidade: uns incomodam-no mais do que outros. Como terá chegado o senhor a essa conclusão, é lá com ele. Pela minha parte, sinto menos incomodidade em estar sentado numa sala com eles, do que com o Sr. Neves. Repescando o conto de O. Henry, seria como estar à mesa com um espectro.
DIRTY LETTERS: Uma curiosa e rara colecção das cartas íntimas e eróticas de James Joyce para a sua mulher. (ver aqui)
Com um agradecimento especial ao nosso leitor e amigo A. Correia que procedeu ao trabalho de as publicar na Internet e que foi o autor do novo lay out dos nossos links.
posted by NMP on 7:18 da tarde
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LONDON CALLING: (com uma vénia aos Manos Metralha). Para acentuar o carácter pluralista do Mar Salgado e num momento de fraqueza nostálgica, depois da carta de ontem, aí vai uma canção de protesto com 25 anos. Como todas as obras de arte de génios tem uma dimensão intemporal. Para quem foi teenager nos anos 80, estas palavras e o som duro e cru que as suporta serão, para sempre, parte insubstituível do nosso DNA estético.
London Calling to the faraway towns
now that the war is declared – and the battle come down
London calling to the underworld
come out of the cupboard, all you boys and girls
London calling, now don’t look to us
all that phoney beatlemania has bitten the dust
London calling, see we aint got no swing
except for the ring of that truncheon thing
The ice age is coming, the Sun is zooming in
engines stop running and the wheat is growing thin
a nuclear error, but I have no fear
London is drowning - and I live by the river
London calling to the imitation zone
Forget it brother an’ go it alone
London calling upon the zombies of death
quit holding out – and take another breath
London calling – and I don’t wanna shout
but when we were talking – I saw you nodding out
London calling, see we aint got no highs
except for that one with the yellowy eyes
The ice age is coming, the Sun is zooming in
engines stop running and the wheat is growing thin
a nuclear error, but I have no fear
London is drowning - and I live by the river
London calling, yeah, I was there too
an’ you know what they said? Well some of it was true!
London calling at the top of the dial
After all this, won’t you give me a smile?
The Clash (London Calling 1979, 1999; The Essential Clash 2003)
posted by NMP on 3:35 da tarde
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RUÍDO NA COMUNICAÇÃO: Não é o JMF que não percebe, sou eu que não me sei explicar.
Pelos vistos, não fui capaz de explicar que não me estava a meter na conversa de ninguém - estava a tentar (ao que vejo, sem êxito) criar uma conversa nova, sobre um assunto diferente.
Não fui capaz de explicar qual o sentido em que empreguei, entre aspas, a palavra "solidário".
Não fui capaz de explicar que o meu "essencial" era a liberdade de escolha de informação - e não a qualidade do DN. Mas, no fim das contas, concordo consigo: (já) não tem muita importância.
posted by PC on 1:34 da manhã
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RUMBLE FISH LUSITANO-FUTURISTA (II): Os primeiros GC começam a aproximar-se do local de batalha, perante os seus flabergasted passageiros, que exclamam: "Oh dear, but this is not the Ritz!". "O Ritz fica já ali a seguir aos pinheiros, thankiú gudbaie" responde o GM num impecável coreano de doca - a língua coreana fora doptada em 2007, após um bem sucedido golpe de estado liderado por Odetona, a "diva do neurónio de ferro".
Mas um sagaz BDLNG está à espreita e, enquanto o GC conta as notas do saque, não imagina que é alvo de um "corta-cabeças". Um disparo. Um grito. Um corpo em forma de bife jaz frito num campo de batatas. Um erro. Um horror.
"Uma bica!" - vocifera Zé Breyner, detective-contabilista e comensal filho de um antigo actor de telenovelas e de uma chispalhada. Enquanto sorvia o café, pensava com solenidade no extermínio de umas duzentas pessoas de quem não gostava...
(continua)
DARK SIDE: Eu gosto de discutir com o Terras do Nunca, tirando nos dias em que ele acha que eu chamei idiota a alguém, coisa que não faço (é uma questão de estilo e linguagem), mesmo que reconheça que por vezes o entusiasmo e espontaneidade nos levam a escrever posts menos felizes.
Gosto de discutir com ele porque é combativo, tem sentido de humor e sentido de oportunidade. É uma caixinha de surpresas. E hoje revelou ser de uma ingenuidade do outro mundo. Repare o estimado leitor como o nosso amigo se refere aos atentados de Istambul. Depois de um belo texto sobre a cidade, que assinamos por baixo, a coisa descamba (tss, tss, estava tão perto do fim...): «Os atentados desta semana são contra essa possibilidade [de um outro mundo].(...). Querem atingir Bush, Blair e companhia (n.r.: provavelmente nós, assim mais pró-americanos, devemos estar incluídos na companhia), mas o que realmente põem em causa é o outro lado».
Pois, meu caro amigo, aqui vai um recado da companhia: quem põe estas bombas vê o meu amigo e a corrente pacifisto-capitulacionista de que o meu amigo é um blogo-arauto, como pertencendo a este lado. Porque o que eles odeiam é esta possibilidade que temos de discordar, de sermos irónicos e excessivos ácerca das opiniões uns dos outros, sem temer pela nossa cabeça. Possibilidade que, por muito que o meu amigo não goste, é defendida hoje em dia por Bush, Blair e companhia legitima e democraticamente eleitos.
A visão idílica de uma Istambul emblema da convivência entre as religiões e as civilizações, que eu partilho (ainda há pouco aqui coloquei um post sobre a necessidade de não se colocarem entraves de ordem religioso-civilizacional à entrada da Turquia para a UE), é justamente um dos alvos do ódios dos fundamentalistas, dos terroristas e dos bombistas. Eles combatem desesperadamente essa possibilidade, não o senhor Bush, Blair ou Barroso (se se chamassem Gore, Kennedy ou Rodrigues acha que as bombas paravam ? que não tinha havido 11 de Setembro ?).
O facto de os ataques terroristas continuarem devia fazer as pessoas pensar no que está em causa: é a defesa da Liberdade, da Civilização e da Razão contra o fanatismo de raíz religiosa e o nepotismo ditatorial tribal.
Pode não acreditar, mas eu sou um moderado. Acho legítimo que se critique Bush pela condução táctica e estratégica da guerra contra o terrorismo e dou graças por viver num país em que esta discussão é possível. O que acho ingénuo é achar que neste tipo de clima há lugar a uma Terceira Via, a mais um lado da questão. Não há - há o nosso lado, meu e seu e companhia, que ama e tem direito à Liberdade e ao Progresso e há o outro lado, do fanatismo e das trevas.
posted by NMP on 10:49 da tarde
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BOA RECEPÇÃO: Já outros blogues publicaram esta missiva, mas o conteúdo desta carta de boas vindas a Bush é de tal forma brilhante, que não resistimos:
Dear Mr President,
Today you arrive in my country for the first state visit by an American president for many decades, and I bid you welcome.
You will find yourself assailed on every hand by some pretty pretentious characters collectively known as the British left. They traditionally believe they have a monopoly on morality and that your recent actions preclude you from the club. You opposed and destroyed the world's most blood-encrusted dictator. This is quite unforgivable.
I beg you to take no notice. The British left intermittently erupts like a pustule upon the buttock of a rather good country. Seventy years ago it opposed mobilisation against Adolf Hitler and worshipped the other genocide, Josef Stalin.
It has marched for Mao, Ho Chi Minh, Khrushchev, Brezhnev and Andropov. It has slobbered over Ceausescu and Mugabe. It has demonstrated against everything and everyone American for a century. Broadly speaking, it hates your country first, mine second.
Eleven years ago something dreadful happened. Maggie was ousted, Ronald retired, the Berlin wall fell and Gorby abolished communism. All the left's idols fell and its demons retired. For a decade there was nothing really to hate. But thank the Lord for his limitless mercy. Now they can applaud Saddam, Bin Laden, Kim Jong-Il... and hate a God-fearing Texan. So hallelujah and have a good time.
Frederick Forsyth
posted by NMP on 10:43 da tarde
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FALAR CLARO: Ó JMF, cada um deixa para trás os essenciais que quer... Eu até posso concordar consigo relativamente à falta de credibilidade dos relatórios da CIA, mas o meu post não era uma "resposta" a esse "essencial". Talvez ajude, de futuro, reparar que os posts são assinados, e assinados por pessoas diferentes, que não costumam, em regra, "responder" aos comentários dirigidos a outros; e eu reparo que o JMF argumenta como se isto fosse um blogue, digamos, "solidário", onde todos partilham das opiniões de todos - o que não é o caso.
Ora, o meu "essencial", se vir bem, era a liberdade de escolha da informação e só por isso, e porque a referência ao DN era sua, falei da crescente irrelevância do periódico - não para o "incomodar" lateralmente. Também posso dizer que esse "essencial" ficou para trás na sua - aqui sim - resposta.
Admito que o meu "essencial" seja menos "essencial" do que o seu "essencial" - mas era, de todo o modo, o meu.
posted by PC on 5:22 da tarde
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PORTUGAL NO MUNDO: Aqui há alguns dias atrás tive a honra de ser convidado para a comemoração dos 150 anos das Indústrias Ramirez, ultimamente muito noticiada na comunicação social como exemplo de empresa portuguesa de sucesso e de qualidade.
Discursava, com a eloquência e o conhecimento que já nos habituou, o Senhor Professor José Hermano Saraiva que, de entre muitas outras coisas novas, nos relatou uma que me fez ficar envergonhado dos portugueses. Dizia o conhecido Historiador e Jurista, louvando a festejada, que esta sempre tinha respeitado os padrões de qualidade e seriedade necessários a quem desta arte faz vida, e dava exemplo do contrário recordando industriais portugueses de conservas que, durante a 1ª Guerra Mundial, forneciam aos soldados da sua própria nacionalidade e aos nossos aliados latas de conservas que continham, ao invés de atum e sardinhas, talos de couve!... Achei repugnante! Parece que, mais tarde, o Governo Português teve diversos e naturais problemas com o assunto e, como é evidente, os industriais de conservas portugueses, mesmo os mais sérios, tiveram enormes dificuldades para se imporem ou mesmo para se aguentarem no mercado mundial e se manterem no comércio destes produtos, com manifestas consequências negativas para todo o país, nos mais diversos ramos. Faltava-nos credibilidade.
Anteontem, tive oportunidade de ouvir uma notícia segundo a qual alguns taxistas portugueses aldrabavam os turistas aquando da sua chegada ao Aeroporto de Lisboa (no Porto ou em Faro não será muito diferente, infelizmente...). Parece que é esta a imagem que damos do nosso país a quem cá chega.
Hoje, acordei ao som da notícia de que a Selecção Sub-21 teria estragado e mesmo vandalizado as instalações do Estádio onde a mesma tinha feito uma exibição excelente e de resultados fantásticos. Dir-se-á que eram franceses, que o mereciam; que os nossos eram jovens, que teriam conquistado o direito aos festejos; que os franceses teriam perdido, e daí o distraírem as atenções mundiais com coisas menores; que os estragos eram materiais, ao contrário do coice do jogador francês ao nosso. Não me importa, nada me importa: hoje como ontem, tenho dias em que não me orgulho nada da imagem que damos de nós ao resto do mundo. E, hoje como ontem, a imagem negativa que damos ao mundo de nós afecta negativamente os nossos melhores. Afectando-os, afecta-nos a todos. Negativamente. Muito negativamente.
posted by VLX on 1:41 da manhã
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EURO 2004: Ouvi há pouco (não sei se é verdade) que, face ao sucesso de hoje, o próximo jogo da Selecção será contra "Os Passarinhos da Ribeira". Espera-se novo aplauso entusiástico. Treinando assim, o Euro 2004 está no papo.
post scriptum: não obstante, não se pode negar a excelente qualidade de alguns golos de Pauleta e de Nuno Gomes.
posted by VLX on 1:05 da manhã
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RUMBLE FISH LUSITANO-FUTURISTA: Lisboa, ano 2024.
A cidade está a ferro (o metal, mesmo) e fogo. Os dois maiores rivais entre os bandos marginais preparam-se para o duelo final. As instituições foram destruídas e os governantes já só existem no papel. Os perplexos cidadãos descobrem que, tal como em 2003, estão entregues a si próprios! Vale a lei do mais velhaco e só o mais velhaco sobreviverá.
De um lado, está o Bando dos Dedos-Leves-No-Gatilho, conhecido por disparar primeiro e perguntar depois, se o alvo ainda mexer.
Do outro lado, estão os Gama Camones, conhecidos por roubar, rosnar, praguejar e... cheirar mal. Sempre a rodar, corporizaram em bando algo que há muito se sabia: o português ao volante não tem amigos.
As preferências dos cidadãos inclinam-se para o BDLNG, que apresenta a assinalável vantagem de poder exterminar à bala os GC. O problema é que gostam de atirar em todos e, em caso de vitória, ninguém ficará em segurança.
A batalha vai então ter lugar no pinhal de Belém, onde outrora se situava o palácio do presidente, mas onde actualmente apenas há pinheiros e um velho xéxé, que grita "serenidade" quando alguém se aproxima.
(continua)
posted by Neptuno on 12:36 da manhã
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EURO 2004: Mais um estádio inaugurado, desta vez em Leiria. A avaliar pelo que vi na televisão, parece-me que ainda há ali material para uns meses de obras. Já agora, inaugurem também a Ponte Europa, em Coimbra, e o túnel do Marquês, em Lisboa, e marquem a inauguração do aeroporto da Ota para Dezembro (já lá está o terreno). Como dizia um velho fado de Coimbra, é preciso acreditar...
posted by Neptuno on 12:29 da manhã
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O POTENCIAL INTERACTIVO DA BOLA: Dou conta de que o Statler escreveu na 2ª feira um texto bastante parecido, na forma e no conteúdo, com o que eu tinha escrito aqui sobre o match Rio / Costa (também era um "achismo"; aproveito para aditar o meu acordo ao comentário de Statler sobre os deploráveis shows terceiro-mundistas que têm envolvido as inaugurações dos estádios: são, na definição de Pasolini, pornográficos). Até aí tudo normal, só mostra que é uma pessoa sensata. Anormal é o número de comentários que o post gerou: duas a três vezes o número de comentários suscitados pelos textos que se lhe seguem no ranking dos mais comentados. Razão tem o nosso Comandante quando nos proíbe o futebol.
S.O.S.: Malta, quando puderem, ponham um post, mesmo pequenino, só a dizer que estão vivos, que não emigraram, que não mudaram todos juntos para um outro blogue sem me dizer nada, que só estão escondidos no porão para me pregarem um susto, que só estão deitados num qualquer côncavo do convés a fumar e a congeminar patifarias. Se for preciso, eu prometo não voltar a manifestar publicamente as minhas concordâncias pontuais convosco. Mas digam qualquer coisa. Até porque já dei pela falta dos dois botes salva-vidas.
posted by PC on 11:47 da tarde
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G. BRASSENS: Não sou muito dado, por opção pessoal, a fazer posts com poesia, mas este verão de S. Martinho lembrou-me Saturne, do vieux Georges:
Il est morne, il est taciturne,
Il préside aux choses du temps
Il porte un joli nom, "Saturne",
Mais c'est un dieu fort inquiétant.
En allant son chemin, morose,
Pour se désennuyer un peu,
Il joue à bousculer les roses,
Le temps tue le temps comme il peut.
C'est pas vilain, les fleurs d'automne,
Et tous les poètes l'ont dit.
Je te regarde et je te donne
Mon billet qu'ils n'ont pas menti.
Viens encore, viens ma favorite,
Descendons ensemble au jardin,
Viens effeuiller la marguerite
De l'été de la Saint-Martin.
Je sais par coeur toutes tes grâces
Et, pour me les faire oublier,
Il faudra que Saturne en fasse
Des tours d'horloge de sablier!
Et la petit' pisseus' d'en face
Peut bien aller se rhabiller.
posted by PC on 3:46 da tarde
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A LIBERDADE ESSENCIAL: Hoje tive o reconforto de perceber por que razão, sendo nós tão diferentes, conseguimos partilhar o mesmo caixilho no Mar Salgado. Vi a contorção extrema (e certamente dolorosa...) do nosso Comandante (homem, ao que julgo saber, agnóstico), ao admitir que a referência à herança cristã no texto da Constituição da União Europeia só será legítima se não tiver o propósito de excluir a adesão de países não cristãos, assim resolvendo a quadratura do círculo a favor da inclusão e da tolerância. Vi a denúncia corajosa do pseudo-anti-anti-semitismo fascista por Neptuno. Vi o nosso FNV reconhecer, num arrebatamento da sinceridade que caracteriza o ser moral, que há um ideário de esquerda "digno desse nome", para lá dos fariseus, de que falou Mounier, que se arrogam a representação dos seus valores.
Pressuposto desta liberdade de pensamento e de expressão em que todos cremos é, também, a liberdade do consumidor de informação. E, por isso, causou-me verdadeira azia a crítica do Terras do Nunca a um texto do NMP onde se faz um link para uma publicação americana. Escreve JMF: "O link de uma notícia em inglês está no Mar Salgado, mas bastava ter lido o DN de segunda-feira". A mensagem sub-liminar é: "não havia necessidade de citar os Américas, o DN também deu conta do caso".
Ora, por um lado, preferir a imprensa estrangeira à nacional é, apenas, uma questão de gosto individual, tão insusceptível de reparo como o facto de o Terras do Nunca ter reproduzido profusamente canções de Jacques Brel - e não, por exemplo, de Ary dos Santos -, ou continuar a publicar textos de canções inglesas tão bons (ou tão maus) como outros homólogos nacionais.
Por outro lado, não é verdade que "tivesse bastado" ler o DN; bem diversamente, "era preciso" ter lido o DN. E nesta subtil diferença de formulação habita a crescente irrelevância do DN no panorama jornalístico português. Que, lamentavelmente, fez com que o DN deixasse de ser, de há um ano para cá, o meu jornal diário.
posted by PC on 3:45 da manhã
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CLARO COMO ÁGUA: Num programa da SIC-Notícias:
Jornalista: A Coreia do Norte não é uma ditadura?
Odete Santos: Não; É um culto da personalidade.
J: Cuba o que é?
OS: É uma democracia do ponto de vista social e cultural. Não há mendigos e existem bons médicos.
J: Têm a pena de morte!
OS: Mas não usam muito.
(sic)
Não me rala que esta pessoa possa dizer estas coisas, mas que um político, por ex, deputado, que dissesse que o Chile de Pinochet era económicamente um oásis sul-americano, ou que a Itália de Mussolini era assaz organizada, fosse crucificado. Não me incomoda que gente abjecta como esta, classifique moralmente a admnistração americana, ou o que quer que seja. Não me indigna o descaramento com que este discurso mimetiza o que se fazia outrora da ex-URSS ( os bons médicos, a ausência de mendigos,etc), o que só demonstra que não houve arrependimento, apenas a dura prova do esboroamento.
O que lamento é que esta gente se diga de esquerda; Que conspurque a esquerda democrática, a esquerda para qual a pena de morte não é pimenta-do-reino, que se pode usar a mais ou a menos. A esquerda que não usa os homens como meios nem os despreza desta maneira.
Há mais como Odete Santos. Muitos mais.
RAMADAN: Pelo que li na edição de hoje do Público, o intelectual muçulmano Tariq Ramadan terá escrito umas considerações negativas sobre alguns intelectuais franceses, "...ao verem em qualquer crítica feita a Israel uma nova forma de judeofobia." Acrescentou que esses mesmos intelectuais se posicionam como "...defensores de Israel." As reacções dos ditos intelectuais, como Bernard-Henry Lévy, foi de apelar aos altermundialistas ao boicote a Ramadan. Foi ainda denunciado como um anti-semita e vai-lhe ser intentado um processo por incitação ao ódio racial.
Confesso que não conheço outros "pensamentos" de Ramadan mas, tomando como referência apenas o que vem no jornal e abstraindo da questão de fundo, parece-me que:
- o boicote ao filósofo Ramadan com base em afirmações como as que o jornal transcreve é coisa digna de um ayatolah empedernido;
- parece que Ramadan tem razão, i.e. qualquer crítica a Israel é logo anti-semitismo e, mais grave
- este género de reacções acabam por ser tão extremadas como aquelas que, alegadamente pelo mesmo motivo, se pretende atacar. Repito que não conheço minimamente o senhor Ramadan mas, assumindo que é um filósofo que vive na legalidade, não terá ele (e aqueles que pensam como ele) direito a respostas racionais às suas interpelações? Não poderá ele ser contrariado no plano das ideias, dos argumentos racionais? Estranho.
Penso que o "argumento" do anti-semitismo para toda e qualquer situação de crítica a Israel é o "argumento" que melhor serve os fundamentalistas muçulmanos.
posted by Neptuno on 7:51 da tarde
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CADEADOS: Apraz-me registar o inflamado protesto de Vital Moreira hoje no Público contra o "lock-out" promovido pelos estudantes, que apodou de "...imoral assalto reiterado aos direitos e liberdades da comunidade universitária." Totalmente de acordo. Se trocarmos a universidade por uma fábrica e os estudantes por trabalhadores, será que mantém (hoje) o mesmo discurso?
posted by Neptuno on 7:45 da tarde
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OLHE QUE NÃO: O sempre atento Terras do Nunca (link na coluna da direita), com a delicadeza que lhe é habitual, discorda que a segurança na estrada seja uma bandeira da direita. Obviamente, ninguém aqui no Mar Salgado entende o inverso. O que eu disse foi que 30.000 mortos em 10 anos, números divulgados no passado Domingo pela ACA-M, não suscitaram à esquerda piedosa a mesma indignação que outras nobres causas. E acrescento que a sinistralidade rodoviária causa um incómodo a uma bandeira de uma esquerda, a jurássico-festiva: o optimismo antropológico. Está melhor assim?
posted by FNV on 6:45 da tarde
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TENDE CUIDADO, POR AMOR DE DEUS !:Esta notícia promete reavivar uma discussão antiga. Já a mantive na blogosfera, nomeadamente com os nossos amigos imperialistas.
Reafirmo a minha opinião: em princípio apoio a inclusão de uma menção à tradição e à herança cristãs no texto da Constitição Europeia, mas quero perceber bem qual é a sua formulação.
É que menções e boas intenções religiosas escondem por vezes agendas políticas: se a intenção e a fórmula adoptadas para colocar esta menção impedirem a adesão futura de países não-cristãos, como a Albânia e a Turquia, estou contra.
posted by NMP on 5:05 da tarde
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FEZ-SE LUZ: Ontem linkámos uma notícia do Weekly Standard, orgão oficioso dos neo-conservadores, sobre um relatório da CIA. O homem que queria que o "Afeganistão continuasse a ser o Afeganistão" retorquiu, afirmando que rejubilámos e que não havia necessidade de linkar uma publicação estrangeira, uma vez que o DN havia publicado uma notícia sobre o mesmo assunto um dia antes.
Esclarecendo: não rejubilámos, limitámo-nos a chamar a atenção para um aspecto de que ninguém fala e que nos parece óbvio - a convergência objectiva de interesses na destruição da influência ocidental entre Saddam e Bin Laden empurrou os dois para uma aliança que se estava a consolidar.
De qualquer forma, agradecemos este post, que fez luz sobre aquela enigmática frase que defendia a manutenção das ancestrais tradições, hábitos e costumes do Afeganistão: será possível que um destes dias os afegãos possam e queiram ler jornais estrangeiros ? Lá se vai mais um paraíso da diversidade cultural. Que escândalo, que petulância !
posted by NMP on 4:22 da tarde
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EXEMPLO DE UMA NÃO NOTÍCIA: Pode ler-se, no Público, com chamada de atenção na primeira página: "Mota Amaral presente na inauguração do Estádio de Leiria". Depois, no interior, em Desporto, pode ler-se o que tem sido silenciado desde há semanas: Mota Amaral estará presente, pela primeira vez, na inauguração de um Estádio do Euro 2004. À falta de notícias sobre pessoas que mordam os cães, não me espanta que a ida do Presidente da AR ao Estádio de Leiria seja notícia, mesmo até na primeira página e ao lado do Rato Mickey, que festeja 75 anos. Menos me surpreende que só esta semana se leia, preto no branco, que João Bosco ainda não foi a nenhum dos Estádios do Euro 2004 (e nós a pensar que era só ao Estádio do Dragão que ele não tinha ido...).
O que me surpreende é que uma pessoa que eu tanto considerava continue a alimentar notícias de folhetim de 5ª categoria. E os jornalistas publicam-nas. Na primeira página.
Espera-se, a qualquer momento, que o Presidente da República venha novamente dizer aos portugueses (e ao Presidente da Assembleia da República) para se preocuparem mas é com os problemas sérios do país...
posted by VLX on 11:42 da manhã
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AUTISMO: Penso que o Prof. Martelo tem toda a razão na crítica que fez ao governo neste Domingo, relativamente ao seu autismo e à sua indiferença perante a população. Se o PS navega ao serviço do "populismo Guterres", o governo cai no extremo oposto: ignora a população. Assume uma atitude do género "deixem-nos trabalhar" e deduz que as pessoas não desejam que lhes expliquem o que se anda a fazer. Esta atitude que, perigosamente, pode descambar numa condenável arrogância já fez estragos em governos PSD anteriores. E o problema é que, embora a actual oposição (?) os faça "brilhar", ainda não vimos obra deste governo digna de elogio.
posted by Neptuno on 1:07 da manhã
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ESSA GENTE, MEU CARO PEDRO, é assim porque pratica o pior dos defeitos intelectuais: a irresponsabilidade tendenciosa e sectária. Tornaram-se, como bem lhes chama o nosso FNV, nos Coco Chanel da indignação.
posted by NMP on 12:38 da manhã
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POPULISMO: Há dias fizemos referência a uma entrevista a Alain Minc, publicada no suplemento Actual da mais recente edição do Expresso. Entre outras reflexões, Minc perguntava se o populismo tinha entrado em cena em Portugal. E afirmava que "Quando cada um se demite e as instituições desaparecem, os governantes estão perante algo de indefinível que é justamente a "opinião pública". (...) Daí o medo, porque se trata de um jogo sem regras. Como se os governantes andassem num quarto escuro... A partir desse momento perdem o pé, deixam de agir. Com isso provocam reacções antipolíticas e acentuam o populismo." Penso que este discurso assenta que nem uma luva ao (des)governo Guterres, de má memória. Foi o "reinado" da (ou, melhor, para a) opinião pública, do populismo fácil e nem sequer faltou a demissão de facto do governante antes do fim do mandato, confirmando a demissão das suas reponsabilidades anteriormente ocorrida.
O problema é que o "populismo Guterres" criou escola no PS (e mesmo fora do PS como acontece com Ana Gomes que, curiosamente, foi entretanto recrutada). Perante o atentado contra as tropas italianas no Iraque, Ferro logo se apressou a sugerir um adiamento da partida da GNR! Não há firmeza nas decisões ou políticas. Se sentem que a "opinião pública" buzina à esquerda, chegam-se para a direita e vice-versa. Ana Gomes também já assimilou este estilo demagogo, quando aproveitou a boleia dada pela GNR aos jornalistas que se dirigiam para o Iraque para responsabilizar o governo pela (in)segurança desses mesmos jornalistas!
Deve ser isto o tal "populismo" que, obviamente, não apresenta quaisquer vantagens para o país mas apenas benefícios pessoais para quem o "cavalga".
LINK: Um recente relatório da CIA reforça a ideia da cooperação estreita entre Saddam e Bin Laden desde os inícios dos anos 90 que se manteve após o 11 de Setembro (ver aqui).
Novidade para alguns, confirmação do óbvio para nós.
posted by NMP on 11:13 da tarde
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AGRADECIMENTO sentido, de toda a tripulação, ao amigo Gabardina, que dedica ao Mar Salgado um belo poema de Francesco de Gregori no post Questa nave fa duemila nodi. O título do post não podia ser mais feliz, embora os nossos nós sejam outros que não os marítimos.
A figura do Capitano, porém, dá apenas uma pálida ideia do poder moderador que o nosso Comandante efectivamente exerce a bordo.
Enfim, obrigado ao Gabardina por mostrar que, felizmente, isto não é uma máxima, mas só um cepticismo circunstancial.
posted by PC on 8:09 da tarde
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ESQUECIMENTOS: Ontem assinalaram-se 10 anos de estrada em Portugal com 30.000 mortos. As almas de esquerda, sobretudo as que nadam em água benta, esqueceram-se das velinhas em casa, os acólitos que não dormem por causa de Guantanamo, ficaram ao quente a comer castanhas e a enrolar meias. Mas quando morrer o primeiro GNR no Iraque, lá os veremos, como bons escuteiros, a rezar o terço, raladíssimos com os efeitos secundários do imperialismo.
Que se há-de fazer, lêem Marx e a Bíblia na diagonal.
posted by FNV on 9:26 da manhã
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UMA INESPERADA INFLUÊNCIA: Noto que, afinal, o editorial de José António Saraiva sobre os convites de Pinto da Costa para a inauguração do Estádio (ver o meu comentário aqui) fez escola no Mar Salgado, onde Neptuno e o FNV continuam a discutir ad nauseam a relevantíssima questão.
Temo que os meus queridos companheiros de viagem se dediquem proximamente a burilar arrecadas elegantes como as que se compram no editorial desta semana (itálicos meus): "... os deputados na situação de Maria Elisa não devem abandonar o Parlamento. Porquê? Porque, quando o fazem, fica a ideia de que só foram incluídos nas listas eleitorais para caçar votos - e que, uma vez cumprido esse papel, vão às suas vidas". Sim... de facto... fica essa ideia.
UPGRADE: Num contínuo esforço para facilitar a leitura e aumentar o conforto dos nossos estimados leitores, procedemos a uma reclassificação e reordenação de blogues na coluna da direita. Estão agora apresentados por ordem alfabética.
Os nossos agradecimento ao leitor A. Caldeira que nos apresentou esta ideia e elaborou o seu lay out.
posted by NMP on 9:51 da tarde
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A MEMÓRIA FAZ BEM Á SAÚDE: É uma belíssima vitória da propaganda dizer que a dissensão Rui Rio/Pinto da Costa é um problema de personalidades. Quem ainda possui os dois hemisférios cerebrais em bom estado, recorda decerto que ao longo dos últimos 2O anos, Pinto da Costa já teve inúmeros problemas pessoais com as mais variadas personagens, não se coibindo de se lhes referir nos termos mais abjectos possíveis (e nalguns casos, de desdizer mais tarde, sem qualquer problema, como se tudo não passasse de uma discussão de peixeiras).
Também fará bem à saúde recordar que Pimenta Machado, Valentim Loureiro, Pinto da Costa e Adriano Pinto estão no dirigismo desportivo desde o início da década (decénio, mais propriamente) de oitenta. Alguém se lembra como era Portugal nessa altura?
posted by FNV on 8:52 da tarde
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DELICIOSAS: ...pérolas do insuspeito Alain Minc, na entrevista de Maria João Avillez publicada no suplemento Actual do Expresso. Por exemplo: "Que se passa em Portugal? Não me diga que é o populismo a fazer a sua entrada em cena? Ou: "Quando cada um se demite e as instituições desaparecem, os governantes estão perante algo de indefinível que é justamente a "opinião pública". (...) Daí o medo, porque se trata de um jogo sem regras. Como se os govenantes andassem num quarto escuro... A partir desse momento perdem o pé, deixam de agir. Com isso provocam reacções antipolíticas e acentuam o populismo."
posted by Neptuno on 8:51 da tarde
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SERÃO BELAS, SERÃO LOURAS? As que habitam o excelente blogue da Tati e da Lulu, Sem Pénis Nem Inveja. Ao contrário do que possa parecer, não é nada freudiano, nem lacaniano, nem kleiniano, nem nada. Mas escrevem bem, são inteligentes e têm graça. Linkar já, comandante!
posted by FNV on 12:19 da tarde
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AS COISAS SÃO OU NÃO SÃO? Montesquieu traduzido por Ruy Belo, em edição da Assírio:
"Roma andava assim sempre envolvida numa guerra contínua e violenta. E uma nação sempre em guerra, e em guerra por princípio de governo, havia necessariamente de perecer ou então de se avantajar a todas as outras, que agora em guerra logo em paz, nunca se encontravam tão prontas para atacar, nem tão preparadas para se defender. (...) Uma outra consequência do princípio da guerra contínua foi que os romanos nunca fizeram a paz a não ser como vencedores; efectivamente, para quê celebrar uma paz desonrosa com determinado povo, para ir atacar um outro?"
Assim, Mr. Bush, ocupação plena e efectiva do Iraque, e a seguir, para a Síria. Sem demora nem mercê.
posted by FNV on 11:49 da manhã
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GATO QUENTE: Um Domingo de sol evoca sempre a morte. Estupidez, dirá o gato ensonado deitado na placa de lusalite, desdenhando as telhas, que aquecem mais devagar. Enquanto a mãe esteve a morrer, a rapariga não conseguia dormir, queria qualquer coisa para ajudar. Disse-lhe que aguentasse, haveria depois muito tempo para o sono. Assim foi, a mãe deixou-a, e Morfeu ficou a guardá-la. Ela espanta-se, não percebe, os manuais não a ajudam. Claro. Como podem os manuais saber que a dor cansa, e que é o sol que traz a morte?
posted by FNV on 10:22 da manhã
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EXTRA!: Ontem vi a publicidade a uma nova revista, de seu nome Fama, que enriquecerá o panorama editorial português. O primeiro número promete: "toda a história da estrela do jet-set que está fugida e grávida em Paris" e "quem é o homem do cinema português que anda metido com uma cantora".
Fontes bem informadas garantem que o segundo número nos trará as fotos exclusivas das carícias furtivas que um antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, em viagem oficial à China, trocou com uma panda gigante menor (gigante de raça, menor de idade), bem como uma entrevista com o forcado que se submeterá em breve a uma intervenção cirúrgica delicada nos EUA, de maneira a poder realizar o seu sonho de ser mãe.
posted by PC on 1:49 da manhã
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CARTA A PINTO DA COSTA: Passamos a publicar excertos de uma carta recentemente enviada por um deputado anónimo a Pinto da Costa:
"Exmº Sr. Presidente,
Antes de mais, congratulo-me por me dirigir a V.Exa. nessa qualidade, já que sua santidade é que é o meu Presidente - e não o lagarto do camarada Sampaio. (...)
Estou muito grato pelos bilhetinhos que enviou a este seu deputado e demais rapaziada para a inauguração do Estádio do Dragão. Mas, com a confiança que já penso existir entre nós, depois de tantas lutas na mesma bancada - nas Antas e na Assembleia da República - sou obrigado a maçá-lo para lhe pedir um favorzinho, em meu nome e também da malta que vai daqui comigo ao jogo. De facto, para mim e para a rapaziada (se estivessemos à conversa diria "carago") era melhor que a dita inauguração calhasse num Domingo!
Não é que não se inventasse um "trabalhinho político" para evitar as faltas, mas... aquele "marmota" anda a ver se nos estraga o "jogo"! (...)
Ainda bem que o Presidente é mais inteligente que nós todos juntos (mas nós também somos espertos!) e decidirá o que for melhor para todos.
Creia-me, o sabujo ao dispor..."
posted by Neptuno on 1:16 da manhã
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JORNALISMO DA TRETA: O do jornal "A Bola", na sua edição de hoje (Sábado), na forma baixa e reles como tenta crucificar o selecionador nacional através de mal entendidos provocados pelos próprios jornalistas, em dia de jogo de Portugal. É triste verificar a decadência de um jornal desportivo de referência que, lentamente, se transforma num pasquim.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.