ODISSEIA: Esforço-me por evitar dar conta aqui do sítios onde vou, dos locais que frequento. Enfim dos meus hábitos e rotinas privados. Mas abro aqui uma excepção. Apesar de já ter idade para ter juízo, amanhã cumpro um dos meus rituais de Verão: um pulo ao Festival do Sudoeste. A situação junto à praia, no Sul (para onde me desloco assim que o calor aperta) e em terras de boa mesa sempre me fizeram preferir este festival a outros eventos míticos como Vilar de Mouros. As noites quentes, o céu estrelado do Alentejo fazem de cada Sudoeste um happening irrepetível.
E amanhã a deslocação tem tudo menos de rotineiro. Primal Scream, Suede, Toranja e sobretudo Jamiroquai farão da noite uma experiência inesquecível. Estou certo que este return of the space cowboy me fará pular e dançar sykronyzed, bem como travelling without moving. Embarcaremos, por certo, numa bem ritmada e animada funk odissey.
posted by NMP on 3:23 da tarde
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A NATUREZA DAS COISAS: O caso de JPP e o 24 Horas ilustra bem o nível rasteirinho da disputa política em Portugal. JPP não merece isto. Mas como ele bem diz, este tipo de tácticas resultam de contínuas cedências ao populismo. Resta-nos resistir. Na certeza de que quem usa este tipo de truques manhosos e rançosos terá mais dia menos dia, fruto da sua e da natureza das coisas, um triste e inglório fim.
Porque quem vive de notícias plantadas e de factos artificialmente criados e ampliados perdeu todo o respeito pelos outros, mas sobretudo por si próprio. E engana-se se julga que está a salvo do inevitável efeito boomerang desse mundo de lama e podridão: quem hoje lhe publica as setas venenosas, serão os primeiros a pisá-lo. Assim que puderem. Quem não se dá ao respeito, sujeita-se.
Entretanto, o melhor é não dar excessiva importância àquilo que o não merece. Quem actua assim é rasteirinho, baixo e como tal deve ser tratado: com silêncio e desprezo.
posted by NMP on 3:03 da tarde
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NOVOS CAMINHOS: Neste tempo de forte canícula, a blogosfera quase secou. Com honrosas excepções. A Esquina do Rio está em grande. Atento e generoso, Manuel Falcão divulga o que de mais recente se discute no campo dos media e os caminhos da nova Utopia: a democracia electrónica.
posted by NMP on 2:49 da tarde
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SONS DE VERÃO: Infelizmente o som dos sinos de alarme tem-se tornado tragicamente familiar durante este Verão em Portugal.
(...) Hear the loud alarum bells-
Brazen bells!
What tale of terror, now, their turbulency tells!
In the startled ear of night
How they scream out their affright!
Too much horrified to speak,
They can only shriek, shriek,
Out of tune,
In a clamorous appealing to the mercy of the fire,
In a mad expostulation with the deaf and frantic fire,
Leaping higher, higher, higher,
With a desperate desire,
And a resolute endeavor
Now-now to sit or never,
By the side of the pale-faced moon.
Oh, the bells, bells, bells!
What a tale their terror tells
Of Despair!
How they clang, and clash, and roar!
What a horror they outpour
On the bosom of the palpitating air!
Yet the ear, it fully knows,
By the twanging,
And the clanging,
How the danger ebbs and flows ;
Yet, the ear distinctly tells,
In the jangling,
And the wrangling,
How the danger sinks and swells,
By the sinking or the swelling in the anger of the bells-
Of the bells-
Of the bells, bells, bells, bells,
Bells, bells, bells-
In the clamour and the clangour of the bells! (...)
The Bells, Edgar Allen Poe, The Works of the Late Edgar Allan Poe, vol. II, 1850
posted by NMP on 2:39 da tarde
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GOLPE NO MAR SALGADO?: Um de férias com os filhos... O outro sobrevoando o Atlântico... O Comandante a meio gás, dormiendo (a diferença entre dormiendo e dormido, definida por Camilo José Cela, fica para outra altura) vagamente numa praia qualquer... E a malta aqui acordada, porque há sempre alguém que resiste. Excelente dia para um golpe silencioso no Mar Salgado, não?
24 HORAS DE DEMOCRACIA (Conclusão inconclusiva): Não vamos (nem corresponde à nossa opinião) meter toda a imprensa no mesmo saco mas, qual é o dano produzido pela falta de qualquer controlo jurídico (apenas esse e a posteriori) dos media, atendendo ao poder que emanam, à instrumentalização de que são passíveis e à total incapacidade do cidadão David perante esse gigante Golias? A liberdade de imprensa é fundamental para a democracia, mas uma justiça eficaz é igualmente essencial.
Podemos permitir-nos que um jornal de merda elimine um bom político com base em falsidades? Podemos permitir-nos que um bom político não possa nunca lutar com as mesmas armas (mesmo tratando-se de um político) contra uma televisão ou um jornal? Podemos permitir-nos que um qualquer cidadão não possa nunca limpar o seu nome quanto este seja indevidamente enlameado por um qualquer pasquim? E que nunca possa ter hipótese de qualquer ressarcimento pelos danos sofridos? E será que a lei, caso a justiça funcionasse, não constituiria uma baliza ou coordenada válida para a liberdade de imprensa? E não seria essencial?
posted by Neptuno on 3:22 da manhã
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NEPTUNO À ESQUERDA: Nada a temer. Trata-se apenas de uma questão longitudinal, de uma visita à margem esquerda do Oceano Atlântico, na perspectiva de quem se encontra nos Açores, virado para o Pólo Norte. Aproveitarei, certamente, para recolher elementos valiosos junto do Pentágono, que me permitirão encarar com optimismo futuras querelas bloguisticas com o meu mui querido, estimado e preclaro amigo PC. Estarei de volta antes de qualquer nova invasão!
posted by Neptuno on 2:57 da manhã
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24 HORAS DE DEMOCRACIA (III): b) Essa mesma desresponsabilização (a vermelho outra vez!) abriu uma auto-estrada para os media onde, em certos meios, impera, vertical e horizontalmente, uma sub-cultura de sarjeta, norteada pelo share, pelo lucro fácil e pela distribuição de uns rebuçados, doces mas baratos e de composição escatológica, a uma populaça tornada acéfala (juro que não plagiei o Silva Resende, a modesta réplica nacional do Ben Hur). E sabemos que os media, com a mesma eficácia, podem vender sabonetes ou presidentes da república (a prova está à vista...). E, um tal poder, permite esmagar figuras públicas com ou sem razão e, sem outro motivo que não as audiências, na certeza tranquila de que a ausência de uma penalização jurídica - ou outra – permite manter o dedo leve no gatilho. Na certeza também de que a figura atingida nunca recuperará totalmente a imagem de que desfrutava antes de ser alvejado.
Deixando o problema da instrumentalização dos media para outra ocasião (embora, no presente caso JPP/24 Horas, tal possa vir a revelar-se tão errado como deixar o bife para depois das batatas fritas) aguardo com curiosidade a reacção do visado.
posted by Neptuno on 2:44 da manhã
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24 HORAS DE DEMOCRACIA (II): a) Ao arrepio das mais respeitáveis teorias do direito, o crime sem punição compensa. Ver o vizinho do lado a prevaricar diariamente e a viver melhor, assistir a inúmeros casos crime serem consecutivamente arquivados por quem de direito, esperar quinze anos ou mais por uma sentença, assassinos em liberdade a rirem das vítimas, tudo isto levou à progressiva degradação da moral social (whatever the fuck that means no Século XXI), i.e., a que sucessivas gerações substituíssem a ideia do direito pelo egoísmo mais pragmático do "mau não é roubar; mau é roubar e ser apanhado." E, pese embora todo o problema educacional, a raiz poderá estar na desresponsabilização (até o computador sublinha a palavra a vermelho!) motivada por anos a fio de impunidade jurídica e, obviamente, política. A esperteza real suplantou a realidade ética dos nossos pais (cont.)
posted by Neptuno on 2:43 da manhã
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24 HORAS DE DEMOCRACIA: JPP está a braços com uma iminente "caixa" do pasquim 24 Horas que, na sua imbatível lógica lama=lucro vai ganhar mais uns milhões à conta de uma figura pública. Devo referir que não conheço JPP pessoalmente, que discordo de muitas das suas opiniões e que acompanho com prazer algumas das suas crónicas nos jornais e posts no Abrupto (link na coluna do lado).
Mais uma vez, somos confrontados com o problema mais grave da nossa democracia e que, infelizmente, só actualmente e pelos piores motivos parece atingir a sensibilidade dos nossos políticos e da população em geral: a justiça!
E o problema (simplificado, para facilidade do discurso) da ausência de uma justiça que funcione e que, quando ocorra, funcione bem, divide-se em duas vertentes (cont.)
OFÍCIOS EM EXTINÇÃO: Da Catarina Campos que edita um dos melhores blogues lusos (o 100nada), recebemos o seguinte e-mail nomeando alguns ofícios extintos. Ficamos à espera que a genial Catarina nos brinde (aqui ou no seu blogue) com um dos seus belos textos a propósito destes e de outros ofícios em extinção.
(...)
- A senhora que apanhava as malhas às meias de vidro;
- O marceneiro (verdadeiro, não um carpinteiro);
Os clássicos citadinos dos pregões:
(extintos:)
- O aguadeiro (penso que seja assim que se escreve, o tipo que vendia água);
- A vendedora de fruta de cesta à cabeça
(quase extintos:)
- Amolador
- Engraxador
- O banheiro que enfiava as crianças na água na Praia da Figueira da Foz, porque os banhos de mar eram bons para a saúde
O meu favorito:
- O vendedor de bolachas americanas em cilindros de metal. (...)
posted by NMP on 8:41 da tarde
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A MULHER DE QUEM SE FALA: Não, já não se trata de Maria Barroso mas sim de Carla Bruni. Aquele corpinho de top model (da Carlinha, evidentemente) escondia uma songwriter e intérprete de primeira água. E com uma voz hipersensual (confesso que a lembrança física também ajuda...). A écouter sans préjugé.
posted by Neptuno on 4:35 da tarde
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AINDA HÁ HOMENS ASSIM: Fazemos nossas as palavras do Abrupto. Ver nesse blogue o anúnico da morte de João Pulido Valente, pelo próprio. Com esta biografia dão-nos o retrato de um homem extraordinário, invulgar.
posted by NMP on 2:06 da tarde
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AGRADECIMENTOS: Ao Mata-Mouros, que escolheu o post Pior Tragédia (I,II e III), de Neptuno, como a "melhor análise da semana".
Ao Metablogue, que publicou a primeira parte do meu post sobre o texto do EPC. Teremos um dia um (meta-meta-)blogue, dedicado ao estudo dos meta-blogues e dos seus modos de produção?
Ao Origem do Amor, que atribuiu ao Mar Salgado o blóscar Pi Patel (não, não é uma margarina, embora preceda o blóscar Azeite Galo); o Mar Salgado não sabe se tão distinta honra se deve ao post emocionado do seu Comandante sobre o livro Linha de Sombra (4-08), ou antes ao tom geral dos posts e das discussões que se travam neste convés. Em qualquer dos casos, é um prémio adequado, que nos toca até ao porão.
posted by PC on 1:20 da tarde
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FP-25: O que parece claro é que a justiça não funcionou bem, por razões políticas ou outras. E não deve ser nunca um tabú a crítica (e severa, se necessário) a quem tem responsabilidades. Pergunto ao nosso PC - sem qualquer ironia ou reserva mental - se (também) pensa que o problema não estará tanto nas leis mas sim na sua aplicação? Sendo este o caso, o sistema não estará - em certos casos - à mercê de outros interesses que não apenas o da justiça? Ainda mais se pensarmos na lamentável protecção corporativa que é dispensada a cada interveniente da "administração" da justiça (advogados incluídos)? Já agora e por falar em motivações, lembro os tempos da Arquivadoria...
De qualquer modo, não me parece correcto confundir este tema com os comentários sobre a previsível reacção da esquerda a esta mesma sentença caso os arguidos pertencessem a uma organização de extrema direita. Não tenho, obviamente, condições de saber se a decisão foi ou não a melhor, dentro do respectivo enquadramento legal.
posted by Neptuno on 1:31 da manhã
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"PORTÁTIL AO MAR (SALGADO)": É a minha proposta para uma campanha de solidariedade para com este blog que, por esta altura, se vê amputado de metade da tripulação. Uma vez que não desejamos cair na pirataria - seja através da nobre captura de elementos de outras embarcações, seja pelo desprezível "copy-paste" - estaremos receptivos aos donativos dos nossos armadores, para a compra de um computador portátil que acompanhe os membros da tripulação que se desloquem a terra (à Terra?).
VOU-ME EMBORA: Mas antes, as despedidas. A gratidão era um dever dos estoicos, escola que há muito, infelizmente, me acorrentou. Levo aliás na pasta para reler, as Cartas a Lucilius, do incontornável Séneca. Assim agradeço ao nosso NMP, pelo convite, e ao Neptuno, pela insistência, a viagem neste mar salgado ( A Lúcia Guimarães já pode afiar a faca). Ao P.C. devo a sempre deliciosa possibilidade: como dizia o Romário, dou um boi para não entrar numa briga, dou uma boiada para não sair dela.
Terei por certo uma obrigatória estadia balnear, diferente da dos restantes lobos do mar, dado que sou, por enquanto, o único pai a bordo. Ratado, mas sou.
posted by FNV on 9:34 da tarde
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COMO É DIFERENTE O AMOR EM PORTUGAL: Dou por mim a pensar o que diriam certos bichanos que conheço, se algum autarca português caucionasse a criação de um liceu para gays e lésbicas. Mas a América boa exulta de satisfação com o arranque da Harvey Milk High School, exclusiva para estudantes homossexuais, bissexuais ou transgender. Estão fartos da discriminação que estes estudantes sofrem nas escolas públicas.
Mas enquanto a esquerda de Greenwich Village exulta, os reaccionários de Nova Iorque destilam: que é contra a Bíblia, que é moralmente errado, que é políticamente suicida. Outros, mais moderados, não acreditam que haja uma matemática para gays, que aos treze anos ainda não se é sexualmente orientado.
Nós, os auto-intitulados liberais, sorrimos. O ideal seria que os estudantes sexualmente diferentes não fossem discriminados. Mas são. Por isso, é preferível que aprendam num sítio onde não os chateiem. De resto, tanto não existe uma matemática para gays como não existe para macho-mans. Quanto ao argumento da idade, esgoto com ele: se aos treze anos ainda é cedo para se definir a orientação sexual, não há qualquer problema em frequentar a Harvey Milk High School, ou outra qualquer.
Alguns putativos paladinos das lutas contra a discriminações ( imagine-se se o tal autarca português se lembrava de coisa semelhante com ciganos!) bem podiam, de vez em quando, ir aos States: a província faz mal aos fígados.
posted by FNV on 9:16 da tarde
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Ó PÁ, DEIXA LÁ ISSO!: Tem razão o FNV quando me alerta para a minha falta de delicadeza no post anterior. Onde se lê "a única ideia interessante", deve ler-se "a ideia que me interessou mais". Depois das devidas desculpas, aplicarei em mim próprio, como penitência, 20 palmatoadas.
posted by PC on 9:09 da tarde
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O PIOR CEGO: Só não existiriam motivações políticas na justiça portuguesa se ela fosse genéticamente diferente das outras. Pois. Não havia justiça na Alemanha nazi, no Portugal salazarista dos tribunais plenários, na Itália de Mussolini. Pois não, não havia justiça, nem juízes, nem códigos de processo de penal. Pois não.
posted by FNV on 8:59 da tarde
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SERÁ? P.C. distribui palmatoadas, conta as citações, diz quais são as questões interessantes e quais não são, previne os irresponsáveis, sempre com aquela gravitas que a Universidade estimula. Não beliscando a autoridade do nosso comandante, estou rendido ao nosso P.C., e por isso propunha um cargo à altura, o cesto da gávea: assim, via sempre mais e primeiro do que todos nós, e por outro lado seria sempre o último a afundar-se.
posted by FNV on 6:47 da tarde
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AS FP-25 COMO PRETEXTO: Lamento desapontar os meus amigos, mas recuso-me a ver os problemas da justiça portuguesa pela óptica esquerda/direita. Não acredito, até prova em contrário, que haja motivações políticas na absolvição dos arguidos das FP-25, ou no processo judicial da Casa Pia ou do Padre Max. Mais: acho que essa via, que vem sendo trilhada com uma certa dose de irresponsabilidade por alguns colunistas e blogues (onde se inclui o Mar Salgado) é extremamente perigosa, porque reduz um problema sério (a boa administração da justiça) a simples pretexto de batalha ideológica.
Por outro lado, podemos concluir que a justiça não funcionou por não ter apurado quem foram os autores dos crimes de sangue - mas não é por isso que podemos concluir que os arguidos das FP-25 foram mal absolvidos, quando os tribunais entenderam que não havia prova suficiente da sua implicação nos factos. A este propósito, remeto para o meu primeiro post sobre o assunto e para o post de hoje do Causidicus. Os meus amigos gostariam de viver num país cuja lei permitisse condenar alguém sem prova bastante? Tão liberais.
A discussão que resta é sobre a avaliação da prova no caso concreto; e essa, como também já expliquei, não farei aqui, até porque, ao contrário do que aparentam os meus caros companheiros, não sinto que o meu conhecimento do caso seja ao menos igual ao dos magistrados que decidiram.
A única ideia interessante que surgiu a este propósito neste blogue foi a do NMP ("Perplexidade"), que pretende discutir, em abstracto e sem reducionismos estéreis, a adequação do sistema judicial português à sociedade actual. Essa eu compro - embora duvide que o tema se deixe apertar nas páginas de um blogue. Mas é um problema meu.
posted by PC on 6:19 da tarde
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OFÍCIOS EM EXTINÇÃO (II): A primeira escolha é óbvia: o faroleiro. Trata-se, evidentemente, de uma figura romântica: o solitário que tem por missão evitar que os outros se percam. Um, seguro no alto de uma rocha; as vidas dos outros, instáveis sobre as vagas negras de noite. Liga-os um flash breve de salvação. Tudo o que se pede ao faroleiro, é não deixar que a luz se apague. Um pequeno deus terreno, portanto.
Li algures, há pouco tempo, que grande parte dos faróis portugueses já são automatizados, tendo praticamente desaparecido o faroleiro. Será verdade? Podem verificar participando na acção "Férias com os Faróis" (o link remete para uma página de 2002, mas a de 2003 parece não estar disponível), integrada no programa Ciência Viva no Verão, que organiza visitas guiadas aos ditos. Certo é que a importância utilitária do farol decresceu um pouco, graças às novas tecnologias, embora o GPS não substitua completamente os instrumentos tradicionais. Mas a sua importância onírica mantém-se intacta, como se pode ver aqui.
PS: A primeira escolha tem ainda uma outra razão. É que aqui no Mar Salgado todos somos, em boa parte, uns faroleiros; mas no sentido que lhe dão os brasileiros.
posted by PC on 5:34 da tarde
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MAIS "ARREPENDIMENTO": A propósito da troca de opiniões sobre o processo das FP-25, penso que, pese embora a explicação do nosso PC - em linguagem "basic" - manda o senso comum que se conclua, perante 18 homicídios impunes que a justiça não funcionou. Apenas isso. A falta de reacção da esquerda mostra-nos como o mesmo facto pode ser objecto de dois pesos e duas medidas, consoante a proveniência política do agente. Provavelmente, as 18 vítimas foram um mal necessário no processo de construção da democracia - embora a democracia já fosse uma realidade - ou mesmo "baixas" aceitáveis perante o ideal que serviu de móbil (para além do dinheiro...) à sua eliminação.
posted by Neptuno on 5:13 da tarde
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OFÍCIOS EM EXTINÇÃO: Gostei muito da ideia do Abrupto de fazer uma secção de "objectos em extinção". É uma boa recuperação de memórias individuais e colectivas. Essa secção lembrou-me algumas páginas de Philippe Geluck, autor do impagável Le Chat, sobre os Petit(s) Métier(s) Oublié(s), nos álbuns "Un Peu de Tout - Encyclopédie Universelle" e a sua sequela "Le Petit Roger - Encyclopédie Universelle".
Claro que, aí, o título de ofício esquecido não é para ser tomado à letra: Geluck brinca com certas expressões de uso comum, pintando uma personagem que executa a acção contida no sentido literal da expressão (como no caso do "porteur de plumes"), ou no outro sentido dado pelo carácter homófono de certas palavras que a compõem (como no caso "toucheur de boa"), ou pela polissemia da mesma palavra (como no caso do hilariante "dragueur de mines").
Mas seria talvez interessante abrir no Mar Salgado uma secção de "ofícios em extinção" a sério. Fica o desafio aos restantes marinheiros e à blogosfera em geral, bem como a minha primeira sugestão (cont.).
posted by PC on 4:35 da tarde
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CONTRIBUIÇÃO: De Nietzsche, para o período estival: Quando a casa está a arder até nos esquecemos do jantar. Claro; Mas depois recuperamo-lo das cinzas.
posted by FNV on 3:51 da tarde
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QUEM TE AVISA...: Encontrei um blogue com um título sugestivo: Procuro Marido. Para tal, não venha bater a esta porta. A tripulação desta nau é toda ela comprometida: dois casados, um unido de facto, outro prestes a subir ao altar e um último enamorado.
Mas mesmo que o improvável acontecesse e que estas condições objectivas se alterassem, devo amigavelmente avisar a autora desse blogue. A nossa condição de marujos embarcadiços leva-nos (quando solteiros ou livres) a privilegiar uma cultura e um comportamento de toca e foge. O que, parece-me, contraria clara e frontalmente a intenção e o programa desta nossa estimada amiga. Não perca tempo connosco. Aqui ficam as nossas saudações à distância. Com votos de boa caçada.
posted by NMP on 1:16 da tarde
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DEBATE EUROPEU: Continua o debate sobre os efeitos e consequências da nova Constituição Europeia. Agora sobre os efeitos económicos deste texto (ver artigo).
Resumidamente os problemas levantados são os seguintes:
- O texto proposto prevê novos mecanismos de decisão que permitam uma maior coordenação das políticas orçamentais. Apesar de depender da forma como se organizarem estes mecanismos no concreto, a intenção é aumentar a capacidade de controlar o cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento a um nível europeu e supra-nacional. Isto reduz a capacidade de os governos nacionais poderem, com políticas orçamentais expansionistas, contribuir para o crescimento económico. Consagra a disciplina das finanças públicas (com o que, em princípio, concordamos).
- O texto proposto prevê a introdução de uma carta de direitos sociais que, entre muitas outras coisas, afasta o "despedimento injustificado". Esta expressão, aparentemente inócua, esconde uma intenção clara e deliberada. É uma tentativa de, em sede de direito constitucional, impedir a flexibilização das economias europeias. Pode ter efeitos muito perniciosos, de limitação da capacidade de reajustamento e de aumento de produtividade e de competitividade das economias europeias. É a consagração do modelo de Europa social, sustentada por subsídios de Bruxelas, que rapidamente se esgotará e falirá e que impede o aumento de capacidade competitiva, sobretudo quando comparada com a economia americana.
Regulamentar e consagrar constitucionalmente dezenas de direitos sociais é limitar a liberalização da economia europeia. Ora bem, nós entendemos que é de um sopro de liberalização que as economias europeias necessitam, não de bloqueios administrativos e legislativos introduzidos subrepticiamente no ordenamento constitucional europeu.
Mas, independentemente de opiniões ideológicas, a mera análise da realidade força estas conclusões. Com a política de euro forte que se tornou emblema do Banco Central Europeu, as economias europeias estão forçadas a reformarem-se. Sem desvalorizações da moeda (o que seria sempre uma solução cosmética e transitória e que é desaconselhável para uma divisa que quer ser de referência), apenas aumentos de produtividade se traduzirão em aumentos de competitividade. Para obter aumentos de produtividade é necessário garantir um aumento de flexibilidade às empresas europeias.
O texto proposto pretende consagrar uma ideia de Europa. Que, em nossa opinião, não cria condições para o crescimento e progresso económico europeu a médio e longo prazo.
posted by NMP on 12:59 da tarde
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O ESSENCIAL: Não são as caneladas, nem o estatuto dos arrependidos: isso é conversa para boi dormir.
1) O essencial é que, já nos democráticos anos 80, as FP-25 mataram dezoito pessoas. Ora, se há cadáveres, há assassinos. Já há uns anos escrevi um textinho que O Expresso teve a amabilidade de publicar, no qual recordava que a mafia, nos anos 70, chamava às suas vítimas importantes, cadáveres excelentes. Ora, pelos vistos também há assassinos excelentes.
2) Os libertários queriam libertar Portugal do capitalismo, queriam uma sociedade socialista, queriam dar o poder ao povo. A única coisa que deram foi trabalho aos coveiros.
Talvez hoje alguns desse libertários se reunam, num qualquer fim de tarde, por entre copos e charutos. Alguns talvez guiem agora BMW's, talvez tenham negócios de import-export com as ex-colónias, talvez sejam burgueses bem comportados. E talvez recordem esses verdes anos com um misto de nostalgia, mas, acredito, também com algum remorso: Eramos lixados, pá! Mas foram as condições objectivas do processo revolucionário, pá!. É o que mais se aproxima do epitáfio dos 18.
3) O que não tem graça, é imaginarmos a trabalheira que o burguesito ilustrado, que leva uma suburbana vida tão excitante como a de uma ovelha, tem para arranjar novos ídolos. Sim, porque sabemos como todo se ele molha de excitação, ao imaginar-se, por uma noite, companheiro desses românticos e viris guerilleros.
posted by FNV on 12:14 da tarde
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SÓ MAIS UMA COISA: Ainda que tenha a certeza de que a situação hipotética que FNV descreveu e Neptuno sublinhou ocorreria, acho que esta não é a questão principal. Os crimes do MDLP e das FP-25 são na sua essência idênticos: tentativas de, através da violência, forçar um caminho político. O que numa democracia é inadmissível.
Se bem que idênticos, foram-no em tempos diferentes. O MDLP é claramente um produto do Verão Quente. Que, com duas excepções - a morte do Padre Max e do industrial Ferreira Torres (aparentemente um ajuste de contas interno), se extinguiu com a normalização democrática pós-25 de Novembro.
As FP-25 actuaram numa altura em que o resto da sociedade já estava "normalizada". Em que a democracia e a liberdade de expressão e associação estavam garantidas. O que torna a opção pela violência ainda mais incompreensível. E grave.
posted by NMP on 12:13 da tarde
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PERPLEXIDADE: Apesar da brilhante explicação de PC, continuo perplexo pelo resultado final do processo FP-25. E sugere-me outras questões: qual é o principal problema do sistema judicial - a sua arquitectura, a sua estrutura ou a competência ou incompetência dos seus agentes ? Uma mistura das duas ? A sua relação com o resto da sociedade ?
Parece-me que a mediatização a que a Justiça está hoje sujeita levanta questões incontornáveis. Nos últimos anos reformou-se a forma de fazer política, de comunicação empresarial, até de leccionar, como fruto da pressão e alterações de hábitos que os media induziram. Talvez esteja na altura de a Justiça enfrentar estas questões de frente. Para lidar melhor com a pressão mediática, que é imparável. Justificando, mas também explicando os processos e as decisões. Senão teremos apenas campanhas de desinformação e perplexidades. Com a consequente perda de confiança no sistema judicial. O que seria uma tragédia para a democracia e para a vida economica deste país. Certamente que não é fácil. Mas começa a ser urgente.
posted by NMP on 12:01 da tarde
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OS CHAMADOS "ARREPENDIDOS": Há uns tempos atrás, o nosso Comandante - que, como acabou de ler o seu livro, poderá certamente honrar-nos com uma presença mais assídua - mostrava a sua perplexidade com o desfecho do caso FP-25, nomeadamente com a condenação dos "arrependidos" e a absolvição dos (cito NMP) "restantes supostos implicados". Essa perplexidade fecundou subitamente o cérebro do nosso FNV, que se deitou a imaginar como tudo seria diferente se os absolvidos pertencessem ao MDLP, aproveitando, de caminho, para derramar nova camada de bílis sobre os drs. Soares, Pintasilgo e Louçã (titulares indiscutidos, não necessariamente nesta ordem, do pódio das suas citações, seguidos de perto por Isaiah Berlin). Imediatamente, o imediato Neptuno apressou-se a "sublinhar" o post, afirmando peremptoriamente que não aceita que "só haja direitos, liberdades e garantias de esquerda".
É isto que me fascina neste barco: a total impossibilidade do sentido, a fragmentação das ideias até um ponto em que já nada resta do ponto de partida (ena! esta soa aos textos deste traficante de pedras preciosas!).
Voltando à questão do NMP:
Em primeiro lugar, não gosto de comentar, no plano técnico, processos judiciais que não conheço. Seria o mesmo que pedir ao nosso FNV um laudo sério sobre o perfil psicológico de Wolfowitz.
Em segundo lugar, é importante notar que aqueles a que vulgarmente se chama "arrependidos" nos casos de terrorismo e organizações terroristas não são necessariamente "contritos". A chamada "legislação premial", que importámos de Itália já há duas décadas, prevê a possibilidade de atenuação ou dispensa de pena para uma série de situações de cooperação com a justiça (onde cabe, p. ex., a pura delação útil), que não depende de um arrependimento íntimo dos agentes. Quer dizer: a figura legal de "arrependido" (não sei o que se passou, em concreto, no processo) não corresponde obrigatoriamente à representação social do "bom ladrão".
Em suma, parece que o Tribunal considerou não estar provada a "suposta implicação" de alguns arguidos nos crimes de sangue e condenou apenas, por esses crimes, aqueles que confessaram a sua autoria, provavelmente por entender que não se justificava a isenção de pena. A partir daqui, podemos discutir se as normas sobre recolha e valoração da prova e os poderes de cognição dos tribunais de recurso são ou não adequados - desde que o façamos com a consciência do efeito-Guillotin, isto é, com a consciência de que onde ontem estava aquele arguido pode amanhã estar um de nós. Nem falarei aqui da ostensiva contradição daqueles que dias atrás protestavam contra o (suposto) défice de garantias do processo penal e que hoje escrevem, com igual à-vontade, crónicas cujo mote é "Não me lixem! Então não tava-se mesmo a ver que eles são culpados?"
posted by PC on 3:28 da manhã
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LINHA DE SOMBRA: Foi publicado na colecção Mil Folhas em Maio. Um post do Pedro Lomba na defunta Coluna Infame chamou-me a atenção, pelo que aproveitei estes dias de férias para ler o Linha de Sombra de Joseph Conrad. Era uma falta grave para um velho lobo do mar nunca ter tido contacto com estas cerca de 150 páginas magistralmente escritas sobre o medo, a impotência perante os elementos e sobretudo o crescimento e amadurecimento. De brilhante descrição da transformação de um jovem num homem. Da passagem irreversível da ténue linha que separa a juventude da vida adulta.
O livro é magistral. O fulgor e energia da juventude completamente inúteis perante os caprichos dos elementos (a ausência de vento, a calmaria frustrante) e as agruras da vida no mar (a doença, o isolamento, a solidão total). A passagem da juventude à maturidade, por uma dura experiência que molda o carácter. O contacto marcante com a perfídia e maldade e com a bravura, a nobreza de carácter e generosidade. Em suma, com a condição humana. A arrogância juvenil esmagada pela entrega quase sobre-humana da tripulação à luta pela sobrevivência.
E a lição de humildade. De maturidade. A noção de que ... a realidade é que uma pessoa não deve atribuir demasiada importância seja o que for na vida, de bom ou de mau.
Para o comandante desta nau que é o Mar Salgado a leitura da Linha de Sombra foi uma experiência marcante. Ao mesmo tempo este blogue esteve entregue à restante tripulação. Que conduziu esta embarcação com brilhantismo. Pelo que posso afirmar como Conrad, ... que sempre é uma grande coisa ter estado à frente de um punhado de homens dignos da nossa eterna admiração.
posted by NMP on 1:42 da manhã
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A PIOR TRAGÉDIA (III): Com todos os seus defeitos, este Governo tem conseguido cortar liminarmente com o laxismo do anterior (des)governo socialista. A responsabilidade também tem que ser uma referência e a população não pode continuar a verificar que os políticos não são nunca responsabilizados por coisa alguma. Porque esse comportamento repercute-se na sociedade como o fogo em mato seco. E o exemplo tem que vir de cima. Assim, a bem da nação e caso o governo não caia entretanto, independentemente das mil desculpas, explicações, asneiras de governos anteriores e calamidades climáticas, o Ministro da Administração Interna terá que saír. Pelo seu pé ou empurrado.
posted by Neptuno on 1:07 da manhã
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A PIOR TRAGÉDIA (II): Talvez tudo se reconduza ao estado patológico de irresponsabilidade a que este país chegou, para o qual muito terá contribuído o lento definhar da justiça (?) portuguesa e o qual terá sido sublimado pelo recente governo (?) Guterres. E, sobre a justiça, se alguém pretendeu que o "caso pia" era um indício de retoma, aí está um cabal desmentido, com o desfecho sintomático do caso FP-25. A esta hora, estarão todos - magistrados e arguidos - a rir a bom rir dos otários dos arrependidos, que permitiram desmantelar a organização e que assistem ao desenlace na "gaiola". Imagino comentários como: "Bem feito! Para a próxima já não bufam!"
Finalmente, gostava de sublinhar o post sobre este mesmo assunto do nosso FNV o qual, tal como eu, não aceita que só haja direitos, liberdades e garantias de esquerda.
A PIOR TRAGÉDIA: Infelizmente, não é o desaparecimento do que resta da nossa área florestal, mas sim a garantia de que no próximo ano tudo será igual. E, como de costume, não haverá quaisquer responsáveis. Políticos ou outros.
Será talvez necessário pegar fogo às sedes concelhias dos partidos que têm governado este país.
posted by Neptuno on 11:45 da tarde
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ENFIM: La Rochefoucauld usava uma expressão ácida, que não recordo com exactidão, para descrever aqueles que fazem questão de estar contra a opinião da maioria, sempre. Qualquer coisa relacionada com a vaidade e com pavões. Eu sei que para este povo, de há uns anos para cá, tudo o que acontece não tem memória, nunca foi vista coisa igual. Assim se esquece a morte de 7 bombeiros de Águeda há meia-dúzia de anos, num Verão igualmente incendiário.
Mas o ABRUPTO,( link na coluna da direita) ou seja, Pacheco Pereira, acha que há muita gritaria nas TV's, muita histeria, excesso de adjectivos. Não me recordo da máxima de La Rochefoucauld, mas tenho bem presente uma do velho Nietzsche: Muitos pavões escondem de todos os olhares a sua cauda de pavão - e chamam a isso o seu orgulho.
posted by FNV on 11:16 da tarde
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AO COMANDANTE: Nenhum dos juristas ainda respondeu. Queria o NMP que um dos dois juristas a bordo desta nau, lhe explicasse o desfecho do caso das FP-25. Ou porque não têm andado pelo convés, ou porque o mar está muito flat, não puderam ajudar. Compreende-se. Assim sendo, adianto-me, em sede de ignorância jurídica.
Se por um acaso da História, no ras-le-bol que foi o período pós-74 ( tardio, tardio), as 18 vítimas mortais tivessem como responsáveis uma qualquer excrescência das extrema direita, tipo MDLP, o que não teríamos ouvido, esta semana, e em muitas outras. Ele teria sido desfiles na Avenida da Liberdade, ele teria sido vigílias, com o Dr. Soares, a Dra. Pintassilgo e o Dr. Louçã, acorrentados à porta do Supremo, eu sei lá. Mas não foram.
Os 18 mortos das FP-25, não sendo teorias ou opiniões, pois que são mortos (incluindo um bébé de seis meses), são a assinatura de um movimento contra o capital, de libertação do povo, de luta contra a sociedade burguesa. A liberdade, de facto, é para ser gozada com muito juizinho.
posted by FNV on 9:49 da tarde
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RECORDAÇÃO: Tenho do indivíduo, Pedro Rôlo Duarte, num programa da RTP 2 que Hermann baptizou com o título de Engraxatório. Ontem no DNA faz suas as palavras de uma tal Lúcia Guimarães, acerca da blogosfera:
Em meio a citações de Auden ou Kierkgaard, servem-nos as suas ângústias e dores de cotovelo. As quatro paredes que protegiam a intimidade já haviam sido erodidas pelos Talks Shows e Big Brothers.
Deus me livre e guarde, a menos que o engraxador esportule os 80 euros que levo por uma hora do meu tempo, no meu consultório, de entrar na intimidade do fulano. Mas compreendo o desespero da maralha: de repente descobriram que há muita gente que escreve e pensa muito melhor do que o povo dos jornais. Paciência, ò Rôlo. Entretanto aconselho Reumon-Gel para o cotovelo.
posted by FNV on 3:13 da tarde
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TALVEZ HOJE? Talvez porque só se interessem por direito internacional e TPI's. Talvez porque estão de férias. Pode ser que hoje, na missa matinal, esses adoráveis peixinhos vermelhos a nadar em água benta, os católicos de esquerda, se lembrem. Talvez organizem um cordão humano em Lisboa, com velinhas e tudo, e rezem pelos liberianos. Talvez, sim, talvez hoje.
posted by FNV on 11:36 da manhã
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NÃO DAR O CORPO P'LA ALMA: O Adeodato, do Santa Ignorância teve a gentileza de comentar mais um post meu, e eu retribuo-lhe não conseguindo operacionalizar o seu link. Penitência garantida. Mas já agora, ó Adeodato, você ainda não consegue distinguir um governo de esquerda dos de Cuba ou dos da ex-RDA? Isso é maldade ou santa ignorância?
posted by FNV on 11:08 da manhã
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HOT CHILLI SEASON: Depois de um dia com aspecto pós-nuclear, emergindo a custo das cinzas que cobrem a cidade, percorro preguiçosamente a blogosfera. O mar está muito flat. Mas vale a pena ler a hilariante versão dos Canhotos (1-08) sobre a transcrição da famigerada escuta: Achille Talon não faria melhor! (embora a actual conjuntura insista em dar a ambos os intervenientes o papel de Lefuneste).
PS: No mesmo registo (entenda-se, humorístico), duas buscas google altamente intrigantes assinaladas pelo nosso site-meter: uma procurou "salazar" + "homossexual" e outra "elasticidade do mercado do café". Somos generalistas, mas nem tanto.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.